Assimetria conveniente escrita por DeadPmoon


Capítulo 9
Visita inesperada


Notas iniciais do capítulo

Meus queridos, como vão?
Dessa vez eu me empolguei, realmente tô a mil, ficou bem grandão, se preparem! *_*



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Capítulo 9. Visita inesperada

DEATH THE KID P.D.V

Aquela manhã foi definitivamente a melhor da minha vida. Eu estava no lugar onde mais amava estar, apreciando a vista que mais amava apreciar a sós ao lado da garota com a qual eu mais amava passar o tempo. Por um ínfimo momento imaginei se tudo aquilo não se passava de apenas um sonho. Mas não, desta vez era real. Eu era definitamente um homem e Shinigami de muita sorte. Está certo que eu não havia, ainda, confessado o que sentia para ela, todavia senti-la perto de mim, exalando uma aura tão acolhedora quanto tranquilizante, já era uma tremenda vitória.

Permanecemos na montanha até próximo de meio dia conversando até que a nossa fome decidiu despertar e então resolvemos descer para a cidade afim de almoçar em um restaurante qualquer. Estávamos caminhando pela rua em busca de um lugar interessante quando fomos interrompidos por uma figura, que cutucou meu ombro pelas costas. Me virei afim de descobrir quem era. Mesmo antes de identificar decidi já me preparar para o pior. Fechei os olhos brevemente e respirei fundo, pois sabia que seja lá quem fosse provavelmente estragaria a simetria do meu dia perfeito.

– Death the Kid? É você mesmo? – Perguntou o homem. Era um adulto, aparentava mais ou menos quarenta anos de idade, cabelos negros e levemente grisalhos. A aura dele estava amena e não me era estranha. Mas para ser sincero, eu não tinha nenhuma lembrança nítida daquela pessoa. Mas ele sabia meu nome. De onde eu o conhecia? Maka me olhou de canto de olho, como se indagasse o mesmo.

– Posso ajudá-lo? – Perguntei com imparcialidade.

– Esses olhos dourado e as três linhas brancas no cabelo. Só pode ser você! – Ele ignorou minha pergunta e repentinamente me abraçou de maneira amigável, porém sem medir a força, quase esmagando todos os ossos do meu corpo.

–Mff... – Tentei soltar alguma palavra, todavia estava impossibilitado naquele momento. Ele percebeu meu desespero e então me soltou e me olhou com sorriso no rosto.

– Me desculpe! Parece que você não se lembra de mim. Como sou burro, é claro que não lembraria! Você era tão pequenininho quando eu te conheci. Meu nome é John, eu era um dos criados da mansão e cuidava de você quando você era desse tamanho. – Ele mostrou com as mãos uma certa medida e, de acordo com meus cálculos, eu não deveria ter mais de quatro anos. – Mas olha só como você cresceu. Já está tão moço! E que sortudo, acompanhado de uma mocinha tão bonita. É sua namorada?

Tanto eu quanto a Maka coramos ao infinito.

– Não! Somos apenas amigos! – Eu me apressei em dizer, todavia no fundo me sentia um tanto decepcionado em ser obrigado a pronunciar essas palavras. Maka assentiu, confirmando o que eu havia dito.

– Ah entendo. Como se chama, mocinha?

– Maka Albarn, muito prazer! – Ela o cumprimentou com um aperto de mãos e sorriu.

– É um prazer conhecê-la, Senhorita Albarn. Viu, foi ótimo reencontrá-lo, mas agora preciso ir para casa pois minha família está me esperando para o almoço e se eu não chegar logo minha mulher me mata. Com licença! – Ele disse e então nos despedimos.

– Esse moço parece ser uma boa pessoa. Ele é muito simpático e parece ter uma alma muito receptiva e paternal. – Maka disse com um sorriso no rosto e eu assenti. Estava claro o motivo de eu não lembrar dele nitidamente, assim como o porque daquela aula não me ser estranha. Eu era apenas um bebê quando ele cuidava de mim. De qualquer forma, foi apenas um reencontro rápido. Agora, finalmente poderíamos retomar a simetria do dia. Estávamos prestes a dobrar a esquina e continuar com a nossa busca por um restaurante quando ouvimos um chamado. Nos viramos e demos de cara com a mesma figura simpática que há alguns segundos atrás havíamos nos deparado. Ele estava ofegante.

