Nisi Amare escrita por LA_Black


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Notas-Lolitta: Boom aqui estamos novamente hahaha, mais um capitulo da fic, vi q muitas pessoas gostaram da fic, e eu queria agradecer muito a vocês e aos seus elogio



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— Não deseja mais nada, senhor?! — Uma aeromoça franzina e desapontada questionou.

Jacob olhou para a pequena janela do avião e tudo o que viu foi branco, quando voltasse para a reserva se certificaria de nunca mais sair de lá. Pelo menos não de avião. Quem diria que aquela pequena viagem seria tão inconveniente?

— Não obrigada — ele respondeu a contra gosto.

Ele olhou para a garrafa de meio litro de coca à sua frente. A mãe sempre dizia que o refrigerante era bom para o estômago em casos de náuseas. Lembrava que nos dias de domingo, quando a família se reunia durante as férias com Charlie Swan para um bom churrasco, ele acabava exagerando nos hambúrgueres o que sempre deixava-o enjoado e com o estômago pesado. Nessas horas dona Sarah Black lhe entregava um copo de coca e em poucos minutos tudo estava resolvido.

Agarrou a bebida e tomou metade do líquido de uma vez. Virou o rosto novamente para a janelinha, agora estava escurecendo. A noite chegava muito mais rápido por causa do outono.

Perdido em pensamentos ele ouviu Seth, na poltrona ao lado, roncar como um porco. Talvez fosse exagero, mas algumas pessoas estavam incomodadas pelo barulho. Embry estava ao lado do garoto, enquanto Collin e Brady sentavam-se nas poltronas posteriores as deles.

A aeromoça magrinha ainda olhava para Jacob como se esperasse algo dele. Bom, que esperasse sentada, porque a viagem ainda demoraria duas horas e ele não estava disposto a dar nada para a moça. Pelo contrário, continuaria em seu lugar apreciando a vista e curtindo sua fadiga de viagem antecipada e a estafa mental a qual estava submetido.

— E aí? — Embry o chamou, sem se preocupar no volume da voz, que estava alto demais para seus padrões e poderia acordar o amigo. — Como acha que vai ser nessa cidade?

— Não sei, cara — terminou de beber a outra metade da garrafa. — Talvez seja rápido e possamos voltar logo pra casa.

— Duvido que seja tão simples assim. Se eles não conseguiram lidar com o que os está atacando, provavelmente levaremos algum tempo até que possamos entender tudo e ajudá-los de modo efetivo.

— Pode ser, mas eu não quero demorar.

— Vamos lá, cara. É uma cidade nova! Você pode conhecer alguém legal, sair dessa fossa. Nem parece o Jake que eu conheci.

— Estamos indo para Lorem com o único objetivo de ajudá-los. Não é para eu — fez aspas com os dedos — "sair da fossa".

— Não me diga que acreditou naquela história que seu pai contou de que as mulheres de lá só podem namorar depois de uma investigação sobre o cara?! Qual é? Quem faz isso hoje em dia?

— A tribo Lorem, aparentemente, faz isso.

— Mas quem disse que nós queremos namorar? É só diversão. Qual é a razão de termos essa aparência se não podemos usufruir dela?

— Usufruir? — Jacob gargalhou, a diversão distribuindo-se por todo o rosto. — Desde quando usa palavras tão formais?

— Desde que eu comecei a trabalhar. Minha chefe me obriga a ler uns livros aí — Embry contorceu o rosto em repulsa. — Mulher estranha... — Sacudiu a cabeça como se tentasse tirar a tal mulher da mente. — Mas não mude de assunto, chefe! Assim que chegarmos, nós vamos conhecer algumas gatas. — A animação foi tamanha que seu punho bateu contra o ombro de Seth, que levantou-se assustado, limpando os cantos da boca com as costas da mão.

— Finalmente a Pocahontas resolveu acordar! — Brady que até então, mantinha-se longe da conversa, inseriu-se nela, trazendo o melhor amigo, Collin.

Seth deu um sorriso forçado, mostrando que não achava a menor graça no apelido que recebera após deixar o cabelo crescer. Ele ajeitou-se na poltrona e pegou a primeira coisa que viu, a garrafa de coca, para acertar na cabeça de Brady. Jacob, que assistia a tudo calado, impediu-o de agredir o amigo. Outra vantagem de viajar de avião com os garotos era essa... Eles nunca sabiam o momento certo de parar.

— Senhores passageiros, pousaremos em Bay City em aproximadamente quinze minutos, por favor, apertem os cintos e aproveitem o restante da viagem.

