14. Fourteenth Step: Decisions

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Uma terrível semana já havia se passado e Bella já estava quase enlouquecendo com todos os cuidados e a monotonia que era entre aquelas quatro paredes brancas. Ela entendia que sua situação agora é de extremo risco e só um vento a mais que bater em seu corpo pode ser fatal, mas ela não queria ficar assim até que o dia da sua morte chegasse. Mas uma boa noticia chegou para ela na fraca e ensolarada manhã de sábado.

– O que é tão importante que você solicitava nossa presença aqui Dr. Jenks? – Renée perguntou aflita. Nem ela, Charlie ou Bella sabiam o que esperar da misteriosa noticia.

– Bem... – ele começou mexendo com suas mãos na plaqueta que estava em suas mãos, dirigindo-se a Bella. – Durante esses meses que se passaram principalmente essa ultima semana, eu percebi que tudo isso é como um tipo de tortura para você Bella. Uma tortura maior do que normalmente é para os outros pacientes. Então eu estive pensando em uma coisa que não sei se seria muito do seu agrado ou se caso fosse, se iria agradar aos seus pais.

– Que é...? – Bella conseguiu perguntar, sendo atingida por uma ansiedade repentina.

– Existem sedativos e condições climáticas propícias para você que ajudam para que você não piore ainda mais, mas todos nós sabemos que sua partida é iminente – ele disse engolindo em seco. Nunca haviam conversado tão abertamente com Bella sobre esse detalhe. – Então estive pensando que talvez seja melhor que nós deixemos você aproveitar aquilo que ainda pode, mesmo que quase com limitação completa. Sabemos que seu organismo está muito debilitado e que se deixarmos você livre, você pode piorar demasiadamente rápido, mas também sabemos que dentro desse quarto você ira partir infeliz.

– Você está querendo dizer... que eu... posso ir lá fora? – ela perguntou com dificuldade. Jenks assentiu. Então aflita, Bella dirigiu seu olhar para Renée e Charlie que a olhavam indecisos.

– Filha... – Charlie começou, mas parou ao fitar os olhos chocolates da sua única filha.

– Charlie, nós não podemos deixá-la... morrer... assim; infeliz... – Renée sussurrou para o marido, deixando sua voz perder-se ao final da frase.

Então suspirando pesadamente, os dois abraçaram Bella como nunca haviam feito e mesmo cientes de que aquele singelo abraço poderia machucar levemente seu corpo, eles se permitiram não pensar no fato porque aquele poderia ser o ultimo abraço que davam na sua pequena e frágil criança que logo partiria desse mundo e nunca mais abriria seus brilhantes e sonhadores olhos chocolates que sempre sorriam ao vê-los.

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Leah estava radiante com a notícia de que Bella agora poderá ficar do lado de fora do quarto, aproveitando o dia junto dela. Mas com o passar dos minutos tudo parecia ficar pior para Bella, mas ela preferia não demonstrar. Estava tendo a chance de ficar fora do quarto e não iria desperdiçá-la pensando em como algumas – ou todas – as partes de seu corpo doíam.

– Bella, você e o Ed já pensaram em ter um bebê? – Leah perguntou quando as duas estavam sentadas no banco, embaixo de uma das árvores do pátio. Bella mantinha seus braços em volta do pequeno corpo de Leah que se aninhava cada vez mais a ela.

Um nó subiu a garganta de Bella. Seu coração recebeu uma forte pontada pela dor daquele pequeno ser que havia perdido há meses atrás que parecia já ser em um passado remoto. Mas ela respirou e respondeu o mais calmamente possível à Leah:

– Eu já pensei muito nisso Lee.

– E ele? – perguntou virando seu rosto para Bella.

– Ele...

– Já pensei várias vezes Lee. E seria perfeito – Edward respondeu saindo detrás da arvore. Bella sorriu com uma lágrima derramando-se pelo seu rosto.

– Mas nós temos você Lee e só isso já basta para sempre – Bella sussurrou no ouvido da pequena. Leah abraçou Bella o quão forte a mesma poderia suportar. E sem que as duas percebessem, Edward estava junto a elas no abraço.

Bella sentia no seu interior que aquele era o segundo abraço de despedida do dia. E era a pior sensação que poderia sentir. Até mesmo pior do que a sua doença pode lhe proporcionar.