Assim que cheguei em casa fui para meu quarto,ficando por lá pelo resto do dia,saindo apenas para comer uma fruta.Logo adormeci,acordei antes dos  primeiros raios de sol,a casa toda se encontrava em silencio,fui ao banheiro,fiz minha higiene matinal,escolhi uma roupa confortável (http://www.centraldeinformacoes.net/wp-content/uploads/2013/05/botas-cano-medio-+-vestido-branco-+-jaqueta-+-pulseiras.jpg) peguei minha bolsa e desci as escadas silenciosamente,como estava com fome fui até a cozinha, peguei uma maça que se encontrava em cima da mesa, mas enquanto estava saindo fui surpreendida por uma voz.

- Senhorita Chevalier já se levantou?-

Nossa empregada Geórgia havia acabado de entrar por uma porta de vidro que se encontrava ao lado oposta da saída principal, como ela nós levava ao jardim, normalmente era usada pelos empregados. Seus cabelos eram negros, tornando visíveis alguns fios brancos, os olhos castanhos eram carregados de extrema triste, no rosto havia varias rugas e marca de expressões aparentava ter por volta de cinqüenta anos. Então notei que ainda não havia falado com Geórgia, alias essa era a primeira vez que ouvia sua voz

-Sim Geórgia, poderia me fazer um favor?

-Claro - Sua boca se abriu em um pequeno sorriso.

-Poderia avisar a Gabriel e Lucy que fui para o colégio mais cedo, mas eles não precisam se preocupar-Seu rosto ficou confuso

-Sei que não deveria me intrometer, mas ainda não é muito cedo para ir ao colégio?-Percebi que ela escolhia delicadamente cada palavra, certamente ela achava que eu era uma menininha mimada, pela maneira que havia agido alguns dias atrás.

-Você está certa, tenho certeza que a maioria das pessoas ainda deve estar dormindo, mas digamos que o nascer do sol me ajuda a pensar.

-Deixem me adivinhar, problemas do coração?-Essa era exatamente uma pergunta que não saberia saber de imediato, mas após pensar por um momento, notei que o amor estava envolvido em tudo isso.

-Talvez o amor seja uma parte dessa grande confusão que se encontra em mim.

-Compreendo

-Mas como saberia que o amor estava envolvido em meus problemas?

-Eu já tive dezesseis anos, sei quantas duvidas, perguntas, confusões de sentimentos podem existir dentro de uma única pessoa, sem falar que você já deve ter reparar em meus cabelos brancos, eles são a prova que já vivi muito nesta vida, por isso sei de quantas maneiras um coração pode ser quebrado-As palavras de Geórgia tocaram em meu coração e por um momento pensei em tudo o que havia acontecido esses dias.

-Mas ninguém quebrou meu coração?

-Nosso coração pode ser quebrado ou ferido de várias maneiras,quando nós apegamos a alguém,seja ele um amigo, um familiar, enfim alguém que precisamos para que nossa vida fique completa, ficamos sujeitos a isso, acredite Catherine, esse é o preço que pagamos por amar. -Ficamos em silencio por um longo tempo, nunca havia visto o amor por aquele ponto de vista-Acho melhor você ir antes que perca o nascer do sol.

-Havia me esquecido

 -Notei isso, mas a culpa foi minha acabei fazendo você se perder em seus pensamentos.

-Por que decidiu me dizer isso tudo?

-Você estava perdida, apenas precisava de alguém que abrisse uma porta para que você conseguisse entender seus sentimentos e pensamentos- Sorri para ela que retribui

-Obrigada

-Não precisa agradecer, sempre que precisar de conselhos dessa velha que já aprendeu muito sobre a vida venha até a cozinha.

-Pode deixar que não irei esquecer.

Entrei em meu carro e comecei a dirigir em direção um penhasco que se localiza ao lado de uma das praias que havia visto quando era pequena com minha mãe. Ela sempre amou Miami, por isso vínhamos com certa freqüência para cá, mas algo que nunca imaginei era um dia me mudar para esse lugar. Dirigi em alta velocidade para que conseguisse chegar antes do nascer do sol. Estacionei o carro uns dez metros antes de chegar ao penhasco, por isso minha caminhada não foi muito longa, me sentei um pouco longe da ponta, tudo a meu redor se encontrava em mais absoluto silêncio, minha mente ecoava constantemente as palavras de Geórgia. Fechei meus olhos para me concentrar no barulho do mar, após vários minutos ouvi barulhos de passos, olhei na direção que vinha o som.

