EI, VOCÊ ! Você que estava pensando em começar esse capítulo sem ler as notas iniciais! Pode voltar lá agora, eu fiz a maior declaração  amor pra vocês ! 

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- E depois disso, eu nunca mais abri meu coração pra ninguém me iludir. - Eu disse, terminando meu milk - shake. Quando eu disse o nome de Luke no carro, começei a chorar, do nada. Percy ficou meio sem rumo, e acabou por me pagar um lanche na lanchonete Panda Feliz. (N/A : Sim o nome da lanchonete é panda feliz, porque olhou feio, tem preconceito contra pandas felizes ?) Lá, eu contei toda a minha história com Luke, do início ao fim, sem esconder nada. No final de tudo, eu não parecia nem um pouquinho com um panda feliz.  Eu estava chorando muito, e Percy estava sendo bem legal comigo, até. 

- Ainda dói muito, né ? - Ele disse, passando a mão no lugar onde deveria estar o coração que Luke arrancou de mim. 

- Demais da conta. - Eu disse, colocando minha mão sobre a dele. 

- Você amou ele ? - Percy perguntou, e a resposta foi quase automática..

- Sim. Muito. - Eu disse, e ele respirou fundo.

- Você ama ele ? - Percy perguntou, e eu fiquei quieta. Eu realmente não sabia a resposta para essa pergunta.

- Olha... Eu gostaria muito que a resposta imediata fosse não. Eu realmente  queria, de verdade. Acontece que... Eu não sei. - Eu disse, e ele suspirou. 

- E como eu posso te ajudar, se você ainda tem algum sentimento pelo maldito cara que fez isso com você ? - Ele apontou para o meu estado deplorável.  Os funcionários com chapéu de panda estavam de olho na conversa. 

- E-e-eu não s-s-sei eu... Não sei. Você não é obrigado a catar os cacos do meu coração partido, Percy. É responsabilidade demais. É confiar todos os seus sentimentos em uma pessoa que mal sabe retribuir. Meu coração está debilitado, Percy. Já tem algum tempo que ele não é tocado.  - Eu disse, já começando a sentir minhas lágrimas se formarem. 

- Dê chance aos outros para te fazerem feliz. Se dê uma chance de ser feliz. - Ele disse, e eu soluçei. - Termina de comer o teu hamburguer, eu estou te esperando no carro. Preciso pensar, colocar minhas idéias no lugar. - Ele disse, e saiu.- Eu respirei fundo, e voltei a comer. A lanchonete estava vazia. Eu estava sozinha. É sempre assim que eu acabo, e é sempre assim que eu vou acabar. Sozinha. Meu hamburguer estava cheio de lágrimas. Que merda, hein ? Agora vou ter que comer hamburguer lacrimejado também. 

- Eu acho que devia dar uma chance para o rapaz. - O homem gordo vestido de panda brotou do chão e disse. 

- Calado, panda. - peguei minha bolsa, e me retirei.