The Auror escrita por Heitor


Capítulo 12
Capítulo 12 - O Jantar




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Aproximadamente nove e meia da noite, Eleanor, Zoey e Adam estavam prontos. Augustus e Beatrice estavam conversando do lado de fora do chalé de repousos e guiaram os três de volta a praça central.

Eleanor vestia um vestido verde água que pertencia a Zoey. Enquanto Zoey estava com um vestido mais curto de cor azul. Adam estava com um terno simples que a senhora da casa de repousos conseguiu a ele. Todos estavam bem vestidos para um jantar formal.

Durante o caminho para o casarão dos Braeden, nenhum deles disse nada. Apenas Beatrice que sussurrava algo. Alguma música, pensou Adam.

– Parece que vocês ficam por aqui. – Disse Augustus, finalmente, quando chegaram em frente à casa.

– Até! – Completou Beatrice, enquanto os dois deram as costas e foram embora.

Os três ficaram parados ali, observando a porta, sem saber o que fazer.

– Acho que devemos bater na porta, não? – Sugeriu Zoey, se aproximando. Bateu duas vezes.

Um minuto depois, Kailene abriu a porta delicadamente, com um leve sorriso no rosto. Usava o mesmo vestido preto e comprido de mais cedo.

– Entrem. – Disse ela, segurando a porta, enquanto esperava os garotos entrarem. Observou cada um deles do pé a cabeça.

Eles estavam dentro de um enorme hall. À frente deles, bem no centro, estava uma enorme escada que dava aos andares de cima. Na parede, havia alguns quadros. Entre eles, Adam reconheceu Flavius Braeden, antigo ministro. Compareceriam ele e sua esposa Nancy, ex-diretora de Hogwarts, nesse jantar?

– Por aqui. – Chamou-os Kailene, em direção a uma porta próxima a escada. O som do seu salto batendo no piso estava ecoando pela enorme sala.

Abriu a porta e entrou. Zoey entrou também, seguida por Eleanor e Adam.

Sala de jantar era onde estavam. À frente deles, alguém sentava na cadeira mais alta. Estava de costas a eles. Na frente do homem, uma comprida mesa. Havia quatro cadeiras do lado esquerdo e quatro do lado direito. Kailene se apressou a sentar-se na primeira cadeira do lado direito, próximo ao homem.

Os três jovens foram se aproximando em passos calmos, ainda desconfiados se deveriam se sentar ou não.

– Andem. – Ordenou Kailene com uma voz fria. Adam, Eleanor e Zoey sentaram-se do lado esquerdo. O garoto no meio das duas. Eleanor na primeira cadeira, próxima ao homem e de frente a Kailene.

– Bem vindos a nobre casa dos Braeden. – Cumprimentou a forte e rude voz do homem. Adam o conhecia. Já o vira nas páginas do semanário bruxo. Trabalhava com o ministro, Flavius, no ministério. O homem tinha ombros largos, sua pele era num leve tom moreno, e tinha cabelos muito pretos iguais o da esposa. Possuía uma barba levemente aparada. – Kailene. – A mulher levou isso como uma ordem: estalou os dedos e sobre a mesa farta quantidade de comida surgiu.

– Bom, - Começou Kailene – jantemos primeiramente e depois resolveremos todas dúvidas que tiverem. – O homem lançou-lhe um olhar cruel – Ou o que for permitido. – Corrigiu-se.

Cada um deles retirou um prato e talheres, e serviram-se. Zoey fartou-se com a carne, enquanto Eleanor preferiu comer torta de frango. Adam privou-se de muita comida, estava ansioso para as perguntas.

– Oris, querido? – Chamou Kailene.

– Sim? – Respondeu o marido.

– Onde está nossa Gwen?

– Você deve aprender a controlar sua filha. – Disse ele. Kailene abaixou a cabeça, constrangida. Encerrou sua refeição.

Adam já havia parado de comer, apenas tomava alguns goles de suco de laranja. Zoey prosseguia comendo sua carne. Eleanor terminava sua torta.

– Tá delixioso! – Disse Zoey, de boca cheia. Adam deu-lhe um empurrão no braço. Eleanor abafou uma risada. – Desculpa! – Deu um sorriso constrangido, e voltou a comer.

De repente, a porta se abriu. Uma bela moça jovem parou observando todos ao redor. Ela era linda. Muito parecida com a mãe, porém mais jovem. Sua pele era pálida, seu cabelo preto e comprido era tão bonito quanto o de Zoey. Seus olhos eram verdes, e sua boca tinha um forte tom de vermelho sangue.

– Desculpe-me pelo atraso. – Estava com um vestido longo de cor cinza. Parou ao lado do pai, e curvou a costa numa rápida reverência. – Pai, mãe. – Deu um leve sorriso, e se sentou do lado direito, ao lado de Kailene.

Encantadora. Foi a única palavra que Adam encontrou para descrever aquela garota absolutamente linda. Ficou imaginando se Kailene também era tão bela como a filha quando jovem.

