My Best (dragon) Friend escrita por AutomaticLove


Capítulo 4
Cap 4 – Uma notícia inesperada


Notas iniciais do capítulo

queria agradecer a:
Sweet Luh, AthenaMariabelly e Leticia Pimenta
por favoritarem a fic. MUITO OBRIGADA! ♥

vi muitos comentarios espantados com a repentina apariçao do Gray, e devo confessar: tenho uma leve queda por graylu e nao resisti de colocar ele nessa fic xD maaas nao se preocupem, ele veio "para o bem maior" (se é que vcs me entendem ^^)

a seguir o quarto capitulo dessa aventura romantica(?) que todos adoram haha
boa leitura o/



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Um rugido ensurdecedor ecoou por todo o terreno que se estendia do castelo até a floresta.

Com o susto dei um pulo na cadeira, afastando Sir Gray rapidamente. Levantei-me em um salto assim que o vento ao nosso redor aumentou, indicando claramente que Natsu estava por perto. Levantei meu olhar para o céu e lá estava ele. Sir Gray, por outro lado, tirou não sei de onde uma espada enorme, me puxou para trás dele e apontou a lâmina para Natsu, que pousou no jardim rosnando alto.

- Para trás Vossa alteza, irei te proteger dessa criatura feroz com minha espada! – Sir Gray gritou apontando ameaçadoramente a espada para Natsu.

- Não! Ele é meu amigo! Natsu pare com isso! – gritei me colocando entre Natsu e a lâmina, olhava para Natsu desesperada, ele ainda rosnava encarando fixamente Sir Gray.

- Vossa alteza! – ele me puxou novamente para trás de si – Não vê que essa fera é perigosa? Está pronta para atacar!

- Pare com isso Sir Gray! Já te disse que Natsu é meu amigo!! – falei o virando para mim, assim podendo tirar a espada de sua mão, mas infelizmente me cortei – Ai! – um fio escarlate escorreu pela palma da minha mão e pingou no chão. No segundo seguinte senti um arrepio gelado percorrer minha espinha, me alertando que coisa boa não viria a seguir.

E minha intuição se fez certa. Natsu rugiu alto novamente e avançou em direção a Sir Gray com os dentes brilhantes a mostra e um olhar assustador. Sem parar para pensar, me coloquei entre ele e Sir Gray, abrindo os braços o máximo que pude e olhando duramente Natsu nos olhos, que no momento estavam negros de raiva. Ele continuou a avançar em minha direção, parecia que ele não me via ali parada. Assim que estava praticamente encima de mim ele parou e levantou uma das patas dianteiras, rugiu mais uma vez e tudo o que senti foi dor. Muita DOR. Algo vermelho brilhou enfrente aos meus olhos.

- Vossa alteza! – ouvi Sir Gray gritar perto de meu ouvido, um par de braços me segurou por trás e a ultima coisa que vi foi um par de olhos ônix assustado.

(...)                           

Estava correndo pelo jardim, em uma tarde ensolarada de um dia de primavera. Ouvi uma risada gostosa às minhas costas e não consegui conter o riso ao ouvi-la.

- Você não pode correr de mim a vida toda! – ele disse, rindo novamente.

- Posso sim! Você nunca conseguirá me pegar! – falei sem me virar para trás, ri alto e corri mais ainda.

Podia ouvir seus passos na grama se aproximando de mim, e me deixei ser pega por ele, rindo alegremente. Assim que senti seus braços fortes e quentes se fecharem em torno de minha cintura, parei de rir. Sua respiração estava ofegante, assim como a minha, por causa da corrida, mas ainda assim ele ria, uma risada rouca quase como um rosnado. O ar quente que ele exalava batia em minha nuca, causando um arrepio gostoso, fechei os olhos e sorri enquanto ele me virava em seus braços, sem me soltar.

- Te peguei – ele disse baixo com a voz rouca em meu ouvido, e riu novamente. Um sentimento conhecido tomou meu coração, o sentimento de segurança. Sentia-me segura em seus braços, ao ouvir sua risada, ao sentir o calor que seu corpo emanava. Ainda de olhos fechados e sorrindo, o abracei fortemente, sentindo todo o seu corpo colado ao meu.

- Sim, você me pegou – falei em seu ouvido, o sentindo me apertar ainda mais contra seu corpo. – Você me pegou para toda a eternidade.

- Sim, toda a eternidade – ele disse acariciando meus cabelos.

E de repente sinto uma dor lancinante no lado esquerdo do meu tronco, olho para baixo e vejo meu vestido ser tingido de escarlate. Olhei para cima novamente, procurando por ele, e me deparo com uma criatura desconhecida em posição de ataque, com olhos negros sem emoção. E logo em seguida sinto-me ser puxada para baixo, caindo em um túnel escuro infinito, ainda sangrando e um rugido explode em meus ouvidos...

