Ah, com os Marotos escrita por Ciba


Capítulo 39
Um por todos e todos por um


Notas iniciais do capítulo

OEE. Cara, tem coisa melhor para um escritor de fics entrar no site e ver que ganhou uma recomendação? NÃO, NÃO TEM! Então muito obrigada, Luana! Muito obrigada mesmo. Cap. dedicado a você, linda!



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–Eu realmente estou com muito medo do que vocês estão aprontando. –murmurou Lene, olhando torto para os Marotos, que observavam com grande animação a paisagem passar pela janela da carruagem, em direção à Hogsmeade.

–Não precisa se preocupar Lene, nós não vamos... –ia falando Sirius, maroto, mas sentiu algo encostar-se a sua garganta e engoliu em seco ao perceber que se tratava da varinha de Dorcas.

–Se vocês arruinarem o Baile, eu juro que vocês não verão mais a cor do dia. –ameaçou ela, apertando a varinha com mais força.

–Hã, não se preocupe Dorcas. Iremos apenas nos despedir de Hogwarts. –falou Remus, tocando de leve o ombro da namorada, fazendo-a relaxar e parar de perfurar o pescoço do amigo.

O vilarejo de Hogsmeade entrou em vista e logo a carruagem parou. Os alunos saíram aos tropeços, como se nunca tivessem visitado a vila antes. Meninos iam para um lado, meninas para o outro, excitados para comprar seus trajes.

–Se cuidem, meninos. Não arranjem encrenca logo na última semana de estadia em Hogwarts... para sempre. –pediu Lily, jogando o cabelo ruivo para o lado e enfatizando a última parte para que os garotos não lhe arranjassem dor de cabeça.

–Pode deixar, ruiva. Não precisa ser radical. –replicou James, roubando um selinho da namorada.

–Ainda estou brava com você, Potter. –disse a ruiva, sendo puxada por uma Lene impaciente.

–Não ficará assim até o fim do dia. –James mandou uma piscadela para ela enquanto esta revirava os olhos e seguia suas amigas.

Os Marotos deram uma última olhada nas garotas e rumaram para a loja de vestes masculinas. O que, no meio do caminho, se tornou uma ideia entediante, pois a loja estava cheia de garotos comprando roupas a fim de impressionar suas companheiras. Peter resmungou e jogou a cabeça para trás enquanto observavam o tumulto.

–Bem, a loja está bem cheia...

–Não me diga, Aluado. –murmurou Sirius, enfiando a mão nos bolsos da calça.

–... então, que tal nós irmos primeiro à Zonko’s? Sabe, comprar nosso artefatos para o Baile.

–Você vai ficar o dia inteiro anunciado que a sua ideia venceu? –questionou Sirius, exasperado.

–Eu só disse que...

–Não é por que o senhor ganhou uma partida de snap explosivo que a minha linda proposta não é a melhor de todas.

Remus revirou os olhos e cerrou os punhos, para não enforcar Sirius.

–Tem certeza que embebedar Dumbledore para que ele solte seu interior é a melhor opção? –grunhiu o menino.

–Calma, gente. –pediu James, que assistia os argumentos como uma partida daquele jogo trouxa. Bong-bin? Ou era Ding-ding? Ah, não era pingo pong. –Vamos seguir a ideia de Remus e depois voltamos para comprar os trajes.

–Bingo! –gritou Peter, jogando os braços para o ar, fazendo seus amigos olharem para ele com uma cara de indagação, mas acabaram dando de ombros e foram em direção à Zonko’s.

Entraram na loja que estava praticamente vazia. O dono olhava com indignação para a loja de trajes, pensando em como poderia ter perdido clientela tão fácil assim, mas assim que ouviu o sininho da loja tocar, tirou sua concentração da janela e olhou por cima do ombro, se sobressaltando com a súbita entrada dos meninos. Os marotos, por outro lado, vagaram pela loja normalmente, observando os objetos que utilizariam na despedida.

–Peter, isso solta purpurina. E a última coisa que eu quero é que as pessoas lembrem-se de mim coberto por purpurina. –falou Sirius, revirando os olhos e pegando o pote das mãos do amigo, recolocando na prateleira.

–Almofadinhas, você está muito rabugento hoje. –comentou James, passando o braço sobre o ombro de Sirius. –Pense nas pessoas falando “Oh, esses Marotos são incríveis. Por que não sou que nem eles?”.