— Graças a Deus — Jacob sussurrou. Colocando o cinto bem apertado, segurou-se nos braços da poltrona e fechou os olhos.

— Não acredito que o grande alpha tem medo de aviões! — A voz zombadora de Collin sobressaiu-se às risadas dos companheiros. Jacob os ignorou esperando pelo pouso. Ele não tinha medo de aviões, pelo contrário, ele, provavelmente, conseguiria provocar um rombo na lataria do transporte com apenas um soco. O problema era o voo. Ele tinha medo é de voar. E daí que aviões eram o transporte mais seguro do mundo? Fale isso para as pessoas que morreram na queda deles ou com as explosões dos mesmos.

O saguão do aeroporto não estava tão lotado quanto imaginaram. Poucas pessoas caminhavam de lá pra cá, não se preocupando exatamente com quem permanecia ali.

Eles pegaram as malas relativamente grandes para os planos que tinham de ficar apenas o tempo necessário (ou o menor possível) e caminharam para o estacionamento. Segundo Billy, alguém estaria esperando por eles ao lado de um van prateado.

Bom, havia um homem, mas o veículo ao lado dele não poderia ser prateado. A cor já estava desbotada ao extremo e os pneus estavam tão carecas que ninguém entendia como ele tinha conseguido chegar vivo e sem ter o carro apreendido.

— Boa noite rapazes, sou Elias — ele falou balançando a cabeça e deixando os longos cabelos escuros caírem para frente. Os olhos de um tom claro de castanho lhes sorriu, atenuando as rugas. — Fico feliz que tenham concordado em nos ajudar.

— Meu pai disse que vocês nos ajudaram quando precisamos, então é mais do que nossa obrigação, auxiliá-los neste momento.

— E você deve ser Jacob William Black — o homem tão alto quanto Jacob disse. — Parece que Billy tinha razão.

— Em que senhor?! — Jacob questionou-o curioso.

— Você é um líder nato. — Ele deu as costas para os garotos e subiu na van. – Coloquem as malas aí atrás e entrem. Temos quase uma hora de viagem ainda.

A van, por dentro, não era tão velha quanto no exterior. O couro dos bancos ainda estava intacto. Ele estava limpo, aspirado e tinha um cheiro peculiar de eucalipto. Provavelmente aquele era o único transporte "coletivo" da cidade.

— Então digam-me seus nomes! — Elias quebrou o silêncio criado após caírem na estrada.

— O senhor já sabe quem é o Jake, eu sou Seth, esse com cara de paspalho é o Embry, do lado dele temos o Collin e o que está sentado lá atrás dormindo é o Brady.

— Todos já terminaram o colégio?

— Só Collin e Brady que não — Embry disse enquanto esticava as pernas, colocando-as sobre o banco da frente.

— Estão de férias?

— Graças a Deus! — Seth ergueu os braços para o alto. — E eu finalmente terminei o Segundo Grau.

— Quando o senhor nos colocará a par dos ataques? — Jacob mudou o assunto leve para um que realmente importava e era o motivo de todos estarem ali.

— Amanhã.

Os faróis iluminaram uma placa de "Bem Vindo à Lorem" e em poucos minutos eles estacionaram em frente a uma casinha de madeira.

— Vocês vão ficar aqui. Tem dois quartos, cada um com uma cama treliche, um banheiro, cozinha, sala e área de serviço. Bom, não temos lavanderia por aqui, então vocês terão que lavar suas roupas. — Elias terminou num tom divertido.

Saíram do carro tiraram as malas do bagageiro e seguiram o homem que entrava na casa. Era tudo muito aconchegante, apesar do tamanho minúsculo em relação aos cinco homens enormes que morariam ali. Uma televisão de tubo estava sobre a estante de madeira escura e em frente a ela, dois sofás de três e dois lugares preenchiam o ambiente.

— A cozinha está abastecida... — o homem parou como se estivesse pensando no que faltava esclarecer para poder ir embora. — Amanhã, às oito horas teremos reunião do conselho. Saberão tudo o que é necessário lá. Só isso — sorriu. – Alguma dúvida?

— Não — Jacob respondeu pelos outros. — Muito obrigado e tenha uma boa noite. O senhor parece estar bem cansado.

— E estou, Jacob. Esta situação está deixando todos nós esgotados — a expressão exaurida do homem apareceu ainda mais, após a afirmação. — Bom, vamos dormir. Amanhã nos preocuparemos, mas hoje, hoje vocês descansam. Aproveitem esse pouco de calmaria, porque amanhã ela vai desaparecer.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e nos somos movidas a reviews então... ja sabem ne hahaha