As Surpresas Do Amor escrita por Butterfly


Capítulo 23
Moments in time


Notas iniciais do capítulo

capítulo fofo *-*
espero que gostem :} chega por hoje kkkkkk
um mês de fanfic genteeeeeeeeeeeee *-*

suas lindas! Gatas! Gosto muito de vocês viu s2



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Laura

— Você é um idiota, Danyel. — Saí pisando forte da casa de Gustavo. Estávamos num churrasco com alguns amigos da escola e a Cecília estava lá. Porém, Cadu estava lá também e Danyel fez uma ceninha de ciúmes ridícula porque achava que Cadu estava olhando demais para mim.

— Quer dizer que é normal você ter ciúmes de mim e quando eu tenho sou um idiota?! — Ele me puxou fazendo-me olhar para ele.

— Cala a boca. — falei, com raiva. Ele me fez pagar um mico enorme, parece criança!

— Por favor, a gente não vai brigar por causa de uma besteira.

— Acorda, Danyel! Já estamos brigando. Quer saber, esquece. — Saí correndo em direção á casa dos meus pais biológicos. Já fazia uma semana que eu não ia lá, e eles ligavam para mim todos os dias para saber como foi o meu dia. Apertei a campainha duas vezes e Demi atendeu. Era 22h30min.  — Oi. Eu posso entrar? Não quero ficar sozinha em casa. — falei e ela abriu espaço para eu entrar. Ela me abraçou de lado, vendo que eu estava chateada.

— O que houve, querida? — Passei meu braço por sua cintura. Ela nos guiou até um quarto que eu presumia ser seu e de Dom. Nos sentamos na cama e eu contei o que houve. — Insegurança, ciúmes... É, vocês são iguais a mim e á Dom quando namoramos.

— Ele é um idiota, não quero falar com ele. — Uma lágrima teimosa desceu de meu rosto e eu tratei de limpá-la rapidamente. Ela me abraçou e eu retribuí o abraço, mas logo me afastei.

— Amor... — Ouvi a voz de Dom, que parou quando me viu. — Desculpem. O Danyel está lá embaixo. — Chorei, abraçando minha mãe biológica mais uma vez, não percebendo que Dom havia saído. Droga. É horrível brigar com namorado por causa de ciúmes. Eu e Demi ficamos deitadas em sua cama com a minha cabeça deitada em seu ombro e afagando meus cabelos. Meu braço abraçava sua cintura.

— Está melhor? — Fiz não com a cabeça e funguei meu nariz. Dom apareceu e se sentou ao meu lado, também mexendo em meus cabelos.

— Precisa de alguma coisa? — Dom perguntou pra mim e eu não respondi. — Tem sorvete lá em embaixo. Você quer? — Escondi o rosto mais ainda no pescoço de Demi. Eu não queria comer nem nada. Só queria dormir. E foi isso que acabei fazendo 5 segundos depois.

***

— Olha como ela é linda. — Ouvi a voz de Dom, ele estava sussurrando. E eu fingia que dormia para escutar o que conversavam.

— É, quase não conseguimos dormir de tanto observá-la. Ela é como um anjo. Não quero que ela acorde.

— Por quê? — perguntou Dom.

— Porque ela vai querer ir embora e eu não quero que ela vá. — A senti beijando minha bochecha e Dom fazendo o mesmo. Fingi que me mexia, me virei e abracei a cintura de Dom, puxando a mão de Demi junto. Eles riram baixo e Demi apoiou seu queixo em meu ombro. Os corpos deles me aqueciam e eu me senti realizada e em paz.

— Ela é como uma criança quando dorme. — Eles eram amáveis demais para ser verdade. Como duas pessoas podem gostar tanto de mim assim?

— Acho que devíamos trazer café da manhã na cama pra ela. — disse Demi, fazendo Dom concordar. Quando Dom começou a fazer carinho em minha bochecha eu abri meus olhos.

— Bom dia. — Ele sussurrou e eu esfreguei meus olhos. Demi trouxe uma bandeja grande com o café da manhã, colocou sobre a cômoda e parou na porta. Sentei-me e ajeitei meus cabelos.

— Laura, você tem visitas. — Quem seria? Quando menos penso, Danyel adentra no quarto, me fitando. Levantei-me, ficando em sua frente. — Bom, acho que devíamos deixa-los sozinhos.  — Demi e Dom se retiraram no quarto, fechando a porta.

— Fiquei preocupado. — disse ele. Não falei nada, apenas o olhava. — Vai ficar me olhando desse jeito?!

— Não fale assim comigo!

— Ok, desculpa. — ele retribuiu um olhar inocente.

— Desculpa pelo quê? Pelo seu chilique ontem ou por ter sido grosso comigo há pouco segundos?

