Me lembro claramente como ele estava no dia que nos conhecemos, toda graça e estilo único de Larry. Não, eu não estou aumentando, o Larry era perfeito.

Me abri muito rapidamente pra ele, eu o vi e no momento seguinte ele sabia todos os meus problemas. Talvez por eu ter achado que ele era um psiquiatra novo, que estivesse no lugar de Tracy, e eu precisava tanto de um conselho... Mas ter confundido ele com minha terapeuta não torna as coisas menos românticas.

Você deve estar pensando: Ela encontrou o amor de sua vida! Não, você está errada, tão errada... O Larry era perfeito sim, ele era sensível, brincalhão e louco a ponto de me amar. Com ele sim eu esperava construir uma vida. Se ele pedisse eu teria largado tudo e começado algo novo com ele... eu teria coragem! Não é todo dia que você encontra um homem assim, Larry é o cara que te faz uma música e canta pra você no piano da sua sala.. mas o Larry também tinha seus problemas, muitos deles relacionados ao Natal. Mas isso era o de menos, ele guardava segredos piores, um filho e algumas ex-esposas.

Sam, o filho de Larry, era um amor e apesar de eu ter ficado meio chocada com tamanha revelação, nos demos bem assim que nos conhecemos. Pena, era aquela criança tão fofa morar em Detroit com a mãe, aquela bruxa! Nem gosto de lembrar da cara dela, que pedra no sapato! E Detroit?! Passei meses sem poder ouvir o nome dessa cidade! Sabem porque? Porque Larry simplesmente me deixou um bilhete... O mesmo cara que me trouxe o Sting como presente de aniversário, era o cara que deixava bilhetes. E foi assim, foi assim que Larry de uma hora pra outra me largou. Com um bilhete.