The Auror escrita por Heitor


Capítulo 11
Capítulo 11 - A Muralha




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/367703/chapter/11

– Como é lá? – Perguntou Eleanor para Beatrice.

– Ah, é fantástico! – Respondeu com um largo sorriso no rosto – Os moradores são super legais! Vocês vão amar! – Ela se referiu aos dois, porém, Adam não prestava atenção. Estava principalmente preocupado com Zoey e com seus pais. Estariam eles lá?

– Bea, posso te fazer uma pergunta? – Eleanor sorriu.

– Claro!

– Klaus está lá?

– Klaus, Klaus.. Um alto de cabelo preto? – Beatrice fez uma cara pensativa.

– Sim! Ele é um grande amigo meu. – Eleanor estava empolgada.

– Ah, Klaus Hubermann! Ele está sim.

– Não brinca comigo! – Ela pulou de alegria. – Mal posso esperar para vê-lo! Vamos Adam.

Eles continuaram caminhando pela colina. Adam estava ansioso para ver Zoey e sua família, mas não ousou perguntar se seus pais e seu irmão estavam lá. Preferiu manter surpresa. Ia ficar realmente feliz, e sabia disso.

– Estamos quase chegando. – Disse Beatrice.

Eles contornaram algumas árvores que estavam no caminho e avistaram uma grande muralha.

– Eu acho que é ali! – Comentou Eleanor com muita vivacidade.

Além da muralha, Adam avistou uma coisa que chamou sua atenção: uma torre. Era alguns metros mais altos que a muralha, e tinha uma grande janela no topo. Beatrice percebeu que ele olhava para lá.

– Aquela torre é onde observam quando chega alguém. – Disse ela – Os trouxas não conseguem enxergar a muralha. Os Braeden encantaram o local para que eles avistassem qualquer outra paisagem!

– Os Braeden? – Exclamou Adam. De repente, ouviram sons de galope.

– Ei, Bea. Parece que os encontrou primeiro. – Disse o garoto com aparência jovial. Devia ser um adolescente ainda. Seu cabelo era escuro, e tinha ombros largos. Estava montando em um cavalo branco, e ao seu lado estava mais dois garotos aparentemente mais velhos, sobre outros dois cavalos negros.

– Olá, Jason! – Cumprimentou Beatrice, em resposta ao garoto jovem.

Um dos garotos mais velhos que estava sobre o cavalo negro fitou Eleanor. Lançou-lhe um sorriso. Ele era alto e tinha cabelos louros. Seus olhos eram azuis e pequenos. Poderia ser até irmão de Eleanor. Eram parecidos. A garota desviou o olhar, constrangida.

Beatrice, Eleanor e Adam se aproximaram da grande porta de madeira no meio da muralha. Jason desceu do cavalo e retirou sua varinha do bolso. Ergueu-a no ar e um lampejo amarelado riscou o céu azul escuro.


+ + +


– Eles chegaram. – Disse Klaus, observando o lampejo pela janela do alto da torre – Beatrice está com eles.

– Ah, essa garota.. – Respondeu Kailene. – Avise aos outros para que desçam o portão. – E se retirou da minúscula sala.

– Ei, vocês! – Klaus pôs a cabeça para fora. O vento esvoaçando seus cabelos negros. Eram lisos e chegavam a altura do ombro. Sua feição era má e aparentava autoridade. Digna de um bruxo que pertenceu a Sonserina – Desça o portão! Agora!

Dois homens que estavam na praça central acenaram sua varinha e de repente o portão começou a descer lentamente.

Com um barulho de impacto ele encostou-se à grama. Jason entrou primeiro, ao seu lado o cavalo branco. O garoto louro montado ao cavalo negro junto ao outro o acompanhou. Beatrice, Eleanor e Adam foram logo atrás.

O choque de Adam e Eleanor foi imenso: estavam em uma cidade particular. O piso era feito de pedra. Um pouco mais à frente deles havia bancos de praça e alguns comércios.

De repente, o som de uma porta batendo chamou-lhes a atenção. Tinha vindo do grande casarão ao lado deles. Parecia um castelo, porém, mais moderno e assustador.

– Bem vindos – Disse uma voz calma e séria. Parada a porta do casarão estava uma bela mulher: pele pálida, olhos claramente esverdeados e longos cabelos negros que brilhavam a luz da lua. Trajava um comprido vestido preto. Ela se aproximou em calmos passos. Parou em frente a Adam e Eleanor. Estendeu o braço e pôs a pálida mão próxima ao rosto do garoto. Ficou encarando-o nos olhos.

– Ah, me desculpe senhora! – Ele beijou suavemente sua mão. Ela recuou.

– Senhora não. Senhorita.

– Perdoe-me, senhorita. – Corrigiu Adam.

– Me chamo Kailene Braeden. Mulher do prefeito. – Ela deu um sorriso leve. Seus dentes eram brancos e brilhantes. – Me dão a honra de comparecerem para um jantar em minha casa?

