My Best (dragon) Friend escrita por AutomaticLove


Capítulo 2
Cap 2 – Meu melhor amigo, um dragão!


Notas iniciais do capítulo

woooow 11 reviews no primeiro capitulo!! isso é mais do que eu esperava e merecia! kkkk
obigadaa de coração a todos que leram e comentaram!! ♥

aqui segue o segundo capitulo!
espero que gostem! :3



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Acordei com os passarinhos cantando em minha janela, abri os olhos lentamente, sendo surpreendida por um par de olhos ônix bem aberto me encarando.

- Bom dia, Natsu – falei ainda sonolenta, ouvindo um rosnado em resposta. Levantei-me e espreguicei, olhei para Natsu, que também estava se espreguiçando – Dormiu bem? – ele acenou com a cabeça, abanando a cauda – Que bom! – sorri, fui ate meu guarda-roupa e peguei um dos meus vestidos mais confortáveis, vesti e voltei para o quarto. – Já deve estar na hora do café da manhã, eu trago um pouco para você. – falei e ele apenas concordou com a cabeça.

Desci as escadas e me dirigi ate o salão principal, encontrando a grande mesa repleta de comida. Percebi que meu pai não estava presente, o que era muito estranho, olhei ao redor e encontrei Virgo, uma das empregadas do castelo e antiga dama de companhia de minha mãe.

- Virgo, onde está meu pai?

- Vossa majestade saiu cedo, dizendo que iria ate o reino próximo tratar do seu casamento, princesa – ela disse fazendo uma reverencia.

- O que?? – falei alto, fazendo ecoar pelo salão vazio – Não acredito que ele esta fazendo isso!!  - me levantei nervosa, ele não podia fazer isso sem me avisar! Peguei o guardanapo com o café do Natsu e subi correndo as escadas, ainda brava com meu pai. – Ai que raiva!! – gritei assim que tranquei a porta, assustando o animal que ainda estava deitado em minha cama, ele me lançou um olhar repreensor. Abri a trouxinha e entreguei a ele – Aqui seu café – falei me sentando irritada na penteadeira, me olhando no espelho – Se mamãe estivesse aqui ela não iria deixa-lo fazer isso... – murmurei para mim mesma. Senti algo roçar em minha perna, olhei para baixo e vi Natsu me olhando preocupado. Peguei-o e o coloquei encima da penteadeira, para ficarmos no mesmo nível. – Meu pai quer decidir ele mesmo com quem devo me casar, e pior, o mais rápido possível. Eu não quero me casar aos 12 anos! Quero viver mais tempo sendo livre, quero poder viver aventuras, amores, como nos livros de literatura que tem na biblioteca. – suspirei, ele me encarava ainda.

De repente lembrei que tinha algo para fazer hoje, me levantei abruptamente, o assustando tanto que caiu da penteadeira, dei uma risadinha, enquanto ele me olhava bravo.

- Vamos à biblioteca, procurar saber o que você é! – falei animada apontando para ele. Saímos do meu quarto cuidadosamente, tomei um cuidado especial para que ninguém visse Natsu. Como a biblioteca era relativamente longe do meu quarto, pegamos um atalho através de uma passagem secreta atrás de uma tapeçaria em um corredor ao norte da escadaria da princesa. Assim que chegamos ao grande ambiente repleto de livros, corri ate a prateleira sobre animais, pegando todas as edições sobre repteis e anfíbios possíveis de carregar nos braços. Larguei tudo encima de uma das mesas por ali, Natsu rapidamente escalou uma das pernas dela e se postou ao lado dos livros. Sentei-me em uma cadeira e abri o primeiro livros: Répteis aquáticos. Folheei procurando uma imagem que descrevesse Natsu, porém não encontrei nada.

- Você não é aquático – falei o olhando. Folheei outro livro: répteis terrestres. Achei uma imagem que parecia muito com ele, porém sem as asas. – Não, sua característica principal são essas asas – ele me olhava curioso, sem entender o que eu dizia, continuei a folhear, não encontrando mais nada, suspirei. Peguei outro livro: anfíbios – Será que você é um anfíbio? – falei o analisando. Folheei rapidamente, não encontrando nada, novamente. – O que será você?? – ele me olhava meio desanimado.

