Steps Of Love escrita por Nandah Lautner


Capítulo 15
Fifteenth Step: Last Breath


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu demorei uma decada, mas aqui estou eu. Esse é o ultimo capitulo e é triste dizer isso. Não gosto de dar adeus aos meus bebes, mas é sempre uma boa coisa porque se algumas terminam é para que muitas comecem.
Agora vamos começar esse show de lagrimas e quero todas comentando hein! u.u



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15. Fifteenth Step: Last Breath

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O sorriso estampado no rosto de Bella nunca demonstraria como ela está destruída por dentro; física e emocionalmente. Ela está aproveitando esses últimos dias que ainda lhe restam porque ela sabe que sua hora está próxima, mais do que ela gostaria. Mas a machuca saber que nunca mais verá Edward, seus pais, amigos e a pequena Leah, que já se tornou fundamental na sua vida. Por isso esses últimos dias estão sendo dias para guardar lembranças preciosas. Não como quando quebrou todas as regras que precisavam ser quebradas; aquelas memórias servem para os simples momentos de nostalgia. Esses últimos dias seriam como essas lembranças que daríamos tudo para voltar e revivê-las.

Os amigos que fez na clínica estavam sempre presentes nos momentos em que Edward não estava, e em caso de pensar em acabar sozinha, Leah sempre estava ali ao seu lado. As visitas de seus pais agora eram ainda mais freqüentes e seus amigos arrumavam um tempo aqui e ali para verem-na. Dr. Jenks ia mais ao seu quarto do que antes e os enfermeiros, por pedidos seu, foram deixando aos poucos seus sedativos de lado, o que claro tinha a mão de Jenks também.

Mas ao final de todo dia Bella tremia em sua pequena cama pensando em como seria se simplesmente fechasse os olhos e então nunca mais os abrisse. Nunca mais tivesse ao menos um ultimo segundo para olhar no rosto daqueles que ama e por isso, suas noites estavam sendo extremamente mal dormidas e seu organismo não estava aceitando isso calmamente. O caos que se instalou dentro de seu corpo era palpável, durante alguns segundos, no seu olhar.

E naquele dia de brisa e sol ameno, Bella sentiu uma forte e longa fisgada em seu peito, mais especificamente, em seu coração. Respirando profundamente, ela se levantou da cama e saiu andando sozinha pelos corredores até chegar ao pátio. Poucos já estavam lá aproveitando o sol e, sentindo seu corpo pesar e implorar por descanso, ela deitou-se em um dos bancos de concreto e fechou os olhos, relaxando o corpo sob o sol que parecia lhe abraçar intensamente.

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– Bella – uma voz infantil invadia seus ouvidos. – Bella me diz que tá acordada! Por favor, por favor... – a voz começou a embargar-se.

Ela sentia seu corpo ser sacudido violentamente dando em conta a pouca força do pequeno ser.

– Enfermeira, me ajuda! Ela n-não... Ela não quer acordar! – a voz invadiu seus ouvidos novamente, seguida por um choro desesperador. Bella queria movimentar-se e acalmar toda a situação, mas era como se seu corpo não respondesse aos seus comandos.

Rapidamente o barulho de saltos no concreto foi ouvido, aproximando-se. E uma mão foi posta frente ao seu nariz e boca e dois dedos colocados em sua jugular.

– Calma querida, ela está respirando, só deve estar debilitada o suficiente para manter-se assim. Fique aqui que irei chamar alguém – a voz disse e novamente o barulho de saltos foi ouvido e dessa vez, afastando-se.

Duas mãozinhas ficaram sobre o rosto adormecido de Bella e só desgrudaram-se dali quando a mesma foi carregada por um dos enfermeiros até o seu quarto. Renée e Charlie foram avisados do acontecido, largando tudo o que tinham para fazer e correndo em direção a clínica. Pouco tempo depois, Edward havia chego direto da escola. Renée e Charlie já estavam lá junto a Bella, que se mantinha no mesmo estado em que estava quando fora levada para o ambiente.

– O que aconteceu? – ele perguntou desesperado, sentindo seu coração falhar um batimento, correndo em direção a Bella assim que chegou ao quarto.

– Não sabemos – Renée choramingou, cobrindo desesperadamente o rosto com as mãos.

– Desculpem minha demora! – Jenks falou aflito, entrando no quarto poucos segundos depois. O plantão da noite passada havia acabado consigo e então ali estava ele novamente na clinica para presenciar outra partida. – O que aconteceu? – perguntou pegando a plaqueta fixada ao pé da cama de Bella.

– Ela estava no pátio, dormindo – Leah disse baixo. Uma de suas mãos acariciava ternamente os cabelos de Bella. – Eu tentei acordá-la, mas ela não se mexia, e a enfermeira disse que ela ainda está viva então o enfermeiro a trouxe para cá – continuou com sua voz embargada.

– Eu havia percebido que ela estava com olheiras mais fortes do que o usual. O corpo provavelmente está tentando repor as energias e como o organismo está muito debilitado, ele fica nesse processo de “hibernação” por um longo espaço de tempo o que o deixa em um estado de inconsciência enquanto a mente fica semi-inconsciente – o Dr. Jenks disse, repondo a plaqueta no lugar e virando-se para Bella. Ele já sentia que as próximas horas seriam difíceis.

