Novos Tempos Em Hogwarts 3 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 4
Jantar em Família


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, desculpem pela demora. Mas sabem como é final de semestre principalmente quando se está na faculdade. Realmente tempo se torna algo raro.
Então, é isso...leiam a o cap., as coisas estão um pouco mornas por enquanto. Mas quem sabe o proximo capitulo nos aguarda?
Boa leitura, nos vemos lá embaixo.



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Dominique e Narcisa chegaram ao andar debaixo no exato momento em que escutaram a voz de Lily soar nos andares acima enquanto o som de passos apressados era escutado, fazendo com que as duas garotas tivessem que sair do caminho do furacão ruivo e companhia que estava descendo as escadas.

Rose respirara ansiosa ao ver novamente seu lar após tanto tempo, mesmo que tivesse estado ali nas férias de natal agora ela sabia que iria ficar de verdade e poderia retornar a sua antiga vida afinal.

Ela tocara o portão e o abrira, seguindo pelo caminho de terra que levava até a entrada da casa de sete andares meio-torta. Ao colocar a mão na maçaneta e roda-la alguns poucos segundos depois de a porta ter se aberto pode encarar algumas pessoas que estavam na sala e antes que pudesse dizer qualquer coisa alguém a interrompera.

_ Meu Merlin, ela está de volta... – disse Lily vibrando enquanto saltava os degraus da escada depressa ao lado de Alice para abraçar à ruiva que acabara de chegar.

_ age como se não soubesse que eu iria voltar – disse Rose gargalhando enquanto abraçava a prima.

_ que se dane que você avisou, trouxe presentes? – disse Lily com um ar interesseiro.

_ vai com calma ai nanica, deixa um pouco da ruiva para mim – disse Scorpius surgindo ao lado dos outros sonserinos no mesmo instante em que a corvina se separava da prima.

Scorpius se aproximara da ruiva, que o encarara com um sorriso nos lábios que o fizera fazer o mesmo. O loiro havia mudado um pouco desde os tempos em que ambos ainda eram inimigos e nem sequer se suportavam olhar um no outro, agora ele estava mais velho e sua voz mais grave sendo que ela tivera o prazer de acompanhar um pouco aquelas mudanças assim como ele fizera com ela apesar de ter sido nas férias apenas.

Scorpius estava mais alto, sua pele havia ganhado um pouco de cor quebrando a regra da família Malfoy de pele pálida desde sempre, aquilo se devia as praticas de quadribol durante o verão de sol escaldante. Seus cabelos haviam crescido um pouco desde a ultima vez em que haviam se visto de um modo que ele os usava de um jeito que parecia que ele havia acabado de descer da vassoura.

_ olá – disse Scorpius despertado a ruiva de seus pensamentos.

_ oi – disse Rose sorrindo simples, mas seu sorriso foi ofuscado pelo brilho de um flash que irritara os olhos de ambos.

_ Alice, não era uma boa hora para fotos – disse Albus para a lufana que parecia sem jeito com os olhares sérios que recebia dos dois amigos.

_ ah, é... Eu sei, é que vocês ficaram tão fofos que... – disse Alice tentando se explicar – eu não resisti, desculpe não se preocupem que eu mando uma copia dela para cada um.

_ espero ter saído bem – disse Scorpius desmanchando a cara seria e lançando um sorriso maroto para a morena, aquela frase fizera não apenas Alice sorrir, mas também Rose, a ruiva enlaçara seus dedos com os do rapaz.

A porta se abriu rapidamente acabando por assustar o casal que se apressou em se distanciar um pouco um do outro. Eles tiveram sorte por não ter sido Ron o primeiro a entrar do contrario talvez tivesse vindo alguma espécie de pergunta comprometedora, fora Hermione, no entanto que entrara, e tudo que fizera fora fazer de conta que não vira a filha e o loiro de mãos dadas a segundos atrás.

_ finalmente em casa – disse Ron vindo mais atrás carregando as malas atrás de si com um feitiço – então, princesa matando a saudade da família? Já avisou a vovó que chegamos?

_ não, papai ainda não tive a chance – disse Rose ainda encarando o loiro de canto de olho, vendo que se encostara a uma parede tendo Albus em sua frente meio que para oculta-lo do campo de visão de Ron, como sempre preferia fazer quando o auror estava presente.

_ mas que algazarra toda é essa na minha sala? – disse vovó Molly saindo da cozinha seguida por seu esposo, ambos pararam no exato instante em que avistaram os netos recém-chegados – Oh, Rose! – ela se aproximara da garota dando um abraço forte nela – olhe para você, está deslumbrante já é quase uma mulher feita.

_ é bom rever você vovó – disse Rose ao se separar do abraço em seguida indo cumprimentar o avô. 

_ Louis! – ela se voltara para o neto o abraçando do mesmo jeito que havia feito com a ruiva, somente com a diferença que ele era pelo menos uns trinta ou quarenta centímetros mais alto que a avó.

_ oi vovó – disse Louis, mas logo foi interrompido pela avó puxando sua orelha o fazendo gemer, fora o momento que Rose percebera que a velha senhora percebera seu brinco.

_ William venha aqui embaixo, agora mesmo – disse vovó Molly com seu tom autoritário que geralmente não se via com tanta freqüência desde que os filhos haviam crescido.

_ o que está acontecendo mamãe? – disse Bill enquanto descia as escadas seguido pela esposa – hei, olha só quem chegou – ele sorriu a avistar o loiro quando estava descendo os últimos degraus - Como foi a viagem filho? – eles terminaram de descer as escadas e foi logo surpreendido pela mãe lhe puxando pelo braço.

_ olhe o mau exemplo que você está dando a ele, veja o que ele tem na orelha – disse vovó Molly – essa coisa horrorosa que ele está usando.

_ querida, por favor, é só um brinco – disse vovô Arthur tentando acalmar a esposa.

_ não sei o porquê o escândalo vovó, eu gostei – disse Lucy se encostando corrimão da escada – deu um ar rebelde ao garoto sempre certinho que era o Louis, é até charmoso se quer saber.

_ obrigado Lucy – disse Louis e a ruiva sorrira.

_ não posso obrigá-lo a tirar o brinco mãe, até porque usei o meu por anos – disse Bill.

_ eu achêr muitô bonit – disse Fleur sorrindo para o filho – mer fazê lembrarr di quãn conhecir Bill – o ruivo sorrira fazendo algumas cicatrizes de seu rosto se sobressaírem enquanto abraçava a esposa pela cintura – enton... non vai nuss apresentarr est garrota belissimê.

_ ah, claro – disse Louis ainda massageando a orelha que a avó tinha puxado – essa é minha namorada, Charlotte, esses são meus pais.

_ Louis falarr ton biem de vous qui je non mi contiãn em conhecerros – disse Charlotte arrancando sorrisos de Bill que se aproximou para cumprimentá-la.

