My Best (dragon) Friend escrita por AutomaticLove


Capítulo 3
Cap 3 – Meu verdadeiro príncipe encantado... Será?


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer especialmente a:
SHINeeChan, Lucy Chan, Heartfilia, Fairy Dream, Twary, thata,Miss Di Angelo Taisho, Cloudy Night, Norachan
por favoritarem a fic! estou extremamente feliz com isso! ♥ MUITO OBRIGADA!!

a seguir o terceiro capitulo
boa leitura! :3



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Voltamos ao castelo quando o sol já estava se pondo. Natsu pousou com um baque surdo no gramado do jardim, desci rapidamente e retirei a cela de suas costas.

- Hoje fez um dia perfeito, não é Natsu? – perguntei fazendo um carinho em sua cabeça enorme, ele fechou os olhos, fazendo um barulhinho engraçado com a garganta. – Acredito que já deve estar na hora do jantar, vamos?

Entramos no castelo e fui surpreendida por meu pai no centro do saguão de entrada. Ele estava com uma expressão séria no rosto, engoli em seco.

- Lucy, gostaria de conversar com você... – Natsu se mexeu – A sós. – ele disse o olhando frio.

- Claro, papai – disse abaixando a cabeça – Fique calmo, eu vou ficar bem – sussurrei para Natsu, que me olhava preocupado.

Subi as escadas junto de meu pai até sua sala do trono, onde ele se dirigiu ate seu trono e sentou. Continuou a me olhar sério, sem dizer uma palavra. Já estava me sentindo desconfortável com esse silencio todo, imaginando qual seria a bronca dessa vez.

- Lucy... – ele fez uma pausa, colocando uma das mãos nas têmporas – Hoje você dispensou o 27º príncipe que se dispôs a pedir sua mão em casamento. Você entende que nesse ritmo não sobrará nenhum herdeiro com o qual se casar, Lucy? Eu sei que concordei com a sua ideia de você mesma procurar por um marido, concordei acreditando que assim seria mais fácil de te agradar e ocorrer logo o casamento, mas não é bem assim que está acontecendo, e isso não me agrada. Você já está com 17 anos, já deveria estar casada e com filhos!! E não por aí, voando no lombo de uma fera!!

- Natsu não é uma fera! Ele é meu melhor amigo! Meu único amigo! Por culpa sua eu não tenho outra companhia além dele! O senhor me manteve presa nesse castelo minha vida toda, com a desculpa de que era para minha segurança, que eu deveria me preservar para meu marido, entre outras coisas que me limitavam de viver a vida. E olhe só! Nada disso adiantou! Consegui minha pequena, mas feliz, parcela de vida livre junto ao Natsu! E o senhor não pode me tirar isso! – falei irritada com meu pai, como ele se atrevia de insultar Natsu na minha frente?? Ele, naturalmente, estava em choque com o modo que falei. Continuei a olhá-lo firmemente. Sua expressão mudou de repente de em choque para fria, senti um arrepio nada bom percorrer minha espinha.

- Então você quer uma vida livre? Não quer se casar e prefere ter uma vida cheia de aventuras? Você realmente acha que pode viver um dos seus livros de literatura que tanto lê na biblioteca? Não filha, a vida não é um conto de fadas! Você deve criar uma família, se estruturar para ter uma vida boa e confortável, e assim seguir com o sangue Heartphilia! – ele disse se levantando e me encarando.

Me via sem saída, ele colocou as coisas de uma forma que não tinha como retrucar, eu realmente desejava poder viver meu conto de fadas, mas não podia largar tudo para trás desse jeito. Bufei irritada, entregando a vitória para ele.

- Pelo jeito você entende a sua situação. – ele disse vitorioso – Amanhã virá um herdeiro de um reino muito próspero, espero que dessa vez você considere pelo menos conversar com ele, o conheça um pouco antes de mandar aquela fera o morder.

- Já disse que Natsu não é uma fera! E ele estava me defendendo! Sir Loke estava me machucando e foi mordido com razão! – disse ainda irritada - E eu já mandei uma carta de desculpas para ele. – murmurei

- Certo então – ele disse, claramente encerrando o assunto – Já pode se retirar – falou fazendo um gesto displicente com a mão, se sentando novamente em seu trono.

Sai ainda irritada do salão, murmurando todos os palavrões que conhecia. Me dirigi até o salão principal, estava com fome. Sentei-me dura na cadeira, e comecei a pegar a comida quase que violentamente. Natsu, que estava sentado do outro lado da mesa enfrente a mim, me observava silencioso. O olhei rapidamente, e desviei para a comida, estava realmente faminta e nem tinha percebido. Comecei a comer lentamente, saboreando cada pedaço daquele faisão dourado que somente a Sra. Spetto sabia fazer. Natsu durante o jantar inteiro não tirou os olhos de mim, me deixando levemente desconfortável com isso, nunca gostei quando ele ficava tempo demais me olhando.

