My Best (dragon) Friend escrita por AutomaticLove


Capítulo 1
Cap 1 – O lagarto gigante


Notas iniciais do capítulo

então essa será uma short fic, no maximo uns 5 ou 6 capítulos.
para escrever essa fic me inspirei, aleatoriamente, em alguns filmes, como: como treinar seu dragão, valente, harry potter, a bela e a fera, entre outros que nao consigo lembrar no momento xD

esse primeiro capitulo é meio chatinho, mas por favor nao desanimem!! prometo que melhora nos outros!! (espero que melhore para o gosto de voces, pq eu acho que melhorou, mas vai saber a opiniao de vcs, leitores)

boa leitura!! :D



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Estava cansada de ficar trancada em casa. Segundo meu pai, era para minha segurança, que o mundo lá fora era muito perigoso, e eu precisava me preparar desde já para servir meu futuro marido. Eu não gosto desse tipo de conversa que meu pai insiste em colocar em pauta toda vez que conversamos: meu futuro marido. Poxa, eu só tenho 7 anos!! Eu só deveria pensar nisso daqui a 10 anos!!

- Nada disso Lucy! O seu casamento deve acontecer o mais rápido possível, para conseguirmos manter o sangue Heartphilia vivo nesse reino que seus antepassados construíram! E para que isso ocorra você deve se preparar desde já, aprendendo a costurar, a cantar, a dançar entre outras coisas que princesas fazem para seus maridos. – e novamente estávamos nesse assunto monótono, por isso apenas acenei com a cabeça e sai do salão principal. E pensar que apenas comentei sobre meu casamento ser adiado um pouco, porque não me sentia muito bem em me casar aos 12 anos.

Subindo as escadas ate meu quarto, olhei pela janela, o sol brilhava intensamente sobre o extenso gramado verde que rodeava o castelo, mais ao longe as copas das árvores altas balançavam suavemente sobre a brisa morna do dia de verão. Suspirei, me apoiando no peitoral da janela, hipnotizada pelos movimentos das árvores.

Uma ideia repentina me veio à cabeça, me endireitei e desci as escadas rapidamente, parando ao final para ouvir se alguém vinha. Como não havia ninguém por perto, me espreitei pelo saguão de entrada até a porta principal, a abrindo o mais silenciosamente possível e saindo para o grande jardim. Respirei fundo, sentindo o calor do sol aquecendo meu rosto, sorri. Corri pelo gramado verde como esmeralda, sentindo o vento brincar com meus cabelos soltos.

Cheguei à orla da floresta e parei, admirando a grandeza das árvores ali. Dei uma olhada rápida para o castelo, tendo certeza que ninguém estava me seguindo, e entrei em meio às árvores. Encontrei uma trilha e decidi seguir por ela, assim pelo menos saberia voltar.

Olhei para cima, a luz verde me acalmava e o ar fresco enchia meus pulmões, comecei a rodar de braços abertos, ouvindo o silencio, que diferente do silencio de casa, me dava conforto. De repente ouço um farfalhar de folhas próximo a mim, parei abruptamente e olhei ao redor. Será que alguém me seguiu? O medo começou a invadir minha mente, porém quase imediatamente o alívio me veio. Um animal saltou do arbusto mais próximo, me assustando.

-Oh céus! – disse levando as mãos ao peito, tentando acalmar o coração. Olhei melhor o animal ao qual me surpreendi, parecia um lagarto que havia crescido demais, de uma coloração avermelhada, possuía um par de asas nos flancos e chifres pontiagudos na cabeça. Percebi que ele me observava também, com seus grandes olhos ônix. Inclinei a cabeça para a direita, e ele me imitou, inclinei para o outro lado e novamente ele fez o mesmo. – Olá! – disse sorrindo, ele continuava a me olhar curiosamente. Decidi me aproximar um pouco do animal, dei uns passos vacilantes em sua direção, esticando lentamente o braço. Ele percebendo a minha tentativa de contato, se afastou rapidamente, rosnando e mostrando os dentes pequenos e afiados. – Não, calma! – falei me aproximando rapidamente o fazendo sair correndo de mim. – Droga!

Sai correndo atrás dele, queria saber mais sobre esse lagarto gigante. Durante a corrida, não vi um galho caído no chão e tropecei, perdendo o equilíbrio tentei me agarrar em qualquer coisa que estivesse à mão, porem sem muito sucesso. A última coisa que vi foi um barranco enorme a minha frente e eu caindo gritando nessa direção.

