New Life On The New Orleans escrita por Jéssica Lima, PriMSalvatore


Capítulo 27
Capitulo 27- Belinha.


Notas iniciais do capítulo

Olá mais um capitulo para vocês ,o primeiro do ano,esperamos que gostem...



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POV Misto. ( Alex e Isabela.)

– Isa! O que foi? Meu Deus, você está tremendo, calma.- Vi que ela estava com medo e a abracei.

– Me tira daqui. Eu não quero mais. Eu não quero mais ver ele. Me tira daqui, por favor.- Disse chorando. Meu corpo tremia com a lembrança daquela casa.

– De quem você está falando? Você está na minha casa lembra? Você está comigo.- Disse.

– Alex, o que foi? Nós escutamos gritos.- Meu pai entrou.

– Eu não sei, ela acordou assim.- Tentava acalmar ela.

Me olhei. Eu não estava machucada. Tentei respirar.- Meu pai... Ele...- Chorava.- Eu não quero mais pensar nisso, eu não quero.- Me abracei mais em Alex.

Eu olhava pro meu pai sem saber o que fazer.

– Alex, use seu poder para acalma-la primeiro. Ele pode fazer Isabela?- Klaus perguntou.

Me concentrei e a acalmei. Tirando o que fosse da mente dela temporariamente.

Respirei aliviada.

– Isso, agora, você estava tendo um pesadelo com o seu passado não é?- Klaus perguntou.

– Sim, meu pai e seus amigos. Ele... Ele dizia que meu lugar era na cama dele. Esse pesadelo foi uma lembrança do que aconteceu...- Sequei meu rosto.

Vi a mesma raiva que eu estava passar nos olhos dele.- Amor, isso nunca mais vai acontecer, eu prometo.

– Isso mesmo, Isabela. Se você quiser a gente pode acabar isso, eu posso.- Klaus falou.

– Matar ele? Eu não sei se conseguiria. Mesmo odiando ele... Ele maltratava tanto a Gabi. Mandava ela ficar com 6 em um dia. Ele não deixava quase ninguém me tocar, ele dizia que eu era dele. Que era muito linda pra outros me tocarem. - Senti nojo só de lembrar.

– Mas você e ela ficariam livres do medo de encontrar com ele ou coisa parecida.- Eu podia sentir o medo, os machucados na alma dela. Estava evitando entrar na cabeça dela e ver o que tinha lá, porque não sei se me controlaria vendo ela sendo machucada assim.

– Faz um ano que estamos livres dele. Essa lembrança que tive foi de uma semana antes de conseguir fugir...- Meu celular tocou, era um SMS, dele. " Minha Belinha, já estou perto de você e não vejo a hora de matar a saudade que estou de você na nossa cama. Beijos." Era melhor o Alex não ver aquilo. Klaus pegou o telefone sem poder argumentar.

– Me deixa ver.- Disse.

– Não, você já esta no limite da raiva, mais um pouco e você perde o controle. Não precisamos disso. Vamos fazer assim, Alex cuide dos sonhos dela hoje, assim como você sabe fazer e descanse querida ,amanhã conversamos sobre o que fazer certo?- Klaus disse.

– Vou tentar. Ele me persegue com esse “Belinha". Me dá ânsia isso.- Falei.

– Obrigado pela ajuda pai.- Disse.

– Para de tanto agradecer, filho. Isabela, não importa onde ele esteja dentro dessa casa você está segura. Boa noite pra vocês e qualquer coisa chamem.- Ele disse e saiu.

Sorri fraco e me deitei olhando pro teto.

– Vem cá.- A puxei para os meus braços de modo que ela deitasse em meu peito, e fazia carinho no cabelo dela.- Com o que você quer sonhar?

– Com você.- Sorri.

– Excelente escolha, então você vai me ver a noite inteira. O que? Em uma praia, pode ser?- Questionei.

– Gostei.- Disse.

– Sabia que sim, agora fecha os olhos e só me escuta. Eu e você estamos em uma praia maravilhosa, onde o mar é cristalino e eu você estamos deitados do mesmo jeito que aqui.- Murmurei para ela.

