O Escolhido escrita por woozifer


Capítulo 16
♕ 16


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, princesas diversas e sobreviventes da quarta guerra mundial... Tá parei, ainda são Cupcakes e ponto '-'

Então, eu disse que ia demorar pra postar, na verdade é que eu sou uma pessoa que desiste fácil, larguei mão de aprender The Don't Know About Us (não que vocês queiram saber idsso, mas dane-se eu quero falar da minha vida, falem da de vocês também u_u tenho cara de retardada mas na verdade... Nhá, não eu sou retardada mesmo :c) porque é muito dificil, agora to tentando aprender Nothing Like Us porque sim HSUAHSU Enfim né.

Desculpe se houver erros.



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Três dias se passaram e meu pai não voltou...

Mais uma semana se passou, e ele ainda não tinha voltado...

Então um mês se seguiu até que...

- Rainha! – gritou uma voz de homem desesperado, eu estava dormindo com minha mãe, nós duas acordamos assustadas e olhamos o soldado ali, era Josh, apesar da felicidade de vê-lo ali, a preocupação pelo motivo de ele estar ali era maior. O soldado me olhou de relance e então voltou seus olhos atentos para minha mãe – Desculpe acordá-la rainha... O rei Maxon voltou.

Eu e minha mãe nos levantamos juntas e corremos em direção ao soldado, então o abraçamos ao mesmo tempo.

- Obrigada, obrigada, obrigada, obrigada! – minha mãe disse aliviada então saiu correndo porta a fora, eu continuei abraçando Josh por mais um tempo, ele retribuiu o abraço e eu sorri – Obrigada.

Ele assentiu levemente, sorri e beijei seu rosto, então saí correndo do quarto.

Desci as escadarias num foguete, e ouvi os príncipes também a descerem, porém eles desciam mais calmamente, tendo compostura, como minha mãe também fez ao alcançá-los na escada, mas eu não, eu continuei correndo desesperada e só parei quando vi meu pai lá, na porta do palácio... Todo machucado, mas ainda assim, ele sorria.

- Eu também te amo... – sussurrou ele antes de seu corpo quase tombar, mas eu corri até ele e o segurei com certa dificuldade antes que ele tocasse o chão.

Notei que os soldados que haviam partido com ele, não tinham voltado.

- Pai... Pai... – eu falava desesperada enquanto tentava mantê-lo em pé.

Sua coroa não estava mais em sua cabeça, suas roupas estavam em frangalhos e seu rosto estava todo machucado.

- Me ajudem aqui! – gritei desesperada, meus olhos se inundaram em lágrimas – Pai, pai, acorda pai.

Acho que só então as pessoas notaram que aquilo não era hora pra ter cara bonita, e que o rei estava mesmo mal, porque logo dois homens correram em meu socorro, vi William e John apoiarem o corpo de meu pai entre si, os dois eram os concorrentes mais musculosos da Seleção.

-O que aconteceu? – perguntou minha mãe, alarmada.

- Ele não ta bem, mãe – falei e fui em frente aos rapazes, limpei as lágrimas do rosto e notei que eu era a única entre aquelas pessoas que estava bem o suficiente para  poder fazer algo, os selecionados, minha mãe, os guardas, todos estavam confusos demais  para fazer algo, e eu aprendi a trabalhar sob pressão melhor do que qualquer um naquele lugar, então querendo ou não as coisas estavam na minha mão aquele momento – Rapazes, por aqui por favor.

Saí quase correndo pelos corredores do palácio, Wil e John traziam meu pai o mais rápido que podiam, um guarda veio correndo ao meu lado, Josh.

- Leger, o doutor está na ala hospitalar?

- Não, vi ele indo pra casa a algumas horas – respondeu Josh, aflito, ele nem mancava muito mais.

- Por favor, chame-o, meu pai não está bem, vou levá-lo para a ala hospitalar e ver se posso fazer algo enquanto ele não chega... – os rapazes estavam bem pra trás, parei Josh no meio do corredor e o obriguei a me olhar no olhos – Ele está muito mal, Josh, não sei se ele vai agüentar...

- Ele vai ficar bem – disse Josh me olhando nos olhos, então suspirou e se retesou como se fosse me abraçar, mas nós dois sabíamos que ele não podia fazer isso, não quando tantas pessoas estavam por perto – vou ir a vila chamar o doutor.

Assenti e deixei que ele fosse.

Os rapazes se aproximaram e nós chegamos a ala hospitalar, eles colocaram meu pai numa maca e eu vi que todos os assustados e curiosos que estavam lá na chegada do meu pai, tinham seguido eles.

- Coloquem ele na maca de barriga pra cima, por favor – pedi e os meninos obedeceram.

- Você sabe o que está fazendo, Isabella? – perguntou John.

- Sim – menti e vi a pulsação dele, então ouvi seus batimentos, pelo menos ele ainda estava vivo.

- Podemos fazer algo, princesa? – perguntou um guarda.

