The Auror escrita por Heitor


Capítulo 14
Capítulo 14 - O Trabalho




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/367703/chapter/14

No dia seguinte, Adam demorou em acordar. No fim da manhã, Zoey e Antony estavam na cozinha tomando café.

- Não é melhor você ir acordar ele? – Sugeriu Antony.

- Ele ficaria bravo. Deixe-o dormir. – Respondeu Zoey.

Os dois estavam sentados à pequena mesa da estreita cozinha. Nela, além da mesa, só havia uma geladeira, um fogão, e uma pia de lavar louça.

Antony tomava café com leite, enquanto Zoey comia algumas bolachas de chocolate.

Já estavam terminando a refeição quando ouviram a porta bater.

- Deixe que eu abra. – Disse Zoey, se levantou e foi em direção à sala. Abriu a porta.

- Olá. – Cumprimentou Eleanor com um leve sorriso.

- O que você quer?

- Vim tomar café da manhã com vocês.

- Já estamos terminando. – Respondeu Zoey, com uma cara de enjôo.

- Não tem importância. – Replicou Eleanor, já entrando. – Onde está o Adam?

- Ainda não acordou. – Zoey voltou para a cozinha.

- Ele está lá em cima? – Perguntou a garota da sala.

- Sim, e você não vai acor.. – E se interrompeu. Ouviu o som dos passos de Eleanor subindo a escada. – Que garota abusada!

+ + +

- Adam? – Chamou Eleanor, abrindo a porta com delicadeza.

- Oi, Elle. – Disse Adam – Entre.

O garoto já estava de pé, pronto para descer.

- Você já sabe o que vai fazer? – Perguntou Eleanor.

- A respeito do que?

- Trabalho, ora. Ouviu as regras ontem: para sustentar nossas devidas ‘’famílias’’ temos que trabalhar. Ou você espera que eles nos dêem comida de graça?

- Você está certa. – Queixou-se ele. – Havia me esquecido. Você já sabe o que vai fazer?

- Sim. Vou até a casa de repousos e perguntar se precisam de ajuda lá. Não deve ter muito movimento, por que tudo por aqui é tranqüilo. Mas pelo menos vou estar ganhando um salário.

- É. – Adam abaixou a cabeça. – Eu sempre quis ser um auror, mas pelo visto, aqui não tem essa opção.

- Mas Adam, você pode ajudar aqueles garotos! – Incentivou Eleanor. – Jason, Augustus, e aquele outro tal de Rick. Eles são meio que uma equipe de busca. Eles ajudam as pessoas por aqui!

- Você está certa! – Ele se aproximou da garota e deu-lhe um abraço. – Você é genial, Eleanor.

- Típica de uma garota que pertenceu a Corvinal. – Eles riram.

Depois de uns minutos, os dois desceram lá para baixo. Zoey e Antony estavam no sofá jogando xadrez bruxo. Ainda vestiam pijamas.

- Zoey! – Reclamou Adam, com um tom de amargura na voz.

- Qual o problema, belo adormecido? – Antony riu da piada de Zoey.

- Você devia estar vestida.

- Para que?

- Trabalho, Zoey!

- Que trabalho?

Eleanor repetiu para ela tudo o que tinha dito para Adam.

- Ah, credo. – Reclamou ela. – Eu não quero trabalhar.

- Mas vai. – Disse ele. – Ande, vá se trocar.

+ + +

Enquanto Zoey e Antony estavam no andar de cima se trocando, Eleanor despediu-se de Adam. Disse que queria chegar cedo na casa de repousos.

Alguns minutos depois Zoey e Antony desceram. A garota estava vestindo um tênis, calça jeans e uma blusa branca. Seu cabelo estava preso num rabo-de-cavalo.

- Pronto, - Disse ela. – satisfeito?

- Sim. – Adam se aproximou de Antony. – Agora temos que achar alguém para ficar com ele.

- Ah, para de ser chato Adam! Eu fico aqui sozinho!

- Nada disso.

- Adam, deixa o menino. Não confia nele? – Disse Zoey.

- É, Adam! Ela está certa.

- Não dê ouvido a ela. Vamos. – Antes de sair, Adam pegou a chave da casa que estava num armário do andar de cima. Os três saíram, e ele fechou a porta.

No momento que Adam trancava a porta, Beatrice saiu da casa ao lado de Eleanor. A garota caminhou calmamente com seus cabelos acobreados esvoaçando ao vento. Parou em frente a eles.

- Boa tarde! – Cumprimentou ela.

- Oi. – Disseram Zoey, Antony e Adam em uníssono.

