Emma levou-o até o hospital, onde ele foi novamente internado para recuperação. Dr. Whale foi ao trabalho, e Mary Margaret não quis sair de perto dele.

- Tem certeza que não quer ir pra casa?

- Tenho – Mary M dissera. – Eu o encontrei, é bem provável que a primeira coisa que ele irá querer ver ao acordar é meu rosto. Vou ficar ao lado dele até sua condição melhorar.

                Emma apenas concordou e foi até o Granny’s para tomar café.

- Então o Desconhecido acordou? – Ruby lhe perguntou quando trouxe seu café. – Qual o nome dele? O que ele disse? 

- Ele não se lembra de nada, Ruby – ela respondeu. – E, nossa... As notícias correm rapidamente por aqui, não é?

                Ambas sorriram e voltaram aos seus objetivos. Emma saiu do Granny’s e foi direto para a delegacia; mesmo não sendo oficialmente a xerife, alguém teria que assumir o cargo de Graham, e ninguém mais qualificado para isso do que sua assistente. A delegacia estava uma bagunça, e Mary Margaret havia ligado no mínimo quinze vezes para falar o quão lindo o Desconhecido era enquanto dormia... Então o dia de Emma foi tão corrido que ela nem teve tempo de pensar no...

- Merda! – Emma se levantou rapidamente e deixou a delegacia. Havia se esquecido do jantar.

                Olhou no relógio, faltavam vinte minutos para as seis da tarde. “Droga, droga, droga!” gritou mentalmente consigo mesma. “Porque diabos eu sempre tenho que me atrasar?!”. Assim que chegou em casa tomou um banho rápido, trocou de roupa e voltou ao carro. Usava, agora, uma calça jeans escura e um All Star preto. Os cachos loiros se espalhavam sobre a jaqueta de couro preta que cobria uma regata básica branca.

                Quando chegou, Emma correu até a porta e tocou a campainha. Ajeitou os cabelos e colocou as mãos nos bolsos da calça. Foi Henry quem atendeu.

- Está cinco minutos atrasada, mocinha – ele disse, sorrindo.

- Pelo menos consegui chegar antes da sobremesa – Emma sorriu para ele.

- Entra, mãe, minha mãe já vai descer – ele franziu as sobrancelhas. – Isso ficou confuso...

- Ficou mesmo – a loira disse, e ambos riram.

- Emma – a voz sexy de Regina chegou aos seus ouvidos. Emma virou o corpo para poder olhar a mulher que estava descendo as escadas, e ao ver Regina, Swan quase se esqueceu de respirar.

                A morena usava um vestido preto de alcinha que descia liso até pouco antes do meio de suas coxas saudavelmente bronzeadas e muito bem definidas; o vestido grudava-se ao seu corpo de uma maneira que fazia Swan quase perder os sentidos – ou, pelo menos, desejar perdê-los. Calçava sandálias pretas de salto alto e tinha, enfeitando o colo, um medalhão antigo, provavelmente uma herança de família. Seus cabelos negros estavam um pouco bagunçados, deixando-a mais sexy ainda, o que Emma pensava ser impossível de acontecer. E, para completar, seus lábios estavam perfeitamente preenchidos por um batom vermelho sangue.

                “Ah, Regina... Não poderia ser um pouquinho menos desejável?”, pensou.

- Fico feliz que tenha vindo – Regina sorriu assim que chegou ao fim da escada. – Pena estar atrasada.

- Vocês Mills são pontuais – Emma sorriu, piscando para Henry. – Mais uma vez, agradeço o convite, Regina.

- Ah, imagina! – a Prefeita se aproximou, dando um leve beijo no rosto de Emma, o que a deixou sem reação. – É um prazer ter você aqui – sussurrou em seu ouvido, fazendo um arrepio percorrer cada parte do corpo da loira.

- Vem, Emma, vamos jantar! – Henry a puxou pela mão. – A minha mãe fez um jantar maravilhoso!

                Emma foi com Henry até a sala de jantar, ambos sendo seguidos por Regina. Ao chegar, Emma entendeu o porquê do “maravilhoso”: a mesa estava decorada e farte. Pães, saladas, acompanhamentos, lasanha... Henry puxou uma cadeira para que Emma pudesse se sentar.

- Tem certeza que eu sou a única convidada? – Emma brincou, fazendo menção à quantidade de comida.

- Gosto de tratar bem os meus convidados – Regina disse e piscou para ela.

* * *

                O jantar foi divertido. Henry contou para as duas como havia sido seu dia na escola, todos os detalhes de todos os trabalhos e atividades... O que explicava ele ter ido para a cama tão cedo; antes das oito e meia, o garoto já estava dormindo.

- Eu te ajudo com isso – Emma se levantou, ajudando Regina a tirar os pratos da mesa.

- Não precisa – Regina sorriu. – Só vou levá-los até a cozinha, limparei pela manhã.

- Ajudar com isso é o mínimo que posso fazer – a loira disse enquanto seguia Regina até a cozinha. Deixaram as louças na pia e Regina pegou duas taças de cristal no armário.

- O mínimo que pode fazer é ficar e apreciar um bom vinho comigo, Senhorita Swan – a morena pegou uma garrafa de vinho e a abriu, colocando um pouco do líquido em cada taça, entregou uma das taças para Emma e encostou-se no balcão, bebendo um pequeno gole do vinho. – Não tivemos a oportunidade de conversar durante o jantar.

- Não – Emma segurou a taça com as duas mãos. – Coversar sobre, por exemplo, o motivo de esse jantar?

