Ah, com os Marotos escrita por Ciba


Capítulo 20
O amor não está no ar


Notas iniciais do capítulo

Está ai mais um cap, meu pimpolhos c: Demorei?



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James ficara desolado com as palavras de Lílian, mas ela não dera tempo para o menino se explicar. Essa briga foi se espalhando aos poucos pelo castelo. É óbvio que a menina que estava paquerando James foi uma das primeiras, junto com Snape, a sair fofocando por ai sobre o fim de Lílian e James.

“Eu sabia que logo isso ia acabar” era a frase mais escutada pelo castelo. As pessoas não temiam exagerar ao falar sobre este assunto. A maioria das meninas vibrava, pois James era um dos mais gostosos de Hogwarts, por isso segundo essas garotas, Lílian foi apenas mais um obstáculo na vida delas.

E lá estava James, encostado na porta do dormitório de Lílian (é ele implorou, definitivamente, para Lene permitir que ele subisse). Pontas estava agachado, batendo na porta enquanto pedia:

–Ah, Lílian, não seja boba. Vamos conversar.

Mas única coisa que ouvia em resposta era um “Cai fora!” ou “Não quero mais olhar na tua cara, Potter.”

Já dentro do dormitório, Lílian estava agarrada ao seu travesseiro. Ninguém se atreveu a tentar naquele quarto, tinham amor à vida. A não ser James que ficava incomodando, dizendo palavras que só serão em vão para Lílian. A ruiva deixava lágrimas caírem, não de arrependimento e sim de raiva do Potter e de si mesma, mas principalmente do Potter. Sim, o efeito de Felix Felicis já havia passado para Severo, que mesmo com o frasco da poção ter quebrado, se sentia feliz por ter feito Lílian brigar com James. Mas, Lílian ainda não conseguia se esquecer do seu acesso de raiva que a impediu de ver o que devia. Para ela, Potter tinha errado e ela tinha sido idiota por pensar que James a amava. Por que dera uma chance a ele? Não estava na cara que Potter a magoaria e que a ruiva seria apenas mais uma na lista de James? Com esses pensamentos, Lílian atacou o travesseiro na parede e se levantou, com raiva. Caminhou até o banheiro, mas tropeçou na sua bolsa que tinha largado quando voltara das masmorras, onde vira James com aquele projeto de trasgo. A ruiva pegou sua bolsa e alguma coisa caiu no chão. Era o colar que James havia lhe dado pela manhã. Ela fechou a mão, cobrindo o pingente de lírio. As lembranças boas que passara com James vieram à tona em sua mente. Mas a ruiva afastou esses pensamentos e jogou o colar na cama, depois jogou o travesseiro por cima. Agora ela percebera que James não parara de bater na porta e mandando-o ir se ferrar, Lílian entrou no banheiro e começou a tomar seu banho. No final, segundo ela mesma, Snape tinha razão. Potter só iria lhe fazer mal. Pena que Lílian estava agindo como uma idiota, nem sequer faz ideia do quanto James ama ela.

Do lado de fora, James descia as escadas, cabisbaixo. Mas calma, ele não iria desistir de Lílian tão fácil, aliás, não é de hoje que vinha tentando conquistar a ruiva.

–Eu falei que de nada iria adiantar! –disse Lene quando James se jogou na poltrona da Sala Comunal e pegando um sapo de chocolate, sem ânimo. Sirius, Remo, Dorcas e Peter olharam para Lene, mas ela apenas deu de ombros. Resolveram não perguntar o que acontecera lá em cima, quer dizer, estava na cara de James que não foi uma conversa muito longa que teve com Lílian. Na verdade, nem conversa teve.

Os outros começaram a conversar sobre o jogo Corvinal x Grifinória, que seria no próximo final de semana. Lene disse que viu o último treino da Corvinal, alegou que estavam com um esquema novo. Então, Remo começou a falar com os N.I.E.M’s até Dorcas mandar, com rispidez, ele calar a boca. Até que chegaram a um ponto crucial: James e Lílian. Eles olharam para James, que estava distraído com sua caixinha de feijãozinho. Ao perceber que estavam olhando para ele, Pontas murmurou mal-humorado:

–O que foi agora?

Remo suspirou e perguntou:

–Não estava prestando na conversa, não é?

–E por que deveria? –retrucou James jogando a caixinha com qual brincava em Remo.

Lene revirou os olhos e, ignorando Sirius com suas reclamações do mau humor de Pontas, se levantou bruscamente.

–Deve ser porque você e Lílian ficam de mimimi sem motivos. Isso irrita, pois vocês ficam de drama hoje e amanhã já estão de bem! –esbravejou a morena, jogando os braços para cima em forma de indignação.