Decidi procurar mais um pouco pelas prateleiras infinitas da biblioteca, passei pela seção de literatura e vi o livro que minha mãe lia para mim, o peguei apenas para uma distração rápida. Voltei para a mesa e abri o exemplar, corri os olhos pelas imagens, até que uma me surpreendeu. Era a imagem de um bicho enorme, com ar imponente soltando fogo pela boca, com os dentes grandes e afiados a mostra, as garras compridas e ameaçadoras rasgando o couro de uma vaca no chão e suas asas bem abertas o fazendo parecer maior ainda. Olhei rapidamente da imagem para Natsu, e voltei minha atenção para o livro, logo abaixo da figura do animal poderoso tinha uma legenda: O terrível dragão de fogo.

Natsu não estava entendendo meu silencio prolongado e muito menos minha expressão de espanto, então se aproximou e abaixou o livro de minhas mãos, e assim que viu a imagem do dragão deu um pulo para trás, mas depois se aproximou lentamente virando a cabeça para ver melhor. Ele olhou rapidamente do livro para mim, com uma expressão estranha.

- O que foi? – perguntei e ele olhou novamente do livro para mim – Não estou entendendo – ele então, com a pata dianteira, tocou a imagem e em seguida tocou em si mesmo, assim a ficha caiu – VOCÊ É UM DRAGÃO!!! Você é um filhote de dragão!!! – gritei apontando para ele, que revirava os olhos. – Oh céus! Eu sequestrei um filhote de dragão! E agora? Sua mãe virá atrás de mim e de minha família! – comecei a andar de um lado para o outro, preocupada. Ele me acompanhava com os olhos, parou e pulou no chão a minha frente, me impedindo de continuar, e me olhou seriamente. Eu não estava entendendo o que ele queria dizer com isso, até que ele balançou a cabeça em negação, ainda me olhando nos olhos. – V-você não tem mãe? – ele negou novamente, me senti estranha, o encarava, esperando que ele fizesse mais alguma coisa, mas ele continuou lá parado me encarando de volta.

Senti meio que comovida, afinal éramos parecidos nesse ponto, nossas mães já não estavam mais conosco. Senti uma coisa fria escorrer pela minha bochecha, e do nada uma coisa úmida e quente percorrer o mesmo caminho, porém ao contrario. Natsu tinha lambido minha lágrima solitária. O olhei espantada, colocando a mão no local ainda úmido, corando um pouco.

- Quando te encontrei, você estava perdido? – perguntei hesitante, e ele confirmou – Mas, e seu pai, onde ele está? – ele apenas revirou os olhos, parecia que não se importava com isso no momento – Sendo assim, você aceitaria viver aqui comigo? – falei ansiosa, ele pensou um pouco, e novamente me surpreendi com um sorriso enorme dele, também sorri. – Obrigada – murmurei

Ficamos a tarde inteira na biblioteca, procurando por mais livros sobre dragões, mas encontramos apenas uns poucos exemplares. Segundo um texto descritivo em um dos livros, concluí que Natsu era um dragão de fogo comum. Estava olhando para ele, que no momento tentava fazer a mesma pose do desenho, então de repente ele espirra, saindo fogo pelas suas narinas, o assustando e me assustando também. Nos olhamos espantados e eu comecei a rir, e ele começou a fazer um barulho que misturava um grunhido e um rosnado, acredito que fosse uma espécie de risada.

E assim, ele virou meu melhor amigo. Sim, um dragão virou o melhor amigo de uma princesa, estranho né? Mas é assim que deve ser a vida, fora do comum e surpreendendo a cada dia.

(...) 10 Anos depois

- Mas Vossa alteza...  – dizia mais um candidato que meu pai trouxe para ser meu marido, mais um que eu ignorava e largava falando sozinho.

- Vamos Natsu – falei me levantando da cadeira, sendo acompanhada pelo meu amigo.

- Vossa alteza! Escute o que tenho a lhe oferecer! – ele disse agarrando meu braço com força, olhei para sua mão com desprezo

- Me solta – falei o olhando séria

- Eu tenho terras até onde o olhar pode alcançar no horizonte, um exercito com mais de mil homens dispostos a dar a vida para nossa proteção, milhares de pilhas de ouro e jóias...

