The Auror escrita por Heitor


Capítulo 15
Capítulo 15 - O Bosque




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Klaus se sentou em seu banco de couro atrás do balcão. Ficou encarando Adam nos olhos.

– O que vocês querem? – Perguntou ele, secamente.

– Um emprego. – Disse Zoey.

– Um emprego, é? – Repetiu Klaus.

– Sim. Junto com Augustus e Jason. – Confirmou Adam.

– Certo. – Klaus fez uma cara de pensativo. – Porém, Augustus e Rick estão de vigia na praça central. Houve boatos de roubo de mercadoria.

– Mas..? – Perguntou Adam.

– Eu tenho suspeita de pessoas que andam freqüentando o bosque, e precisava que alguém fosse para lá observar. Mas a minha equipe já está ocupada.

– Então? – Perguntou Zoey. Eles estavam impacientes.

– Vocês têm uma missão.

– Quer dizer que estamos contratados? – Zoey ficou empolgada.

– Ei, ei. – Disse Klaus. – Não fiquem alegres. É um trabalho difícil. Deverão manter a segurança da cidade. De toda a cidade.

– Tudo bem. – Confirmou Adam.

Klaus abriu uma das gavetas de seu balcão. Retirou duas sacolas e entregou uma para Adam e outra para Zoey.

– Seus casacos que deverão usar e um distintivo. – Klaus estreitou os olhos para eles. – Vou confiar em vocês. Acredito que sejam bons bruxos capazes de realizar os trabalhos que passarei.

– Sim, senhor. – Adam retribuiu com um sorriso. Klaus ignorou.

Klaus tornou a abrir a gaveta, e retirou um mapa velho. Colocou-o sobre o balcão.

– O que é isso? – Perguntou Zoey.

– Um mapa encantado. – Respondeu. – Posso localizar onde estão todos da equipe através da varinha. É como um rastreador. – Klaus estendeu a mão. – Entreguem a suas.

Adam e Zoey trocaram olhares. Depois de um instante entregaram. Klaus pegou e pôs as duas em cima do balcão. Pegou sua própria varinha e deu dois toques na varinha de Zoey. Um feixe de luz azulado brotou da madeira e pulou para a ponta da varinha de Klaus. Ele guiou a luz até o mapa. O feixe entrou no papel e um nome se revelou lá: ZOEY BENNINGTON. A bolinha com o nome de Zoey estava dentro de um desenho de uma sala circular: o escritório de Klaus, onde estavam neste exato momento.

O garoto repetiu o mesmo gesto com na varinha de Adam, e após terminar, devolveu aos dois suas varinhas.

– Certo, agora saberei onde estão. – Ele sorriu levemente. – Chamem Jason para essa missão. Ele está.. – Klaus deu dois toques no mapa e o nome JASON ASHDEEN se revelou no mapa em uma rua sem saída. – Próximo ao conjunto de casas amarelas.

– Sabemos. – Adam balançou com a cabeça positivamente.

Antes de saírem, os dois vestiram seus casacos: eram de couro. Preto igual carvão. Os distintivos tinham as inicias VB – de Vigilância Braeden. O casaco de Zoey ficou um pouco grande nela, mas era tamanho único.

Enquanto desciam as escadas em direção ao hall do casarão, Adam procurou por Gwen, mas não teve nem sinal dela. A casa parecia vazia.


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Ao chegarem na rua das casas amarelas, encontraram com Jason conversando com uma jovem bonita de pele morena.

– Jason? – Adam caminhou até ele. Mostrou-lhe discretamente seu distintivo.

– É, Tori, nos vemos mais tarde. – Disse ele se afastando da moça. – Por Merlin, Adam! Você conseguiu. Eu sabia! – Ele sorria de alegria.

– Klaus nos mandou em uma missão. Eu, você e Zoey.

– Qual?

– Investigarmos o bosque. – O sorriso de Jason imediatamente sumiu. – Há suspeitas de pessoas que andem rondando por lá.

– Bom, se o Klaus mandou. – O garoto balançou a cabeça como se estivesse tentando se lembrar de algo. – Vamos.


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Não demorou muito para chegarem à área rural, mas também não foi rápido.

Era um local simples. Já não havia pavimentação, o solo era grama. Alguns chalés de campos apareciam aqui ou ali.

Avistaram alguns camponeses cuidando de suas hortas, que logo se afastaram quando os três andavam por ali. Em algum momento, uma senhora gritou com seu filho para que ele fosse para dentro de casa.

– Não se preocupe. – Dizia Jason enquanto sorria. – Eles são caipiras, não estão acostumados com a nossa vinda pra cá.

– Por que eles não foram para cidade socializar com os outros bruxos? – Perguntou Zoey, finalmente falando com Jason.

– Alguns deles não estão acostumados com muita gente, e muitos têm filhos abortos. Incapazes de produzir magia.

– Ei, eu sei o que é um aborto. – Queixou-se Zoey.

– Aquele ali é o bosque? – Perguntou Adam, apontando mais à frente onde uma trilha começava e vários pinheiros cercavam o redor.

– Parece que sim. – Confirmou Jason.

Os três diminuíram a velocidade dos passos. Jason retirou sua varinha do cinto. Adam e Zoey repetiram o gesto.

Entraram no bosque. Em alguns momentos ouviam o cantar de um passarinho ao longe. Mesmo estando de dia, a aparência do interior do bosque era assustadora.

Adam se lembrou de quando foi perseguido pelo trasgo junto com o Eleanor, antes de Beatrice os encontrar.

Ia fazer quase cinco minutos que já estavam dentro do bosque, quando Jason disse:

– Parece que não tem nada por aqui, vamos voltar?

– Espera, vocês estão ouvindo? – Perguntou Adam.

– Ouvindo o que? – Zoey parou de caminhar.

– Venham, mais à frente. – Chamou Adam. – Barulho de água. Sintam a brisa.

O garoto continuou caminhando sempre em frente. Logo, os pinheiros à volta foram sumindo. E só restavam pequenas árvores com galhos cheios de plantas. Adam retirou-os do seu caminho e viu a fantástica cena.

Ao fundo, via nuvens escuras cobrindo o resto da paisagem. Estava sobre um penhasco. Deu alguns passos à frente e olhou para baixo: grandes rochas pontudas, e a imensidão de água.

– Adam! – Zoey correu até ele e segurou seu braço.

– Calma. – Disse ele. – Está achando que vou me jogar?

– Eu não acredito. – Exclamou Jason, boquiaberto. – Eu não acredito!

– É lindo. – Concordou Adam.

De repente, uma cena chamou-os atenção: uma penumbra negra saiu em disparada de cima de uma rocha, riscando o céu, e sumindo logo após as nuvens escuras no fim da paisagem.


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