– Jantar? Mas acabamos de chegar. Ainda não sabemos de nada, e..

– Tudo será explicado ao jantar. – Disse ela, seriamente. – Receio que os senhores – Ela se dirigiu a Jason e os outros dois garotos – possam levar esses dois rapazes – Adam e Eleanor – para encontrar parentes ou amigos.

– Eu não tenho parente. – Respondeu Eleanor.

– Parentes ou amigos. – Replicou Kailene. Virou-se e entrou novamente no casarão.

– Eu sou Augustus – Disse o garoto louro, descendo do cavalo. – Terei o prazer de mostrar-lhes a cidade. – Beatrice sorriu para ele, parecia encantada em vê-lo, por mais que já o conhecesse. – Jason, pode levar os cavalos para o bosque junto com o Rick?

– Mas ela disse para nós levarmos eles. Todos nós. – Protestou Rick, o garoto do outro cavalo negro.

– Andem! Levem os cavalos. – Augustus replicou num tom de voz alto. Jason murmurou e obedeceu, levando os três cavalos junto com Rick. – Beatrice?

– Sim? – Perguntou ela, numa voz suave.

– Você vem? – Augustus mal havia terminado de perguntar e a garota já balançava a cabeça rapidamente em concordância. – Certo. – E caminhou pela praça. Adam, Eleanor e Beatrice seguindo-o. – Aqui é onde as pessoas trabalham. Alguns têm os seus comércios na praça central mesmo, outros, vivem na ‘’área rural’’. Lá eles plantam coisas: alguns vendem e outros pegam para uso próprio. – Ele sorriu – Certo, desejam encontrar alguém em especial?

– Sim. – Respondeu Adam imediatamente. – Zoey. E depois vou procurar minha família.

– Zoey? A menina nova? – Perguntou Agustus – Tudo bem, mas lembre-se que não poderá demorar. Tem que comparecer ao jantar na casa dos Braeden. Vocês três. – Ele se referiu a Adam, Eleanor e Zoey obviamente.

Caminharam por alguns instantes. A cidade era grande. Entraram em ruas, viraram, voltaram, entraram novamente, até chegar num local privado, com um chalé agradável ao fundo.

– Aqui é casa de repousos. Acredito que ela já esteja melhor. – Augustus parou. Beatrice ficou ao seu lado. – Podem ir, ficaremos esperando aqui.

– Certo. – Respondeu Adam. Ele e Eleanor continuaram até o chalé. Abriram a porta.

Dentro, era bem simples. O ar tinha cheiro de café.

– Olá. – Disse uma senhora sentada ao sofá. – Vieram procurar alguém? – Ela se levantou com um pouco de dificuldade, e deu-lhes um largo sorriso.

– Sim, Zoey Bennington.

– Ah, claro. Você deve ser o tal Adam que ela tanto chamou. Venham cá. – Ela caminhou lentamente até o fim do corredor e abriu uma porta.

– Ei, Adam. – Chamou Eleanor – Acho melhor vocês conversarem a sós primeiro. Vou esperar aqui.

– Tudo bem. – Ele entrou no quarto. Era bem iluminado. Havia uma cama no centro e um balcão pequeno ao lado, com um vaso de rosas sobre ele. Zoey estava na cama, dormindo. Adam se aproximou e sentou no pé da cama, calmamente, sem fazer o mínimo barulho. Ficou observando ela dormir. A garota começou a se revirar na cama, e abriu os olhos. Percebeu a presença dele no quarto e logo se levantou.

– Adam! – Imediatamente abraçou-lhe. Ele se assustou com o gesto dela, mas logo permitiu, e envolveu seus braços na costa dela.

– Zoey, você está bem? – Ela o largou.

– Melhor agora que você está aqui! – Ela sorriu – Aquele garoto imbecil me pegou e me trouxe pra cá. Fiquei assustada, mas já estou bem melhor. E você? Como conseguiu chegar aqui? Pensei que nunca mais te veria, ah Adam.. – Ela o abraçou novamente.

– Calma. É claro que estamos bem. – Ele sorriu.

Ela ainda está com você?

– Zoey! É claro que ela está. – Ele deu uma leve risada - Teremos de comparecer ao casarão da Kailene. Hoje.

– Kailene?

– A prefeita dessa cidade. Ela é uma Braeden.

– Eu não acredito! Hoje? – Ela parecia surpresa.

– Sim. Um jantar. Ela vai nos explicar tudo.

– Jantar, é tudo o que preciso. A comida daqui é horrível!

– Certo. Vou me arrumar. Eleanor vai deixar sua bolsa aqui, e você põe algo decente. Nós três temos que estar lá, sem demora. – Ela respondeu com um aceno de cabeça positivo.

Adam, com sua mochila se retirou do quarto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Auror" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.