- Me solta, Sir Loke, não quero ter que pedir novamente. – o avisei, ele simplesmente me ignorou e continuou a falar sobre a quantidade de ouro e terras eu poderia ter se me casasse com ele – Sir Loke, entenda de uma vez, eu não vou me casar com o senhor, e, por favor, me solte!

- Não, mas a princesa esta errada!! – ele disse apertando mais ainda meu braço, me fazendo gemer de dor, e no segundo seguinte só ouvi um rosnado alto e um grito de dor. Pelo que parecia, Natsu pulou no braço de Sir Loke e o mordeu, assim me soltando de seu aperto.

- Natsu! Solte ele! – falei massageando o local avermelhado onde estava preso. Natsu demorou um pouco, e então cuspiu o braço todo ensanguentado de sir Loke. – Virgo! Virgo! – assim que chamei minha dama de companhia, ela apareceu ao meu lado – Leve Sir Loke para a enfermaria e cuide da mordida que Natsu deu nele, por favor.

- Sim, princesa – ela disse fazendo uma reverencia e em seguida pegando o rapaz pelo outro braço, o puxando para dentro do castelo.

Me voltei para Natsu, o olhando repreendedora, ele apenas abaixou a cabeça e desviou o olhar. Suspirei, não conseguia ficar brava com ele por um motivo desses.

- Obrigada – falei o surpreendendo. Ele me olhou novamente, e sorriu. Ainda não achei uma maneira de não sorrir quando ele sorri. – Mas da próxima vez tenta morder um pouco mais de leve, não quero que sua cabeça seja colocada a premio e você seja caçado. E também não quero ficar conhecida como a princesa que é mantida presa pelo dragão malvado. Deixa isso para os contos de fadas. – dei uma risadinha

- Lu-ce – olhei para Natsu, não era de hoje que ele tentava falar, faz uns 4 anos que ele conseguiu, com muito esforço, pronunciar sua primeira palavra inteligível: Luce, provavelmente ele estava tentando falar meu nome, mas o Y do final saiu com som de E. Aceitei isso como um apelido dele pra mim. – Lu-ce – ele abriu as grandes asas e começou a agita-las, provocando um vento ao meu redor.

- Você quer ir voar? Ok, deixe-me somente avisar a Virgo que estou saindo. – entrei rapidamente no castelo, gritando por Virgo, que sempre aparece ao meu lado tão rápido quanto um piscar de olhos. – Virgo, eu e Natsu iremos voar, então se mais alguém aparecer me procurando diga que sai, que só volto ao fim da tarde e que não é para me esperar, sim?

- Sim princesa – ela disse fazendo uma reverencia rápida – Aqui sua cela acolchoada de veludo. – ela me entregou uma cela vermelha que normalmente usava para ir voar.

- Obrigada Virgo! Já estava quase me esquecendo da cela! Estou saindo! – falei já atravessando a porta principal, saindo para o jardim banhado de sol, onde já se encontrava Natsu planando não muito alto. Assim que me viu, fez uma manobra no ar e aterrissou levemente ao meu lado.  – Você está animado hoje, hein? – dei uma risada e ele rosnou alto, mostrando todos os dentes brancos. Coloquei rapidamente a cela, prendendo firmemente em seu abdômen. Dei um pequeno salto, montando na cela e me firmado. Natsu olhou para trás, tendo a certeza de que eu estou bem ajeitada nas suas costas. Sorri indicando que estava bem, e ele grunhiu, se movendo para frente pegando velocidade para a decolagem. Ele abriu as asas e saltou.

O vento aumentou em meu rosto, fechei os olhos, aproveitando a sensação de estar voando junto das nuvens. Em meio ao barulho do ar passando rápido em meus ouvidos, escuto um rugido, não resisti e dei risada. Natsu realmente gostava de voar. E isso me deixava muito feliz. Enchi os pulmões de ar e gritei o mais alto que consegui, sendo seguida por Natsu com seu rugido potente. Ri mais ainda, adorava isso tanto quanto ele.


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Notas finais do capítulo

bem, esse é o segundo capitulo...
e é agora que começa a historia de verdade kkkkkk

deixem reviews dizendo o que gostaram e o que desgostaram!

até semana que vem! :D