_ devo dizer que ele soube escolher muito bem – disse Bill – bem vinda, espero que se sinta a vontade com nossa família.

_ sejê benvinda querrida – disse Fleur sorrindo para a garota, podia se notar a tensão sobre a meio-veela afinal estava bastante contida naquela situação, no geral era uma das pessoas mais hospitaleiras da família.

_ e não repara, as pessoas de nossa família são assim mesmo – disse Dominique chamando a atenção dos outros – eu quero dizer que somos amigáveis e carinhosos pessoal.

_ acredito que as crianças queiram se trocar e se instalarem nos quartos – disse Hermione e as pessoas começaram a se dispersar dando acesso até a escada – venha Louis, você vai ficar no quarto do Hugo, preparei uma cama lá para você.

_ ondê je irrei dormir? – disse Charlotte curiosa.

_ no meu quarto – disse Rose sorrindo para a loira.

_ sublimê – disse Charlotte animada – serrá melhôrr qui en Beauxbatons, poderremos passarr a nuit interra converssand una con a otra.

Hermione subiu os degraus sendo seguida por Louis pegou na mão de Charlotte e a guiou até o andar de cima. Durante o caminho a garota fazia elogios ao lugar e aos parentes, mas que logo se abafaram quando já haviam sumido de vista. Fleur desmanchara o sorriso assim que a garota desaparecera se voltando para o marido com uma feição triste, houve uma troca de olhares antes de ambos irem para a cozinha, chamados pela Sra. Weasley assim como também o fizeram Fred, Dominique, James e Narcisa.

Ron subira logo em seguida trazendo as malas flutuando atrás de si. Rose seguiu logo atrás do pai, dando um ultimo olhar para uma das poucas pessoas que ainda permanecia na sala. Scorpius sorriu discretamente ao perceber o olhar dela sobre si, e ela fez o mesmo logo em seguida subindo os degraus apressada para conseguir alcançar o pai.

Ao chegar ao quarto, Rose pode reparar que se mantinha do mesmo jeito que o deixara quando retornara para Beauxbatons após as férias de páscoa. Sobre a cama estavam alguns presentes de boas vindas, que a garota se prontificou em abrir e enquanto fazia foi surpreendida por uma voz.

_ a camiseta foi idéia da Lily – disse Hermione que se encontrava no batente da porta fazendo a filha se voltar para encará-la enquanto depositava na cama a peça.

_ é linda, sabia que na França não há camisetas do Chudley Cannons? Ainda bem que não é do Harpies, a Lily pelo menos acertou desta vez, ou simplesmente não quis fazer suas gracinhas com medo que eu não desse o presente que trouxe para ela – disse Rose para então reparar num embrulho bastante bem feito, e em um pequeno com um bilhete sobre ele que identificou a letra logo que batera os olhos, era dele, Scorpius, mas não o abriria, não na frente da mãe.

_ é dele não? – disse Hermione chamando a atenção da filha.

_ de quem você pensa que é? – disse Rose se fazendo de desentendida.

_ acho que sabe muito bem de quem estou falando – disse Hermione encostando a porta e falando baixinho – Scorpius.

_ ridículo mamãe, que coisa – disse Rose rindo – porque o Malfoy me mandaria um presente, a menos que tenha uma bomba de bosta programada para estourar assim que abrir, isto aqui é do Albus. 

_ na se faça de sonsa para cima de mim Rose, ou acha que não reparei no modo como Scorpius a encarava enquanto estava na sala – disse Hermione – ainda mais que eu o vi colocando esse presente ai mais cedo.

_ sabe que eu não notei – disse Rose ainda evitando olhar para a castanha.

_ não diga mentiras para mim, eu sou sua mãe – disse Hermione no seu tom mandão - eu sei o que vi querida, então não tente mais esconder a verdade.

_ que verdade? – disse Rose – a senhora que está vendo coisas.

_ não me trate como se eu fosse te punir ou perder a cabeça como seu pai faria no meu lugar Rose – disse Hermione calmante – eu não sou boba de perceber essa negação toda é um modo de se desviar da verdade que eu já sei então a minha pergunta para você é quanto tempo?

           

Rose suspirara abaixando a cabeça, porque tinha que ter uma mãe tão teimosa como aquela? As mãos da ruiva depositarão a caixa na cama e encarou a garota ergueu seus olhos para a face da mulher a sua frente permanecendo alguns segundos muda antes de falar.

_ 1 ano, mais ou menos isso – disse Rose fazendo a mãe sorrir a abraçando o que surpreendeu a ruiva a ponto de não retribuir – você não vai falar nada?

_ eu sabia, tinha certeza que vocês tinham algo a muito tempo já – disse Hermione pegando nas mãos da filha - Astoria e eu já suspeitávamos desde que o filho dela começou a ficar bastante interessado em passar as férias em Paris para passar um tempo nas propriedades da família por lá, agora foi confirmado o porque.

_ a mãe dele também suspeita? – disse Rose surpresa.

_ foi ela que me procurou, após alguns empregados dos Malfoy na França comentarem o quanto a nova namorada do filho era bonita – disse Hermione sorrindo – ela, claro associou a descrição da garota com você e me procurou, tive então de confidencia-la que suspeitava de algo entre vocês dois.

_ suspeitava? – disse Rose confusa – mas sempre fomos tão discretos.

_ eu sei, mas estou dizendo de antes de vocês se relacionarem, o modo como se tratavam só podia significar que havia algo a mais – disse Hermione – foi o mesmo que ocorreu com os pais de seu tio Harry, ambos não se suportavam antes do sexto ano apesar de que vocês foram mais rápidos. Bem mais rápidos para ser sincera.

_ por favor, não conte ao papai – disse Rose preocupada.

_ claro que não, vocês que vão contar – disse Hermione quando a filha tentara argumentar ela comentou – não apenas a ele como ao Draco também, mas recomendo que façam isso para cada um em separado.

_ quando devemos fazer? – disse Rose e Hermione ficou pensativa.

_ quando achar que estão prontos para passar por isso – disse Hermione sinceramente – vai ser difícil, principalmente para o Ron, seu pai tem uma grande cabeça dura e pelo que bem conheço é difícil para ele mudar suas opiniões e sobre o Draco não consigo imaginar a reação dele.

_ eu também não – disse Rose ficando triste de repente com a imagem de uma discussão entre seu pai e o sogro, mas então vira um sorriso brotar nos lábios da mãe – o que foi?

_ acho que vocês fazem um belo casal – disse Hermione e a ruiva sorrira fracamente.

_ obrigada – disse Rose.

_ pode contar comigo querida, sabe que sou alem de sua mãe sou também uma grande amiga – disse Hermione acariciando a mão da filha – e devo dizer, que o garoto que você escolheu é muito bonito e bem aperfeiçoado.

_ ah, mãe – disse Rose rindo sem jeito abraçando a mãe.

_ com licença – disse uma voz na porta quando as duas olharam deram de cara com Albus parecendo um pouco sem graça – estou interrompendo algum momento mãe e filha? Porque se for o caso, eu saio daqui e podem continuar.

