Assimetria conveniente escrita por DeadPmoon


Capítulo 10
Aproximação. Programa inusitado.


Notas iniciais do capítulo

Gente, perdão pela demora, é que eu fiquei uns dias desenhando a capa dessa fic. Por favor, me digam nos comentários o que acharam dela! Ficou bonita? Reparem que aquelas fotos são do encontro quando eles estavam no penhasco *-* Não deixem de me dizer o que acharam, por favor!

Olha, esse ficou curtinho, mas espero que gostem.
Aliás, quero passar pra vocês escutarem uma música que gosto muito:

https://www.youtube.com/watch?v=ShrqdCWwouI

Sério, eu acho ela demais. E, aliás, se nunca viram o anime, assistam. É genial! Altamente recomendado.



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DEATH THE KID P.D.V

Em poucos minutos chegamos a um parque aberto onde se podia ver bancos de madeira por todos os lados. Imaginei que sentaríamos em um deles mas, para minha surpresa, Maka desviou do caminho destes e então me guiou até parte do parque que aparentava ser isolada, onde havia apenas um gramado esverdeado vívido e algumas grandiosas sequoias-gigantes. Ela então sentou-se no gramado e fez com o sinal com a mão para que eu fizesse o mesmo. Obedeci e logo que me acomodei ela de repente se deitou ali mesmo e me puxou de leve, requisitando que eu a acompanhasse. Novamente fiz como o ordenado e me dispus ao lado dela enquanto direcionava meu olhar para cima, tentando evitar encará-la, afim de evitar constrangimentos. Por alguns segundos permanecemos daquele jeito em silêncio e logo me perguntei qual o motivo de estarmos ali deitados em pleno jardim aberto. Maka parecia estar confortável pois, ao olhá-la de relance, notei que estava de olhos fechados e com um ameno sorriso estampado no rosto. Bem, não demorou muito para ela responder minha indagação.

– Desculpe Kid, deve estar achando que fiquei louca. – Ela anunciou e então riu baixinho – Esse aqui é meu lugar, sabe? Sempre que brigo com o Soul venho para cá para relaxar. A primeira vez que vim aqui foi em uma noite como essa. Eu estava muito nervosa e então saí de casa e fui procurar um lugar mais isolado para me tranquilizar e pensar um pouco. Caminhei até esse parque mas, como a parte onde ficam os bancos já estava cheia, saí explorando o lugar. Não demorou para eu encontrar esse canto isolado. Desabei assim que notei que estava sozinha, sentei no chão mesmo e então olhei para o céu. Foi uma sábia decisão. Respirei fundo e aos poucos fui parando de chorar, pois a sensação de estar ali tornou-se incrivelmente relaxante. O gramado estava macio e a noite lindamente estrelada e, além disso, a brisa soprava em silêncio no meu ouvido. – Ela disse e foi então que percebi com mais atenção o que estava em minha volta. Belíssima noite aquela, pontinhos reluzentes enfeitavam o céu ao lado de uma enorme lua vívida e sorridente. O vento realmente estava ameno e era possível sentí-lo fornecendo um frescor delicioso ao rosto, revigorando qualquer alma ali presente. A grama oferecia a pele uma suave sensação e o orvalho ali contido refrescava tanto o corpo quanto a mente. – Não demorou muito para eu me acomodar e deitar para apreciar ainda mais aquilo que sentia naquele momento. Depois daquele dia, acabei por decidir visitar esse lugar sempre que estou com algum problema.

– E foi uma ótima escolha, Maka. Esse lugar com certeza é incrível. – Anunciei mais sincero do que nunca e então virei a cabeça para olhá-la. Ela assentiu com um sorriso angelical no rosto e ambos coramos. Decidimos então permanecer em silêncio por alguns instantes e logo direcionamos nosso olhar diretamente para o céu, apenas apreciando a bela paisagem. Após certo tempo de contemplação, Maka decidiu quebrar o silêncio. Redirecionei meu rosto a ela para prestar melhor atenção no que ela diria.