(...) Senti algo cutucar minha bochecha, abri os olhos rapidamente, fazendo tudo ao meu redor girar. Tentei focar em alguma coisa, e a primeira que me veio aos olhos foram escamas vermelhas. Sentei-me e voltei a ser encarada por aqueles olhos estranhamente expressivos para um animal.

- Você me salvou? – perguntei, como se ele fosse responder, e por incrível que pareça ele respondeu, não com palavras, mas com um aceno rápido da cabeça. – Obrigada! – falei sorrindo, e ele apenas desviou o olhar.

Olhei para mim mesma procurando algum machucado, e nada encontrei, ainda bem, somente o vestido que estava um pouco sujo de terra. Olhei novamente para meu salvador, e este estava estranhamente encolhido, como se estivesse machucado. Aproximei-me dele, o vendo se afastar rapidamente e soltar um grunhido que eu juguei ser de dor.

– Não vou te machucar – falei baixo, tentando me aproximar mais uma vez e agora ele deixou, assim que cheguei perto o suficiente pude ver o que lhe causava dor: um machucado feio na asa esquerda que estava sangrando. – Oh céus, você está machucado! – falei pondo as mãos enfrente a boca, espantada. Ele novamente grunhiu como se pedisse para eu não fazer tanto escândalo. – Vou te levar pra casa e cuidar desse machucado – falei decidida, ele rosnou em negação se afastando – Ah vamos, não quero ficar devendo á você por ter me salvado! Pelo menos se eu cuidar desse seu machucado poderei pagar parte da minha divida. – falei e ele pareceu pensar sobre isso, após um tempo ele veio até mim, olhou nos meus olhos desconfiado por um instante e se largou ao meus pés.

O peguei cuidadosamente no colo, tomando um cuidado maior com a asa esquerda, e sai caminhando pela floresta, tarde demais para mim, percebi que estava fora da trilha que seguia antes de cair, parei abruptamente. Ele se remexeu em meus braços e me olhou, perguntando com os olhos por que parei do nada.

- Estou perdida – falei o olhando também – Eu estava em uma trilha quando cai e agora não sei mais onde estou – falei olhando ao redor procurando por alguma árvore que reconhecesse. Ele apenas suspirou e começou a farejar algo no ar, e de repente ele apontou uma direção com a cauda – Tem certeza? – e ele confirmou com a cabeça, dei de ombros e segui na direção que foi apontada, após alguns passos me encontrei em uma trilha, o olhei e ele apontou enfrente, segui o caminho e rapidamente já estava vendo o gramado do castelo, sorri e acelerei o passo.

Assim que terminei de cruzar aquele tapetão verde, fui por trás do castelo, por uma entrada secreta que somente eu conhecia que iria dar embaixo da escada perto do salão principal. Retirei a pedra que bloqueava o caminho e vi uma luz fraca adiante, parei um minuto para ouvir se havia pessoas por perto, esgueirei-me para fora do buraco e rapidamente bloqueando a entrada novamente, tudo isso ainda carregando o lagarto gigante ferido. Espiei pelo corredor e estava vazio, corri em direção à escada que terminava no meu quarto, subi sem fazer barulho e me tranquei em meu aposento.

- Bom, bem-vindo ao meu castelo e ao meu quarto! – falei o depositando cuidadosamente na minha cama. Corri para meu armarinho de canto, peguei a caixinha de primeiros socorros e corri novamente até ele. Com um tecido encharcado em rum, dei uma limpada na ferida e vi que não era tão grave assim, que ela iria curar em alguns dias. – Ah, não é tão grave assim! – falei para anima-lo, ele me encarava intensamente e depois olhou o machucado. – Viu? Você vai estar completamente curado em uns 4 dias no máximo! E vai poder voar novamente pelos ares! Deve ser muito bom poder voar, né? Atravessar as nuvens, sentir o vento bater forte no rosto...

Terminei de fazer um curativo na asa dele e me afastei para guardar a caixinha. Quando voltei ele estava esticando a asa, provavelmente vendo se ainda tinha movimentos mesmo com o curativo, e ensaiou umas batidas, grunhindo um pouco, deveria estar doendo ainda.

- Não precisa se esforçar tanto agora, descanse um pouco e amanha você faz isso novamente e não irá doer tanto – falei me sentando ao seu lado sorrindo gentilmente, ele apenas me olhou um tempo e desviou para a asa – Se quiser pode dormir aqui comigo na cama, ela é grande de qualquer forma, cabe nós dois muito bem – ele voltou seu olhar para mim, e fez um barulhinho esquisito, uma espécie de rosnado baixinho, como se aprovasse a ideia de dormir na cama. – Pois bem, estou com fome e já estamos perto do jantar – ele se animou com a menção da palavra jantar, e começou a balançar a cauda. – Eu trago um pouco de comida pra você, mas por favor não saia desse quarto, ok? – ele acenou com a cabeça, ainda animado, sorri com a empolgação dele sai do quarto.

