The Invisible escrita por Agrstonn


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Não sejam leitores fantasmas, ok?Isso é bem ruim ):
Espero que gostem :)



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O despertar. Ela levanta sua cabeça e a sacode um pouco. Onde ela está?Ela sacode suas mãos e vê alguns ferimentos. Na verdade, muitos ferimentos. O lugar é escuro. É abafado. Ela sente sua roupa encharcada, e quando olha para o vestido, se lembra da noite passada. 

Flashes percorrem a sua mente e a dor volta a ser mais forte um pouquinho, e se lembra de cada pancada que recebeu. Aquela garota... não, aquela garota. Ela tinha apanhado de Quinn? Ela pensa em denunciá-la nesse exato momento, mas precisa ser cautelosa nisso. Ela pode pegá-lá mais uma vez.

Sua respiração está um pouco fraca, e ela se sente confusa em relação a isso. Ela coloca sua mão na escada de ferro e sobe com dificuldade. A porta para o tipo de ''cano'' que ela está é aberta com dificuldade, e revela a luz do dia.

Ela sobe, e tropeça em um tronco de árvore.

- Ouch...

O dia está nublado, com poucas nuvens. Uma lembrança vem a sua mente. A escola.  Já deveria ser segunda. Mas não pode saber, não tem sinal de seu relógio. 

Depois de se levantar, percorre um longo caminho até a estrada,  e não vê ninguém. Então se dá a última saída, voltar caminhando.

xx---

A casa dos Berry se situava em um dos melhores condomínios da cidade, e ela se espantou pela segurança não tê-lá barrado antes de entrar para perto de sua casa. Eles sempre pedem informações, e até hoje, não a reconheciam muito bem.

O vestido estava começando a incomodar, e ela chega em sua residência. Ela toca a campainha. 

Ouve passos chegando e a porta é aberta. Já está pronta para receber sua bronca.

- Quem está ai? - Shelby pergunta, enquanto analisa os lados da rua do condomínio. - Alguém?

A desconfiança da mulher estranha novamente Rachel. - Mãe?Aqui! Olha! - ela gesticula para todos os lados, mas não consegue ser vista. - Mãe. - agora ela mantém um tom sério.

Mas Shelby continua com a mesma reação. - Vou avisar aos seguranças, - a mãe dela murmura enquanto deixa ela no mesmo lugar.

Rachel entra sua casa e analisa cada cômodo, a medida que vai se aproximando de seu quarto. Como sua mãe a tinha ignorado tão descaradamente? Ou ela só estivesse sonhando que acordou em uma floresta... mas ela se lembra. Ela se lembra de seu passaporte, se lembra da sua passagem de avião, e também se lembra de ser rejeitada. Ela também se lembra de quando tudo ficou um escuro, e como ela se sentiu perdendo a vida naquele momento.

Não.

"Perdendo a vida naquele momento," "Perdendo a vida naquele momento",  as palavras ecoam em sua mente. Ela seria um fantasma agora nesse momento? KURT! Outro nome veio á tona. Ela precisaria ligar pra ele.

Ela corre agora por todos os lugares de seu quarto, em busca do celular. Mas ela não acha, ela se desespera. O telefone fixo. Isso. Rachel se sente agora mais útil.

Desce as escadas e o avista, no meio de uma bancada. Seus dedos cansados o pegam, e ela o coloca onde seu coração situa. Uma sensação de alívio por um pequeno aparelho. Ela disca o número de seu amigo, e ele atende no quarto toque.

- Alô? - A voz de seu melhor amigo a faz sentir bem. Mas ela não está tão normal assim. É cansada. Quase como... abatida.

- Oi, Kurt, é a Rachel. Por favor. O que aconteceu ontem? Me conta! Eu preciso saber.

O garoto suspira na linha. - Tem alguém ai? Porquê tantas piadinhas comigo? Quem é?

Rachel também se irritou. - Kurt! Sou eu! Rachel! Para com essa brincadeirinha! Nós somos amigos, e então, você vai me cont...

Ele tinha desligado nesse mesmo instante, interrompendo o seu discurso. Ela tinha suspeitas do que estava acontecendo. Ela estavap assando por um simulação, que seu pai, tinha injetado nela! Não, não, isso era muito fictício. 

Ela era um espírito vagando pelas pessoas? Talvez... talvez...

