The Extermination escrita por Velvet Blue


Capítulo 40
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Notas iniciais do capítulo

Hey, voltei! Agradecimentos à Nightshade45. *-* Espero que gostem.



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Lutando com minhas pálpebras, tentei abrir os olhos. A dor no topo da minha cabeça parecia reagir negativamente, e tudo o que eu queria naquele momento era, sem dúvida, morrer. Entretanto, minhas mãos continuavam ativas, cavando o chão com o objetivo de me fazer levantar. Ouvi um barulho metálico, e soube de onde vinha. Alexa estava preparando sua lança para mergulhá-la em mim.

–Mi..mi..

Olhei para o lado ao ouvir Kris sussurrar. Perdendo sangue, ela continuava lutando para pronunciar meu nome. Porém, percebeu que não conseguiria. Então, em um movimento rápido, chutou uma de minhas picaretas para perto de mim. A mesma escorregou pelo chão, e a peguei. No mesmo momento, Alexa veio correndo em minha direção, a lança a centímetros do meu peito. Golpeei-a com a picareta, e o objeto voou para a parede. Ouvi um estilhaço, e imaginei que as lâminas agora estivessem tortas. Sem se abalar, Alexa grunhiu algo ininteligível e pude ver o tentáculo viscoso saindo de sua boca. Era minha única chance. Em um pulo, parei de pé à sua frente e cravei a picareta no que parecia ser sua língua. Um pouco de sangue espirrou, manchando as paredes incrivelmente brancas. Alexa fechou os olhos e caiu para trás. Senti meu estômago se revirar, mas resisti ao impulso de vomitar. Olhei para trás lentamente ao ouvir uma voz estridente gritar um "não!".

–Vadia.-Liam murmurou, olhando diretamente para o cadáver de Corine. Arregalou os olhos ao perceber que eu ouvi. Talvez, a reação se devesse ao fato de eu estar viva.-Mich? Tudo bem?

–Mais ou menos.-respondi, com uma voz fraca.

Liam chegou mais perto e passou a mão por meu rosto, onde pôde sentir dois cortes que sujavam meu rosto.

–Kris...

Corremos na direção de Kris, que agora ofegava como se tivesse corrido vários quilômetros em tomar uma gota d'água. Ela piscava, tentando manter os olhos abertos.

–M...mi... L...

–Shhh.-interrompi.-Vai ficar tudo bem.

Kris deu um sorriso fraco.

–N..não.-ela se esforçou ao falar.-We...Wesker.

Liam me olhou e suspirou. Nós dois sabíamos que o horror não havia nem começado.

–Feche os olhos. Vou estancar isso.-murmurou Liam, olhando para o corte atrás da cabeça dela.

Ela obedeceu, e parecia que estava dormindo, agora. Sua respiração estava mais lenta. Talvez, estivesse verdadeiramente dormindo. Ou caminhando para a morte, acrescentei. Sacudi a cabeça, espantando o pensamento.

–Ela perdeu muito sangue.-Liam sussurrou.- Não sei se estancar adiantará.

–Tem que adiantar.-disse, sentindo meus olhos molhados.

Liam puxou cuidadosamente o tecido do uniforme de Kris, bem onde ela havia rasgado em seu acidente com a faca. Uma tira da roupa foi arrancada, e Liam a pressionou na nuca dela.

–Tem que adiantar.-repeti, agora chorando.

Por menor que fosse o tempo que eu havia passado com Kris, a despedida não estava sendo fácil. Talvez porque eu lembrara quando conheci ela e sua irmã. Lembrar de como duas pessoas eram alegres e otimistas - ou pessimistas, no caso de Kris. Mas ela via tudo de um modo diferente. Eu a via como uma amiga de escola a qual confiava minha vida amorosa. Mas não era bem assim.

Liam se levantou, e me ajudou a levantar.

–O que faremos agora?-indagou, encarando o chão.

–Vamos tirar elas daqui, depois vamos fugir.

–E essas pessoas?-ele gesticulou para as cabines.

–Nós não temos nada a ver com elas.-disse, rispidamente, enquanto limpava meu rosto das lágrimas e das gotas de sangue.

Liam me olhava confuso enquanto em puxava a porta de uma das cabines. Minha mãe caiu para a frente, e segurei-a enquanto pude. Coloquei-a delicadamente no chão, onde a mesma abriu os olhos.

–Mãe?

Ela me olhou confusa.

–Michaella?-sua voz saiu fraca.

Ela fitou o chão, e parecia perdida em pensamentos.

–Minha cabeça está queimando.

–Eu esperava por isso.-suspirei, fuzilando Liam com os olhos. Ainda estava ali, parado, olhando para nós.-Pode me ajudar?

Ele assentiu de leve e pegou a mão de minha mãe, ajudando-a a levantar.

Olhei pelo local, procurando por Emily e Blair. Quando achei a primeira, corri para tirá-la dali.

Não foi diferente com Emily. Estava confusa e com dor de cabeça. Porém, se recuperou um tanto rápido, e levantou sozinha.

–Onde está a Blair?-perguntou minha mãe, ainda precisando do apoio de Liam.

–É isso que quero saber.

Passamos por várias cabines. Nenhum sinal dela. Por um instante, meu coração acelerou, e parecia que a cada passo que eu dava, mais meu cérebro se convencia de que Blair não estava... viva. Agora, eu me sentia pesada, como me senti ao cair no chão. Senti que ouviria Melanie, pois, toda vez que eu chegava perto do abismo, sua voz voltava para me reconfortar.

Não desista.

Assenti para mim mesma, agradecendo por minhas três companhias não terem visto aquilo. Achariam que eu estava descompensada.

Chegamos à uma sala parecida com a que saímos, porém, ela era umas oito vezes menor. Na porta, um aviso em letras azuis.

Sala de testes. Experiências em andamento:

T-vírus

G-vírus

Las Plagas

Anti-vírus

Área de fácil contaminação, perigo de vida. Entrada restrita.

Depois de ler todo o conteúdo, voltei meus olhos um pouco para cima. Anti-vírus?

–Anti-vírus?-Liam deu voz aos meus pensamentos.

–Isso existe?-perguntei, esperançosa.

–Ao que parece... precisamos entrar para descobrir.

Adentrei a sala, ignorando o aviso. Área de fácil contaminação, perigo de vida. Entrada restrita ; repeti mentalmente.

A sala era pequena demais para que alguém de fora dissesse que era da enorme Umbrella Corporation. Tudo o que havia nela era uma longa mesa de metal.Sobre ela, alguns frascos espalhados. Alguns pelo chão, levemente molhado. Era realmente uma sala perigosa, pois o cheiro era fortemente químico.

–Qual desses seria o anti-vírus?-Emily se pronunciou, pegando um frasco com líquido laranja e outro com líquido azul.

–Nenhum desses. A propósito, está segurando o T-Vírus.

Emily arregalou os olhos, largando o frasco laranja na mesa.

–O azul!-exclamei, revirando os olhos.

Ela repetiu o movimento com o segundo frasco.

–Como sabe?

–Está bem aqui.

Apontei para a parede, e imediatamente os três se aproximaram. Minha mãe parecia não entender a tabela.

–Azul para o vírus, verde para o anti-vírus. -expliquei, com um sorriso presunçoso.

Os olhos de Emily brilharam.

–Meu Deus! É a cura!



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Notas finais do capítulo

Modéstia a parte, eu adorei esse final. Esse final de penúltimo capítulo, claro. Beijos, até o grande final!



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