-Anjo o que faz aqui?-Fiquei paralisada com a chegada de Patch, ele era uma das ultimas pessoas que esperava encontrar naquele lugar.

-Precisava pensar, mas e você?-Ele se sentou a meu lado na grama

-Gosto de ver o nascer do sol- Um silêncio se estabeleceu entre nós dois,mas havia algo que ainda precisava disser,olhei para o horizonte, onde conseguíamos perceber os primeiros raios de sol.

-Patch- Ele virou seu rosto imediatamente para mim, mordi os lábios- Me desculpe pelo modo como disse que não iria com você ao baile, acredite eu não queria que fosse daquela maneira.

-Tudo bem anjo, mas apenas me diga o motivo pelo qual não irá ao baile comigo? -Fiquei em silêncio buscando em mim mesma uma resposta plausível, neste momento Patch tocou em minha mão, olhei no fundo de seus olhos imediatamente as palavras começaram a surgir em minha mente

-Eu teria aceitado seu pedido de imediato se não fôssemos de lados diferentes, deveríamos nós odiar, mas eu não consigo Patch. -Um sorriso brotou no seu resto. -Tenho um sentimento por você que não consigo explicar, somente posso garantir que é esse sentimento que não me deixa te odiar.

-Me sinto exatamente dessa maneira. Existe uma parte dentro de mim que se importa com você - Ele fez uma breve pausa- Somente consigo ficar tranqüilo quando sei que está em segurança.

A cada palavra que Patch dizia nós aproximávamos mais, nossos lábios se encontravam centímetros um do outro, meu coração batia extremamente rápido como o compasso de uma música agitada. Com um movimento rápido ele passou suas mãos ao redor de minha cintura me puxando ainda mais para perto. Estávamos quase nós beijando quando o celular de Patch começou a tocar no mesmo instante me afastei um pouco dele.

-Acho melhor você atender-Ele negou com a cabeça- Pode ser importante.

-Não me importo-Segurei seus braços que se encontravam envoltos em minha cintura, os retirando de lá.

-Atenda o telefonema, depois voltamos a conversar.

-Seu pedido para mim é uma ordem - Em sua boca surgiu um sorriso único e indecifrável

-Não acha essa frase um pouco clichê?

-Às vezes frases clichê se encaixam perfeitamente anjo-Não conseguiu contém um sorriso.

Mantive meus olhos presos ao céu enquanto Patch atendia ao telefonema, mas então ouvi um nome que chamou minha atenção, por um momento fiquei surpresa, mas tentei não transparecer nenhuma reação. Assim que Patch desligou, olhei para ele lançando uma pergunta.

-Quem estava te ligando?-Notei que ele hesitou por um momento, mas por fim me respondeu.

-Era a Molly - Então não havia mesmo me enganado

-Preciso ir, não quero chegar atrasada ao colégio. -Comecei a me virar, mas Patch puxou meu braço.

-Ainda não terminamos de conversar.

-Desculpe Patch, mas terminamos –Minha voz soou um pouco agressiva- Se quiser pode ir comigo para o colégio.

-Não precisa, estou com meu carro.

-Nós vemos lá.