– Desculpe incomodá-los de novo, mas só agora que notei que fui muito mal-educado! Por acaso vocês já almoçaram?

– Na verdade não... – Eu respondi com educação, apesar de meu interior desejar ter mentido para eu voltar a ficar a sós com a Maka.

– Bem, então por favor, me acompanhem! Minha mulher faz uma comida maravilhosa! Eu faço questão. O pessoal de casa vai amar receber visitas, já que geralmente não recebemos muitas. É claro, se não for atrapalhá-los.

Estava prestes a recusar educadamente mas Maka me interrompeu.

– É claro, porque não? – Ela disse, sorridente. Mas era óbvio que Maka não recusaria. Uma pessoa tão amigável nos oferecendo de tão bom grado alguma coisa, ela não seria do tipo de pessoa capaz de simplesmente recusar, seria algo totalmente insensível. Sinto até vergonha de mim mesmo por ter sido egoísta a ponto de pensar em fazer tamanha insensibilidade apenas em benefício próprio. Bem, o que importa é que Maka ficará feliz, sendo assim estarei satisfeito.

– Bem, podemos ir sim, sem problemas. – Sorri com gentileza e então o acompanhamos.

Enquanto caminhávamos o homem contava com entusiasmo a respeito da família, ele parecia realmente amá-los muito. Maka escutava o discurso de John com excitação explícita nos olhos e aparentava estar bem entretida com o assunto, que parecia muito a atrair. Com certeza uma figura tão paterna quanto aquela a chamaria a atenção, considerando o pai que tinha... Me confortava ver tamanha felicidade emanando da aura dela. Enfim, após uma boa distância de caminhada, finalmente chegamos.

A casa de John era simples, possuia um quintal razoavelmente pequeno e era cercada por um muro de alvernaria branco. Quando ele abriu o portão e adentramos o área do quintal, imediatamente, sem qualquer aviso, uma bola de pêlos disparou para cima de mim, não tive sequer um mísero segundo para raciocinar qualquer coisa. Caí na grama enlameada e senti algo molhando minha bochecha. Logo notei que era um cachorrão que estava me lambendo. A cauda dele balançava freneticamente e eu podia sentir aquele bafo-de-onça adentrar minhas narinas. Como ele pôde... Minhas roupas... A simetria! Foi dizimada.... Agora eu não presto. Sou um inútil... Como poderei viver?

– Desculpe por isso! – John disse encabulado e desesperadamente tirou o cachorro de cima de mim. – Mas... Por que você está chorando? Se machucou, Kid?

– A simetria... Eu sou um lixo... – Balbuciei. Nem sequer senti vontade de levantar do chão, estava ocupado lamentando profundamente aquela situação horripilante na qual eu me encontrava.

– É que... Ele tem assimetrofobia*. – Maka respondeu por mim.

– Mas é claro. Como pude esquecer disso? Quando você era bebê chorava toda vez que eu esquecia de arrumar seu berço depois que eu te tirava dele. Fiquei preocupado e então fui perguntai ao seu pai e ele me explicou sobre essa sua desordem. – Ele disse, rindo. Como tamanha desgraça dessas, deixar uma cama desarrumada, poderia ser considerado engraçado? É horrível! Absurdo! O que mais me indignou foi que Maka não reagiu diferente. Ela também estava rindo da minha desgraça, ainda que tentando desfarçar tampando a boca com uma das mãos. Traidora! Fitei-a com os olhos afundados em irritação e fiz um bico teimoso, como forma de protesto. Ela logo notou e tentou cessar o riso.