- Estou satisfeita – disse me levantado e saindo rapidamente do salão.

Ouvi um barulho de algo sendo arrastado abruptamente e de garras arranhando o chão de pedra atrás de mim, parei para espera-lo. Natsu parou a minha frente, me encarando ferozmente com aqueles olhos ônix, pedindo por explicações. Suspirei e fiz sinal para ele me acompanhar.

Caminhei por todo o castelo até chegar a meu cômodo favorito: a biblioteca. Entrei silenciosamente e me sentei um uma das mesas, ele se pôs a minha frente.

– Meu pai quer mesmo que eu me case – falei baixo – Ele disse que eu já passei da hora de formar uma família e que só estou atrasando minha vida com essa brincadeira de contos de fadas. – Natsu me olhava triste - E o pior é saber, no fundo, que ele tem razão. – falei com a voz embargada, tentando segurar o choro – Ele acha que eu não quero ter uma família, mas eu quero! Quero encontrar meu grande amor, e com ele formar uma família feliz, com meus filhos correndo pelo gramado... Esse é o real motivo para ter pedido para ele que eu mesma decidisse com quem me casar! Não queria um casamento arranjado, eu não amaria meu marido e não seria feliz ao lado dele! – agora eu deixava as lágrimas correrem livremente pelo meu rosto. Natsu que rosnava baixinho, se esticou e lambeu meu rosto, me fazendo cócegas, dei uma risadinha leve. – Oh Natsu, você é meu melhor amigo, não sei o que faria sem você! – disse abraçando sua cabeça e afagando entre seus chifres, ele rosnou baixinho novamente.

- Lu-ce – ele disse – cho-rar nun-ca – e novamente ele me lambeu – eu a-qui pro-te-ger.

Arregalei os olhos em pura surpresa, era a primeira vez que ele falava uma frase! O olhei espantada, e mais lágrimas desceram, porém dessa vez de alegria. O abracei com todas as minhas forças.

- Natsu! Eu também irei te proteger, sempre! – falei o olhando nos fundo dos olhos, o abracei novamente, sequei as lágrimas – Você tem razão, chega de chorar, eu tenho que ser forte! – ele me olhava feliz – Amanhã irei conhecer o homem da minha vida e seremos felizes juntos! Eu sinto isso! – falei levantando confiante e olhando o além.

(...)                                    

A manhã chegou mais cedo que eu gostaria, e mesmo assim acordei disposta. Dei um pulo da cama para o chão, acordando Natsu que dormia ao lado da cama, (sim ele cresceu demais para continuar dormindo ao meu lado na cama, sem contar que ele se remexia demais durante o sono e não tinha como dormir) corri até meu guarda-roupa, escolhi meu melhor vestido, o vesti, corri ate minha penteadeira para arrumar meu cabelo, fiz uma trança lateral simples, deixando uns fios soltos da franja. Me olhei no espelho, estava bem arrumada, mas não exagerada como se eu estivesse ansiosa para hoje. Dei uma voltinha para me analisar em todos os ângulos enfrente ao espelho, e vi uma coisa engraçada no reflexo. Natsu estava simplesmente congelado no lugar, seu olhar fixo em mim, eu arriscaria dizer que ele estava maravilhado. Dei uma risada.

- Natsu! – o chamei e ele não deu sinal de vida – Natsu! Gostou? – falei dando mais uma voltinha na sua frente, ele continuava congelado, cheguei mais perto e passei a mão na frente de seus olhos – É, travou... – suspirei, dei a volta nele e sem dó nem piedade chutei seu traseiro cheio de escamas, o impulsionando para frente. E é assim que se faz para acordar um dragão de fogo em transe. E é assim também que se faz para ganhar umas queimaduras de terceiro grau por todo seu corpo.

Ele se virou tão rápido que eu nem vi, somente registrei que ele estava soltando fumaça por suas narinas, seus dentes estavam todos a mostra, em uma posição de ataque e seus olhos tinham tomado uma coloração tão negra quanto a escuridão de uma noite sem lua. E pela primeira vez em minha vida senti o medo percorrer toda minha espinha, desde a raiz dos cabelos até a ponta dos dedos dos pés. Pela primeira vez na vida vi um dragão a minha frente.

Eu devia estar com uma expressão de puro terror, pois no segundo seguinte o ônix de seus olhos voltaram e expressavam vergonha e culpa. Ele olhou para os lados, infelizmente encontrando o espelho, vendo a si mesmo refletido naquela posição de ataque contra mim. O vi começar a respirar rapidamente, como se sentisse falta de ar. Ele me olhou novamente, culpa estampada em sua face draconiana, desviou o olhar para a janela e correu em sua direção, sumindo no segundo seguinte pelo ar.

Corri até a janela, somente para ver um pontinho vermelho ao longe no céu se distanciando cada vez mais. Suspirei. Alguma coisa lá embaixo me chamou a atenção. Olhei e vi uma carruagem parando na entrada principal do castelo, ele chegou.

