POV Isabela.

Flash Back On:

Eu e Gabi estávamos chegando da escola. Era uma tortura ter que voltar pra casa. Entramos em casa.

– Por que vocês demoraram?- Meu pai perguntou.

– A Professora aumentou a aula por causa da semana passada que não tivemos aula.- Olhei pra Gabi ela estava calada e com roupa de inverno mesmo sendo verão por causa dos roxos. Eu usava um short jeans e uma blusa.

– Isso não é desculpa para tanta demora.- Ele olhou para Gabi.- Você deve ter ficado se agarrando com alguns moleque por ai não é?

– Claro que não.- Ela disse baixando a cabeça.

– E estava levando ela junto não é?- Ele já gritava.

– Não. Eu não estava com ninguém. Eu juro.- Ela disse.

Eu estava desesperada mais o que eu iria fazer? Ai meu Deus... Eu não sabia o que fazer.

– Minha Belinha, já disse que não quero ninguém tocando em você.- Ele passou a mão no meu rosto.

Que nojo aquele toque. - Ninguém me tocou. Eu não deixo me tocarem.

– Então onde você estava meu amor? Estava com saudade.- Ele disse.

– Estava com a professora. Ela pediu pra eu explicar a matéria pros meus colegas. Como eu aprendi mais rápido.- Disse.

– Eu cheguei do trabalho e não vi vocês, fiquei preocupado. Vocês não sabem o que podem fazer a vocês na rua. É mais seguro em casa.- Ele disse.

A vontade que eu tinha era de rir. Seguro em casa? Aonde?

– Nós estamos bem. Não se preocupe. Estamos inteiras.- Disse.

– É o que vou verificar.- Ele pegou Gabi pelo braço a levando pra dentro.

Meu Deus... Fui atrás deles e fiquei olhando o que ele iria fazer.

– Tira a roupa. Quero ver se está como deixei.- Ele ordenou.

Mesmo tentando lutar ela acabou tirando a roupa. Doeu ver ela assim. Ela estava com muitos roxos pelo corpo.

– Bem como eu deixei.- Ele sorriu.- Te peguei de jeito não foi?

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Estava sentada no quarto com Gabi. Estávamos fazendo o dever de casa. E meu pai entrou.

– Já acabaram? Vou trazer uns amigos e quero tudo arrumado, principalmente você Gabriela.- Ele disse.

– Já vou.- Ela saiu pra arrumar a casa.

– E você meu amor? Quero muito linda para mim.

– O que eu vou ter que vestir?- Perguntei, pois ele me dava às roupas que queria que vestisse. Me dava roupas sempre curtas, decotadas, coladas ao corpo. Sempre roupas muito sexys.

– Aquele vestido vermelho que voce fica gostosa. E não igual a sua irmã que lembra aquela nojenta , piranha, traidora da sua mãe. Hoje a nossa noite será longa.- Ele disse.

Eu odiava quando ele falava assim da minha mãe, mas não sabia a historia deles. Ele nunca contou. Fui até o armário e peguei o vestido que ele disse.- Esse?

– Sim, quero mostrar como a minha Belinha é bonita.- Ele falou.

Fui até o espelho. Estava usando um short jeans curto. Ele vivia dizendo que meu corpo era esplendido. Penteava meus cabelos. Ele me olhava como quem me comia com os olhos.

– Você sabe que eu amo você, minha Belinha.- Ele falou.

Eu iria enlouquecer. Aquele homem era muito cínico. Como ele podia dizer isso? Pra não dizer o que não devia, apenas sorri pra ele. Não sei até quando vou me controlar. Depois daquele dia do jogo ele nunca mais me bateu. E agora quase todas as marcas estavam sumindo.

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Sempre tivemos coisas de uma vida boa. Morávamos em um condomínio que a piscina era comunitária. Estava de biquíni deitada tomando sol, quando um menino da minha idade veio e começou a passar a mão em minha perna. E meu pai vinha chegando.

– O que você pensa que está fazendo?- Meu pai perguntou irritado.

– Estou tomando sol.- Falei.

– Quem é esse gata?- Ele passava a mão em minha perna.

– Seu moleque atrevido.- Ele pegou o garoto pelo braço.- Fique longe dela.

Ele se soltou.- Quem você pensa que é?

– O pai dela. Venha, vamos pra casa.- Ele disse.

Levantei-me e fui com ele. Em casa ele me jogou no sofá

– É pra isso que voce sai?- Ele perguntou.

