Candy escrita por Charlie


Capítulo 10
10. Where Is My Mind


Notas iniciais do capítulo

Oi vocês!



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– Bom dia. – Quinn ouviu a voz de Rachel soar em algum lugar distante de si. – Q, hora de acordar. – Quinn sentiu beijos sendo distribuídos em seu pescoço e suspirou.

– Eu acho que vou continuar assim por um bom tempo. – Quinn sorriu ainda de olhos fechados.

– Bem... Eu posso ficar aqui o tempo que quiser. Jesse levou Kurt para dar uma volta pela cidade e eu não sei se eles vão voltar tão cedo. Ainda mais Jesse com todas aquelas perguntas.

– Uma noticia boa do dia. – Quinn abriu os olhos e sorriu. – E a segunda noticia do dia é que eu estou com fome. – Rachel riu.

– Eu trouxe seu café na cama já pensando nisso. – Rachel sorriu. Pegando a bandeja no criado mudo do quarto de Quinn.

– Torradas e café, consigo me sentir parte da família real! – Quinn riu. Rachel revirou os olhos e sorriu.

– Não reclame, é apenas um agrado para a locatária da casa. – Quinn fez uma careta.

– Rachel sem palavras difíceis logo de manhã, por favor. – Rachel riu.

– Ok... Então, o que vamos fazer hoje? – Rachel pediu, se sentando ao lado de Quinn.

– Como eu disse, sem perguntas difíceis logo de manhã. – Rachel riu.

– Sério Q, Jesse e Kurt estão tão centrados nessa coisa de moda europeia que até mesmo Kurt se esqueceu da minha existência. – Rachel suspirou.

– Ele não esqueceu, só não resistiu aos encantos do cachinhos dourados. – Quinn sorriu levemente. – Uma das coisas que eu preciso fazer hoje é mandar minhas redações para as faculdades. – Quinn disse desanimada.

– Oh, já escolheu o que cursar?

– Não. – Quinn suspirou pesadamente. – Eu nem sei se eu quero ir para a faculdade, me parece besta isso. – Rachel riu. – O que foi?

– Nada, você só me parece tão CDF e é estranho ouvir você falar isso. – Rachel deu de ombros.

– Eu sou muito CDF Rachel. O reitor de Dartmouth mandou uma carta para meus pais dizendo que a filha é muito bem vinda à universidade. E Yale mandou uma carta um pouco mais formal, mas fala a mesma coisa... E também porque o meu tio é um amigo próximo do reitor de lá. E Princeton também entra na lista e foi onde meu pai se formou.

– E todas fazem parte da Ivy League.

– Sim... Eu sempre fui para as aulas avançadas, mesmo detestando números. – Quinn tomou um gole de seu café. – E isso sempre foi estimulado pelo anseio de sair o mais rápido possivel da escola.

– E isso te levou a ser disputada pelas universidades da Ivy League. – Rachel riu.

– Não, isso soa como se eu fosse um prodígio.

– E você trata isso como uma ofensa? Q, Yale e Princeton estão na lista das cem melhores universidades do mundo e eles querem você como aluna, não porque não aceitar.

– Eu não quero ir para Filadélfia, New Haven talvez, mas eu... Eu não gosto do jeito que as coisas são tratadas ali, sabe, WASP. Eu nem ao menos frequento a igreja e... Argh, não é pra mim isso.

– WASP? – Rachel pediu confusa.

– É um acrônimo... – Rachel a encarava com uma expressão confusa – Uma espécie de sigla, Rachel. Significa Branco, Anglo-Saxão e Protestante. (White, Anglo-Saxon and Protestant).

– Depois você reclama dos termos que eu uso. – Rachel disse rindo, Quinn riu junto.

– Desculpe, só queria explicar um dos motivos que me fazem repensar mil vezes antes de querer entrar numa dessas faculdades.

– Ainda não deixa de ser algo bom Q... Eu sei que você não quer estar num lugar elitista, mas estar num lugar assim não vai te tornar igual a eles. E nem todos vão ser assim como você diz. São universidades ótimas e você deveria aproveitar essa chance. – Rachel sorriu. – E eu tenho certeza que terão outros CDFs que vão entender seus...