_ diz logo o que você quer Al – disse Rose sorridente para o primo.

_ vovó mandou avisar que o jantar está na mesa – disse Albus enquanto Hermione se levantava da cama.

_ nos vemos lá embaixo querida – disse Hermione passando pela porta ao lado do sobrinho que dera espaço para a tia para então entrar no quarto.

_ sabe, acho que deveria estar bravo com você – disse Albus fazendo a ruiva encara-lo com cara de ponto de interrogação – chega assim depois de meses sem me ver e nem mesmo diz oi.

_ desculpe – disse Rose abraçando o primo – assim esta melhor?

Albus aproveitara o abraço, fazia tempo que não via Rose que quase esquecera o cheiro que a prima tinha. Tanto tempo sem ter a melhor amiga por perto era algo realmente horrível e teria sido pior sem as cartas que trocavam ou o apoio de Alice e dos rapazes. Eles se separaram e o moreno sorriu em resposta.

_ acho que isso é um sim – disse Rose também sorrindo.

_ deve estar com muitas perguntas para fazer – disse Albus – como as coisas mudaram, ou melhor, como sobrevivi sem você em Hogwarts.

_ não deve ter notado minha ausência com a Alice por perto, ela deve ter distraído muito bem – disse Rose fazendo Albus sorrir encabulado.

_ são coisas diferentes, mesmo eu amando a Allie, você é minha melhor amiga – disse Albus – desde que nós éramos pequenos, então eu senti sua falta, mas devo admitir que o Scorp sentiu mais.

_ ai dele se não sentisse – disse Rose – melhor irmos, a vovó não tolera atrasos na hora das refeições. 

Os dois primos saíram do quarto ao mesmo tempo, quando chegaram as escadas começaram descê-las calmamente, mas ao perceber que Albus estava na sua frente a ruiva tentou ultrapassa-lo e chegar ao fim antes dele, o que acabou desencadeando uma corrida entre os dois até a sala, corrida essa que a ruiva venceu segundo o moreno por ele ter permitido que ela vencesse.

A família Weasley estava reunida ao redor da mesa nos jardins, George havia disponibilizado algumas lanternas chinesas flutuantes que rodeavam o espaço iluminando o local. Albus tomara seu lugar entre James e Alice enquanto Rose se sentava entre a mãe e Hugo.

_ até que enfim, será que agora podemos comer? – disse James para os avós que assentiram em seguida o garoto e o seu tio Ron já estavam comendo vorazmente seus pratos, Rose estranhou o fato de o seu irmão não fazer o mesmo.

_ então, onde está o papai? – disse Albus para a mãe, mas quem respondera fora Ron.

_ efê mandum hun patronhô avisarandõ... – disse Ron, mas recebeu um tapa da esposa.

_ Ronald, por Merlin, engula antes de falar – disse Hermione enquanto o ruivo tossia.

_ ele mandou um patrono avisando que iria se atrasar, Kingsley o chamou para uma reunião de ultima hora – disse Ron bebendo um pouco de seu suco de abóbora.

_ o ministro não tinha me avisado sobre essa reunião com o Harry – disse Percy preocupado – será que é algo importante, foi só isso que ele falou no patrono?

_ não Percy, ele também falou que o ministro estava mandando um beijo de boa noite para a secretaria particular favorita dele – disse George sarcástico recebendo um olhar fuzilador do irmão mais velho. 

_ chegam os dois, nada de provocações na hora do jantar – disse vovó Molly – pensei que já tínhamos esclarecido isso antes, e no lugar de debochar do seu irmão deveria se sentir orgulhoso, afinal não é todo mundo que chega a secretario sênior do ministro.

_ certo, eu entendi – disse George – então Jay, como vai às coisas no treino para o ultimo jogo?

_ vai bem, o nosso jogo contra a Bulgária foi bastante apertado – disse James – papai falou que o Oliver mandou uma coruja elogiando minha atuação.

_ mandou mesmo, e para mim também – disse Ginny sorrindo de orgulho do filho – falou que a manobra que você utilizou para capturar o pomo foi incrível digna de um Potter.

_ captura de cabeça para baixo, realmente incrível – disse Warren Krum, namorado de Roxanne o que fez com que Fred dirigisse um olhar frio ao cunhado que ainda não engolia – não houve chance para Astarion, papai mesmo aceitou a derrota para a Inglaterra dizendo que com aquela captura o James mereceu levar a equipe dele para a final.

_ o Wood nunca esteve tão impressionado com um jogador antes – disse Angelina – talvez apenas com o Harry quando ele entrou no time da Grifinoria em 91.

_ você vai nos apresentar ele quando fomos ao jogo da final? – disse Lorcan interessado, afinal se tratava de seu ídolo desde a infância – adoraria conhecer o melhor goleiro de todos os tempos.

_ eu também era bom – disse Ron enquanto destroçava uma coxa de peru na boca – mas não segui na carreira profissional, pois preferi me tornar auror e mandar alguns bruxos das trevas para Azkaban.

_ papai me falou que chamavam o senhor de rei – disse Scorpius – o senhor deveria ser realmente bom, não é mesmo? – Ron encarara o loiro com um olhar serio assim como todos haviam ficado calados, afinal nunca havia acontecido antes de o Malfoy se dirigir diretamente para o auror daquela forma, o ruivo retornara então a comer como se nada tivesse acontecido. 

_ sim, ele era bastante bom Scorpius – disse Hermione respondendo pelo marido enquanto o encarava seriamente pelo canto dos olhos.

_ tinha até uma musiquinha feita para ele – disse George rindo com a lembrança – lembra de “Weasley é Nosso Rei”?

_ como me esquecer – disse Ron seriamente – ainda mais a lembrança do Malfoy e de toda a sonserina cantando a versão original dela.

Por alguns segundos se permaneceu em silencio, o olhar do ruivo estava voltado diretamente para Scorpius que por azar estava de frente para o sogro. Albus pode notar que o amigo estava um pouco afundado na cadeira depois daquele comentário, desconfortável.

O Potter do meio já havia ouvido a versão grifinoria da musica, e sabia da existência da sonserina apesar de nunca ter a ouvido e pela cara que o melhor amigo tinha feito ficou na duvida se talvez o loiro tivesse escutado o pai falando sobre algo ou não.

_ meu pai era um garoto idiota na época de escola Sr. Weasley – disse Scorpius tentando melhorar as coisas, ou simplesmente dizer algo em defesa de Draco – ele não é mais assim.

_ sei – disse Ron mesmo que seu tom de voz fosse de desdém.

Depois daquela ultima frase, o loiro trocou um rápido olhar com Rose que lhe lançou um sorriso discreto como um agradecimento pela tentativa de se aproximar do pai dela. Scorpius desviou o olhar para seu prato e voltou a comer. Alguns membros da família foram chegando atrasados como foi o caso de Molly e Frank. O casal se aproximou da mesa, cumprimentaram os parentes se desculpando pelo atraso antes de tomarem seus lugares. A garota ajeitava os cabelos ruivos que haviam soltado do coque enquanto o rapaz despia sua capa verde de medibruxo.