– Kid, você tem ou teve algum um sonho que... digamos, acha meio bobo e as vezes até impossível de ser realizado? Quer dizer, eu por exemplo, já quis ser artista - essencialmente pintora. Obras de arte são incríveis, inspiradoras e exigem uma habilidade digna de contemplação. Muitas vezes tenho vontade de colocar no papel o que eu sinto e me expressar livremente. Mas eu não tenho absolutamente nenhum dom artístico! Só sei desenhar palitinhos. – Ela disse e então riu suavemente, parecendo um tanto encabulada.

– Mas Maka, desenhar não é um dom, sabe? É na verdade uma habilidade que pode ser aprendida. Para nascer sabendo, só sendo um gênio. Normalmente o único requisito necessário para aprender a desenhar é a força de vontade, competência e determinação para treinar bastante. E isso eu tenho certeza que você tem de sobra. – Elogiei-a e então sorri ameno. Ela corou provavelmente devido aos elogios, que aliás, eram mais do que merecidos.

– Nunca parei para pensar dessa forma, Kid. Acho que hoje em dia eu não exerceria a profissão, mas poderia começar a treinar um desenho por hobbie. Está decidido. Vou começar a treinar amanhã mesmo, arduamente! Obrigada! Aliás, agora é sua vez de me contar. Você tem algum sonho?

– Bem... – Corei suavemente e tentei tomar coragem para dizer. É algo um tanto... constrangedor. Meu dever é tomar o lugar de meu pai futuramente, como um genuíno shinigami. Mas a verdade é que... Sabe, é meio vergonhoso. – Hesitei em continuar.

– Pode contar, Kid. Eu não vou rir.

– É que... Eu sempre quis ter uma família normal no futuro, sabe... Uma esposa, filhos, um cachorro... Mas eu tenho um pouco de medo de ficar sozinho por causa de minha natureza e responsabilidades, sabe. Ai, que bobeira, tão clichê e impossível eu ter tudo isso. Admito que isso parecia menos ridículo na minha cabeça.

– Oras Kid, é claro que não é ridículo! Na verdade, acho incrível. Não é impossível de acontecer como você pensa que é, sabe. Homem ou shinigami você continua sendo uma pessoa maravilhosa. Uma mulher com certeza vai te amar pelo que é e, sendo assim, vai aceitar sua natureza e acompanhar seus deveres ajudando da forma que puder. Os filhos vão ser fruto desse amor, certo? E o cachorro, oras, tem tantos abrigos para animais em Death city! – Ela riu, os olhos brilhavam e expressavam sinceridade. Aquele discurso reluziu ainda mais minha noite. - Kid, mais do que ninguém você merece pessoas que te amam na sua vida. Isso não é um sonho, é na verdade um direito.

Assim que ela finalizou o que disse, fiquei sem palavras. Como o esperado de Maka, sempre me surpreendendo da melhor forma possível. Cada segundo que passava eu me apaixonava ainda mais por aquela garota.

– Compartilhamos tanta coisa hoje, não, Kid? É incrível quando você acaba se surpreeendendo tanto com uma pessoa. Descobrir que tem alguém a quem você pode confiar os segredos e que é tão parecida com você. – Ela disse, quase como que tirando as palavras da minha boca, um sorriso tranquilo se dispunha no rosto dela e as maçãs do rosto estavam ruborizadas.

