A Batalha Do Labirinto - Brittana escrita por Ju Peixe


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oi! Queridos, dia 16 eu vou viajar e só volto dia 1, ou seja, vou ficar todo esse tempo sem postar. Mas não pensem que eu abandonei a fic, ok? Beijos!



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- Blaine?

O garoto levantou a cabeça e encarou Rachel. Um pequeno sorriso formou-se em seus lábios, mas logo ele desfez-se.

- E então, vão a algum lugar? – O monstro tornou a perguntar.

- E-eu…

- AH! – ele exclamou. – Srta. Pierce! Mil perdões, eu não a reconheci. Por favor, sintam-se a vontade para ir, as suas passagens já foram pagas.

- Desculpe? – falei.

- Um amigo passou por aqui e já pagou a passagem de vocês todos, até de sua… ahn, sua mortal. – ele explicou. – Inclusive da Srta. Lopez e seus amigos. Desculpem-me o inconveniente.

- E quanto a Blaine? – Rachel perguntou.

- O monstrinho aqui? – ele perguntou. – Ah, não. Ele fica.

- Não vamos sem ele. – Kurt afirmou.

- Não quero nada de você. – o garoto falou rispidamente.

Kurt encolheu os ombros e Finn deu um tapinha em suas costas. Eu abracei Santana pela cintura e procurei coragem para falar.

- M-m-mas deve ter alguma coisa que possamos fazer. – Eu disse.

- Eu temo que não tenha nada que…

- Mande-a limpar os estábulos. – Uma voz cortou.

Procurei o dono da voz e encontrei um rapaz alto e forte. Ele tinha um chapéu de vaqueiro e calçava grandes botas, que combinavam com a sua jaqueta surrada.

- Esta é uma ótima ideia! – O monstro exclamou.

- Espere um pouco, quem são vocês? – Santana disse, pronunciando-se após algum tempo.

- Meu nome é Geryon. – O monstro disse. – Sou o dono da fazenda. Criamos monstros para outros deuses e etc. E este é Eurytion.

O vaqueiro cumprimentou-nos com um aceno de cabeça. Apertei o abraço ao redor da cintura de Santana e senti seu corpo tremendo. Acariciei sua bochecha e limpei o sangue que escorria de seu corte.

- Se eu limpar os estábulos, você libera Blaine? – Perguntei.

- Hm, certo. Mas se você não conseguir, eu fico com todos vocês. – Geryon falou. – Leve a Srta. Lopez com você. Vocês têm até o pôr-do-sol para concluir a tarefa. De acordo?

- Acordo.

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Eurytion nos levou em algo parecido com aqueles carrinhos de golfe para um tour na fazenda. Vimos as vacas vermelhas de Apolo, escorpiões gigantes e dezenas de outros animais/monstros que eu não pude reconhecer. Santana encostou a cabeça no meu ombro durante o lento percurso e não falou nada por um tempo. Eu achei que ela pudesse estar cansada, então não insisti muito em uma conversa.

- Britt. – Ela me chamou após alguns minutos.

- Oi, San. – respondi, virando-me para olhar o seu rosto.

Ela tinha um corte profundo na bochecha, além de vários arranhões pelo corpo. Sua pele morena estava com alguns hematomas e seus cabelos estavam desgrenhados. Eu senti meu coração apertar ao vê-la tão… ferida. Senti raiva do meu tornozelo por ter quebrado, senti raiva de seja lá o que tivesse batido nela, senti raiva de Rachel, Finn e Kurt por não a terem protegido, mas acima de tudo, senti raiva de mim por ter ficado longe dela quando ela mais precisou de mim.

- Por que vocês trouxeram uma mortal para o labirinto? – ela perguntou por fim, tirando-me de meus devaneios.

- Porque ela enxerga o caminho certo a ser seguido, Sanny. – respondi, acariciando seu rosto. – Ela me trouxe de volta para você.

- E quanto a isso, você por acaso ficou louca? – ela perguntou, segurando meu queixo. – Brittany, você fugiu do acampamento. Will deve estar querendo matar vocês, imagine quando ele descobrir sobre ela.

- Eu não podia ficar longe de você, San! – exclamei. – V-v-você se machucou, e eu n-n-não estava por perto para te p-p-proteger. Isso me mata por dentro.

- Se está se culpando pelo que aconteceu no labirinto, pode parar. – ela cortou. – A culpa não foi sua, meu amor. Provavelmente teria acontecido com ou sem você.

- Provavelmente. – enfatizei.

- Britt, não faça isso. – ela falou baixinho, agarrando minhas bochechas. – Só… podemos esquecer disso por um tempo? Eu senti sua falta, Cabeça de Algas.

- Eu também senti sua falta, Sabidinha. – retruquei sorrindo.

Ela puxou meu rosto e colou nossos lábios. Senti meu corpo relaxar com o simples contato com a pele de Santana, e logo percebi que eu estava a puxando para o meu colo. Ela sorriu através dos meus lábios e se afastou algum tempo depois.

- Terminaremos isso depois. – ela sussurrou no meu ouvido. Droga! Por que ela sempre fazia isso comigo?