– Desculpe Kid, eu não consegui resistir. É que eu não pude deixar de tentar te imaginar quando era um bebezinho manhoso! Devia ser tão lindinho! – Ela anunciou e voltou a rir. Era uma risada sincera e amigável. Tão reconfortante que foi impossível não me sentir tranqulizado, mesmo com ela ignorando a simetria da situação e imaginando algo tão constrangedor. A vermelhidão em meu rosto não me ofereceu uma trégua. Todavia, logo recuperei o raciocínio e fiz uma careta teimosa, voltando a exalar certa irritação.

John estendeu a mão para mim e sorriu.

– Venha cá, eu tenho algumas roupas antigas minhas, talvez sirvam em você. Vou levar as suas para lavar e as devolvo limpas até o fim da tarde. Mil desculpas pelo transtorno. Vamos entrar?

Aceitei a ajuda dele e logo estava novamente de pé, ainda incomodado com minhas roupas porém menos que antes ao passo que recebi uma notícia que prometia melhorar as coisas. Ao entrarmos nos deparamos com uma mulher de meia idade, cabelos e olhos castanhos e uma criança que deveria ter mais ou menos seis ou sete anos, muito semelhante à mulher.

– Papai! – A pequena correu em direção ao John e pulou para cima dele, dando-lhe um belo de um abraço.

– Então temos visitar hoje, querido? Se tivesse me avisado antes eu teria arrumado a casa melhor! – A senhora disse, aparentando estar encabulada.

– Por favor não se incomode. – Maka anunciou de forma educada.

– Meu nome é Lana, sou esposa do John. São dois belos jovens que temos aqui hoje, como se chamam?

– Me chamo Death the Kid, prazer em conhecê-la.

– O filho do Shinigami-sama? Oras, é uma honra recebê-lo aqui! O John já me falou sobre você! – Ela sorriu e me apertou minha mão com excitação e então direcionou o olhar para a Maka. – E a senhorita seria a namorada dele?

– N-não! Sou apenas uma amiga. Maka Albarn, prazer... – Novamente coramos ao infinito e além.

– Ah sim! Me desculpe pela pergunta inconveniente. Aliás, porque você está todo enlameado, mocinho? Foi o Khai, de novo, querido? – Ela agora direcionou um olhar acusatório ao John.

– É... Eu esqueci de prendê-lo antes de sair de casa. Me desculpe. – Ele coçou a cabeça e olhou para baixo, parendo se sentir envergonhado. – Aliás, venha comigo Kid, irei providenciar roupas para você. Você pode aproveitar e deixar o seu Skate ali no quarto e evitar ficar carregando peso enquanto está por aqui.

Ele colocou a filha no chão com cuidado e então eu segui ele e aguardei pela troca, impacientemente. Eu queria reestabelecer a simetria do meu corpo o mais rápido possível.

MAKA P.D.V

Enquanto aguardava fiquei conversando com a esposa de John, que aliás era extremamente simpática. Em um certo ponto da conversa, senti alguém puxando levemente a minha calça. Instintivamente olhei para baixo afim de verificar quem era.

– Senhorita Maka, quer brincar comigo? – A pequena criança pediu, com uma voz doce e inocente. Não pude deixar de sorrir ao me deparar com uma carinha tão fofa. Agachei para acompanhar a altura dela e a afaguei a cabeça de leve.

– Mas que gracinha que você é! É claro que vou brincar com você!

– Vocês podem brincar sim, mas só depois do almoço, certo Kelli? – Lana requisitou educadamente.

– Ok mamãe! – Kelli respondeu, aceitando o pedido da mãe com tranquilidade. Educação e simpatia eram certamente características dominantes naquela família.

–Aliás, preciso ir lá na cozinha desligar o fogo para não queimar a comida! Se importa de ficar um pouco com a Kelli, Maka?

– É claro que não. Pode ir tranquila. – Anunciei e então Lana agradeceu e saiu apressada para a cozinha.

– Senhorita Maka, um namorado é aquele que uma outra única pessoa ama e quer muito estar perto dele, não é? – A pequena de repente indagou.

– É isso mesmo, Kelli. Por que? – Questionei, estranhando a pergunta.