- Voltem a seus postos – ordenei assumindo o tom de voz que eu menos gostava de usar, meu tom de voz autoritário.

Minha mãe estava em prantos num canto e Anne, sua criada a consolava.

- Princesa... ? – indagou Louis e eu o olhei, ele queria saber se tinha algo que poderia fazer por mim ou por meu pai.

- Voltem todos aos seus quartos, o médico já está a caminho – falei tranqüilizadora, os meninos assentiram e foram voltando aos seus quarto - Louis?

O rapaz que já tinha me dado as costas para voltar ao seu quarto, se virou.

- Leve minha mãe, por favor – pedi. Louis era o segundo rapaz em que eu mais confiava, o primeiro havia ido chamar o cara que salvaria a vida do meu pai.

Minha mãe estava tão abalada que tudo o que pôde fazer foi sair acompanhada de Louis.

- Anne, por favor, fique... Se quiser – pedi hesitante, ela assentiu de prontidão.

- Claro, princesa.

Voltei a checar os batimentos do meu pai, estavam fracos e então começaram a falhar.

Droga, droga, droga.

Arranquei a força o que restara da blusa dele e comecei a massagem pulmonar, ele já não respirava mais, tive que fazer a respiração boca-boca e sim, foi esquisito fazer isso no meu pai, mas paciente é paciente.

O coração dele voltou a bater normalmente, mas ele ainda estava inconsciente.

- Anne, pegue tesoura, algodão, o ungüento azul do frasco da prateleira da esquerda, curativos e soro fisiológico pra mim – instruí e ela entrou apressada na pequena saleta do médico.

Era tão triste ver meu pai naquele estado, mas eu tinha que ignorar o fato dele ser meu pai, desligar as emoções e fazer o que precisaria ser feito.

Tirei de vez o que sobrara da blusa do meu pai e joguei os pedaços num canto, então surgiu um jovem soldado apressado correndo na minha direção.

- Majestade, querem saber se podem ou não deixar o soldado Leger sair do palácio.

- O soldado Leger tem carta branca pra fazer o que quiser, soldado. E todo e qualquer problema, mande falarem comigo e não perturbem o rei ou a rainha. – falei autoritária e ele saiu correndo afobado após fazer uma reverencia.

- Aqui está – disse Anne colocando as coisas numa mesinha móvel que ela havia encontrado na saleta do médico, ela deixou tudo ao meu lado.

- Obrigada... Anne, já trabalhou com feridos?

- O pior ferimento que já cuidei foi o das crianças do palácio, princesa.

- Arranhões?

- Sim.

- Bom, imagine então que está cuidando de arranhões novamente, só que esses aqui precisam de um pouco mais de cuidado e capricho.

- Certo senhorita, o que devo fazer?

Peguei o que ela teria que usar e a mostrei como fazer com um ferimento, ela pareceu entender.

- Por favor, me ajude com os ferimentos dele da cintura pra cima...

Ela assentiu e trabalhamos por longos minutos nos cortes e arranhões da barriga até o pescoço do meu pai, eu sabia que ninguém deveria ver as costas dele, então dispensei Anne e eu mesma comecei a virá-lo, mas então ele se virou por contra própria e arfou.

- Desculpa, pai – falei enquanto começava a trabalhar nas costas dele.

As costas do meu pai eram marcadas por longas cicatrizes de chibatadas que ele levou até os vinte anos, ele apanhava constantemente do meu avô quando ele fazia algo que o velho não gostava, e esse é um dos motivos pelo qual sinto nojo daquele velho que eu nem conheci.

- Estou bem, meu amor – sussurrou ele.

- Durma – falei enquanto começava a trabalhar nos arranhões e cortes das costas dele – está tudo bem, vou tentar fazer com que doa o menos possível, daqui a pouco o médico chega e isso tudo vai acabar.

- T-tu-d-d-do bem – gaguejou ele segurando o grito quando comecei a esterilizar o algodão para passar nos ferimentos.

Vi meu pai fechar os olhos e continuei a trabalhar em suas costas, quando terminei o virei lentamente de barriga pra cima novamente, então fui trabalhar em seu rosto.

Ele tinha cortes feios que iam do couro cabeludo até perto do olho direito, tinha arranhões nas bochechas e outro corte no canto da boca.

Fiz o mesmo processo que havia feito com os outros ferimentos dele, mas tomei muito mais cuidado nessa região sensível, e quando eu tinha terminado o ultimo ferimento...

- O que aconteceu com ele? – sussurrou uma voz infantil e agoniada a minhas costas, me virei para encontrar um menininho de pijamas, os cabelos bagunçados, e que não devia ter nem seis anos ainda.

- Ele se machucou – falei inspirando fundo e deixei meus ombros caírem.

- Bastante né? – disse o menino se aproximando e olhando meu pai mais de perto.

- É.

O menininho era loiro e tinha os olhos verdes, e ela bastante fofo.

- Ele vai ficar bem?

Dei um sorriso confiante ao menino.