O carrinho de golfe parou algum tempo depois e nós saltamos para fora. Santana agarrou a minha mão e me puxou em direção a um estábulo enorme com os mais variados tipos de cavalos que eu já havia visto.

Agora veja: como filha de Poseidon, geralmente eu ganho alguns privilégios com cavalos e seus parentes, porque o meu pai inventou eles. Mas não foi bem esse o caso hoje.

Aqueles cavalos tinham dentes enormes, e ficavam me olhando como se eu fosse algum tipo de filé. E mesmo que eu me identificasse como filha de Poseidon, tudo o que eles diziam eram coisas do tipo: lanchinho com gosto de frutos do mar! E para piorar a minha situação, eles estavam literalmente atolados na merda. Sério, eu nunca vi tanto cocô de cavalo em um único lugar.

- San, - chamei. – eu não vou conseguir limpar isso nem que eu fique aqui por mil anos.

- Por que você não usa a água daquele lago? – ela perguntou, apontando para baixo.

Avistei um pequeno lago cristalino não a muitos metros abaixo dali. Assenti e juntas, descemos em direção ao rio. Assim que chegamos, fomos recebidas por uma Náiade.

- Eu sei o que você quer. – ela disse. – A minha resposta é não!

- Mas…

- Não! – ela cortou. – Meus peixes morrerão, minhas águas ficarão poluídas, e eu viverei eternamente em um monte de estrume! Não, não e não!

Olhei para Santana, desesperada. Por um lado, ela tinha razão. Eu odiaria que jogassem um monte de cocô na minha casa. Mas mesmo assim.

- Meus amigos estão em perigo. – falei.

- Problema é seu! – ela respondeu.

Ok, eu havia perdido. Ela não deixaria, e eu não tinha tanto poder com a água doce. Esse era o fim. Eu perderia os meus melhores amigos e de brinde, a minha namorada. Alisei o rosto de Santana com a mão e deixei que ela me abraçasse.

- Tudo bem, você venceu. – falei.

- Sério? – ela perguntou, com os olhos brilhando.

- Sim. É o seu lago, não posso fazer nada. – respondi. – M-m-mas ao menos me deixe curar a minha namorada. Veja, está feio.

Apontei para a bochecha de Santana e a Náiade assentiu. Toquei o rio e o rosto de Santana, deixando o poder d’água fazer seu trabalho. Em poucos segundos, Santana tinha apenas uma fina cicatriz na bochecha.

Segurei sua cintura e puxei-a para o meu colo. Ela envolveu meu pescoço num abraço apertado e ficou brincando com meus cabelos.

- Eu não quero te perder, de novo não. – murmurei.

- Nós vamos dar um jeito, Britt. – Santana respondeu, abraçando-me com força. – Nós sempre damos um jeito.

Assenti e enterrei meu rosto na curva de seu pescoço. Ouvi a Náiade suspirar e se aproximar.

- Deixe-me contar-lhe um segredo, filha do Deus do Mar. – Ela disse. – Pegue um punhado de terra.

Abaixei-me e peguei a terra na mão. Algumas conchas e esqueletos de animais apareceram no meio da terra, fazendo-me franzir a testa.

- Há muitos e muitos anos, tudo isso era mar. – ela explicou. – Isso em sua mão são conchas, petrificadas há anos.

Continuei a encarando, esperando que ela dissesse algo a mais. Mas ela apenas sorriu.

- A sua namorada entendeu o recado. Boa sorte, Brittany Pierce.

Xxxxxxxxxxxx

Santana agarrou a minha mão e me puxou para cima, de volta aos estábulos.

- Jogue isso nos cavalos. – ela disse.

- O quê? – retruquei.

- Você me ouviu.

Joguei o punhado de terra. Para a minha surpresa, ela expandiu-se e virou água. Tipo água do mar mesmo. Santana sorriu e nós duas começamos a procurar mais conchas, atirando-as nos cavalos que apenas reclamavam na minha mente.

Quando achei que tínhamos o suficiente, pedi para a água se expandir. Formamos uma espécie de ondas, lavando o cocô dos estábulos. A água me obedecia perfeitamente, mas meu corpo já começava a doer. Cada vez que eu jogava uma onda para um lado, eu podia sentir perfeitamente a minha costela se retraindo.

Quando, por fim, acabei com o estrume, vi a água indo em direção ao lago. Controlei-me para que ela parasse de correr, penetrando na terra. Pude ver a Náiade sorrindo para mim no lago.

Caí de joelhos, ofegante. Santana veio em minha direção e abraçou minha cintura, depositando um beijo na linha do meu maxilar.

- Você conseguiu, Britt. – ela murmurou. – Eu sabia que você iria conseguir.

Sorri orgulhosa de mim. Qualquer coisa que Santana dissesse ao meu respeito podia facilmente causar esse tipo de efeito em mim. Meu orgulho crescia, pois ela estava orgulhosa de mim.

- Não temos muito tempo, meu anjo. – ela disse, levantando-se e estendendo a mão para mim. Aceitei, e juntas corremos a toda velocidade de volta ao rancho.


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Notas finais do capítulo

Aprovado?



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