The Auror escrita por Heitor


Capítulo 8
Capítulo 8 - A Viagem




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Durante a noite toda, Adam não dormiu. Ficou acordado pensando em sua família.

De manhã cedo Eleanor acordou.

– Calma, calma. – Disse Adam se aproximando dela, que tentava levantar. – Fique em repouso.

– Ah, quanto tempo eu dormi? – Ela estava sonolenta.

– Depois que você aparatou, ficou desacordada.

– Onde estamos? – A loura começou a olhar todo o quarto.

Adam explicou tudo que aconteceu depois que desaparataram na frente do hotel.

– Está com fome? – Perguntou ele. Ela assentiu.

Zoey já estava acordada, esperando numa salinha no térreo. Era aonde aconteciam as refeições. Sr. Lynn trouxe três xícaras de café e uma bandeja com biscoitos.

Ao terminaram de comer, Adam disse:

– Acho que você já está melhor. – Estava se referindo a Eleanor – Está pronta para responder nossas perguntas?

– Claro. – Respondeu ela.

Adam, Zoey e Eleanor subiram para o quarto. Sentaram-se à cama, e depois de um minuto de silêncio, o garoto perguntou:

– O que você estava fazendo em Plummore?

– Eu praticamente vivo lá. Em casas abandonadas. Não tenho para onde ir.

– Você sabe alguma coisa a respeito de tudo que aconteceu?

– De tudo? Desde o começo? – Adam disse que sim, com um aceno de cabeça. – Certo. Hogwarts estava sofrendo terríveis ataques. As barreiras que protegiam a escola estavam ficando fracas com o tempo. Até que perto das férias, a diretora Nancy anuncio que a escola seria fechada. Foi um grande choque para todos. Em dois dias, o Ministério também fechou suas portas, sem dizer o motivo. O interior de onde fora o Ministério, está todo destruído. Muitos bruxos de Azkaban fugiram. Alguns bruxos decidiram se abrigar em locais trouxas, enquanto outros continuaram a viver suas vidas normalmente, o que foi o caso da minha família.

– O que aconteceu com eles? – Perguntou Zoey, curiosa.

– Foram mortos. Morreram para me proteger. – Eleanor abaixou a cabeça. – Eles duelaram com um bando de bruxos iguais aqueles de Plummore, e me mandaram fugir. Obedeci.

– Sinto muito. – Disse Adam. – Você sabe alguma coisa a respeito dos outros bruxos? Digo, sabe se algum deles além dos que foram viver com trouxas, fugiram?

– Sim, sei – Eleanor olhou Adam nos olhos. – Mas não sei se conseguiram chegar ao seu objetivo.

– Como assim? – Perguntou o garoto, entrelaçando os dedos, como sempre fazia quando estava nervoso.

– Depois que o Ministério fechou, um amigo meu veio atrás de mim. Klaus. Ele disse que estava fugindo com um grupo de bruxos. O líder deles era o filho mais velho de Flavius e Nancy Braeden, chamado.. Oris. Oris Braeden.

– Um Braeden? – Adam se encheu de fúria. – Para onde estavam indo?

– Pretendiam chegar além das colinas. Disseram que havia uma cidade medieval muito antiga lá, onde historiadores visitavam.

– E por que você não foi? – Perguntou Zoey.

– Eu precisava ficar com os meus pais. Eles não queriam ir.

– Você sabe como chegar lá?

– Talvez sim. – Disse Eleanor. – Mas teremos que passar por Plummore.

– Peguem suas coisas. – Disse Adam – Vamos sair.


+ + +




Adam e Zoey já tinham suas mochilas prontas. Eleanor não possuía nada. O garoto teve que implorar à Zoey para que ela desse as roupas que ela menos usava para Eleanor. Sua mochila era grande e tinha muitas vestes lá.




– Tudo bem, mas não vou dar muita coisa. Ela que se contente com o que ganhar. – Disse Zoey.


Quando estavam saindo, Sr. Lynn ofereceu alimento para que eles levassem para a viagem.

– Biscoitos, pão.. – Ia dizendo ele, enquanto colocava tudo numa sacola. – Ah, e bastante água!

– Obrigado. – Adam deu um abraço no velho. – Não sei como te agradecer.

– Não precisa meu filho. Mande abraços para os seus pais, e o pequeno Antony. – Ele se alegrou por ver a confiança do Sr. Lynn de que ele ia encontrar a família.

– Pode deixar.

Eles encontraram uma boa mochila para por as poucas coisas de Eleanor. Dividiram a comida entre si, dividindo em categorias em cada mochila: a de Adam com comida salgada, na de Zoey as garrafas com água, e a de Eleanor com os doces.

Quando terminaram de arrumar tudo para a ida, já era hora do almoço. Decidiram não comer, iriam seguir em frente.

Despediram-se do Sr. Lynn e foram embora. A caminhada até Plummore foi rápida. Estavam com fácil acesso as varinhas, caso acontecesse algo na cidade. Eleanor foi na frente guiando eles.

– Vamos ter que passar por um casarão, no fim da cidade. – Ela apontou para o norte, em direção as colinas e a montanha ao fundo. – E em breve estaremos lá.

Adam assentiu. Prosseguiram a caminhada. O tempo estava bem razoável: um sol no alto, e um vento refrescante. Tudo para uma viagem dar certo.

Eleanor chegou em frente ao casarão que havia dito, e parou.

– Vamos até o fundo da casa e pulamos o portão. Do outro lado, temos acesso ao bosque e logo no fim dele vamos avistar um rio. O único problema vai ser como iremos atravessar. Mas isso pode ser resolvido.

Zoey não estava gostando nada do jeito de Eleanor.

– Como você sabe de tudo isso? – Replicou ela, franzindo a testa.

– Eu ia pescar no rio com o meu pai quando era garota. – Respondeu Eleanor com um sorriso.

– Quantos anos você tem? – Zoey fez uma pergunta que não tinha nenhum relação com o assunto anterior.

– Vinte, por quê? – Era também a idade de Adam. A garota não respondeu.

Ela é apenas um ano mais velha que eu e se acha superior, pensava Zoey.

Eles deram a volta na casa, e foram para os fundos. Lá havia um grande portão com cerca de dois metros de altura. Estava trancado com cadeado.

Adam retirou a varinha do casaco e disse:

– Alohomora! – Nada aconteceu. Não se pode abrir uma passagem que não foi trancada com magia.

– Vamos ter que pular. – Disse Eleanor.


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