- Aonde vão? – Perguntou Beatrice.

- Eu e Zoey vamos trabalhar. – Respondeu Adam. – E procurar alguém para ficar com Antony.

- Deixe-o comigo! – Ela sorriu. – Eu sei cuidar de crianças.

Zoey e Adam se entreolharam.

- Hãm. – Pigarreou Adam. – Tudo bem, mas aonde vai ficar com ele?

- Eu posso levá-lo na praça central para ficar com as outras crianças.

- O.k., estou indo para lá agora. – Comentou Adam. – Mas ao por do sol encontre-nos aqui. Se não tivermos chegado, fique com ele em sua casa e depois irei buscá-lo.

- Certo. – Ela segurou na mão de Antony. Ele sorriu. – Até.

Os dois foram caminhando na frente, enquanto Adam e Zoey foram com passos lentos atrás.

- Você confia nela? – Perguntou Zoey.

- Não sei. – Ele ficou observando-os mais à frente – Ela só é.. Diferente.

+ + +

Depois de alguns minutos de caminhada, os dois chegaram na praça central. Estava bem movimentada: pessoas entrando e saindo de lojas, crianças correndo em volta do chafariz, homens carregando pacotes no meio da rua. Era uma verdadeira bagunça.

- Espero que Beatrice não perca Antony de vista por aqui. – Comentou Adam.

- Para onde vamos? – Perguntou Zoey.

- Encontrar o Jason.

Zoey pôs-se rapidamente na frente de Adam.

- Aquele garoto louco que me raptou? – Perguntou ela, indignada.

- Ele não é louco, Zoey. Relaxa.

Os dois prosseguiram caminhando, até passar um pouco além da praça central. Estavam na rua de entrada da cidade, e também, da casa dos Braeden.

- Como vamos encontrá-lo?

- Bem ali. – Disse Adam.

Neste momento, Jason saia da casa dos Braeden. Ele notou Adam e Zoey parados no começo da rua, e foi na mesma direção.

- Olá! – Cumprimentou ele. Zoey ignorou.

- Oi, Jason. – Adam deu-lhe um leve sorriso. – Gostaria de te perguntar uma coisa.

- Diga.

- Queremos trabalhar com vocês. – Adam encarou-o. – Sabe, ajudando aqui na cidade. Como vocês fazem.

- Bom, trabalhamos por ordem do senhor Braeden. Mas quem lidera a gente é o Klaus. Mas ele não costuma estar patrulhando conosco. Então, Augustus acaba por nos liderar.

- Onde posso encontrá-lo?

- Ele tem um escritório no alto da torre da casa dos Braeden. – Disse Jason. – Acabei de vir de lá. Acredito que ele não esteja ocupado.

- Tudo bem. Vamos até lá.

- Espero ter ajudado. Até mais. – Ele se virou, e foi em direção a praça.

- Novamente na nobre casa dos Braeden. – Resmungou Zoey.

Os dois se aproximaram da porta. Adam respirou fundo e bateu.

Imediatamente, Gwen apareceu na porta. Tão bela como nunca.

- Olá. – Disse ela. – Posso ajudar?

- Viemos falar com o Klaus.

- Ah, claro. – Ela sorriu. – Hubermann ficará feliz em recebê-los. Venham.

Os dois entraram, seguindo a bela moça. Subiram a grande escada, em direção ao segundo andar. Entraram num corredor, e no fim dele, havia outra escada.

- É só subirem. No fim, haverá um outro corredor. Só tem uma única porta lá, é onde Klaus fica.

Zoey se apressou em subir. Não suportava olhar para cara de Gwen. Adam olhou para trás. A garota deu-lhe um leve sorriso, e acenou. Ele sorriu envergonhado, e subiu as escadas. Os dois demoraram quase dois minutos para chegar ao corredor.

Ao chegarem, eles sentiram um frio percorrer o corpo. Estavam no alto da torre da casa. Logo, avistaram a única porta grande de madeira no corredor. Bateram.

Demorou um pouco, mas então, a porta se abriu.

Um adolescente, de cabelos pretos acima do ombro apareceu na porta.

- Ora, se não são vocês que trouxerem Eleanor para cá. – Ele deu um leve sorriso. Estava sendo irônico. – Entrem.

A sala dele era grande: um balcão com vários papeis em cima, um banco e um sofá de couro e algumas coisas de astronomia. No fundo da sala, estava uma grande janela que dava visão para além da muralha da cidade.  

Adam e Zoey se sentaram no sofá de couro.

Klaus trancou a porta. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Auror" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.