– É, eu acho que nós... temos bastante em comum... Quer dizer, tudo o que você gosta ou faz encaixa perfeitamente comigo. Temos os mesmos hobbies, os mesmos gostos. Mais simétrico para mim do que isso, impossível... – Falei baixinho e com coragem insuficiente para encará-la, novamente direcionando meu olhar ao céu. Ela ficou em silêncio, o que a princípio fez-me sentir preocupação, será que eu havia sido, de alguma forma... exagerado? Foi o que pensei a princípio até que senti algo que tanto me surpreendeu quanto me encabulou. A mão de Maka suavamente... pousou sob a minha. O rubor imediatemente ocupou todo o meu rosto, nunca antes havia me sentindo tão envergonhado e ao mesmo tempo... tão feliz. Por alguns instantes permaneci olhando para cima, constantemente hesitando em virar a cabeça para olhá-la. Finalmente tomei coragem e a olhei, me deparando com belos olhos esverdeados brilhantes e penetrantes. Fomos aos poucos nos aproximando, instintivamente... Porém, um infeliz latido de cachorro nos surpreendeu e bruscamente nos levantamos no susto. Meu coração palpitava e aos poucos achei que estava voltando ao normal, mas na verdade nem tanto. Afinal, o que aconteceu há alguns segundos deixou-me um tanto ansioso. Teria aquilo sido mesmo real? Ela realmente estava para... me beijar? Quer dizer, era o que os olhos dela pareciam dizer para mim. Ela... gostava de mim? Ela realmente gostava de mim?

– Maka, eu... – Tomei finalmente coragem de tentar dizer a ela como me sentia, deveria aproveitar aquela oportunidade. O que acontecera há pouco me deu a força necessária para tentar. Se ela realmente gostava de mim, eu desejava ouvir aquelas palavras da boca dela.

– Kid, tá ficando tarde, que tal irmos pra casa? Olha só, já tá começando a chover – Ela disse apressada me interrompendo e olhando para cima, parecendo tentar desconversar. Bem, se ela quis se desviar do assunto, talvez aquela não fosse a hora mais apropriada de falar para ela. Confesso que, agora que não preciso dizer, tenha sido até um alívio para mim, posso me preparar melhor para fazer direito.

– É, você está certa. – Assenti, um tanto decepcionado mas sem tirar a razão dela e então começamos a caminhar de volta para casa. Bem, já estava tarde, passamos horas conversando no parque e acabamos perdendo a noção do tempo. E, para completar a noite, novamente, um infortúnio tomou conta de nosso destino. A chuva tornou-se intensa em pouquíssimo tempo e era impossível para nós tanto ir tanto andando para casa quanto voando pois o vento soprava de uma forma incômoda e ameaçadora. A decisão mais sensata então nos pareceu ser encontra qualquer lugar para esperar a chuva passar. Nos abrigamos em um café ali perto, aproveitamos para fazer um lanche e aguardamos. Por um bom tempo a chuva não cedeu e já era de madrugada. Eu não havia levado o celular comigo, não queria que ninguém me incomodasse, Maka também estava sem o dela e o telefone da cafeteria estava temporariamente fora de serviço. O café já estava para fechar, não havia uma alma viva ali além das nossas e a da garçonete.

– Desculpe incomodá-los e pedir desta forma, mas o café está fechando.

Pedimos desculpas pelo incoveniente e saímos. Devíamos agora procurar algum outro lugar para nos abrigar novamente enquanto a chuva não acalmasse. No outro lado da rua nos deparamos com uma boate, que aliás o nome não me era estranho. Oras, seriaa aquela que Liz sempre frequentava?

– Sabe de uma coisa, Kid? – Maka de repente anunciou, parecendo animada. – Já quis fazer algo que nunca pensou que faria antes?

– Maka, você está pensando em...? – Indaguei, olhando para dentro da boate.

– Por que não? Quer dizer, eu também não gosto muito dessas coisas, mas a chuva está intensa e parece que não vai parar tão cedo... Esse tipo de lugar fica aberto a noite inteira. Teremos abrigo... E podemos tentar nos divertir de alguma forma.

Fechei os olhos, suspirei e sorri.

– Bem, acho que não temos muita escolha, né? Vamos lá.

Ambos respiramos fundo, tomamos coragem e adentramos a boate.


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Notas finais do capítulo

Sério, Kid e Maka em uma boate, isso vai ser engraçado, hehehe!
Gente, sim, esse capítulo foi meio curtinho mesmo mas é que eu resolvi fazer uma "apresentação" para o último programa da noite deles, que prometo que vai fechar o encontro com chave de ouro! Por favor tenham paciência. Eu admito que estava passando um pouco mal enquanto escrevia essa capítulo então não sei se ficou excepcional.
Aguardo o comentário de vocês!
Até a próxima.



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