Acordei gritando, de dor, de susto e de medo. Encontrava-me em meu quarto, mais precisamente em minha cama. Havia varias empregadas ao meu redor, me olhando preocupadas. Virgo era a que estava mais próxima de mim, sentada ao meu lado na cama, ela segurava um pano branco aparentemente úmido.

- Foi... um sonho – sussurrei para mim mesma, colocando a mão na testa e a sentindo molhada. Tentei me sentar, mas fui interrompida pela dor, que não era parte do meu sonho como eu havia pensado. – Ai! – gemi colocando a mão onde doía, no lado esquerdo do meu tronco. Tirei as cobertas que me cobriam e vi o que causava a dor. Embora cobertos por grossas camadas de bandagens, podia ver pelo padrão de sangue desenhado nelas os cortes em toda a extensão das minhas costelas até meu quadril. Arfei com a visão e a dor se fez presente, gemi novamente.

- Princesa, a senhorita precisa descansar! – Virgo se apressou a me deitar delicadamente de volta à cama.

- Virgo, me responda sinceramente: qual a minha situação com relação a esses ferimentos? – falei a olhando seriamente

- Princesa, seus ferimentos são demasiado profundos, precisará de tempo para curar completamente e deixarão cicatrizes para sempre.

- Certo. – disse, e em um lapso de memoria lembrei o que aconteceu – Virgo, como está Sir Gray?? E Natsu?? Oh céus é tudo culpa minha que isso aconteceu!!

- Princesa, fique calma! Assim vai piorar as coisas! – ela disse ao mesmo tempo em que via a mancha de sangue nas bandagens aumentar e os cortes arderem violentamente, fiz uma careta de dor. – Eles estão bem, Sir Gray a trouxe correndo para a enfermaria, desesperado e nervoso, não parava de dizer que tinha que voltar para eliminar o monstro que a atacou, mas tinha que ficar ao seu lado para ajudar à salva-la. Ele estava aqui até que Vossa majestade o chamou a pouco para conversarem.

- E Natsu? Ele esta bem? – perguntei tentando não ficar nervosa

- Sim, ele está bem, eu acho. Assim que a viu caída no chão sangrando, ele levantou voo e sumiu no ar. Alguns dizem que viu ele se escondendo na floresta, outros dizem que ele fugiu para as montanhas.

- Pelo menos ele esta bem. – suspirei – Oh céus, como está meu pai? Ele deve estar muito preocupado!!

- Vossa majestade está de fato preocupado com sua saúde, princesa, mas também está preocupado em procurar pelo culpado de seus ferimentos. Ele deu ordem para todos os guardas procurarem pelo terreno por Natsu, e que se o avistassem é para prendê-lo e trazê-lo para o castelo. 

 - Oh céus! O que ele pretende fazer com Natsu?? – disse preocupada com meu amigo

- Não sei, mas ouvi alguns empregados dizerem que vossa majestade pretende executar Natsu. – ela disse e senti um aperto horrível no coração, será que ele faria isso mesmo?

- Não! Eu não permito ele encostar um dedo em Natsu! – exclamei alto, fazendo os ferimentos abrirem e arderem. – Ai!

- Princesa! Fique calma, desse modo os machucados irão demorar mais para curarem. – ela disse me empurrando delicadamente em direção aos travesseiros.

- Espero que Natsu se esconda bem, pelo menos até eu poder ir conversar com meu pai e tirar essa ideia absurda de sua cabeça. – falei me encostando-me aos travesseiros e suspirando, tentando relaxar, embora meu coração ainda estivesse apertado.

Após duas semanas muito dolorosas de recuperação, não havia recebido nenhuma noticia sobre Natsu, estava em dúvida se me sentia aliviada ou mais preocupada.

- Ele foi criado com comida servida na hora certa, ele não sabe caçar! Ele sempre teve abrigo aqui, nunca precisou fazer ou procurar por um! Ele deve estar totalmente perdido! – eu dizia andando de um lado para o outro no quarto, sendo acompanhada com os olhos por Virgo. – E se ele realmente se perdeu e não sabe voltar? E se ele comeu algum bicho venenoso e agora está doente, incapacitado de se mover? – eu parei enfrente a ela, a olhando desesperada, ela apenas suspirou e me levou novamente para deitar na cama.

- A princesa precisa descansar, seus ferimentos ainda estão muito recentes para a vossa alteza ficar andando pra lá e pra cá nervosa desse jeito!

- Eu não consigo descansar sabendo que ele está lá fora, no mundo, totalmente perdido!! Ele precisa saber que estou bem! Ele precisa de minha ajuda!