– Oras, você disse que o moço que está com você não é seu namorado, certo? Mas só de olhar pra você eu consigo ver que você gosta dele e que apesar de estar dizendo a verdade quando a mamãe perguntou se ele era seu namorado e você disse não, na verdade não queria que realmente fosse assim.

Corei com o que a pequena me disse, ao mesmo tempo que fiquei impressionada. Como ela poderia perceber tudo isso?

– Por que você diz isso? Como poderia saber? – Indaguei, um tanto admirada com a sensibilidade da menina.

– Oras, eu simplesmente consigo sentir tudo isso. É como se estivesse escrito na sua alma. – Ela simplesmente disse, com tranquilidade. Estaria essa menina... Usando o Soul Perception? Talvez ela seja um pouco precoce e já consiga usar sem mesmo saber o que é. E se realmente está o fazendo, ela tem uma percepção absurdamente aguçada, ousaria dizer que talvez até mais do que a minha e a do Kid. Incrível. Estou diante de uma criança que pode futuramente estudar na Shibusen! Será que os pais dela sabem do potencial que tem?

– Você é muito esperta, mocinha! Tenho que te dar os parabéns. – Sorri e afaguei a cabeça dela.

–Muito obrigada! - Ela sorriu em resposta e pareceu sentir-se orgulhosa de si mesma.

–Olha, eu tenho um pedido pra você, Kelli. Que tal fazermos disso um segredo só nosso? – Sussurei no ouvido dela.

– Ué, porque você não quer que ele descubra, senhorita Maka? Está na cara que ele gosta de você também! – Ela simplesmente falou baixinho, acompanhando a brincadeira. Mesmo já sabendo disso, foi impossível eu não corar ao extremo. Além disso, me dei conta de uma coisa óbvia. Quer dizer, eu gosto dele, ele gosta de mim. Porque não estamos juntos ainda? Está certo que eu não sou muito chegada em relacionamentos, mas tentar futuramente ter um com o Kid não me soa uma ideia ruim. Ele é literalmente perfeito e também a pessoa ideal para me fazer compania. – Senhorita Maka? Acorda! Você tá pensando nele, é? – Ela riu baixinho. Corei novamente. Como uma criança tão pequena poderia ser tão atenta? De certa forma, ela me lembrava um pouco eu mesma.

– Eu não estava pensando nele! – Exclamei com teimosia. Uma mentira óbvia, até para uma pequena criança. Ela continuou a rir, até que suspirou e cessou a risada.

– Tá certo, eu guardo segredo. Mas olha, eu vou te contar, eu não consigo entender os adultos. – Ela anunciou, fazendo uma careta.

Logo em seguida, Kid e John chegaram. Kid estava usando uma calça jeans preta e uma camiseta cinzenta com estampa, acreditem ou não, de caveira, que encaixava maravilhosamente nele. Era a primeira vez que o via com uma roupa tão diferente da usual e devo admitir que nunca me senti tão atraída por ele quanto naquele momento. Não pude deixar de corar, parecia até um adolescente estupefato, contemplando a parceira do baile enquanto ela desce as escadas com um vestido estupidamente bonito, igual a em inúmeras comédias românticas que já li. A pequena me puxou de leve a calça novamente e ao olhá-la a vi piscando pra mim com um sorrisinho maroto. Ela, como sempre, já havia entendido a situação, o que me fez me tocar que realmente estava encarando o Kid demais e então imediatamente disfarcei, retomando a minha concentração.

– Até que não ficou tão ruim. A simetria está restabelecida. – Ele por fim disse, parecendo satisfeito. Não ficou ruim? Ficou maravilhoso, isso sim. É claro não vou dizer isso para ele, mas é um fato.