Virgo bateu à minha porta, entrou e me viu naquele estado de choque.

- Princesa, assim não vai nunca arranjar um marido, olhe seu estado! Sente-se que irei te arrumar rapidinho. – ela disse me forçando a sentar novamente na penteadeira. Em alguns minutos meu cabelo já estava arrumado novamente, ela fez uma maquiagem leve, apenas com um blush e um batom rosa claro.

Me olhei no espelho, e por um segundo vi minha mãe refletida nele, estiquei o braço para tocá-la, mas encontrei apenas a superfície fria do espelho, me fazendo cair na realidade, era apenas meu reflexo e não minha mãe. Suspirei.

– Princesa, está tão linda quanto sua majestade sua mãe – Virgo disse emocionada, ela também sentia saudade de sua antiga ama, sorri para ela.

- Sim, espero desse jeito agradar meu futuro marido. – aos meus ouvidos parecia que um estranho havia dito aquilo, e não eu mesma. Senti-me estranha. Abaixei o olhar para minhas mãos.

- Mas é claro! – ela disse animada – E por falar nisso, ele já está lá no jardim a esperando, princesa, para o chá.

Concordei com a cabeça e saímos do quarto. Desci as escadas em silencio, meus pensamentos dirigidos em como ele seria, do que ele gosta ou desgosta, dúvidas que normalmente eu não tinha em relação aos candidatos que meu pai escolhia, mas como havia prometido que dessa vez eu iria dar uma chance a ele de se apresentar normalmente e de conversarmos, então estava com expectativas fora do comum.

Cheguei ao jardim, o sol batia forte, embora estivesse no fim do verão, estava um clima muito agradável. Vi um rapaz alto e relativamente magro, de cabelos negros azulados, trajava uma roupa diferente dos outros, uma calça preta comprida um pouco justa, uma camisa branca de mangas compridas, e um colete azul marinho com detalhes em prata. Sim, ele era lindo. E quando nossos olhares se cruzaram senti um arrepio diferente e corei. Sim, eu corei!! Desviei rapidamente o olhar, envergonhada de mim mesma, por que eu tinha que corar?! Ouvi um riso.

- Vossa alteza, que prazer enorme em conhecê-la! – ele disse e eu o olhei rapidamente, o vendo fazer uma reverencia curta. – Realmente os boatos sobre sua beleza incomparável eram mais que verdadeiros!

E novamente me expus à vergonha corando como um tomate maduro. Como ele fazia isso comigo? Será porque criei expectativas demais encima dele que estou tendo essas reações? Só pode ser!

- Obrigada Sir...?

- Fullbuster, mas pode me chamar por Gray, vossa alteza – ele disse beijando as costas da minha mão direita, me olhando diretamente nos olhos.

- Sim – disse sem ter ideia do que estava falando – Por que não se senta? Sra. Spetto preparou um chá para nós – disse me dirigindo à mesa redonda branca, porém antes que chegasse à cadeira, Sir Gray a puxou para eu me sentar – Obrigada – sorri.

Ele sentou-se ao meu lado, e Virgo tratou de nos servir o chá quente. Sir Gray não parava de me observar, me deixando incomodada. Decidi o encarar de volta. Nossos olhares se encontraram novamente, e senti o arrepio de antes.

Comecei, inconscientemente, a observar cada detalhe de sua feição. Seus olhos eram de um azul tão escuro que quase podia-se jurar que eram negros, mas como estávamos ao sol, eu podia ver o brilho azul refletido. Seu nariz era reto, meio arrebitado na ponta, dando um certo charme. Sua boca era média, nem muito pequena nem muito grande, eu diria que era na medida para combinar com o resto. Voltei para seus olhos, e nos encontramos. Percebi que ele havia se aproximado um pouco desde que sentou-se a mesa. Pisquei voltando para a realidade, tomei um pouco do meu chá, tentando olhar para todos os lados menos pra ele.

- E-então – limpei a garganta – De onde você é mesmo? – tomei mais um gole do chá, ele apenas deu uma risada leve.

- De uma terra não muito distante chamada Hargeon, mas não vamos falar sobre mim, estou aqui para conhece-la e quem sabe conseguir ganhar vossa mão, princesa. – ele disse me olhando intensamente, e olá novamente bochechas coradas! Ele se aproximou mais um pouco, e agora estava quase encima de mim, me fazendo ficar mais desconfortável ainda.

- Sir Gray... – disse baixo, mas ele já estava tão próximo que podia sentir sua respiração quente batendo em minha pele. – Esper... – e não consegui terminar de falar, pois fui interrompida.


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Notas finais do capítulo

até semana que vem! o/
deixem reviews! :D

ps: vi que tenho 40 leitores nessa fic e queria deixar um recadinho: não sejam tímidos leitores fantasmas!! quero conhecer vcs! venham e digam um olá pra mim nos reviews! eu nao mordo haha ;)