- Princesa, ele não é uma criança, ele já é quase um adulto, sabe se virar sozinho! Não precisa ficar se preocupando desse modo e piorando a sua recuperação. Se você o quer ajudar, comece ajudando a si mesma, descansando e não ficando nervosa por qualquer coisa.

Bufei, admitindo a derrota. Virgo tinha razão no fim de tudo. Eu não ajudaria em nada Natsu se estivesse ainda machucada, ele perceberia minha dor e fugiria novamente.

Mais uma semana havia se passado sem novidades por parte de Natsu, mas por minha parte meus ferimentos estavam começando a se fecharem, e consequentemente a coçarem. Sim, eu conheci o inferno em minha pele.

- Como... essa... porcaria... pode... coçar... ai! Desse... jeito!! Ai! – eu dizia tentando me controlar para não arrancar as bandagens e fazer novos arranhões pelo meu tronco.

- Princesa, pare de se coçar desse modo! Só vai piorar seus cortes que estão cicatrizando! Aqui, deixe-me molhar um pouco suas bandagens. – ela disse com uma tina cheia de água, pegou um pano e o mergulhou na água para logo em seguida o torcer encima do curativo.

E assim eu conheci o paraíso em minha pele. Foi a melhor sensação eu tive em três semanas de puro sofrimento com a cicatrização desses ferimentos. Um gemido de prazer escapou por meus lábios, nunca havia sentido isso antes, era maravilhoso, parecia que não havia nenhum corte doloroso ali, apenas a minha pele refrescada pela água.

Consegui sobreviver mais uma semana nesse processo de cura nada confortável. Mas também só consegui graças a Virgo que teve a ideia divina de encharcar meus curativos com água gelada para não coçar, caso contrario esses machucados não estariam totalmente fechados e avermelhados apenas. Sim, estavam curando, devagar e dolorosamente, mas já estava mostrando resultado ficar parada e deixando Virgo fazer seu trabalho tranquilamente.

Claro que nessas duas semanas eu não me deixei de ficar preocupada com Natsu, mas guardava essa preocupação para mim mesma, sem me exasperar.

- Olhe princesa! Seus cortes já estão quase curados! Mais uma semana e não precisara mais de bandagens para proteger. – ela disse enquanto trocava os curativos.

Olhei-me no espelho. Os arranhões começavam logo abaixo do meu seio esquerdo e desciam em curva até meu ventre, três garras afiadas fizeram um trabalho que me custou quatro semanas para desfazê-lo. Ainda agradeço aos céus o meu espartilho reforçado que me protegeu de maiores estragos que essas garras podiam ter causado em mim. Sorri levemente para mim mesma no espelho, em pouco tempo poderei sair procurando por você, Natsu, me espere aonde quer que esteja, irei te encontrar e você poderá voltar para casa.

Mais uma semana, e finalmente estava curada! Agora o que antes eram arranhões profundos e abertos, são apenas cicatrizes rosadas e brilhantes, claro que grosseiras e nada bonitas, mas pelo menos estão fechadas e não ardem e nem coçam mais, o que já é um grande alívio.

- Ah, finalmente posso sair dessa cama e andar por tudo que quiser! – disse rodando enfrente ao espelho, corri até meu guarda-roupa e peguei o vestido mais leve que tinha, um azul e branco que pertencia a minha mãe. O vesti e me encarei no espelho, embora fosse simples o vestido era lindo, ele ainda tinha o perfume dela. Senti meus olhos marejarem. Sequei as lágrimas, lembrando da promessa que havia feito para Natsu que nunca mais iria chorar. – Estou indo te buscar Natsu. – disse decidida me olhando no espelho.

Desci as escadas rapidamente e me dirigi até o salão principal para o café da manhã. E para minha surpresa encontrei não somente meu pai, mas Sir Gray sentado na mesa repleta de comida.

- Ah, Lucy que bom que veio tomar café da manhã, estava precisando conversar com você. – meu pai disse sorrindo. Já falei que quando meu pai sorri, principalmente após a morte de mamãe, quer dizer que não vem noticia boa? Senti novamente um arrepio desagradável percorrer minha espinha.

- Sim, papai? – disse sentando-me de frente a Sir Gray, sem olhá-lo diretamente.

- Tenho o prazer de anunciar que seu casamento finalmente acontecerá! – ele disse com um sorriso enorme no rosto

- O que? Como? Com quem? Quando? E quem decidiu isso? – falei o olhando assustada

- Ora, com quem você mesma escolheu! O casamento acontecerá daqui duas semanas!

- Eu escolhi alguém? Não me lembro de ter feito isso. – falei confusa

- Claro que escolheu! Escolheu Sir Fullbuster! Você o escolheu e o protegeu da fera! E assim ira se casar com ele!

- O QUE?! – gritei, não acreditando em suas palavras.


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Notas finais do capítulo

até semana que vem! o/
deixem reviews! :3