O Escolhido escrita por woozifer


Capítulo 17
♕ 17


Notas iniciais do capítulo

Olá cupcakes, como vão vocês? (:

Desculpe se houver erros.



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Passei a noite em claro e Louis também, ele ficou conversando comigo, tentando me distrair com assuntos diversos e as vezes até conseguia me fazer rir.

O médico foi embora uma meia hora depois de ter chegado, ele disse que não tinha o que fazer pelo meu pai e que tudo o que tinha a ser feito eu já tinha feito.

Wanda, Rose, Christine, May e Filipa apareceram na ala hospitalar bem cedo e levaram uma roupa para eu me trocar, então enquanto elas viam meu pai e conversavam com Louis eu fui me trocar na saleta do médico e entreguei meu pijama para as meninas que saíram prometendo trazer algo para eu e Louis comermos.

– Obrigada – falei estendendo o paletó para ele, Louis o pegou e colocou no colo.

– De nada.

– Não só pelo paletó – falei fazendo careta, em frente a ele que ainda estava sentado.

Eu andei pensando nisso toda a noite e havia resolvido que iria fazer aquilo, não apenas por gratidão, mas porque eu também queria fazer.

Louis me olhou de testa franzida.

– Por ter ficado comigo aqui também – falei gesticulando em volta – e por ser meu amigo, e por me fazer rir quando tudo o que eu queria fazer era chorar, obrigada Lou – falei e então fechei os olhos e colei meus lábios nos seus.

Eu estava nervosa, não sabia se deveria fazer aquilo, não saberia o que Louis pensaria de uma menina o beijando ao invés do contrário, mas ainda assim eu o fiz, e fiquei feliz quando ele não se afastou, na verdade ele se inclinou mais pra frente e puxou mais meu rosto pro seu.

Quando nos afastamos e eu abri os olhos encontrei o par de olhos azuis dele me fitando com um brilho que eu realmente nunca tinha visto em seus olhos, ele parecia tão feliz que acho que eu não ficaria surpresa se Louis saísse sapateando por aí.

– Ah Bells – ele suspirou de prazer e colou sua testa com a minha então ficou me olhando nos olhos, era impossível parar de olhá-lo, completamente impossível, dava pra ver em seus olhos tudo o que ele nunca tinha me falado, que ele gostava realmente de mim, o quanto estava feliz por aquilo tudo e o quanto se importava comigo.

Depois de uns minutos eu pigarreei e desviei o olhar corando, então me afastei um passo e me recompus, arrumei meus cabelos e olhei pro chão, ele riu e me puxou pela mão, então me abraçou, o abracei de volta.

– Você é tão linda... – sussurrou ele e eu sorri acanhada, então me escondi mais em seus braços que me envolviam.

– Para com isso – murmurei e ele riu contente.

– Estou falando sério, você é linda, é a menina mais linda que eu já vi na minha vida – dizia ele baixinho para não acordarmos meus pai e eu me encolhia mais o que o fazia rir.

– Com licença, altezas? – disse alguém e nos separamos, eu estava corada, mas quando olhei para Louis tudo o que ele tinha no rosto era um sorriso enorme que quase escondia seus olhos azuis. Quem havia nos chamado era Wanda, que estava com uma enorme bandeja cheia de comida – Onde posso por isso?

– Coloque aqui na maca mesmo – falei e ela assentiu então pôs a bandeja na maca, eu e Lou agradecemos e ela saiu lentamente nos olhando enquanto pulávamos de volta na maca, um de cada lado da bandeja.

Depois que Wanda saiu realmente da ala hospitalar pudemos ouvir sua risadinha alta e histérica no corredor, nos olhamos e começamos a rir baixo.

Então atacamos a comida.

Estávamos ambos famintos e acabamos com tudo o que havia na bandeja em poucos minutos, e ainda ficamos disputando o púnico milkshake da bandeja, acho que quando Wanda disse ao pessoal da cozinha que a bandeja era pra nós Marlle fez o milkshake para dividirmos, quer dizer, só pode ter sido isso, porque ele só fez um milkshake e pôs dois canudos no copo.

– Realmente, Lou – falei sorrindo quando roubei o copo da mão dele e bebi pelo meu canudo que era enorme e dava algumas voltas – o pessoal da cozinha te ama, sério.

Ele riu.

– Porque acha isso?

– Qual é, você reclamou aquele dia que não sabia fazer coisas românticas e elas fazem só um milkshake com dois canudos para dividirmos para que isso seja romântico, acha que elas faria isso para os outros meninos? É claro que não – revirei os olhos e Louis riu então pegou o copo de mim e começou a beber.

– Isso foi a mais de um mês, Bells, e acho que elas teriam meios mais sutis de fazer isso.