_ vocês se atrasaram – disse Percy repreendendo a filha e o namorado, recebendo uma cotovelada da esposa.

_ sei que os dois devem ter um bom motivo para chegarem atrasados desta forma – disse Audrey – e mesmo que não tenham são maiores de idade, sei que podem muito bem cuidar de si sozinhos.

_ apenas acho que eles deveriam ter um pouco mais de consideração – disse Percy resmungando.

_ aposto que estavam se pegando por ai – disse Lucy fazendo os primos segurarem o riso e fazendo a irmã e o cunhado corarem. 

_ me desculpe Sr. Weasley, mas eu tive que cobrir um colega meu que acabou ficando doente – disse Frank – eu bem que insisti para a Molly vir na frente, mas ela não quis e ficou lá me fazendo companhia.

_ tudo bem Frank, nos entendemos – disse Audrey com um sorriso gentil – como vai as coisas no hospital?


_ ótimas, minha residência está quase terminando e se a direção gostar da minha atuação é capaz de me tornar medibruxo oficial – disse Frank sorrindo com a idéia enquanto se servia – mas onde está a Guta? – falou se voltando para a irmã.

_ ela não quis vir, não estava se sentindo bem – disse Alice e naquele momento Albus e a morena lançaram um olhar para Hugo que simplesmente se manteve em silencio enquanto comia.

 _ é uma pena – disse Frank – ela adora a torta de maçã que a vovó Weasley faz – a senhora de cabelos brancos sorriu de modo que seu rosto pareceu se iluminar, era tradição de mesmo daqueles que não eram netos de sangue chamar ela e ao marido de avós coisa que sempre a fazia feliz.

_ pode deixar querido que eu cuido disso, vou guardar um pedaço para vocês levarem para a irmã de vocês – disse vovó Molly.

_ mas o que ela tem afinal Lice? – disse Lily interessada – quando chegamos lá parecia que ela estava tão bem.

_ quando serviu nos dois no Caldeirão Furado até se sentou com nos dois para beber algo – disse Lysander.

_ eu não sei – disse Alice – ela simplesmente não estava com humor para festas hoje.

Albus pode ver Hugo encarando a morena pelo canto dos olhos como se não ousasse encara-la de frente talvez porque o ruivo soubesse que fora o causador deste mal-estar de Augusta. Mas a atenção dele foi tirada pela pergunta de James dirigida a irmã caçula.

_ a senhorita demorou muito no Beco Diagonal hoje – disse James fazendo a ruiva erguer a sobrancelha questionadora – para alguém que foi apenas comprar um presente, nosso irmão esteve lá e nem te encontrou.

_ mãe, manda o Jay parar de bancar o meu pai? – disse Lily com a voz cansada, de uns tempos para cá era normal a crise de ciúmes do ruivo ter aumentado em relação a ruiva.

_ ele está apenas preocupado com você meu anjo – disse Ginny – é normal de irmãos quererem cuidar da irmã mais nova e agradeça que você tem apenas dois, pois eu tive seis para bancarem os ciumentos.

_ isso não foi gentil Ginny – disse George – eu nunca estive entre os ciumentos, muito menos o... – foi o momento que a frase morreu e o sorriso se apagou, e um silêncio que pareceu durar muito mais do que alguns segundos tomou conta até que o ruivo completou a frase – bem, não éramos ciumentos pois gostávamos do nosso nanico, magricela e ocludo e da idéia dele entrar para a família – mesmo que a frase fosse com intuito de arrancar risos não foi pois o humor não existira ali como era para ser.

_ ainda bem que os genes Weasleys foram dominantes e apenas o Albus teve o azar de nascer com os terríveis joelhos ossudos do tio Harry – disse Fred fazendo o pai abrir um sorriso.

_ falou o cara de cabelos flamejantes e rosto sardento – disse Albus sarcasticamente.

_ isso mesmo, toca na minha ferida – disse Fred se fazendo de ofendido – no entanto priminho, eu ainda tenho o charme natural dos Weasleys e meu porte atlético diferente de alguns que parecem que tem sangue de elfo domestico de tão magrelos que são. 

_ não se esqueça dos cabelos de porco-espinho – disse George abrindo um leve sorriso apesar de ainda estar com uma feição triste.

_ está mais para um ouriço que acabou de despontar da vassoura – disse Fred fazendo o pai rir assim como as outras pessoas incluindo Ginny e os filhos, menos Albus que simplesmente sorrira levemente mesmo que fosse graça em cima da figura de seu pai era bom ver o modo como o primo conseguia afastar o fantasma que às vezes assombrava o pai quando se lembrava do irmão gêmeo que já se fora.

_ vocês não prestam – disse Ginny rindo – mas saibam de uma coisa, para mim o Harry é lindo e eu não trocaria o meu marido por nenhum homem neste mundo.

A conversa fluiu novamente com o mesmo clima que costumava ter, com risos e animo natural e volta ou outra vovó Molly chamava a atenção de algum dos netos ou filhos pelas coisas que diziam (como foi com Ron quando ele usou um palavrão para se referir a um bruxo que ele e os aurores haviam capturado, mas fora solto por falta de provas). 

Quando a refeição principal terminou, o sorvete foi servido em taças que flutuaram da cozinha com um gesto da matriarca da família que vibrou com a sobremesa. Pouco depois foi a vez de mais um casal chegar atrasado no caso se tratavam de Teddy e Victoire, todos os fitaram quando o metamorfomago auxiliava a esposa a descer os poucos degraus até o jardim, eles cumprimentaram a família antes de se dirigirem para dois lugares vazios um do lado do outro, o professor de transfiguração ainda puxou a cadeira para a esposa.

_ nossa, achávamos que não viriam mais – disse Bill para o genro e a filha.

_ desculpem o mega atraso, mas tivemos alguns imprevistos – disse Victoire.

_ não é nenhum problema com o bebê eu espero? – disse Dominique.

_ não nem brinque com isso, foi a professora McGonagall que convocou uma reunião de ultima hora – disse Teddy enquanto servia o prato com o que sobrara da ceia.

_ mas ainda falta muito para a reunião de inicio do trimestre – disse Alice confusa, afinal ainda falta mais de um mês para o inicio das aulas.

_ foi na verdade uma recepção a Hagrid e Máxime, ambos estavam retornando da viagem que fizeram – disse Teddy colocando um prato bastante generoso para a esposa – como sabem foram dois meses longe da escola naquela excursão que eles fizeram ao Egito.

_ a professora Máxime ficou impressionada com o modo como minha gravidez avançou disse Victoire dando uma grande garfada e a levando a boca enquanto o marido servia suco de abóbora a ela.