–Sou incrível o bastante para fazer as pessoas dizerem isso todo dia. –replicou Sirius, jogando o cabelo para trás.

–Modesto. –resmungou James, irônico, guiando-se na loja até encontrar Remus de novo.

–Achei os... –ia falando Remus, sorrindo, segurando uma caixa de artefatos, mas James ergueu um dedo, fazendo Remus se interromper e franzir o cenho para ele. –O que foi, Pontas?

–Não diga o que tem aí. As paredes têm ouvidos.

–Mas ‘tá escrito na caixa que são...

–Vamos pagar, Aluado. É a melhor coisa a fazer.

Remus deixou James o empurrar, ainda fazendo uma careta de confuso.

Eles pagaram os artefatos e embrulharam para que ninguém suspeitasse. Seguiram de volta à loja de trajes, onde já estava ficando vazio. Uma atendente jovem veio ao encontro deles, sorrindo bondosamente.

–O que desejam? –perguntou a moça se apoiando em uma bancada.

–O traje de que todos vieram comprar hoje. –disse Peter, encolhendo os ombros, para a pergunta óbvia feita.

–Ah, sim. –respondeu a moça, indo até o fundo da loja e pegando os trajes.

–Obrigada, moça. –agradeceu Sirius, galanteador, pegando o dinheiro no bolso.

–Ahn, vocês não vão ver se as roupas servem? –indagou a atendente, apontando para as sacolas já prontas nas mãos dos garotos.

–Somos bruxos. Podemos alargar se preciso. –retrucou Peter, impaciente.

–Não seja assim, Rabicho. –pediu Sirius, ainda olhando para a moça. –Também vamos querer trajeas das cores: azul, amarelo, vermelho e verde.

–Para quê?! –questionou a menina, curiosa.

–Para fins educativos! –responderam Remus e James ao mesmo tempo antes que Peter se indignasse com a garota, esta, por sua vez, apenas deu de ombros e foi procurar as roupas pedidas.

–Por que tenho que ficar com as cores de Sonserina? –resmungou James, olhando para a moça que trazia as roupas.

–Por que eu ganhei o jogo e o plano é isso. –retrucou Remus, rindo da careta de James.

Quando a atendente chegou à bancada novamente, com três opções de conjutos, depositou as roupas na bancada e deixou que os meninos escolhessem. De acordo com o plano, eles escolheram a roupa que mais se assemelhava com as vestes de quadribol, pagando-as logo depois e saindo da loja rapidamente antes que Peter voltasse a retrucar a moça.

–Eu vou a Dedos de Mel. Querem ir também? –perguntou Peter, apontando para a loja de doces logo atrás deles. Algo em sua voz pedia para que os amigos recusassem, mas se estes perceberam, não disseram nada, apenas falaram que esperariam Peter perto do Três Vassouras, logo ao lado.

Peter se virou e caminhou lentamente até a loja. Os outros foram para os banquinhos perto do bar e ficaram conversando sobre coisas banais. Do ponto onde estavam era possível ver, além da Dedos de Mel, a loja de vestes femininas, bem no fim da rua; e o local estava mais lotado que a loja masculina. James contava sobre seus planos para a noite do Baile quando parou de falar bruscamente, olhando fixamente para a loja de doces. Sirius e Remus seguiram o olhar de James e fecharam a cara imediatamente. Do outro lado da rua, vinha Ranhoso, junto a Malfoy e Crabbe. Os três marotos acompanharam os idio... os garotos com o olhar e viram que eles estavam entrando na mesma loja que Peter estava. James, Sirius e Remus trocaram olhares cumplices e se levantaram lentamente, indo para o mesmo destino que o outro trio, porém muito silenciosamente. Porém quase que eles pararam de ser discretos quando Crabbe saiu da loja arrastando Peter pelo colarinho. James deu um passo brusco para a frente, com um punho fechado e a outra mão pronta para lançar feitiços, mas Remus o segurou antes que ele saísse disparando pelos cantos.

–Você pode acertar Rabicho. –sussurrou Remus, encarando o trio de cobras levarem Peter para um beco perto dali. –Vamos ver o que eles querem com Peter.

James fez uma careta, mas assentiu, seguindo os outros dois até o beco para onde levaram Peter.