– Mas elas foram bastante sutis, você não notou? – falei pegando um cookie em formato de coração e apontei para as letras desenhadas ali : I e L, Louis ria.

– Vai ver caiu na bandeja sem querer.

– Ah, com certeza foi tudo sem querer – falei pegando outro sanduíche com desenho de coração.

– Tudo bem, foi uma indireta bem direta.

– Você acha?

Ele ria e eu o acompanhava.

– Bom dia crianças – disse meu pai sonolento, nós olhamos para ele.

– Bom dia, e desculpa termos o acordado, rei Maxon – disse Louis.

– Vocês não me acordaram – disse meu pai se sentando com alguma dificuldade, larguei o sanduíche na badeja e fui até ele, então o ajudei a se sentar de forma mais confortável e beijei seu rosto.

– Bom dia pai.

– Como vai querida?

– Bem, quer comer algo?

– Claro.

– Hum... O que sobrou Lou... Is? –falei e ri, Louis também riu.

– Hã... Alguns biscoitos e sanduíches, e o suco... Vou lá na cozinha buscar mais coisas – respondeu Lou pulando da maca e saindo da ala hospitalar, ninguém o impediu.

– Me dê um dos sanduíches, por favor – pediu meu pai e eu peguei o sanduíche e dei pra ele – é em formato de coração?

– Hã... É... As cozinheiras gostam do Louis, e quando foram pedir para nós uma bandeja de café da manhã as cozinheiras devem ter entendido que era para algo romântico e fizeram tudo em formato de coração.

Meu pai gargalhava.

– Ele conhece o pessoal da cozinha?

– Sim, acho que ele meio que conhece todos os funcionários, Louis conversa com todo mundo.

– Vocês são um belo casal – comentou ele e mordeu o sanduíche, senti minhas bochechas corarem e pigarreei.

– Hum, brigada, eu acho.

Meu pai riu um pouco.

– Vocês parecem ser amigos – disse ele.

– Ah sim, somos amigos, digo fora isso tudo da Seleção e de eu ter que pensar nele como um talvez futuro marido e tal, ele é um grande amigo.

– Isso é bom, quando as pessoas se casam elas têm que ser mais do que amantes para conseguirem ter uma convivência bacana.

Assenti e meu pai voltou a comer.

Louis veio algum tempo depois com uma nova bandeja que entregou ao meu pai, Maxon pôs a bandeja no colo e começou a devorar tudo o que tinha lá.

Eu queria perguntar a meu pai o que tinha lhe acontecido, mas achei melhor deixar ele descansar primeiro então comecei a pensar em algo pra perguntar a ele, mas meu pai falou antes:

– Então Louis, como anda tudo por aqui?

– Ah, tudo certo senhor, todos os selecionados tem continuado com as tarefas que o senhor deixou para nós, e Isabella ainda não eliminou ninguém desde sua partida, então o trabalho continua como estava dividido antes... – e Louis continuou a falar, a fazer um relatório nem um pouco sério, ele brincava e fazia piadinhas enquanto contava tudo ao meu pai, e meu pai pareceu gostar disso.

Louis só parou seu relato quando minha mãe entrou na ala hospitalar e foi abraçar meu pai, eu e Louis nos entreolhamos e saímos da ala hospitalar após ele pegar seu paletó.

– Não vai por? – perguntei a ele me referindo ao seu paletó.

– Não estou com frio – disse ele dando de ombros.

– Que bom, eu to – falei e peguei o paletó da mão dele, Louis riu e me esperou vestir seu paletó que ficava grande em mim e que tinha cheiro de cookies recém assados. Quando terminei de tentar ajeitar a manga do paletó para que não ficasse tão grande Louis riu e me puxou num abraço inesperado.

– Estou tão feliz, Bells – disse ele dando outro sorriso enorme, eu ri e tentei me soltar dele, mas Louis mantinha os braços firmes ao redor da minha cintura.

– Estou percebendo, francês, agora me solte porque estamos no meio do palácio e as pessoas adoram falar da minha vida – falei e ele riu então me soltou e me ofereceu seu braço que eu aceitei.

– Certo, então, já tomamos café da manhã... Podemos ir a algum lugar agora?

– Você já tem algo em mente?

– Na verdade, não... Você poderia tocar pra mim...

– Não... – choraminguei e ele fez bico – Lou, não quero tocar.

– Por favor?

– Não, o que acha de você cantar pra mim? Você me prometeu que cantaria – o lembrei e Louis balançou a cabeça.

– Eu pedi antes – disse ele tentando se safar.

– Não, eu te pedi pra cantar pra mim no dia em que te conheci, canta, por favor.

– Bells...

– Lou... – eu o olhei com olhos pidões e ele soltou o ar pesadamente e revirou os olhos.

– Tá, eu canto.

– Oba! Cante.

– Aqui não!

– Porque não?