–Calma Lene! –pediram Remo e Dorcas

–Olhe, foi a Lílian que ficou com ciúme bobo. –interferiu Sirius. James abriu a boca para retrucar, mas Dorcas se pôs a frente:

–Afinal Lene, por que esse estresse?

Lene arfou tentando manter a calmar e sussurrou com raiva:

–Porque eu sei que vou entrar naquele quarto e ter que aguentar Lílian choramingando! Sendo que foi ela mesma que agiu como uma idiota.

James se levantou e, sem satisfações, foi arrastando os pés até o dormitório.

–Pontas não gostou de disputar quem está de maior mau humor! –brincou Sirius, rindo junto com Remo.

–Ah, cala a boca, Black! –exclamaram Lene e Dorcas juntas, cruzando os braços.

Lene e Dorcas se fitaram por um momento antes da loira reclamar:

–Você é muito egoísta, Lene! Quando você se magoa com esse aqui, -Dorcas diz apontando para Sirius. –a Lílian não reclama porque você fica choramingando.

Lene fez um barulho engraçado com a boca e depois saiu pelo retrato da mulher gorda batendo os pés. Dorcas se sentou na poltrona, apoiando a cabeça numa das mãos. Um silêncio constrangedor na sala.

–Ahn, bem, eu vou procurar Peter. –anunciou Sirius quebrando o silêncio, Dorcas e Remo deram de ombros, sabiam que ele não iria apenas procurar Peter. Sirius se levantou e saiu da Sala Comunal.

O silêncio estava se tornando mortal. Dorcas olhava diretamente para o lugar onde Lene e Sirius saíram. Remo foleava, sem interesse, algumas anotações da última aula de História da Magia, mas apenas mexia nos pergaminhos, ele se sentia inquieto. Não falara mais com Dorcas depois do dia em que Ranhoso anunciara seu problema lupino. Quer dizer, Dorcas não falava com Remo desde o término do namoro, mas Aluado achava que agora as coisas entre eles pioraram por ela descobrir que ele é um monstro.

Remo suspirou e enfiou os pergaminhos na mochila. Fitou Dorcas por alguns instantes, em sua cabeça passava um monte de coisas. Então, finalmente, falou:

–Dorcas, por que está agindo com infantilidade?

A loira cerrou o punho e suspirou para não acabar deixando a marca de sua mão na cara de Remo. Dorcas olhou para o outro, demorou um pouco para responder, mas retrucou:

–Poupe sua voz, Lupin. Obrigada. –forçou um sorriso e voltou a olhar para passagem da mulher - gorda. O silêncio voltou a reinar, Dorcas fechou os olhos e depois perguntou, ainda sem olhar para Remo: -Você terminou comigo por causa dos seus problemas, ahn, peludos, não é?

Remo engoliu em seco, mas assentiu. Ele achou que isso iria amenizar a raiva de Dorcas, porém apenas fez a loira ficar pior.

–Então por que você está saindo com aquela tal lufana?

–Dorcas, por favor...

–Não, Remo, eu que lhe peço um favor. Pare de ser idiota! Poxa, Remo, eu gosto tanto de você.

–Eu só quero te proteger. Eu também gosto muito de você!

–Não é o que parece! Afinal, você agora só anda pra lá e pra cá com aquela Daphne!

–A Daphne é uma pessoa especial para mim, muito. Mas, você também é, Dorcas.

Dorcas deu um meio sorriso e estava pronta a responder quando a passagem se abriu e Peter entrou chacoalhando a varinha na mão.

–Oi Aluado! Aquela Daphne estava te procurando, ela disse que se você puder a encontre na biblioteca.

Remo olhou tristemente para Dorcas, mas a loira se levantou e seguiu caminho para o dormitório. Aluado suspirou e saiu da sala comunal.

***

Sirius andou calmamente até Lene. Ao chegar perto dela, a envolveu pela cintura, pegando-a de surpresa, ela o fitou e se soltou, sorrindo.

–Algum problema, Black?

Almofadinhas franziu a testa e tentou dar um beijo em Lene, mas esta apenas recuou.

–O que foi, não quer ir comigo até a Torre de Astronomia? –perguntou Sirius, debochado.

–Não, Sirius, obrigada. Sei muito bem que você, depois, só irá me tratar como as outras meninas de Hogwarts. Mas eu não sou como uma delas!

Sirius revirou os olhos.

–Só que é o que está parecendo.

Lene boquiabriu-se, zangada.

–Black, como você diz uma coisa dessas?

–Ué e não é? Você ficou comigo ontem e hoje não quer nada.

Logo depois a marca de cinco dedos estava na cara de Sirius, que massageava enquanto observando Lene se retirar, raivosa.

Pelo o que parece, o amor não está entre os marotos.


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Notas finais do capítulo

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bjss