Andei até meu carro com passos rápidos, enquanto o ligava mantive meus olhes em Patch que ainda se encontrava parado no mesmo lugar, acelerei o carro voltando à estrada principal que me levaria à escola em poucos minutos. Como pude quase beijar Patch? Se fizesse isso estaria traindo minha verdadeira missão, estaria fugindo de meus objetivos iniciais, mas então me lembre das palavras de Geórgia, não deveria me culpar por ter me apegado a ele, era algo que acontecia na vida de todos, uma sina na qual ninguém poderia fugir. Tudo que posso fazer neste momento é juntar todas minhas forças e tentar seguir meus objetivos inicias. Estacionei meu carro ao lado da Ferrari preta de Gabriel, a maioria dos alunos se encontrava dentro do colégio, provavelmente o sinal havia tocado, entrei andando apressadamente pelos corredores, conseguindo chegar alguns minutos antes de meu professor Bernardo. Ele era alto,seus cabelos eram branco e curtos,os olhos castanhos claros,sempre usava um casaco verde musgo com gravatas borboletas,algo que muitos alunos achavam engraçado.Me sentei em meu lugar habitual que era a lado de Lucy, imediatamente ela olhou para mim abrindo um enorme sorriso.

-Adivinha quem me convidou para o baile hoje de manhã?- Ela disse alto o bastante para chamar atenção de algumas meninas que se encontravam sentado ao nosso lado.

-Não sei. Provavelmente deve ser alguém muito importante pelo sorriso que se encontra estampado no seu rosto.

-Acertou - Ela bateu pequenas palminhas –O lindo do Deniel- No mesmo instante o professor mandou que todos ficassem em silêncio

-Estou feliz por ele ter convidado você – Tentei falar o mais baixo possível, estava realmente feliz por Lucy, mas algo ainda me incomodava. Encontrei com Gabriel na hora do intervalo, mas ele não questionou meu sumiço temporário, apenas disse que iria passar à tarde na praia. Lucy decidiu que iria com ele, por isso fui sozinha para casa. Novamente eles haviam me deixado sozinha naquela enorme lugar, por isso decidi ficar em meu quarto tendo como única companhia um bom livro. Sempre amei ler mais isso havia se tornado um ato que fazia com pouca freqüência, graças às constantes mudanças em minha vida.

-O jantar está pronto - Lucy pegou uma almofada que estava caída ao lado de porta, com um movimento rápido a atirou em minha direção, mas consegui segura-la a tempo de atingir meu rosto.

- Voltaram rápido da praia?-Fechei o livro que havia lido até a metade.

-Algo me diz que você se perdeu nas horas - Comecei a rir- Caso queira saber são 19h30min, provavelmente ficou o dia todo dentro desse quarto.

-Acertou, por isso vou tomar um banho e desço para o jantar.

-Se importa se eu ficar um pouco por aqui lendo seu livro?

-Claro que não sinta-se a vontade.

-Obrigada, uma tarde com Gabriel é demais para mim. -Comecei a rir.

-Eu sei disso.

Tomei um banho rápido, como não planejava sair de casa coloque um short jeans claro, uma blusa branca com um enorme desenho de uma boca e rasteirinhas, como estava com um pouco de pressa deixei meus cabelos soltos (http://img.modait.com.br/looks/carol-tognon/look_despojado_com_estilo_6233d.jpg).

-Estou pronta, podemos ir jantar - Lucy estava sentada em minha cama lendo o livro, como ela não respondeu resolvi me aproximar - Lucy estou falando com você

-Desculpe Catherine, mas esse livro é incrível.

-Eu sei, assim que terminar de ler posso te emprestar se quiser.

-Claro que irei querer.

-Ótimo, agora vamos descer para o jantar, antes que o Gabriel apareça por aqui.

Comecei a puxar Lucy pela mão que me acompanhou até a mesa de jantar, mesmo com um pouco de relutância. Gabriel se encontrava sentado no canto direito da mesa, assim que notou nossa chegada levantou o olhar.

-Finalmente apareceram.

-Poderia aprender a ser mais paciente?-Me sentei a seu lado.

-Claro que posso encrenca, mas antes você terá que aprender o mesmo.

-Então nunca seremos pacientes. -Sua boca se abriu com um sorriso vitorioso.

-Foi o que pensei.

O resto do jantar ocorreu tranquilamente, Lucy como de costume começou a falar sobre algum assunto fútil enquanto Gabriel fazia alguma piada sarcástica que normalmente deixava alguém com um pouco de vergonha, mas isso era algo que havia me acostumado.

-Boa Noite para vocês dois- Comecei a me levantar.

-Mas você já irá dormir Catherine?

-Não, na verdade irei terminar de ler aquele livro.