– Porque não quero todo mundo ouvindo – disse ele revirando os olhos.

– Onde então?

– No... – ele foi interrompido por uma mulher que praticamente surgiu do nada... Ou eu apenas não tinha prestado atenção nela mesmo.

– Altezas – disse ela fazendo uma reverencia rápida – sou da televisão, estou aqui pra fazer mais um especial que será passado amanhã a noite durante o Jornal Official, o especial contará com imagens de encontros da senhorita com os três rapazes preferidos do público, lembra-se princesa?

Assenti cansada me lembrando de outros dois encontros meus – com Harry e Otávio- que tive deixar ela gravar por alguns minutos.

– O príncipe Louis é o único que falta para podermos fazer a edição e tudo o mais, poderíamos gravar vocês por uns minutos? – pediu ela impaciente.

– Hã... Claro – disse Louis e eu assenti.

– Bem, para onde vão? – perguntou a mulher.

– Jardim – disse Louis me levando para lá e a mulher nos seguiu apressadamente.

– Princesa, acho que deveria tirar o paletó, fica melhor sem ele e tal.

Trinquei o maxilar para não lhe dar uma resposta mal humorada e tirei o paletó então o dei para Louis que o vestiu e abotoou.

– Odeio isso – sussurrei apenas para ele.

– Somos dois então – respondeu ele no mesmo tom.

– Aqui, parados! – disse a mulher e nós dois paramos já no gramado do jardim – Arnold, vem cá, posiciona a câmera ali.

A mulher falava com um homem que tinha uma câmera e fazia o que ela mandava.

– Vou pedir que venham maquiá-la, princesa – disse a mulher e saiu correndo, alguns minutos depois ela voltou com um maquiador que fez uma maquiagem rápida em mim e voltou pro palácio.

– To cansando já, e nem começamos – falei me apoiando em Louis e deixei minha cabeça cair em seu ombro, ele riu e apoiou sua cabeça na minha.

– Quem mandou ser uma pessoa pública – disse ele e eu revirei os olhos.

– Ah sim, implorei por isso quando nasci – falei e ele sorriu e me olhou.

– Qual é, não é tão ruim assim ser da realeza.

– Não mesmo, na verdade não sei se eu sobreviveria no mundo real – falei fazendo cara feia e Louis concordou com a cabeça.

– Pronto, vamos começar, quando eu der o sinal – disse a mulher e fez um sinal lá pra sabermos qual seria- vocês podem fazer o que quiserem nesse encontro, finjam que não estamos aqui.

Eu e Louis suspiramos e voltamos a postura comum, braços entrelaçados, coluna ereta.

A mulher fez o sinal e nós fomos caminhando até um banco e nos sentamos lá, os dois sem querer olhar pra câmera.

– É difícil fingir que isso é um encontro normal quando se tem uma câmera enfiada no seu nariz – disse Louis com o sorriso congelado.

– Nem me fale, isso é muito chato, mas enfim, ainda vai cantar pra mim?

– Cantar? Com eles ali? Nem pensar – disse Louis e eu me segurei para não fazer bico – Não adianta me olhar com esses olhinhos Isabella, não vou cantar.

– Por favor, Lou, por favor, por favor, por favor.

– Você não quis tocar pra mim, eu não vou cantar pra você, não com eles ali pelo menos.

– Mas você já me viu tocar, menino, agora cante.

– Não.

– Louis...

– Bells, não vou cantar.

– Seu chato – falei semicerrando os olhos, ele riu de mim.

– Você não tem cara de brava, não agora pelo menos.

– E eu já tive cara de brava alguma vez na vida?

– Ontem. Ontem você estava de um jeito que eu nunca tinha te visto – disse ele baixinho e eu desviei os olhar pro chão.

– Uma pessoa que é treinada para governar uma país tem que saber a hora de se fazer ouvir, Louis. Se eu falasse com eles como sempre falo eles iriam me ignorar como sempre, ontem eu não tinha opção, ou eu fazia daquele jeito ou ninguém sairia de perto e me deixaria trabalhar em paz.

– Você não gosta de pressão enquanto trabalha – não era uma pergunta.

– Não gosto, mas acho que trabalho melhor sob pressão.

– Então não seria melhor as pessoas estarem lá?

– E você acha que alguém queria estar lá, Louis? Todos estavam ou porque queriam dizer ao meu pai que “estavam ao lado dele” quando ele apareceu por aqui quase morrendo, ou no caso dos Selecionados, pra tentar ganhar alguma coisa comigo.

– Eu já disse que eu não fui lá por isso.

Sorri e tombei a cabeça de lado.

– Eu sei que você estava lá porque se importa comigo e com o meu pai, Lou... – fui interrompida.

– Pronto! – gritou a mulher.

E acabou que esquecemos que estávamos sendo filmados.


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Notas finais do capítulo

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