– Acrônimos?

– Isso! Que vão entender seus acrônimos e tudo fica bem.

– Harvard seria uma boa escolha... Sabe depois que eu me formasse e virasse professora de Iconografia Religiosa e Simbologia e os Illuminati atacassem o vaticano e aparecesse uma Vittoria Vetra na minha vida...

– Quinn eu acho que você precisa dar um tempo com Dan Brown. – Quinn riu.

–x-

Assim que Quinn voltou do coreio com Rachel, Kurt e Jesse conversavam na sala. Rachel se juntou a eles e Jesse disse que precisava ir para casa, se despediu do trio e foi para casa. Quinn avisou que iria ligar para sua mãe e foi para seu quarto, deixando Kurt e Rachel sozinhos.

– Então... Como vai ser depois? – Kurt pediu sem rodeios.

– O que? – Rachel dissimulou.

– Rachel não se faça de boba... Você e Quinn é claro.

– Tudo volta ao normal. Eu em NY e ela em alguma universidade. Isso não tem nenhum compromisso firmado, nós só estamos... Fazendo companhia uma a outra. – Rachel deu de ombros.

– Nenhum sentimento? – Kurt pediu arqueando a sobrancelha.

– Não.

– Rachel.

– O que você espere que eu fale Kurt?

– Rachel eu vi o jeito que você encara ela, eu vi o jeito que uma fala com a outra, tem certeza que isso não tem nenhum sentimento no meio?

– Eu... Não sei Kurt, é estranho. Eu me sinto tão bem perto dela e isso é uma coisa que eu sentia falta, talvez seja só carência.

– Rachel eu te conheço desde que você era aquela criança insuportável com suéteres de pôneis, e eu posso dizer com toda a certeza do mundo que isso não é só carência.

– Kurt isso não acontece na vida real.

– Isso o que Rachel? – Kurt tinha um tom desafiador.

– E- eu não vou dizer isso me voz alta Hummel, mas você sabe do que eu estou falando. – Kurt riu.

– Eu só não quero te ver mal. E Quinn definitivamente te faz bem Rach, não acho justo que isso acabe tão cedo.

– Kurt, eu sou uma figura publica e logo isso vai tomar proporções maiores, ainda mais com esse desaparecimento e eu sei um relacionamento gay entre uma atriz e uma garota cinco anos mais nova repercutiria muito e eu sei o quanto Quinn fica desconfortável com toda essa parte.

– E você não acha que o que vocês sentem não é maior que isso?

– A questão é; o que nós sentimos Kurt? Eu não posso estufar o peito e dizer que eu estou completamente apaixonada por uma adolescente, sem ao menos saber se isso é recíproco ou se isso é real.

– A questão é; você está apaixonada por uma adolescente e você sabe que o sentimento é recíproco, por mais que ela possa negar e falar mil vezes que te odeia, Rachel é tão claro quanto um cristal! – Rachel fechou os olhos e jogou a cabeça para trás.

– Kurt eu não posso me envolver mais nisso do que eu já estou. E logo eu vou embora em menos de uma semana, eu não pensei que fosse ser assim. – Rachel suspirou pesadamente.

– Então aproveite isso Rachel! Se você realmente não quer a continuidade disso, aproveite enquanto você está aqui com ela.

– Kurt eu preciso calcular todos os meus movimentos a partir de agora. Eu não posso simplesmente me jogar nos braços dela e esperar que o mundo se exploda. Cada gesto vai criando algo a mais e isso vai acabar me machucando e saber que eu posso machucar ela, depois de todo um esforço para tirar do fundo do fundo do poço é horrível.

– E o que você vai fazer? – Kurt riu. – É a primeira vez em anos que eu te vejo tão feliz e espontânea com alguém Rach e você não pode desperdiçar isso. – O celular de Kurt tocou.