Ela franze a testa e morde seu lábio inferior sentindo angústia. A mãe não a vira. Kurt não a ouvira. 

Ela meio que estava....

Invisível.

Um calafrio percorre por todo seu corpo. Ela toca a parede. Ela passa a mão por toda a textura da casa, e a medida que não há mais pensamentos para o que está acontecendo em sua mente, a resposta já é mais que óbvia.

Ela tinha morrido. Morrido.

Ela precisa de respostas. 

Então ela decide ficar em casa.

xxx----

Domingo. Esse é o dia que ela está. Então ela considera que ficou desacordada por 2 dias, e sua mãe não procurou notícias. É confuso, mas não.

Ela ouve o barulho de duas pessoas chegando, e ouve a voz grossa de seu pai. Ela chega perto das escadas para ouvir o que ele tem a dizer.

- Ela sumiu, ela sumiu! Rachel não apareceu! O que você acha que aconteceu?! - Shelby exclamava. 

- Ela é uma irresponsável, isso sim... - dizia seu pai em desagrado -, eu consegui falar com aquele tal de Jesse e ah... - Ela o chamou para trabalhar na Broadway! Ela queria fugir com ele! Totalmente questionável! E depois ela deve ter saído daquela festa...

Rachel se sente furiosa com o hábito de seu pai nunca gostar do que ela faz. Ele coloca sua pasta de trabalho na escrivaninha, e começa outra discussão com a mãe. A garota volta a seu quarto, e pega seu iPod. Ele poderia reagir ao pequeno toque.

Ela sabe que é algo totalmente, ''irresponsável'', como seu pai diria, numa circunstância dessas, ficar ouvindo música.  Mas seria algo para acalmar seus nervos. Ela tentaria ir á aula amanhã. Então ela descansa. 

xx----

Ela acorda rapidamente e consegue pegar o ônibus escolar, e dá a falta de seu melhor amigo, pois sempre ia com ele. Um sentimento de vazio preenche seu coração enquanto entra naquela escola, e dá de cara com aquela pessoa que á espancara. 

Os seus nervos não se acalmam. Ela vai sorrateiramente se aproximando, cerra seu punho, e acerta em cheio nela. 

Nenhuma reação. Ice Quinn agora possui uma expressão mais fria que o normal, mas também, com uma pitada diferente. Ela também transborda insegurança, e enquanto guarda os seus livros, Rachel dá a  falta de Santana e Puck. 

Eles eram os ''escudeiros'' dela, não eram?

O sinal toca, e ela segue Ice Queen para á aula. É literatura, sua preferida. 

A professora Emma entra mais radiante do que o normal. - Então, turma... - a cara de tédio de os alunos presentes não é disfarçada, - que tal um joguinho?

- Yep! - Finn Hudson grita no fundo da sala. - Jogo de futebol, professora?

Quinn revira os olhos para o garoto. - Cara, porque você é tão anta? 

Ele fica cabisbaixo. Emma cruza seus braços. - Não, não. Ninguém necessita de seus comentários, Fabray e Hudson. Então, vamos começar. É um jogo que tem a ver com teatro.

Se Rachel estivesse ali, na hora, gostaria. Mas ela estava....

- Quem escreveu a peça... - ela olha para a folha abaixo de si - Sonho de Uma Noite de Verão?

Rachel dá um sorriso radiante em sua cadeira. - Shakespeare!

Emma olha para todos os olhos, entrelaça suas próprias mãos, e novamente, vê que ninguém se interessa tanto assim por literatura. - Alguém? 

Rachel grita novamente com toda a força que mantém em seu pulmão. - Shakespeare! Emma, é Shakespeare! 

Emma se cansa. - Já que Rachel não está aqui, e provavelmente ela teria acertado, vamos, vamos. Quem escreveu foi Shakespeare! - Parabéns a todos que não tentaram.

Então ela entendeu. 

Ela não podia ser vista naquele momento.

xxx----

Ela sai da sala abruptamente, e em direção a porta. Ela vai atravessar a rua, vê uma buzina, mas é tarde demais. Um carro a atropela bem em cheio, mas... 

Ele não está mais lá. Não acontece nada. . 

Ela se assusta mais ainda e se senta  nas escadas para o auditório, em frente a sua escola. Ela quer esperar a aula acabar. Ela não pode, não, não pode estar invisível para todos.