Assim que cheguei ao salão principal, a mesa já estava posta com uma variedade enorme de comida, e meu pai já estava sentado em seu lugar na ponta da grande mesa. Sentei-me um uma cadeira próxima, mas ainda com certa distancia, para ele não me ver escondendo a comida no guardanapo.

O silencio durou o jantar inteiro, me incomodando um pouco. Olhei discretamente para meu pai, e ele mantinha um olhar distante, provavelmente pensando em trabalho, como sempre. Desde a morte de mamãe ele só pensa nisso, trabalho, impostos, leis, meu futuro casamento, dinheiro... Isso tudo porque só faz 1 ano e meio que ela se foi, mas mesmo assim acho que ele deveria superar isso de outra forma. Suspiro. Levanto-me, escondendo a trouxinha de comida ás minhas costas, faço uma leve reverencia.

- Se me permite sair, já estou satisfeita – falei sem olhar para ele.

- Sim – ele disse vagamente e sai apressadamente do salão

Subi correndo as escadas e entrei afobada no quarto, o lagarto gigante que continuava encima da cama levantou a cabeça e seu olhar se direcionou para a trouxinha em minhas mãos.

- Aqui, sei que não é muito, mas foi o que deu para trazer sem ser percebido – falei abrindo o guardanapo e mostrando o conteúdo ao animal – Tem um pedaço de pernil, uma coxa de faisão, um pedaço de costela de boi, umas uvas, alguns damascos secos e ovos de galinha. Boa refeição. - Falei entregando o jantar para ele, que devorou tudo em alguns segundos – Estava bom? – perguntei o olhando curiosa enquanto ele lambia a boca, então, inesperadamente, ele sorriu, um sorriso cheio de dentes brancos e pontiagudos. – Isso é um sim? – falei rindo e ele abanou a cauda, animado – Que bom que gostou! – sorri e ele paralisou, me encarando – Dá para você parar de ficar me encarando? Assim você me deixa sem jeito – falei corando um pouco, não sei por que, mas esse animal de alguma forma, quando me encara desse jeito, me deixa estranha, como se ele estivesse olhando a minha alma. – Você é muito expressivo para um lagarto gigante... Aliás, o que você é? Um lagarto, mesmo que crescesse muito, não chegaria a esse tamanho de quase um metro e meio, sem contar que lagartos comuns não têm asas... né? – falei o analisando atentamente, enquanto, por algum motivo que desconheço, ele revirava os olhos. – Ah quer saber, está tarde. Amanhã nós pesquisamos sobre o que você é – falei decidida que no dia seguinte eu descobriria que espécie ele pertencia – Então vamos dormir agora que amanhã será cansativo na biblioteca.

Apaguei a vela e o quarto entrou um negror total, apenas conseguia distinguir vagamente o brilho dos olhos dele ao meu lado na cama.

– Ah, a propósito, meu nome é Lucy Heartphilia. – falei sorrindo sonolenta – Como eu devo te chamar? – divaguei um pouco com nomes – Ah, você é menino ou menina? – apenas ouvi um grunhido como resposta – Ok, rosne se for não e grunhe se for sim. Menina? – rosnado – Menino?? – grunhido – Aah então estou junto de um cavalheiro? – falei e dei uma risadinha – Pois bem, agora vamos decidir seu nome. Hum... – Lembrei-me de uma historia que minha mãe me contava antes de dormir, sobre um cavaleiro corajoso que enfrentou o mundo inteiro para proteger sua amada princesa. O nome do cavaleiro? – Natsu! Esse vai ser seu nome! Gostou? – ouvi um grunhido, sorri em resposta – Então boa noite, Natsu. – falei já me entregando ao cansaço, mas não sem antes ouvir aquele mesmo rosnado baixinho de antes em resposta.


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Notas finais do capítulo

então, esse é o primeiro capítulo!
avisos: irei postar um capitulo por semana, sem dia exato, posto quando der
deixem reviews!! adoro saber se as pessoas estão gostando ou nao da fic! nao se sinta na obrigaçao de escrever uma biblia de comentario, sinta-se livre para escrever um singelo "gostei" e eu terei o prazer de responder! :3