– Claro que não. Eu fui pegar sol. Se ficar só dentro de casa, vou ficar branca demais.- Disse.

– Pra piscina você não vai mais, a não ser que seja comigo.

– Tudo bem. Eu vou me vestir então.- Disse.

– Não vai não, você esta muito linda pra desperdiçar.- Ele falou.

Ele me olhava com um olhar insano. Estava sentada no sofá e torcia em vão para que ele não quisesse "aquilo".

– Esse biquíni esta sobrando, tire-o.- Ele disse.

Olhei pra ele. Como isso podia acontecer comigo? Mas ou era isso ou seria ainda pior. E eu já tinha em mente como sair dali. Então respirei fundo e tirei o biquíni.

– Bem melhor assim.- Ele se deitou no sofá comigo e passava suas mãos em mim. Isso me dava muito nojo.

– Você acha que aquele garoto ia dar conta de você?- Ele questionou.

– E como você sabe que ele queria isso? Talvez ele só quisesse conversar...- Falei.

– Eu sei o que eles querem com você, mas ninguém vai ter você além de mim.

Esse homem me dava muito nojo. Muito nojo mesmo. Ele ainda estava vestido, mas já dava pra ver em seus olhos e corpo seu estado de excitação. O que me dava mais nojo ainda.

– Você me deixa louco, sabia?- Ele tentava me beijar e beijou meu pescoço. Passava suas mãos em meus seios e sorria. Um sorriso nojento.

– Você é muito melhor que a sua irmã, ela já não tem graça mais.- Ele comentou.

– Não fala assim dela... Ela é linda.- Disse.

– Ela é idêntica a sua mãe e só me lembra dela me deixa nervoso. Você é mais bonita que ambas, por isso prefiro você.- Ele disse.

– O que a minha mãe fez? Até hoje você não nos contou a causa da morte dela...- Disse.

– Ela era uma piranha que mesmo eu dando essa vida pra ela, preferiu sair dando por ai.- Ele falou.

– Você está dizendo que ela te traia?- Perguntei.

– Com todo mundo do condomínio.- Ele falou.

Isso me abalou. Meu amor por ela não diminuiu, mas minha admiração sim. - Como ela pode fazer isso? Eu pensei que ela fosse... Não consegui terminar o meu pensamento.

– Santa ela nunca foi.- Ele disse com desgosto e deixando o seu peso recair mais sobre mim.

– E por que você faz isso comigo e com a Gabi? Você era diferente antes...- Falei.

– Não vou deixar vocês me fazerem de idiota como ela. Vocês são minhas e fazem o que eu quero.- Ele disse.

– Mas você podia sair com mulheres da sua idade. As mulheres aqui do condomínio babam em você e nem dá bola pra elas...- Disse.

– Eu não quero outra mulher que pode fazer o mesmo, vocês eu criei e eu controlo.- Ele falou.

– Mas não tem como duas filhas traírem um pai. Mas essa não é a relação que devíamos ter. - Falei me olhando nua em baixo dele enquanto ele continuava vestido.

– Mas é como eu quero e chega de conversa.- Ele tirou a camisa.

Eu mesmo odiando ele, eu o amava como pai. Como PAI. Eu odiava isso que ele fazia comigo. Eu quero acreditar que ele vai mudar. Como eu disse ele é bonito. Tem um corpo bonito, todas as mulheres do condomínio babam nele. Mas eu quero uma relação de pai e filha e não essa.

– Belinha, eu quero você agora. Me beija.- Ele ordenou.

A repulsa estava me consumindo. Tudo o que minha mãe fez, deve ter descontrolado ele. Cheguei mais perto e dei um beijo de leve nele. Ai, que nojo.

– Não quero assim, me beije de verdade.- Ele ordenou novamente.

Acalmei-me por dentro, tinha que ser forte. Cheguei mais perto e o beijei de verdade agora. Era muito nojento.

– Venha, vamos para o quarto.- Ele dise.

Fui para o quarto com ele. Uma lágrima caiu no caminho.

– Não chore meu amor, vou dar carinho pra você não chorar mais.- Ele disse me deitando na cama.

As lágrimas caiam. Mas tinha que me acalmar. Eu não queria aquela vida. Não queria ficar assim com ele, queria carinho, mas carinho de verdade e estar segura, não tendo que fazer isso obrigada. Sequei as lágrimas e tentei me acalmar por dentro.