_ O Teddy é tão fofo no modo como cuida de você Vic – disse Rose impressionada enquanto a loiro sorria apenas com os lábios.

_ ele tem sido um grande apoio para mim – disse Victoire.

           

_ é bom ter cuidado mesmo com ela Teddy, o futuro artilheiro da seleção inglesa está ai dentro – brincou Fred enquanto o professor servia a si próprio agora.

_ pode ser uma garota sabia? – disse Dominique ao namorado.

_ certo, artilheira então – disse Fred levando o garfo a boca – alias não tem uma poção que serve para ver esse negocio de sexo?

_ sim, mas nos preferimos por manter em segredo – disse Teddy – o que importa não é se é uma garota ou um garoto e sim a saúde do bebê.

_ meu Merlin, nunca me senti tão inchada em toda a minha vida – disse Victoire cansada com o trajeto que havia feito até a mesa, a barriga dela fazia dela uma grávida bastante bonita – nenhum dos meus sapatos serve mais em mim, meus tornozelos estão totalmente inchados.

_ você está linda querida, não insista – disse Teddy – não há nada de errado com seus pés, eles vão voltar ao normal.

_ se vão voltar ao normal, quer dizer que há algo de errado com eles – disse Victoire para o marido.

_ nessa ela te pegou Teddy – disse Roxanne enquanto se servia de mais suco de abóbora.

 _ ai querida, tudo isso vai ser compensado quando o bebê estiver em seus braços – disse vovó Molly enquanto colocava uma bela torta de caramelo sobre a mesa, tomando um lugar novamente em uma das pontas.

_ animada com a idéia de ser bisavó Molly? – disse Audrey para a sogra.

_ não é apenas ela, eu também estou gostando da idéia de ver mais uma criança correndo por essa casa – disse vovô Arthur rindo – nosso primeiro bisneto, isso é tão gratificante.

_ Andrômeda deve estar do mesmo modo que nos dois eu suponho – disse vovó Molly.

_ com certeza, ela está nos ajudando a mobiliar o quarto dele – disse Teddy antes de limpar a boca que estava suja de chocolate da cobertura da torta – ela até se ofereceu para ficar com a Vic durante os primeiros dias para ajudar com o bebê.

_ já estão pensando num nome? – disse Rose.

_ sim, já escolhemos – disse Victoire pegando nas mãos do marido sobre a mesa e trocando um rápido olhar com ele – mas é segredo que será revelado quando o bebê nascer.

_ então vamos ficar nos referindo a ele... – disse Fred.

_ ou ela – disse Dominique interrompendo o namorado.

_ que seja, como bebê? – disse Fred crispando a sobrancelha – espero que quando tivermos nosso filho...

_ filho?! – disse Bill engasgando sendo acompanhado de Louis.

_ ou filha – disse Dominique ignorando o pai e completando a frase de Fred.

_ ou filha, não fiquemos tão melosos como vocês e cheios de segredo assim – disse Fred – mas claro, não quero crianças por enquanto ainda sou muito novo para ser pai.

_ ainda bem – disse Bill num murmúrio. 

_ então, Louis é seu ultimo ano em Beauxbatons – disse Percy para no sobrinho – o que planeja fazer depois de concluir seus estudos?

_ mon pere oferreceu une cargô no ministerie francess – disse Charlotte.

_ ministerie francess, mãns enton... Louis non viverria na inglaterrê – disse Fleur abalada – vous non estarr pensandô niss, ou estarr?

_ não sei, quero dizer – disse Louis – eu sinto um pouco falta de casa e da família toda, mas é um cargo no setor que eu escolher.

_ agora sabemos o porquê dele está com ela – disse Lucy num sussurro para Hugo – por conta das vantagens que tem namorando a filha do ministro.

_ você não vale nada Lucy – disse Hugo quase se engasgando com o seu sorvete ao se controlar para não rir.

_ con lincence achê qui jár estôu satisfent – disse Fleur se levantando, mas antes lançando um olhar duro para o filho.

Fleur se distanciou com passos rápidos em direção a casa fechando a porta atrás de si após ter entrado. Bill pediu e se desculpou pela esposa antes de se levantar e ir atrás dela pelo mesmo caminho.

Após aquilo o jantar continuou da forma mais normal possível, com a família tentando não comentar sobre a atitude que a medibruxa tomara. Após terem terminado a sobremesa as pessoas começaram a se dispersar. Os adultos foram para a sala para conversarem e beberem um fire whisky enquanto os mais novos eram responsáveis por retirar a mesa e lavarem a louça do jantar. 

_ bem terminamos – disse Lily terminando de colocar uma pilha sobre a pia ao lado dos rapazes – foi bastante gentil de vocês se oferecerem para lavar a louça desta vez.

_ na verdade fomos meio que forçados a isto – disse Albus fazendo a irmã revirar os olhos – bem que vocês poderiam ajudar a gente com isto aqui sabiam?

_ nem pensar, se virem sozinhos e tentem manter a cozinha inteira – disse Lucy antes de começar a subir as escadas que levavam ao quarto.

_ sabe, eu odeio ter que concordar com ela – disse Rose – mas desta vez, ela esta certa – a ruiva passara o braço ao redor dos ombros das amigas e falara – venham, vamos abrir os presentes que eu trouxe para vocês.

_ já não era sem tempo, estava esperando você falar isso a noite toda – disse Lily sendo acompanhada por Alice nas risadas animadas enquanto subiam as escadas. 

_ sabe, eu adoro jantares em família, mas essa historia de colocar a gente para limpar tudo depois meio que quebra um pouco desta graça – disse Hugo enquanto vestia as luvas para poder limpar os pratos.

_ seus pais nunca te disseram Weasley, que tudo que é bom tem um preço? – disse Scorpius enquanto colocava um avental podendo perceber os amigos sentirem vontade de rir – qual é a graça?

_ apenas a imagem do herdeiro dos Malfoys que vai ter sua primeira experiência de gato borralheiro – disse Albus fazendo o loiro rir falsamente – serio, eu e o Hugo cuidamos disso... Vocês três podem ir lá para cima.

_ nem pensar – disse Hugo começando a enfiar alguns pratos dentro da água e os esfregando – precisamos da ajuda deles, olha o tanto de panelas que temos que lavar.

_ mesmo adorando a idéia de deixar você passar a noite inteira com a barriga na pia, não é justo deixar o Albus ter que agüentar sua companhia adorável sozinho – disse Scorpius fazendo os amigos rirem enquanto o ruivo lhe fazia um gesto nada educado – agora, dá espaço para eu ajudar a lavar os pratos.

_ se isso não for estragar a francesinha das suas unhas – disse Hugo dando espaço para o loiro enquanto os outros iam tomando suas posições sendo que os gêmeos ficaram na responsabilidade de secar os pratos enquanto Albus já ia organizando tudo no devido lugar.