– A comida tá pronta! – Lana gritou da cozinha e todos nos direcionamos a ela. O almoço estava divino, era uma refeição completa e com um sabor inteiramente caseiro. Enquanto comíamos a conversa nos descontraía, John contava piadas das mais variadas, Lana nos falava sobre algumas gafes que o marido as vezes cometia e Kelli até nos ensinou uma canção que aprendeu na escola. Foi um ótimo almoço e, além de tudo, eu estava junto do Kid e apenas dele. Não havia o Soul perto para importunar, não tinha Black*Star gritando no meu ouvido o quanto ele se achava uma divindade e nem outros incovenientes parecidos. Estava sendo um dia maravilhoso para mim, o melhor e mais tranquilo de minha vida, certamente.

Terminado o almoço John teve a segurança de antes prender o cachorro Khai, afim de evitar novos acidentes eu então e o Kid fomos ao quintal em uma área cimentada para brincar com a Kelli.

– Vamos brincar de casinha! – A pequena exclamou em tom decidido. Aí tinha coisa. – Eu vou ser a filha, a senhorita Maka vai ser a mamãe e o Kid vai ser... O cachorro da casa!

– QUE? Como assim o cachorro? E não teria que ser o pai? – Kid imediatamente protestou, parecendo indgnado.

– Ué, porque faz tanta questão de ser o papai?– Ela riu baixinho e tanto o Kid quanto eu ficamos extremamente vermelhos.

– Oras... É-é natural que tenha um pai também né! – Ele disse, engasgando as palavras.

–Ah, quer saber. Não quero brincar disso não, vamos brincar de bola que é mais legal! – Ela se levantou e foi atrás do brinquedo. Ela era realmente uma menina esperta, tinha plena consciência do que fazia. E tão cedo. Certamente tinha potencial para ser uma ótima estudante da Shibusen....

– Certo, vamos lá! – Ela voltou com animação explícita noos olhos, carregando uma bola rosa de borracha. Passamos umas boas horas nos divertindo com a pequenina, nunca havia visto Kid sorrindo tanto. Ele corria para lá a para cá, ria junto com Kelli e a pegava no colo para fazer cócegas, parecia um verdadeiro pai se divertindo com sua criança. É, cada vez mais ele me impressionava.

Passado um tempo, Lana requisitou a filha para tomar um banho. Ela se despediu da gente e então John nos chamou para se acomodar na sala de televisão e conversar um pouco. Ele contou sobre como Kid era quando bebê, o que o fez corar aos montes (uma gracinha!), e vou ser sincera, quanto mais eu ouvia sobre ele, mais queria ouvir. Não sabia muito sobre a história do Kid e cada vez mais estava descobrindo coisas sobre ele, o que certamente me trazia uma felicidade curiosa.

– Teve uma vez que o pai dele estava carregando ele no colo e ele ficava dizendo “papa, peta”. Ele então entregou a chupeta pro filho e quase se derreteu diante de tanta fofura, era realmente um pai corujão e, além disso, sempre foi uma ótima pessoa. Aposto que ele não mudou nada, estou certo, Kid?

Kid apenas assentiu enquanto olhava para baixo com uma careta, provavelmente quase morrendo de vergonha diante de tantos relatos vexaminosos. Mas realmente, não é dificil imaginar uma cena destas. É só o Shinigami-sama sendo tão... ele!

– E você, Maka, me conte um pouquinho sobre sua história! – Ele requisitou, animado.

– Ah, não tem muito o que dizer. Eu estou com 15 anos e estudo na Shibusen, sou uma artesã de foice. Aliás, senhor John, por acaso já pensou em sua filha um dia estudar nessa escola?

– Na verdade, não. Por que diz isso?

– Apenas por curiosidade. Mas olha, se algum dia ela por acaso tiver uma oportunidade, não deixe de fazê-la tentar entrar, certo?

– Está bem! – Ele sorriu concordando, apesar de parecer não ter compreendido muito bem o que eu disse.

Conversamos por mais um tempo até que Lana e Kelli retornaram e se juntaram a nós. Continuamos lá até o final da tarde, até que percebemos que já estava ficando um pouco tarde e que já estava na hora de ir embora. Kid antes trocou as roupas emprestadas pelas próprias, que já estavam lavadas e secas. Pegou o Skate e então fomos nos despedir.