Gwen estava se preparando para começar sua refeição, quando o pai disse:

– Terminemos esse jantar. – A garota largou os talheres, e ficou encarando o homem. Ele firmou seus olhos escuros nos dela e desviou o olhar para Adam. – Tudo bem?

Depois de um instante ele percebeu que Oris havia se dirigido a ele. Estava tão abobalhado reparando na garota que havia se esquecido dos outros.

– Sim, estou. – Ele balançou a cabeça em concordância. Deu um leve beliscão no braço de Zoey para que ela parasse de comer.

– Ai, Adam! – Ela franziu a testa.

– Certo. – Disse Oris. Todos se calaram e permaneceram os olhares nele. – Acredito que os senhores devem estar se perguntando por que estão aqui. Ou até mesmo o que é aqui. – Ele estreitou um pouco os olhos, e encarou Zoey, que estava distraída olhando para trás. Ela logo percebeu e voltou sua atenção a ele. – Quando vocês ainda estavam em Hogwarts, nos seus últimos anos, o Ministério já sofria um transtorno: o pouco número de aurores. Azkaban não era o suficiente para os bruxos que estavam presos lá. Estipulado que pelo menos mais de dez deles conseguiram fugir, e eram eles que causavam os ataques em Hogwarts. Tentavam penetrar no castelo. As proteções estavam cada vez ficando mais fracas. O tempo foi passando, e a situação ficou mais difícil e a única decisão que minha amada mãe Nancy encontrou, foi fechar a escola. Para a segurança de todos, o Ministério proibiu noticiarem a fuga dos bruxos das trevas. Mas foi um erro. Tais bruxos conseguiram se infiltrar no Ministério, e rapidamente, tomaram posse do local e o bombardearam. Infelizmente, meu pai Flavius foi morto nesse ataque. Muitos não gostavam dele, achavam que era a pessoa errada para ser o ministro, porém, ele deu sua vida para que os que estavam no local durante o ataque pudessem fugir. Antes de sua morte, deu a mim a missão de trazer o maior número de bruxos em segurança para cá. Aqui é seguro. Todos estão protegidos. Não há perigo. Ele já havia pensado em tudo antes, caso esse incidente acontecesse. Sua colega, de nome Zoey, foi ''raptada'' pelo Sr. Ashdeen para que pudéssemos saber quem eram vocês e o que queriam. Concluímos que são inofensivos.

– O que houve com Azkaban? – Perguntou Adam.

– Foi destruída por aqueles que se salvaram do ataque ao Ministério. Uma forma de vingança e mostrar a eles quem tem o verdadeiro poder. Todos os bruxos das trevas que lá estavam morreram.. Junto com a prisão.

– Enquanto a Nancy? Sua amada mãe.

– Está zombando de mim, Sr. Werkhaizer? – Adam balançou a cabeça, negativamente. Estranhou o fato dele já saber seu sobrenome. – Minha mãe morreu de infelicidade, logo depois que chegamos aqui nesta cidade. Era muito próxima a meu pai.

– Entendo. – Disse Adam.

– Creio eu que vocês já sabem o suficiente. – Replicou ele – Agora, deverão saber as regras dessa cidade, se quiserem permanecer aqui.

– Era o nosso objetivo, senhor. – Respondeu Eleanor.

– Eu e Kailene somos os prefeitos dessa cidade. Prometemos uma vida comum para os moradores daqui, e ninguém irá acabar com isso. – Ele estreitou os olhos a Adam – Deverão ter meios de sustento aqui, como em qualquer lugar. Irão trabalhar, conquistar seu próprio dinheiro e sustentar devidas famílias. Terão que respeitar todos os moradores daqui. Principalmente os de classe social menor, chamados camponeses. E nunca, nunca, nunca deverão ultrapassar o bosque da área rural. Somente alguns camponeses têm autorização para entrar lá. Estão entendidos?

– Por que não podemos passar do bosque? – Perguntou Zoey.

– Garota curiosa você, não? – Ele deu-lhe um sorriso irônico – Estão entendidos? – Repetiu.

– Estamos. – Responderam Adam, Eleanor e Zoey em uníssono.

Os três se levantaram, prontos para se retirarem. Kailene se levantou para guiá-los até a saída. Adam deu uma ótima olhada na bela garota, que deu um sorriso ao perceber que ele a olhava.


+ + +


Quando estavam no hall, pronto para sair, Kailene chamou-os:

– Ei. – Disse ela – Uma última coisa: nunca venham até aqui para chamar Sr. Braeden, a não ser que seja de extrema urgência. Eles já iam concordar, quando notaram o menino.

– Tem alguém ali? – Um garoto, de aparentemente 11 anos estava parado no último degrau da escada observando-os. Ele tinha cabelos castanhos escuro e olhos num tom de verde puxado ao marrom. Era muito parecido com Adam, e..

– Antony! – Gritou Adam, correndo para o garoto, abraçando-o.


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