— Eu não fui grosso com você!

— Está sendo grosso de novo. — Ele bufou baixinho e percebi que seus olhos estavam vermelhos. — Estava chorando?

— Não. Eu não consegui dormir.

— Sabe-se por quê? — Cruzei meus braços.

— Eu disse. Fiquei preocupado com você. Eu te amo poxa, — ele se aproximou, puxando-me lentamente pela cintura. — me perdoa, vai. — Minhas mãos seguraram seus ombros enquanto Danyel distribuía beijos em ombro e pescoço, me abraçando logo em seguida. Ele me deu um beijo de esquimó e em seguida colou nossos lábios, iniciando um beijo lento e cheio de perdão. Nossas línguas brincavam uma com a outra, a mão de Danyel foi para minha nuca, me puxando para mais perto e enquanto que a outra envolvia minha cintura. Admito, não consigo ficar brava com ele durante muito tempo.

— Gente, eu... — Ouvimos a voz de Demi e nos separamos pelo susto. Minhas bochechas se avermelharam. Não esperava que minha “mãe” nos visse assim. — Me desculpem. Fingem que não apareci. — Ela fechou a porta e meu rosto estava quente.

— Porque está corada?

— Ela é a minha mãe, por favor. É estranho ela me pegar beijando meu namorado. — Ele riu, beijando minha testa logo em seguida.

— Boba. Espera só quando eles tiverem “a conversa” com você.

— Está falando sobre sexo? — Ele assentiu rindo e eu soltei uma gargalhada.

— E eu vou dizer que somos virgens e que esperaremos até o nosso casamento. — Dan sorriu e beijou a ponta do meu nariz, me abraçando. — O que seus pais falaram pra você quando tiveram esse tipo de conversa com você pela primeira vez?

— Me deram um pacote de camisinhas e falaram sobre DST’s. — Eu ri com isso. Tomamos café da manhã na cama dos meus “pais”. — O que vai fazer em relação aos seus pais?

— Eu não sei. Eu gostei de passar a noite aqui e... Eles gostam de mim.

— Amor, eles te amam desde o dia em você nasceu. — Sorri fraco. — Por que não mora com eles? — Lancei um olhar de estranhamento. — Que foi? Laura, eles acharam que havia perdido você por 18 anos. Você é a única filha deles. Eles podem não falar, mas eles querem muito isso.

— Eu sei! — falei, aflita.

— Não, não sabe. — Revirei os olhos e bufei. — E não revire os olhos pra mim. — Disse num tom autoritário. Engraçadinho. — Laura, — ele me chamou, fazendo encarar seus hipnotizantes olhos. — dê uma chance á eles.

— Dan, não me pressione, por favor.

— Ajudar é diferente de pressionar. — Olhei bem para ele. — Eles fizeram um quarto para você. — Encarei curiosa. — Quer ver? — Assenti e fomos para o quarto ao do deles. O quarto era lindo. Cama de casal, paredes brancas e lilases, uma sacada. Uma cômoda com um Macbook branco e uma luminária, tapete roxo, pufes coloridos, guarda roupa com portas de correr. Na cama havia um urso panda de pelúcia de tamanho médio. Eu adorava ursos pandas. Do lado da cama, havia uma cômoda pequena e um abajur em cima e ao lado, um porta retrato com uma foto de um bebê, que eu deduzia que seria eu. E do lado do bebê, estavam Dom e Demi, segurando-o. Eles estavam sorrindo e suas roupas indicavam que ainda estavam no hospital. Peguei o porta retrato e toquei a foto. Graças ao meus pais “adotivos” eu cresci sem amor, sem alguém que me ensinasse a andar de bicicleta, sem alguém que desse atenção aos meus desenhos dos dias dos pais e das mães.

— É a única foto que temos de você. — Demi e Dom estavam atrás de mim e me observavam. — Laura, podemos ter dinheiro, carros, casas, amigos, trabalhos dignos, mas trocaríamos tudo isso só para ter você do nosso lado novamente.

— Momentos preciosos foram roubados de nós, Laura. — foi a vez de Demi falar. — Eu perdi a sua primeira palavra, seus primeiros passos, perdi você crescendo. — Lágrimas escorriam em sua bochecha. — Eu achei que perdi que você pra sempre, mas agora você está aqui. — Ela sorriu em meio ás suas lágrimas. — Eu sei que esses momentos não podem ser devolvidos nem vividos agora, mas queremos viver nosso presente e o nosso futuro com você. — Eu não tinha certeza do que faria, mas como ato involuntário, abracei os dois. Danyel encarava a cena sorrindo. Não sei por quanto tempo, ficamos abraçados, mas foi o suficiente para pensar no que eu faria. 


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