– Passem por aqui quando quiserem! Serão sempre bem-vindos. – Lana disse com um sorriso no rosto e se despediu.

– Vou sentir saudades de vocês! Por favor voltem para brincar comigo! - Kelli nos abraçou forte.

– Vou acompanhá-los até a porta de saída. – John disse e nos levou até a rua. – Foi um ótimo dia. Mande lembranças a seu pai, Kid. E foi um prazer conhecê-la, Senhorita Albarn!

– O prazer foi todo meu. – Eu disse educada e então por fim nos despedimos.


DEATH THE KID P.D.V


O dia foi ótimo, melhor até do que eu esperava, admito. Porém, infelizmende estava acabando. E não tive a oportunidade de falar a Maka como me sentia. Provavelmente agora iríamos para casa.

– Kid, agora sou eu quem quero te levar pra um lugar que eu gosto muito de ir. Não está tão tarde ainda, o que acha? Vamos lá? – Ela de repente disse, me iluminando novamente.

– É claro, porque não? Quer ir voando? – Falei, a animação estava explícita em meus olhos.

– Acho que vai ser mais gostoso se irmos a pé, não é tão longe assim.


Assenti e a acompanhei. Porém, é claro que não poderíamos ter a paz plena. No meio do caminho nos deparamos com a última pessoa que queria ver na minha frente naquele dia. Soul Eater Evans.

– Maka? O que está fazendo aqui... com ele? – O albino disse com frieza nos olhos e em tom de escárnio (a cena era muito estranha considerando que ele estava no corpo de Black*Star).

– Estamos passeando, qual o problema?

– Nenhum. – Ele disse, tentando parecer indiferente mas claramente com uma aura que emanava desprezo diretamente a minha pessoa. Fique tranquilo, Soul, o sentimento é recíproco. – Escuta Maka, passa lá em casa amanhã, pode ser? Eu quero falar com você. – O que o maldito queria falar com ela? Porque não simplesmente dizia aqui mesmo?

– É, tudo bem Soul, eu passo lá sim. Como vão as coisas lá, aliás? – Ela indagou.

– Estão boas, mas poderiam ser melhores. Falta você lá com a gente. – Ele disse. Certamente estava me provocando.

– E vai continuar faltando enquanto o Black*Star estiver lá. Aliás, cadê ele?

– Ficou em casa, eu fui comprar uns salgadinhos pra gente virar a noite no video-game. Agora vou lá antes que ele ferre com minha reputação. Falou, Maka, até amanhã! – O albino então disse e antes de ir embora olhou-me de canto de olho com frieza. Eu devolvi o olhar. Ele então então despediu-se rapidamente, SOMENTE dela, e então saiu apressado.

– Kid, você e o Soul brigaram? – Ela indagou, curiosa.

– Mais ou menos isso. Mas deixa pra lá. Vamos então? – Perguntei. Ela pareceu aceitar a resposta e então voltou a caminhar.

– Vamos sim! Mal posso esperar para te mostrar o meu lugar. – Ela sorriu e de repente me puxou, segurando minha mão. Apesar de saber que foi apenas um ato instintivo, corei profundamente. A mão dela era tão quente e macia...


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Notas finais do capítulo

GENTE, É IMPORTANTE QUE LOGO APÓS LER A FIC VOCÊS VEJAM ESSA IMAGEM E VOMITEM BALDES DE ARCO-ÍRIS:

http://fc01.deviantart.net/fs70/i/2013/084/5/b/newborn_death_the_kid_by_imoon90-d5z7rrl.jpg

Me inspirei muito nela pra fazer esse capítulo, serião, hehe. Parabéns ao ótimo desenhista.

Gente, outra coisa: ASSIMETROFOBIA EXISTE! SIM, ELA EXISTE! PASMEM. HAHAHA (A não ser que já sabiam disso, aí ignorem).

Enfim, por favor comentem e até a próxima!
O encontro deles ainda não acabou! Pode ser fim da tarde mas ainda tem muita coisa pra rolar hem! Tchau amados!