Kurt estava certo, para o receio de Rachel, ele estava. A morena não sabia o que passou pela sua cabeça quando simplesmente beijou Quinn no festival, aliás, Quinn estava completamente certa sobre se apegar em algo incerto, porque era exatamente o que estava acontecendo com Rachel. Ela se apegara em algo tão incerto que não pensou nas consequências, ambas teriam muita coisa pela frente em suas vidas, mas Rachel realmente não pensou nisso. Nem quando colocou algumas coisas em suas malas e fugiu. Se descobrissem a verdade, ela provavelmente não teria emprego por um bom tempo em sua vida. Mas Rachel não conseguia se arrepender de sua escolha, Quinn Fabray fez com que todo esse risco valesse a pena e estava fazendo com que Rachel se sentisse a pessoa mais impulsiva da terra. E a mesma Quinn Fabray estava fazendo com que sua futura volta para NY se tornar uma tortura, porque ela havia se apaixonado por essa adolescente problemática que trabalhava numa doceria e era cinco anos mais nova que ela e no final das contas tudo aquilo era culpa de Rachel, se ele tivesse ficado em casa assistindo Girls nada daquilo teria acontecido . E no final de tudo Kurt estava certo, ela precisava aproveitar esse tempo ali.

– Rachel você tem uma sorte divina. – Kurt disse, tirando Rachel de seus devaneios.

– Por quê? – A morena pediu confusa.

– Acabaram de me ligar me chamando com urgência para o próximo desfile do Marc Jacobs e eu preciso estar lá antes das dez horas. – Kurt olhou em seu relógio. – E eu preciso ir.

– Quem quer ver algum filme? – Quinn pediu descendo as escadas.

– Quinn eu adoraria, mas o dever me chama. – Kurt disse.

– Oh, isso é triste. – Quinn disse.

– Tudo bem... No próximo surto de Rachel, eu aproveito e venho junto. – Kurt riu. – Rachel me leve até a porta. Tchau Q, foi muito bom te conhecer.

– Digo o mesmo Kurt. – Quinn sorriu para ele. Rachel e Kurt foram até a varanda.

– Bem... Até logo? – Rachel riu fracamente. Kurt suspirou pesadamente.

– Até mais... Não se esqueça do que eu disse ok?

– Tudo bem Kurt, tudo bem. – Rachel sorriu e os dois se abraçaram. Logo Kurt já estava voltando para NY.

–x-

Quinn e Rachel haviam terminado de assistir Lolita, um filme que Quinn classificou como o filme mais estranho que ela já havia visto, por mais que ela admitisse que assistia sempre que podia. Rachel não prestou atenção ao filme, ela ainda pensava no que Kurt havia lhe dito, algumas horas atrás. Quinn escolhia outro filme no meio de um amontoado de filmes em sua gaveta e fazia comentário sobre os mesmo e Rachel assentia levemente, sem mesmo estar ouvindo o que Quinn falava.

– O qual você prefere Rach?

– Hm? - Quinn voltou a ler a sinopse. – Faça amor comigo, Quinn. – Rachel disse ignorando o que Quinn lia.Aquilo fora completamente inesperado para Quinn. Ela não sabia como reagir ou o que fazer.

– Rachel eu... Eu não sei se é uma... Uma boa ideia. – Quinn disse, sem olhar para Rachel.

– Quinn, faça amor comigo. – A voz de Rachel estava baixa e rouca, e isso causou um arrepio pelo corpo de Quinn.

– Rachel, você precisa saber que eu levo... Isso a sério, pra mim envolve muitas coisas além do ato em si, entre essas coisas sentimentos um pouco... Er, intensos demais. – Quinn estava ofegante. Ela olhou para Rachel, que estava a centímetros de seu rosto. Quinn se sentia pequena diante de todas as reações e sensações que estava tendo naquele exato momento, mas ela sabia que se ela não resistisse a isso estaria cavando o fundo do poço que já estava, e sabia que uma vez ali não haveria volta.

– E quem disse que não existem sentimentos envolvidos? – E Quinn não queria voltar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Me digam!
E eu tenho que avisar vocês que estamos nos últimos capítulos da fic, tem mais dois capítulos e acabamos ela. Porém, o William R me deu uma ideia e eu gostei bastante dela, que seria uma continuação de Candy só que em NY mostrando toda a adaptação de Quinn com a mídia etc... Mas claro, se elas ficarem juntas no final, nunca se sabe se eu vá ter um surto enquanto eu escrevo hahaha, veremos ok? Me digam o que acham disto e nos vemos amanhã :)



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