–... Vamos lá, Pettigrew. Larga de ser medroso. –falava Malfoy, andando de um lado para outro enquanto Crabe segurava Peter contra parede e Snape apontava a varinha para ele.

–E-eu não sei do que estão falando. –retorquiu Peter com a voz esganiçada, se debatendo.

Malfoy e Crabbe riram com desdém e Snape revirou os olhos, chegando mais perto de Peter, deixando o garoto vesgo por causa da varinha apontada para ele.

–Ah, claro que não sabe. –debochou Lucius, pegando a própria varinha e girando-a entre os dedos.

Mais uma vez, James quase interviu, mas Sirius e Remus o puxaram para fora de vista dos outros. Sirius tirou uma bolinha preta do bolso.

–Eu sempre tenho um truque na manga, ou no bolso, se preferir. –disse Sirius, dando de ombros e entregando a bolinha para James. –Você vai atirar isso perto deles no três. Vai soltar uma fumaça e eu entrarei na minha forma animaga para assustá-los. Vocês dois arrastam Peter para fora dali.

–Primeiro: tem certeza de que um cachorro vai assustar aqueles três? –perguntou Remus, coçando o queixo e recebendo um olhar entediado de Sirius. –Segundo: Por que nós simplesmente não chegamos lá e tiramos Peter? Sem essas coisas dramáticas.

–Por que vai ser divertido. –retrucou Sirius, sorrindo maroto. Remus olhou para James, arqueando uma sobrancelha.

–Concordo com o Almofadinhas. –disse James, fazendo o sorriso de Sirius aumentar.

–Ok. Vamos ao plano. –Remus deu de ombros e Sirius se colocou logo atrás deles, pronto para virar um cachorro.

–Um, dois... Três! –contou Sirius e James atirou a bolinha preta perto do grupo. Antes de virar fumaça preta, a bolinha emitiu um apitinho e foi se multiplicando.

Crabbe largou Peter bem na hora que Remus o puxava dali em meio à fumaça, que se espalhava rapidamente. Um cachorro passou voando pela cabeça de Lucius, que se abaixou a tempo. Sirius, na forma animaga, iria cair bem em cima de Snape, se não fosse James que tivesse empurrado Ranhoso a tempo. Os Marotos saíram dali, mas antes Remus ainda lançou um feitiço de pernas presas no trio de cobrar. O quarteto subiu até o topo da torre que havia ao lado e observaram Lucius gritando ordem enquanto Snape e Crabbe tentavam desfazer o feitiço que prendia as pernas, com êxito. Logo os três já estavam de pé novamente, olhando em volta, com raiva.

–Você salvou o Ranhoso, Pontas. –reclamou Sirius, olhando para James, depois de Peter dizer mil e um “obrigados” para eles. –Eu o teria acertado.

–E provavelmente o machucado gravemente. –replicou James, olhando para Lucius chamando e procurando por Peter.

–Mas era o Ranhoso!

–Sirius, fazer marotagens é uma coisa. Agora machucar seriamente os outros é outra questão.

–Tá, tá bom.

–Tive uma ideia. –anunciou James, num sussurro para os amigos, ignorando os protestos de Sirius. Ele sacou a varinha e conjurou um balde com água e um pacote de bexigas infláveis. –Acho que um banho irá cair bem neles, principalmente no cabelo daquele seboso. –acrescentou ao ver a cara ainda rabugenta de Sirius, que logo abriu um sorriso satisfeito.

Eles abarrotaram as bexigas de água e Sirius as pegava, pronto para jogar. Quando cada um pegaram três balões com água. Espiaram por cima da torre e viram os outros três logo abaixo deles.

–ATACAR! –gritou Sirius, soltando os balões, sendo repetido pelos amigos.

Lucius, Crabbe e Snape não tiveram a chance de perceber o que estava acontecendo, pois logo os balões o molharam por inteiro. Eles gritavam pragas enquanto mais balões caiam sobre eles. Os Marotos, depois de terminarem com o pacote de balões, viram o trio correrem dali, apressados.

–Isso foi fenomenal! –admirou Peter, se curvando de rir junto aos outros.

–Serve como lição para que eles nunca mexam com um maroto. –respondeu James, convencido com a própria marotagem.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Esses marotos defendendo o Peter foi lindo. Obrigada mais uma vez, Luana!
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