Fora bem mais rápido do que o moreno pensara, até porque com a ajuda dos amigos até mesmo uma tarefa como aquelas era fácil de ser feita. E com o som da musica vindo da sala ao lado logo se iniciara uma canção cantada pelos cinco tendo sido Lorcan o responsável por iniciá-la, os lábios do garoto se movimentando discretamente enquanto ele enxugava as taças que haviam sido usadas a poucas horas no banquete. Scorpius sorrira começando a cantarolar ao lado do loiro sendo seguido por Albus que mesmo em meio a risos tentara manter o ritmo enquanto se concentrava em acertar os pratos dentro de uma das prateleiras, não demorou muito e foi a vez de Lysander se juntar a eles enquanto polia um caldeirão de estanho.

A feição de Hugo ia se fechando cada vez mais se perguntando quanto tempo ficariam ali se aqueles quatro continuassem com aquela falta de seriedade, não poderiam simplesmente ficar calados e terminarem a tarefa dada a eles em silencio como era esperado? O ruivo sabia que já teria se deixado levar pela cantoria em outra situação, se fossem outras pessoas e não aqueles sonserinos que tanto detestava, mas tinha de suportar por conta de Albus e de sua família.

_ é isso ai rapazes, está terminado – disse Albus fechando o ultimo armário de carvalho de sua avó onde havia acabado de guardar os últimos pratos que tinham sido limpos.

_ e ninguém morreu por conta disso, não é Weasley? – disse Scorpius cutucando o ruivo com o cotovelo enquanto este enxugava as mãos em um pano de prato, mas o corvino nada respondera.

_ hei, amigos olha só o que ganhamos por nosso trabalho bem feito – disse Lorcan que vinha com Lysander logo atrás nas mãos de ambos os gêmeos eles puderam notar que havia algumas garrafas de cerveja amanteigada.

_ cortesia do Teddy, ele mandou para a gente e que quando terminássemos fossemos direto para nossos quartos – disse Lysander enquanto distribuía as garrafas para os amigos, Albus pegou a sua que era oferecida por Lorcan ao mesmo tempo em que Scorpius já sacava a rolha da que pegara do outro gêmeo. 

_ um pouco de reconhecimento para variar – disse Scorpius enquanto dava uma golada do gargalo, Lysander estendera uma das cervejas para Hugo que lhe lançara um olhar duro antes de desviar os olhos para qualquer outro ponto que não fosse o loiro.

 _ vou para a cama – disse Hugo voltando suas costas enquanto passava por entre os gêmeos e abria caminho rumo a passagem que levava para fora da cozinha.

_ melhor, mais uma para mim – disse Scorpius enquanto Lysander dava a garrafa para o loiro – sabe, o seu primo tem que aliviar um pouco desta tensão toda.

_ ele não é sempre assim – disse Albus enquanto começava a andar ao lado dos amigos em direção a sala, subindo as escadas em direção ao quarto – só as vezes...

_ e na maioria delas é quando estamos presentes – disse Lysander interrompendo o moreno que não soube o que dizer, por mais que quisesse negar o Potter sabia os sentimentos do primo em relação aos seus amigos não eram dos melhores.

_ o que?  - disse Lorcan ingenuamente - Temos algo haver com isso?

_ é apenas impressão de vocês, o Hugo... – disse Albus sendo novamente interrompido.

_ sem essa de querer proteger o seu primo Potter – disse Scorpius – agora que o Lysander falou, foi que eu percebi que esse cara nos detesta.

_ mas nos não fizemos nada a ele – disse Lorcan – deve haver algum motivo que não sabemos – ele olhou os amigos antes de entrar no quarto.

Albus antes de entrar deu uma olhada em direção ao quarto do primo que era de frente para aquele em que o moreno ficaria em companhia dos rapazes. Pela porta-entreaberta pode ver que Hugo estava sentado em uma poltrona com um livro em seu colo, mas naquele momento parecia olhar diretamente para eles.

As horas se passaram rapidamente, durante alguma delas os marotos se mantiveram acordados em meio a conversas e jogando poker sentados no carpete. Quando a ultima partida se encerrou e eles haviam sido vencidos por Scorpius que praticamente limpara as apostas (em sua maioria se tratavam de doces como feijõezinhos de todos os sabores e sapos de chocolate) os rapazes decidiram dar o jogo por encerrado até porque pelo que o moreno pode perceber Lorcan logo se entregaria ao sono já que mal conseguira manter as cartas em suas mãos durante a rodada.

A cama de Albus era a mais próxima da janela, de fato ele praticamente estava a sua esquerda lhe dando uma bela vista do terreno noturno frontal da casa de seus avós. Ele fitava o lado de fora, escutando o pio das corujas que caçavam àquela hora, enquanto atrás dele os seus amigos falavam coisas que não dera muita atenção pode ver pelo canto dos olhos Lysander vestindo o pijama enquanto Lorcan simplesmente se deitava sem se importar em trocar as vestes de tão derrubado pelo cansaço que estava.

Scorpius ao que parecia havia ido ao banheiro ou qualquer lugar já que não estava mais no quarto.  Apesar de que o rapaz tinha uma noção de onde o melhor amigo havia ido e com quem ele estava.

Albus pode perceber que os familiares já haviam ido, conforme não havia mais musica no andar debaixo e o som de bruxos desaparatando podia ser ouvido alem do muro que dividia os terrenos d’A Toca. Pode ouvir o ronco da motocicleta de seu irmão partindo e o vulto de farol incandescente desaparecendo em seguida, ao que parecia James iria levar Narcisa para a casa dos pais antes de voltar para o hotel em que o time de quadribol inglês estava instalado na Bulgária.

O som de toques discretos contra a madeira da porta chamou a atenção da ruiva. Rose abriu lentamente deixando um espaço suficiente para poder encontrar parado ali do outro lado o rosto sorridente e os olhos azul-acinzentados que tanto amava. Ela então terminara de abrir a porta e o rapaz nada disse apenas a beijou, e a grifinoria pode sentir aqueles lábios que a tempos estava com saudades e seus braços se envolveram ao redor do pescoço dele enquanto ele deslizava os dele ao redor de sua cintura.

_ seja bem vinda – disse Scorpius em seu ouvido.

_ é bom estar de volta – disse Rose tornando a lhe beijar – estava com saudades de você – ele tirara algumas mexas do cabelo dela as colocando atrás da orelha.

_ eu também – disse Scorpius sorrindo - não quer me convidar a entrar em seu quarto? Seu pai ainda está lá embaixo com sua mãe e a do Albus, não seria bom caso ele resolvesse subir e encontrasse a querida filhinha dele nas garras do filhote de comensal da morte.

_ não diga isso de você mesmo – disse Rose o repreendendo enquanto o puxava para dentro do quarto e trancava a porta atrás dele.

_ sabe que é verdade, e sei que ele deve me chamar disso pelas costas – disse Scorpius e antes que a ruiva negasse ele a interrompeu – não negue.