Acenei com a cabeça e sorri tranquila já e quase dormindo.

– A brisa está suave, trazendo o cheiro do mar. O sol está se pondo num belo tom avermelhado a nossa frente.- Disse.

Sorri e me ajeitei em seu peito, é quase possível sentir a maresia.

– Agora durma, eu vou cuidar dos seus sonhos. Estarei com você.- Ela dormiu e em seguida eu também.

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Acordei com meus pensamentos calmos no outro dia. Tomei um banho e me vesti. Um short jeans e um blusa. Estava frio então coloquei um casaco. Estava bem ali com eles, mas me sentia estranha, pois ninguém me tratava bem assim. Mesmo não querendo pensar nisso às vezes parece que eles vão me cobrar de alguma maneira. Mas não quero pensar nisso. Fomos tomar o café da manha e já estávamos na sala de estar sentados.

– Bom dia Isabela, conseguiu descansar?- Klaus perguntou.

– Bom dia. Consegui sim, Obrigada e desculpe o meu surto ontem. Não queria acordar vocês.- Disse.

– Não tem problema algum, ninguém pode controlar os seus próprios pesadelos.- Ele disse.

– Quem me dera conseguir.- Disse.

Emma se sentou na sala conosco.

Isso vai passar. Nós estamos com você agora.- Ela sorri.

– Você não deveria ligar para sua irmã? Ver se ela está bem?- Cheguei na sala e me sentei ao lado dela.

– Essa hora ela está trabalhando. Vou ligar a noite.- Falei.

– Tudo bem.- Disse.

Klaus se postou a minha frente sentando.– Isabela, se não for pedir muito, gostaríamos de saber mais da sua história, sobre sua mãe por exemplo. E como tudo chegou nesse estado.

– Bom, minha mãe, ela morreu quando eu tinha 13 anos, De AIDS. Então você pode supor como era a vida dela. Ela passou muitos anos assim até nos ter e a AIDS já estava nela. Por sorte não nascemos com isso. Meu pai começou com isso quando eu tinha 13 e a Gabi 14. Ele nunca tocou nela desse jeito. Só comigo. E foram poucas as vezes que ele deixou outros me tocarem. Ele batia na Gabi e a entregava pros outros. Até hoje ela não deixa ninguém tocar nela, nem abraço, nem beijo, nada. Tivemos uma infância difícil. Era mais difícil ainda ouvir o que ele dizia pra mim. Minha Belinha, meu amor, era tudo muito possessivo...- Falei.

Ouvir aquilo da garota que eu gostava era difícil demais. Não conseguia imaginar ela vivendo assim por mais de três anos. Com aquele verme que se chamava de pai dela, e tudo que ele fazia com Gabriela, fazia isso ser uma realidade totalmente infernal. Passei o braço ao redor dela tentando dar o mínimo de apoio que podia.

– Ninguém nunca ajudou a vocês? Escola, ou serviço social?- Klaus perguntou.

– Meu pai era visto como o bom homem da sociedade... Escola nem suspeita, serviço social na época das visitas as casas ele ficava uma semana sem bater na Gabi. Pra ela poder ficar intacta pra "inspeção". Ele sabia o que fazia. Como fazia. Ele me bateu duas vezes só. E acredite se quiser ele tinha coragem de pedir desculpas e beijava cada parte que estava machucada. -Me arrepiei de nojo.

Que horror, como vocês sobreviveriam a esse inferno todo?- Emma perguntou.

– Eu não sei. Mas eu estou viva né? Não vou dizer que nunca pensei em me matar, eu pensei, várias vezes. Mas eu tinha esperanças que um dia iria sair dali. Mas nos primeiro meses depois que sai dali, eu...- Baixei a cabeça.- Eu não me orgulho do que tive que fazer pra sobreviver.

Apertei ela.- Ninguém julgaria qualquer atitude sua para viver nesse lugar.

– Eu vou contar melhor pra vocês...- Comecei.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Essa história da vida da Isa é bem triste,mas com Alex e familia ao seu lado vai melhorar..não deixem de comentar...bjs



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