1 hora. O tique-taque do relógio da torre a transforma.2 horas. A impaciência é grande. E assim fora por diante. Até completado as 3 da tarde, os alunos foram embora. 

A última era quem ela mais esperara. Seus cabelos rosas estão envolvidos na toca que sempre usa, e embora não esteja com seus dois amigos, ela ainda aparece ameaçadora para qualquer pessoa que se atreva a olhar naqueles olhos. O tão de ameaçadora, ela tem de atrativa. Mas Rachel se recusa se pensar na parte de atrativa. Também não era hora de se impressionar com a aparência das pessoas, ou melhor, na aparência principalmente... dela.

Os passos dela são firmes, e enquanto ela vira a cada esquina, não percebe que está sendo seguida por um fantasma. Um depósito abandonado, que tem cheiro de mofo, está logo a sua frente, e ela pega a chave da sua calça totalmente rasgada, e enfia na fechadura, sem nenhuma sutileza. 

O que poderia ser chamado de casa era um depósito abandonado, com cheiro de mofo. Nenhum conforto, um carro estacionado. Não, aquele carro. Um carro que parecia arrasado. Rachel prende sua atenção á uma menininha loira, aparentando 2 anos, que agora vê á TV.

Era milagre ter qualquer coisa naquele lugar. Ela presume que são coisas roubadas , e nota que todas as coisas estão desbotadas, velhas demais para uso. 

Ela vê um sorriso de Ice Quinn, e percebe que é raro, verdadeiro e sincero. A pequena garota loira observa a garota de cabelos rosa chegar mais perto, e também abre um sorriso.

Ela tem olhos verdes, como da mãe. Quinn pega ela n ocolo e dá um abraço apertado nela. 

Rachel observa aquela cena por alguns minutos, mas não quer se esquecer de seu verdadeiro objetivo. Quando dá um passo a frente, um homem, com uns 23 anos de idade, chega na sala.

- Chegou, amor? - Ele diz arrogante.

- Eu não sou seu amor, - Quinn retruca, e agora toda aquela expressão de amor e de carinho que era vista com sua filha, acaba. - Você tem que cuidar melhor de Beth. Você sai daqui agora. Sai. 

- Não, docinho. Eu sou o pai dela. Eu tenho direito.

- Saia! - ela grita alto, e o homem se assusta. Ele sai por onde entrou, mas permanece fora da casa, ele ainda não se afasta. 

- Filha... não se assusta, tudo bem? Ele é só mau. Eu acredito que seja, e não sei o que deu na minha cabeça ao me envolver...

O grito agudo e alto de Rachel interrompe tudo. - Eu sei que você está aí! Você me ouve?

Os cabelos de Ice Quinn se arrepiam, e a garotinha que estava em seus braços escapole, e volta a prestar a atenção em sua televisão.

- Não, não, não, eu devo estar ouvindo vozes... - Quinn murmura para si mesma.

- Você me ouve! Você não me ouve? Diz que você pode me ouvir?

Os olhos dela se arregalam novamente. - Eu devo estar ficando louca, ficando louca, - ela resmunga para si mesma novamente. 

Ela não aguenta estar ouvindo isso, duas vezes seguidas. Ela aumenta o volume da TV. 

- EU SEI QUE VOCÊ ME OUVE! DIZ QUE VOCÊ PODE ME... ouvir. Só isso. - A voz da pequena diva se alastra ao máximo e dessa vez, Ice Quinn tem certeza que há alguém ali.

Rachel procura tentar mais uma vez, mas ela percebe que poderá ficar rouca uma hora ou outra. 

A região afastada de tudo, talvez, - pensa Quinn, seja assombrada, para ela ouvir voz de uma pessoa que julga que matou. 

- Só me ouça, por essa vez... -  a voz de Rachel agora é baixa e esganiçada, e é novamente suficiente para ela.

- Eu posso te ouvir. - A voz sai trêmula diante delas mesmas, e o que vira um espanto, agora se torna um alívio no coração de Rachel.

Mas ao mesmo tempo que vira alívio, ela não sabe se a pessoa que julga cruel, poderá ou não, ajudá-lá. 

         


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Notas finais do capítulo

Desculpem qualquer erro ok?



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