- Eis o ponto em que eu queria chegar – Regina sorriu, encarando Emma de uma maneira tão sexy que deixava a garota desconfortável. Porém, mais do que desconfortável, a deixava completamente excitada.

- Ótimo – a loira tentou se recompor. – Porque, Senhora Prefeita? Ainda não entendi.

- Ah, Emma... – Regina deixou a taça de vinho no balcão e se aproximou lentamente de Emma, devorando a loira com o olhar. – Se você soubesse como eu fico quando você me chama dessa maneira...

                Emma engoliu em seco. Regina estava, mais uma vez, próxima demais, e o único medo da loira era interpretar errado algum dos movimentos que Regina fazia.

- C...Como? – Emma gaguejou.

                Usando salto alto, Regina ficava da mesma altura que Emma. Começou a brincar com um dos cachos da loira. – Não acredito que ainda não percebeu.

- Percebi o que exatamente? – Emma perguntou.

                Regina roçou a ponta do nariz no pescoço de Emma até chegar à orelha.

- Eu. Quero. Você. Emma Swan – sussurrou.

                Mais uma vez, um arrepio percorreu todo o corpo de Emma. Regina se afastou alguns centímetros para que pudesse olhar nos olhos da loira, os quais estavam ardendo de desejo, mas também estavam cheios de confusão. Sem dar oportunidade para uma resposta, Regina a beijou. Emma não respondeu de imediato, o que fez a morena se afastar. Seus olhos estavam confusos.

- Eu pensei que...

                Emma ficou em silêncio, enquanto Regina corava. Então, envergonhada, Regina começou a se afastar. “Faz alguma coisa”, a loira pensou. “Não fica aí parada, Emma Swan, mostra pra ela o quanto você a quer!”. Com um pouquinho de esforço para derrubar a barreira da timidez, Emma segurou o braço de Regina e puxou-a para si, colando o corpo quente da morena no seu.

- Pensou certo – Emma sussurrou, beijando seu rosto até chegar à orelha, onde deu uma leve e longa mordida. – Eu te desejo, sim, Regina. E muito.

                Regina estremeceu. Emma apertou a morena contra seu corpo, como se fosse possível ficarem mais próximas do que já estavam, e a beijou vorazmente, um beijo ardente, urgente, transbordando desejo e excitação... Um beijo que estava guardado havia um bom tempo. Regina jogou seus braços em volta do pescoço da loira, enterrando seus dedos nos cabelos macios da mesma e puxando-os, causando um misto irresistível de dor e prazer. As mãos urgentes de Emma buscaram o final do vestido negro que vestia Regina e, quando o encontraram, Emma levantou o vestido da morena até sua cintura, parando no meio do caminho para apertar sua bunda; forte, mas calmamente. Aproveitar o momento.

                Regina gemeu baixinho no ouvido de Emma quando sentiu as mãos da loira descerem até suas coxas; Emma então levantou Regina sem dificuldade alguma, fazendo com que a morena entrelaçasse sua cintura com as pernas. Levou Regina até o balcão, onde a apoiou, arranhando levemente suas coxas enquanto beijava seu pescoço, alternando entre beijos, mordidas e lambidas.

- Emma... – Regina sussurrou, respirando fundo nos cabelos loiros de Emma, percebendo como eles cheiravam bem. Ouvir Regina sussurrar seu nome fez a loira querer tomar a Prefeita o mais rápido possível.

                Emma puxou para cima o vestido de Regina, que ergueu os braços para facilitar o “trabalho” da loira. Ela jogou o vestido no chão e ficou maravilhada com aquela visão.

- O que foi? – Regina perguntou.

- Você é tão gostosa – Emma puxou-a novamente para si, mantendo uma das mãos em sua cintura e massageando um seio de Regina com a outra mão, enquanto beijava seus lábios carnudos. Emma mordeu forte e então sugou o lábio inferior da Prefeita, que soltou um gemido alto de prazer. Regina tirou a jaqueta de Emma, jogando-a no chão, e logo em seguida a regata branca da loira foi fazer companhia às outras peças de roupa. Regina apertou os seios médios de Emma, que estavam escondidos por um sutiã básico preto, o qual a morena tirou em questão de segundos. A Prefeita a encarou por um momento, mordendo sedutoramente o lábio inferior.

                A morena inclinou seu corpo para trás, apoiando-se com as mãos no balcão, enquanto Emma chupava e mordia delicadamente cada um dos seus seios. Swan desceu até a barriga de Regina, dando mordidas leves e beijos demorados. Tirou lentamente sua calcinha e voltou a beijar seus lábios, introduzindo dois dedos, que deslizavam facilmente em um ritmo forte e lento, no sexo completamente molhado da morena, fazendo-a gemer baixinho entre cada beijo. Emma estava amando aquela situação: ver Regina, a dominadora, se entregando daquele jeito... Se deixando vencer, tomar, dominar... A loira aumentou a velocidade, e quando Regina quase implorou por mais, Emma adicionou um terceiro dedo. Esse foi o ápice.

                Regina estremeceu nas mãos de Emma quando sentiu o orgasmo tomar conta de todo o seu corpo. Os olhos fechados, a boca entreaberta, a respiração pesada... As mãos da morena seguravam com força o extremo do balcão. Ao abrir os olhos, tudo que viu foi o lindo sorriso vitorioso de Emma, e não pôde deixar de sorrir também. Envolveu o pescoço da loira com os braços e a beijou lentamente, invadindo cada pequeno espaço daquela boca com a língua. Quando seus lábios se afastaram, ficaram se encarando por um curto período de tempo. Regina olhou fixamente nos olhos da loira.

- Acho melhor você ir.