- É claro que vai, o rei Maxon não fica mal por muito tempo.

- Ele não é o rei... – disse o menino convicto do que falava.

- É sim.

- Não é não, se ele é o rei, cadê o chapéu dele?

- Boa pergunta, criança... – falei pensativa.

- Jonas! – sussurrou uma mulher brava, o menino a olhou, devia ser a mãe dele- Vamos dormir!

- Tá... Tchau moça – disse ele acenando pra mim e correu pra mulher, ela fez umareverencia apressada pra mim e saiu puxando o menino pela mão.

Gostei do Jonas.

- Princesa Isabella? – chamou a voz calma do médico quando ele entrou na sal logo após a saída do menino com a mulher.

- Boa noite, senhor – falei e ele me olhou e fez uma reverencia com a cabeça apenas.

- Como ele está? – disse o médico se aproximando da maca e olhando meu pai com seus olhos clínicos.

- Não sei realmente, os batimentos estão bom, ele ainda tem pulsação, conversou comigo há uns poucos minutos mas voltou a dormir, chegou aqui na ala hospitalar inconsciente – falei e o médico assentiu.

- A senhorita que fez os curativos?

- Sim, fiz mal?

- Não, imagino que eu mesmo não possa fazer muito mais a não ser receitar remédios e procurar ferimentos mais graves, viu algum dele?

- Não, na verdade não vi as pernas dele ainda, só o tronco, então se ele tiver algum ferimento realmente pior deve estar da cintura pra baixo.

- Certo, obrigado, pode ir deitar-se, majestade.

- Vou ficar – decretei e fui até a maca mais próxima da de meu pai e me sentei ali, só então notei a presença silenciosa de Josh por ali, me olhando a procura de algo.

- Creio que não seja preciso, alteza.

- Eu vou ficar – falei séria, o médico me olhou e assentiu.

- Pois bem... – disse ele e então voltou a examinar meu pai.

- Você está bem? – Josh sussurrou para mim.

- Estou – falei cansada e ele balançou a cabeça.

- Você devia ir deitar, Isabella.

- Não vou sair daqui enquanto meu pai não sair – falei irritada e ele mexeu nos próprios cabelos, então suspirou.

- Certo... Preciso ir, eu gostaria de ficar aqui com você, mas o comandante já vai achar entranho que você me tenha dado carta branca do nada... Se eu ficar aqui as suspeitas vão aumentar.

- Tudo bem – baixei a cabeça e passei a língua nos lábios.

- Fica bem – pediu ele e eu assenti, então Josh saiu.

Assim que ele saiu um rapaz sério, de cabelos castanhos e olhos azuis entrou, ele normalmente tinha um sorriso descontraído nos lábios, mas agora estava extremamente sério.

- Oi Lou – cumprimentei quando ele se aproximou de onde eu estava e ficou a minha frente.

Quando desceu, Louis estava de pijamas, agora ele estava vestido novamente.

- Oi, como ele está?

- Vai ficar bem.

- Vai pra cama?

- Não.

- Vai ficar aqui então?

- Sim.

- Ok – disse ele e se sentou na maca ao meu lado – vou ficar aqui com você.

- Não precisa Louis, de verdade obrigada, mas pode ir dormir.

- Não estou com sono, vou ficar e você precisa distrair a cabeça se vai realmente ficar aqui... Então, sua mãe já vou deitar, os soldados do terceiro andar não queriam me deixar subir, mas uma criada dela disse que eu podia e então as criadas ficaram com ela no quarto e eu desci... Bells, você deveria ao menos ir por um vestido comum.

- Não. Vou. Sair. Daqui.

- Teimosa – disse ele irritado, não falei nada.

Louis tirou seu paletó e o colocou ao redor dos meus ombros, não recusei, o palácio era mesmo frio a noite, e minha camisola era feita apenas para ser usada no meu quarto, onde tinha aquecedor e tudo o mais.

- Que horas são? – perguntei a ele, Louis olhou seu relógio de pulso.

- Cinco e meia.

- Vai dormir.

- Já falei que não vou sair daqui, Isabella.

- Louis, não vou te valorizar menos se você for dormir agora e me deixar aqui, sério, não precisa fazer isso pra ganhar ponto comigo.

- Ganhar pontos com você? Não estou aqui porque quero ganhar pontos com você pra essa Seleção idiota, estou aqui porque gosto de você, e porque não quero te deixar sozinha quando você precisa, sou seu amigo, amigos não abandonam, então cale a boca e me ame, e me deixe aqui.

Eu ri um pouco e ele sorriu satisfeito.

- Está melhorando – disse ele passando o braço em volta dos meus ombros e eu me aninhei mais a ele, então encostei minha cabeça em seu ombro – nossos encontros nunca são comuns não é?

- Gosto disso, coisas normais são chatas – falei e ele riu baixinho.


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Notas finais do capítulo

NÃO ME MATEM PELO MAXON PLS, BRIGADA.

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