_ eu achei muito legal de sua parte a atitude que você teve durante o jantar – disse Rose e o loiro riu azedamente.

_ qual? A ousadia de dirigir a palavra ao rei, digo, seu pai – disse Scorpius – estava apenas tentando meio que... – ele ficara serio – sabe... me aproximar dele.

_ é, eu percebi – disse Rose enquanto o loiro se apoiava na penteadeira – mesmo assim, valeu a tentativa apesar de falha foi um primeiro passo.

_ deveria saber que era dele que você herdou a cabeça dura – disse Scorpius fazendo a garota sorrir – bem, ele ainda ira saber sobre nos dois.

_ não por hora – cortou Rose.

_ claro que não, primeiro acho que deveríamos contar ao meu pai – disse Scorpius fazendo a ruiva o olhar incrédula – que foi?

_ seu pai não é uma das pessoas mais fáceis, em quesito de cabeça-dura ele e o meu estão em uma disputa acirrada – disse Rose sentando na cama com as pernas encolhidas – o que ele iria dizer de seu filho de sangue puro namorar uma mestiça traidora do sangue?

_ meu pai não é um idiota purificionista – disse Scorpius – pelo menos não mais – se apressou em corrigir sua fala – minha mãe o ajudou a mudar algumas percepções que ele tinha anteriormente.

_ mas eu sou uma Weasley, e seu pai nos detesta – disse Rose.

_ não é bem assim, ele meio que está aceitando aos poucos – disse Scorpius – meu pai aceitou eu ter como melhor amigo um Potter, e os filhos da garota que todos achavam lunática e esquisita em Hogwarts... Se ele realmente continuasse o mesmo, teria me mandado para outra escola ou me obrigado a andar com o idiota do Zabini e do Goyle.

_ eu ainda não sei se estou preparada para isso, quero dizer está frente a frente com o Sr. Malfoy sendo apresentada como sua namorada – disse Rose rindo nervosa – é, realmente não estou preparada.

_ hei, mantenha a calma Rose – disse Scorpius – não vamos contar a nenhum deles por enquanto tudo bem para você? Primeiro quero me aproximar e tentar que seu pai me aceite ou goste de mim.

_ é mais fácil ensinar balé para trasgos – disse Rose o que fez o loiro dar de ombros.

_ por você vale a pena – disse Scorpius sorrindo.

_ tem uma coisa que devo te contar – disse Rose se lembrando da conversa aquela manhã que tivera com Hermione – minha mãe, sabe que estamos juntos.

_ não estou surpreso, do modo como meu pai fala que ela é inteligente era de se esperar que fosse uma das primeiras a perceber – disse Scorpius – mais então como foi a reação dela?

_ melhor do que eu esperava, ela me apoiou ao que parece você já conquistou o carinho dela – disse Rose – mas ela não é a única, sua mãe também desconfia e bem acho que seria bom falar com ela primeiro pelo menos já teríamos duas aliadas.

_ certo, vou tentar ver isso – disse Scorpius se levantando de onde estava sentado e indo na direção da ruiva – mas agora, vamos mudar de assunto e parar de falar de nossos pais porque eu saí de fininho do quarto dos rapazes para vir aqui te ver.

_ e eu esperei desde que cheguei para estar sozinha com você – disse Rose enquanto o garoto se sentava ao seu lado a puxando para um beijo, o rapaz a deitou na cama enquanto sentia as mãos da garota deslizando pelo seu pescoço e torax. As mãos dele foram descendo por sua cintura até parar em sua coxa até que rompeu o contato o empurrando para tirá-lo de cima dela.

O som da maçaneta girando e o som da porta rangendo haviam surpreendido ambos, e com um salto de susto foi que a ruiva empurrara o namorado para longe dela, mas não rapido o suficiente, pois quem havia acabado de entrar havia visto o que ambos estavam fazendo anteriormente e isso abriu um sorriso em seus lábios.

_ ui ui, non parren porquie je cheguêi - disse uma sorridente Charlotte.

_ Charlotte?! - disse Rose surpresa - o que faz aqui?

_ bien, je vinê dormirr aqui - disse Charlotte - vous dizer issô, qui divirdirriamos o quartô durant minha estadie ene su casa.

_ sim, mas pensei que estaria com o Louis esta hora - disse Rose e a francesa sorriu - e eu tranquei a porta.

_ sobrrê a portê, dei mi jeitô parra abrir-lá. - disse Charlotte mostrando a varinha - je estivê con Louis até agorrê mãns, errê quis irr dormir, e resolvier fazê o mesmê, no entant, voui reverr mi pensament - ela completou enquanto fechava novamente a porta - non querrô que se sintãn intidad por mua, voultem a fazê o qui estavõn fazend.

_ Charly, espere - disse Rose ainda envergonhada por ter sido vista naquela situação pela amiga.

 _ bonne nuit - disse Charlotte enquanto saia novamente pela porta - vou verr se Louis querr dár une voult perrô jardin.

Scorpius riu com a saida da garota e lançou um olhar para a namorada que ainda estava corada com toda aquela situação. O loiro então jogou o cabelo da namorada para outro lado, deixando um de seus ombros a mostra o beijando ainda encarando ela que lhe dirigira um olhar, os labios dele foram fazendo então um trajeto dali para seu pescoço até fazê-la se arrepiar e dar um pequeno empurrão para separá-lo dela.

_ o que está fazendo? - disse Rose rindo.

_ tendo uma boa noite - disse Scorpius simples - como sua amiga falou que era para termos - ele novamente se aproximou para beija-la - poderíamos continuar de onde fomos interrompidos não?

_ acho melhor deixar para outro dia - disse Rose fazendo o loiro arquear a sobrancelha.

_ tem certeza? - disse Scorpius fazendo a ruiva sorrir antes de se cobrir se virando de lado na cama - qual é, nos ficamos tanto tempo separados que... - a grifinoria então levantou os dedos em direção aos labios dele.

_ só cale a boca - disse Rose rindo enquanto puxava ele para um ultimo beijo de boa noite - até mais, espero que tenha uma boa noite.

_ estava tendo antes de ser interrompido por aquela francesa pirada - disse Scorpius se separando de Rose - boa noite, nos vemos de manhã.

Albus ainda estava com dificuldades para dormir quando escutara vozes vindas do andar debaixo. Ele olhou para os amigos, mas os gêmeos já haviam adormecido e Scorpius ainda não havia retornado do seu encontro com a namorada. O moreno se aproximou da porta a abrindo e caminhando lentamente até a borda do corrimão da escada ficando ali parado enquanto escutava a conversa das pessoas na sala.

Harry havia acabado de chegar, isso podia ser notado pelo fato de ainda estar usando as vestes de viagem e ter acabado de repousar sua maleta na mesinha de centro quando Albus tinha acabado de tomar sua posição. O sonserino sentiu vontade de descer os degraus na direção da sala para poder saudar o pai, mas sentiu que não era o momento pelo clima que parecia um pouco tenso lá embaixo.

