The Extermination escrita por Velvet Blue


Capítulo 11
A Pior Coisa Que Fiz


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha,oi Sateily (meu primeiro fã) *--*



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Encarei Elena por alguns segundos.Encontrei o que precisava.Seu braço estava sangrando.Chutei levemente seu ombro e vi que faltava um enorme pedaço de sua pele,apenas deixando a carne exposta.O sangue se espalhava pelo chão,mas a ferida aparentava estar totalmente seca.Eu tinha que sair rápido daquele lugar.Então abri minha mochila e coloquei tudo dentro.Tirei minha katana do coldre e me afastei.Senti que ela se mexeu.Não,devia ser apenas minha imaginação.De repente,seus braços se esticaram e suas mãos tocaram o chão.Seu cabelo caiu para o lado,deixando sua face descoberta.Pulei para trás.Faltava um pedaço de sua bochecha também.Não sei como ela não havia sido totalmente devorada.Alguém devia tê-la salvado,mas no momento não me importava quem.Assim que Elena se levantou,corri com a katana em sua direção.Passei a lâmina em sua barriga.O sangue rapidamente escorreu da região e ela urrou.Logo em seguida caiu de joelhos e desabou.Olhei por alguns segundos para seu corpo.Totalmente imóvel.Mais tranquila,saí da farmácia sem fechar a porta.Foi a pior coisa que fiz.

–Uh...-Elena agarrou meu ombro.

–Me solte!

Tentei agarrar a katana,porém em vão.Ela estava caída longe do meu alcance.Então peguei o rifle.Na única oportunidade,atirei em sua cabeça.Desta vez ela caiu...para não levantar-se mais.Olhei para trás.Eu deveria ter pensado no que o som do tiro provocaria.

Um bando de mais ou menos vinte errantes corria atrás de mim desesperado.Com minha katana novamente em mãos,cortei um que se aproximou.Mas eu não conseguiria dar conta de todos sozinha.Subi as escadas do shopping correndo.Meus pés começaram a se cansar.Entrei em um corredor.Foi quando vi que a única opção era esperar o pior.Droga,Liam tinha razão.Ele sempre tem razão.Eu iria morrer. De repente,uma mão quente agarrou a minha.Eu não vi quem era.Não tive tempo para isso.Segui a pessoa por uma porta vermelha que eu tentei abrir antes,porém ela se encontrava trancada.A pessoa que me puxou deveria ter alguma arma que eu não percebi.Entramos em um corredor escuro.Olhei para trás e a porta vermelha estava sendo socada por várias mãos mortas.A luz do corredor se acendeu e a pessoa parou de correr.Eu cai em cima dela,com sua parada repentina.Levantei o olhar para o garoto.Como eu não tinha percebido antes?

–Eu te avisei.Só digo isso.-Liam se levantou e me deu a mão.

–Tudo bem.Mas você não sabe o que eu vi.

–O que?

–Elena.Elena zumbi.Acabei de matar.

–Elena?Mas ela estava indo para a Austrália!-ele soltou isso como se soubesse que eu sabia.

Fomos andando pelo longo corredor cinza até uma porta no final do mesmo.

–Sim.Foi o que ela disse.Deve ter desistido.

Arregalei os olhos quando percebi que,mesmo depois de muito tempo andando pelo shopping,minha mão direita ainda estava entrelaçada com a dele.Foi uma reação estranha.Ele não a largou até chegarmos na loja onde Blair estava.

–Trouxe o que você precisa.-abri a porta do quartinho e coloquei a mochila ao seu lado.

–Obrigada.O que aconteceu lá fora?

Eu e Liam nos entreolhamos.

–Nada.-dissémos ao mesmo tempo.

Blair nos olhou como se não acreditasse.Mesmo assim,abriu a mochila e usou o necessário.Liam fez alguns curativos nela.Assim ficamos uma hora inteira dentro do quarto.Eu não dizia nada.Apenas enrolava os dedos nos meus fios avermelhados,me lembrando do que acontecera.Elena era bonita demais para virar uma errante.Mesmo com minha repugnância sobre a própria Elena humana.Depois que Liam terminou todos os curativos em Blair,ela pediu que saíssemos para que ela trocasse as roupas levemente manchadas de sangue.Assim fizemos.Logo todos estávamos fora da loja,pensando em um lugar para ir.Bem,nada de interessante aconteceu.A horda pareceu seguir para o lado contrário ao nosso.E,enfim,estávamos fora do shopping.O vento estava mais forte,abotoei os botões de meu casaco.

–Preciso falar algo para vocês.-Liam abriu a porta do motorista e entrou.

–O que?-Blair enrijeceu ao sentar no banco gelado do carro.

–Antes de Elena ir embora,ela falou algo sobre base de sobreviventes.

–O que é isso?-para todos os efeitos,eu não havia escutado a conversa.

–Aí está o problema.Eu não sei.Parece ser um lugar especialmente construído para os que sobraram,localizada na Austrália.

Liam deu a partida.Até o momento estávamos conversando com o carro parado.

–Impossível!-cruzei os braços.-Como eles fariam uma base tão depressa?

–E quem disse que eles fizeram a base depressa?A Umbrella deve ter construído a base há anos.Eles deviam saber que um acidente aconteceria.

–Eles pareciam profissionais.-disse Blair.

–Pareciam,mas não eram.-Liam começou a imitar o presidente da corporação.-"Nossa empresa é um avanço mundial".

Apenas sacudi a cabeça.Olhei para a frente e estávamos na famosa Tech Tribute.

–Pare o carro.

Liam fez o que pedi.Ele me encarou,tentando entender o motivo da minha parada repentina.

–Liam,posso falar com você?

–Fale.

–Não aqui.

Abrimos as portas e ficamos parados em frente ao carro.

–Eu acabei de ter uma ideia.Você não vai gostar.Mas pensei que pudesse pelo menos negociar.-Falei olhando um pouco acima.Liam era mais alto.

–Se é a mesma ideia que tive agora pouco...eu não vou gostar mesmo.

–Então não foi uma ideia,certo?Você achou que era o caminho da morte.

–Exatamente.

Ficamos alguns segundos parados,nos encarando.

–Você acha mesmo que é uma boa ideia?Fala sério!-Liam bateu a mão no motor do carro,causando uma tremedeira em Blair,que nos observava.Suspirei.

–Lá nós encontraremos a resposta.Precisa confiar em mim.

–Não se pode confiar em ninguém em um apocalipse.

–Eu confio em você.

Liam me olhou.Ele parecia estar decifrando meus pensamentos.Depois de um longo minuto pensando enquanto me observava,ele se pronunciou.

–Blair terá que concordar.-ele sussurrou.

–Ela vai.E se não concordar,deixaremos ela em um lugar seguro e voltaremos depois.

–Não posso fazer isso com ela.Estou responsável por ela,agora.Eu prometi que nunca ia deixá-la.

Coloquei a mão em seu ombro.

–Eu vou pensar sobre isso.Posso dirigir?Eu penso melhor quando dirijo.-sorri.

–À vontade.

Entrei no carro e vi Liam indo até o porta-malas.Alguns minutos depois ele entrou com uma garrafa de refrigerante e barras de cereal.O caminho foi bastante longo.Até chegarmos na casa onde estávamos de manhã.Já era de noite quando isso aconteceu.


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Notas finais do capítulo

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