-Ótimo, mas assim que terminar não se esqueça de me emprestar. -Assenti

-Não durma muito tarde, amanhã Alice chegará cedo para lhe arrumar. -Enquanto Gabriel falava comecei a subir as escadas.

-Você falou igual minha mãe novamente- Ouvi uma gargalhada, certamente vinda de Lucy.

Entrei em meu quarto indo diretamente ao banheiro para fazer minha higiene noturna, logo em seguida coloque meu pijama. Deitei em minha cama ainda mantendo meus planos iniciais, por fim adormeci.

-Bom-Dia encrenca - Uma luz adentrou meu quarto.

-Bom-Dia Gabriel, mas ainda é cedo para me acordar.

-Eu sei- No mesmo instante uma garota apareceu a seu lado. Seus cabelos eram pretos, os olhos eram de um azul profundo, a pele era branca formando um conjunto perfeito, notei também a presença de sua energia, reconhecendo imediatamente que ela também era um anjo. -Essa aqui é Alice. -No mesmo instante ela começou a caminhar em direção a minha cama.

-Você se parece muito com seu pai- Ela se sentou a meu lado- Tem até mesmo os mesmos olhos. -Fiquei em silêncio- Agora se levante e vá se arrumar prometi a seus pais que fazia de você a garota mais perfeita daquele baile.

-Mas ainda falta muito tempo para o baile?

-Eu sei, mas precisamos começar agora.

Me arrumei rapidamente graças as batidas constantes de Gabriel a porta de meu banheiro,como iria ficar em casa coloque um short jeans escuro,blusa preta com estampa de caveira,como estava com pouco tempo deixei meus cabelos soltos.Enquanto tomava o café Alice ficava falando sobre tudo o que minha mãe estava planejando para esse baile.Estava quase terminando de tomar meu café quando Lucy desceu as escadas.

-Bom-Dia

-Bom-Dia- Respondemos em uníssono.

Percebi no olhar de Lucy que ela estava confusa com a presença de Alice, por isso resolvi contar a ela o motivo de sua breve estadia em nossa casa. No mesmo instante Lucy pediu para que Alice também a aprontasse para o baile,algo que ela aceitou de imediato.Fomos para meu quarto lugar onde Alice havia montado com poucos minutos seu pequeno salão.

-Deniel e eu poderíamos ir com vocês ao baile?-A pergunta havia me surpreendido.

-Por quê?-Ela respirou profundamente

- Escutei Gabriel ao telefone, ele contratou uma limusine para levar vocês ao baile assim como todos os outros casais, mas o Deniel não quis contratar uma. Imagine nós dois sendo o único casal do baile a não irmos de limusine. Será o fim. –Lucy levou sua mão esquerda até seu coração em uma tentativa de fazer com que suas palavras soassem ainda mais dramáticas. Não conseguir conter uma risada.

 -Você sabe que não me importo de levar vocês dois, mas antes precisamos saber a opinião de Gabriel.

-Então você poderia conversar com ele...

-Me desculpe Lucy, mas eu nem sabia da limusine, se quiser ir conosco terá que falar com ele.

Ela ficou em silencio por um longo momento, mas por fim decidiu que falaria com ele na hora de irmos para o baile, somente assim ele não iria negar seu pedido. O dia passou com extrema rapidez enquanto Alice me arrumava, mas por culpa de um pequeno acordo inicial, poderia me olhar no espelho somente quando estivesse pronta, mas a cada minuto me arrependia mentalmente por ter aceitado.

-Preparada?-Alice sorriu para mim.

-Para que?

-Chegou a hora de ver seu vestido.

Ela pulava e batia pequenas palminhas, não consegui conter uma risada, logo em seguida ela saiu de meu quarto. Estava ansiosa para ver meu vestido, mas no fundo sentia que estava com medo da escolha de mim mãe. Ela sempre teve um ótimo bom gosto, isso era algo que jamais discordaria, mas havia um pequeno problema: Nós sempre tivemos gostos diferentes, mas quando digo diferentes quero disser que eles são totalmente opostos. No mesmo momento Alice entrou pela porta portando em mãos o meu vestido de baile.