Sua mãe ainda permanecia lá, ao lado de Hermione e Ron, mas as expressões dos dois eram mais leves quando comparados ao olhar questionador que a ruiva possuía mirando em seu marido que enchera um copo com fire whisky enquanto fitava os amigos e a esposa.

_ então, como foi o jantar? – disse Harry se pronunciando.

_ o que Kingsley tinha para dizer que manteve você até esta hora no ministério? – a voz de Ginny pode ser escutada.

_ assuntos de trabalho – disse Harry – nada de importante.

_ ah, corta essa Potter, você é um auror nada é “nada de importante” no seu trabalho – disse Ginny e Harry dera uma olhar para o melhor amigo que deu de ombros evitando dar sua opinião como quem dizia para simplesmente se virar com a mulher que escolhera.

_ Ginny, eu acredito que se fosse algo realmente serio o Harry te contaria a respeito - disse Hermione dirigindo um olhar ao amigo - não é mesmo?

_ sim, claro... Que eu diria - disse Harry mesmo desconfiada a ruiva relaxou um pouco as expressões faciais, ainda mantendo o ar serio - realmente sinto muito por não ter vindo ao jantar de boas vindas para a Rose, como ela está?

_ mais bonita do que da ultima vez que a vimos - disse Hermione sorrindo enquanto Ron colocava o braço ao redor de seus ombros - apesar de sermos suspeito para dizer isso.

_ cara, nem te conto como é bom ter minha garotinha de volta - disse Ron sorridente - tudo voltara a ser como antes agora - o moreno na escada abriu um sorriso discreto por conta das palavras do tio, queria poder ver a reação do ruivo caso soubesse o segredo que a filha vinha guardando da família.

_ e a garota do Louis, como é? - disse Harry bebendo sua bebida.

_ uma garota adorável, de um jeito um pouco irritante - disse Ron rindo levemente - e a Fleur a detestou, como nos adivinhamos que seria.

_ era de se esperar, afinal para ela ninguém é bom o suficiente para o Louis - disse Hermione - as vezes penso que deveria ter um pouco de ciúmes do Hugo como o Ron tem da Rose.

_ nem pense nisso, pobre garoto - disse Ginny - a Rose já sofre com o pai que tem, não queira seguir o exemplo da Fleur e bancar a mãe neurótica para cima do seu filho.

_ o que você quis dizer com a Rose sofrer com o pai que tem? - disse Ron, mas a irmã o ignorou.

_ ainda não nos falou o que o Kingsley queria para te manter até esta hora no ministério  - disse Ginny de forma mais calma desta vez - o motivo da reunião, pelo menos acho que devemos saber.

_ ah, era sobre a Copa Mundial de Quadribol - disse Harry dando uma ultima golada no whisky - ele pediu que eu escolhesse alguns aurores para fazerem a segurança do ultimo jogo.

_ mas pensei que fosse a Bulgária a responsável por isso - disse Ginny confusa.

_ sim, é... Mas o ministro ofereceu um reforço, como cortesia - disse Harry - sabem como são essas alianças ministeriais, Shacklebolt quer se mostrar gentil e amigável para a ministra búlgara.

_ como foi durante o torneio - disse Ron lembrando-se daquela situação - lembra-se de quando nos participamos na terceira prova guardando os limites do labirinto?

_ ok - disse Ginny sem muita certeza.

_ para mim, faz total sentido - disse Hermione dando apoio ao marido e a Harry.

_ será que sobrou algo daquele jantar? Estou faminto - disse Harry se levantando enquanto se levantava da poltrona e removia a capa de viagem a pendurando num cabide - talvez um pedaço de torta de caramelo?

_ pode deixar, eu vou pegar algo para você - disse Ginny sorrindo apesar de que pelo seu tom de voz parecia ainda não ter engolido aquela historia.

_ obrigado querida - disse Harry enquanto via a ruiva desaparecer pela porta da cozinha, com uma troca de olhares Hermione pode entender que Ron queria ficar sozinho com o moreno já que seguiu pelo mesmo caminho que a cunhada.

_ certo, estamos sozinhos - disse Ron se aproximando do melhor amigo - então, seja sincero comigo, pois mesmo a Ginny não engoliu esta desculpa que você deu.

_ não é uma desculpa - disse Harry suspirando - apenas uma meia verdade.

_ ótimo, me conte a metade interessante que você escondeu - disse Ron e o moreno sorriu apenas com os lábios enquanto maneava a cabeça para os lados.

_ Ron, eu ia te contar de qualquer forma - disse Harry - desde quando eu escondi algo importante de você? Principalmente se tratando do nosso trabalho?

_ então, seja direto - disse Ron - e fale o que não contou perto delas.

_ bem... - disse Harry tomando uma expressão mais tensa - o Kingsley está preocupado com a segurança durante o ultimo jogo na bulgaria, por isso pediu que eu escolhesse um grupo de aurores para ficar no andar dos camarotes vigiando a entrada dos de honra.

_ algum motivo para tanta preocupação? - disse Ron.

_  ao que parece, ele tem recebido mensagens nas ultimas semanas - disse Harry se sentando no braço da poltrona e apoiando o pé no acento - mensagens anonimas um tanto suspeitas...

_ alguma especie de ameaça em algumas delas? - disse Ron preocupado.

_ não, apenas avisos - disse Harry reflexivo - nada que pudesse fazer sentido realmente, mas de todo o modo o ministro ficou preocupado com aquilo e pensou em recusar o convite para o ultimo jogo, mas isso seria uma enorme desfeita para a ministra da bulgaria.

_ se tivesse nos contato antes, teriamos feito algo - disse Ron - investigado quem tem mandado essas mensagens, eu não sei - o ruivo suspirou pesadamente com o pensamento que lhe veio naquele momento - você acha que, o Shacklebolt pode sofrer alguma especie de atentado?

_ eles não ousariam, não fariam algo durante a copa - disse Harry se levantando - mas caso façam, temos nossas taticas para confrontar quem quer que pense em fazer isso.

_ o que está fazendo aqui Al? - disse uma voz a costa do moreno que praticamente fez com que seu coração pulasse para fora.

Albus olhara para trás para se deparar com a face do melhor amigo ajoelhado atrás de si, Scorpius mantinha a face de ponto de interrogação quando o moreno simplesmente se levantara ao mesmo tempo em que o loiro fazia o mesmo.

_ você está espionando a conversa deles? - disse Scorpius confuso.

_ cala a boca - disse Albus sussurrando - vamos para nosso quarto.

_ mas... - disse Scorpius, no entanto foi interrompido pelo outro.

_ vamos sair daqui e eu te conto o que ouvi - disse Albus enquanto começava a caminhar novamente em direção ao quarto sem perceber que o pai agora fitava o espaço que a segundos atrás era ocupado pelo sonserino.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capitulo?
Deixem reviews. E avisem quem ainda não sabe que estamos na nova temporada de NTEH já ok?



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