Edward encostou seus lábios aos lábios de Bella em um ato completamente impulsivo e repentino. Ele simplesmente não queria sentir que já a havia perdido sem nem ao menos conseguir se despedir. Mas o hálito quente que batia em seu rosto acalmou seu coração e ele pôde respirar um por cento mais tranqüilo sabendo que o coração dela ainda pulsava.

Em meio a todo esse desespero e uma centelha de esperança, metade do dia se passou enquanto Bella ia retornando aos poucos para a consciência completa. E mesmo sabendo que teria pouco tempo, era bom estar de volta.

– Nunca mais faça isso comigo – Edward sussurrou ainda desesperado em seu ouvido quando ela voltou à consciência.

– Prometo – ela tentou responder o mais levemente possível, mas havia uma centelha de pesar.

Então mais abraços foram dados junto a alimentos e medicamentos para que o organismo de Bella não se enfraquecesse ainda mais. Então enquanto Bella se alimentava, o quarto voltou a cair no mesmo silencio que permaneceu durante metade do dia com apenas o barulho do coração de Bella ecoando pelo quarto por meio do aparelho e, agora, com o som que fazia ao se alimentar.

Alguns minutos haviam se passado quando, no aparelho, o coração de Bella começou a acelerar rapidamente. Uma convulsão repentina a atingiu fortemente e a cena não foi a melhor que nenhum deles já havia visto. Tentando manter Bella respirando, recebendo mordidas por estar mantendo sua língua afastada da garganta, Jenks mandou que alguém fosse chamar os enfermeiros para que trouxessem o desfibrilador.

O corpo de Bella ainda convulsionava e a proporção, com o passar dos minutos, ia diminuindo, mas assim, Edward já havia entendido porque Jenks precisava do desfibrilador. Segurando fortemente a mão de Bella, ele esperou que ela se acalmasse o suficiente para entendê-lo.

– Meu amor... – ele começou sem conseguir segurar o choro e a dor cruciante que esmagava seu coração. – Por que a nossa história tem que acabar assim, hein? Por quê? Não é justo que você vá agora...

– Nossa história não vai... acabar – ela sussurrou, erguendo uma mão e passando sobre o rosto de Edward em um calmo afago.

– Você não pode ir Bella... Você não pode deixar a gente – Leah se debulhava em lágrimas com a cabeça no ombro de Bella.

– Vocês dois terão um ao outro e... enquanto estiverem... juntos, terão a mim – e recebendo um abraço, ela aconchegou-se neles.

Assim que os dois se distanciaram, um enfermeiro chegou com o aparelho, olhando para dentro do quarto.

– Vocês precisam... me prometer... uma... coisa – Bella dizia já com mais dificuldade. O monitor que mostrava seus batimentos cardíacos já havia aumentado seu ritmo novamente. – Vocês dois precisam... ter sempre um... ao outro – ela disse se referindo a Edward e Leah, e Edward já sabia exatamente o que aquilo significava. – E eu acho que... nunca agradeci o suficiente... para vocês... dois – ela disse olhando para seus pais.

– Eu... – Edward sussurrou para si mesmo. – Eu não posso deixar você ir Bella. Eu não aceito isso! – ele disse tomado pela dor aproximando-se do corpo dela novamente e segurando sua mão assim como o seu corpo.

– Ed... Você precisa.

– Não, eu não preciso. Eu não posso – ele sussurrou, chorando copiosamente.

Bella mexeu sua cabeça, chamando a atenção de Edward e decidiu dar-se um ultimo presente, algo que ela já havia decidido não fazer durante essas horas de semi-inconsciência, mas agora simplesmente era mais forte do que ela. Edward virou para seu rosto também e erguendo levemente a cabeça, Bella encostou seus lábios nos lábios quentes de Edward. O beijo tinha o exato gosto da despedida: o sal das lagrimas, a dor do coração e o desespero da partida. E entre esse redemoinho flutuante, porém, um som predominou.

– NÃO! NÃO! BELLA, VOLTA PRA MIM! BELLA! – Edward gritava em desespero, ouvindo o som continuo vindo do aparelho, comunicando que o coração de Bella já não batia mais.

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Um ano depois...

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– Quando você vem me visitar? – a doce voz perguntou do outro lado da linha.

– Você sabe que esse final de semana Leah. Como sempre – Edward respondeu em meio a uma risada.

– Tudo bem, eu entendi – ela disse. – Boa noite Eddie.

– Boa noite Lee.

Com o celular então desligado, Edward esfregou o rosto. O dia havia sido totalmente intenso e não de uma forma boa. E o dia de amanhã seria ainda pior, pois seria o dia de um ano da morte de Bella. Em seu coração ela ainda era a única, tal como Leah. Ele havia cumprido a promessa para ela, e agora Leah era filha dos dois. A pequena Leah Swan Cullen.

Tropeçando em seus próprios pés, ele caminhou pelo pequeno apartamento do campus da universidade e assim que chegou em seu quarto, desabou na cama. Ele sabia que não aguentaria mais nada naquela noite. Seu corpo e mente estavam esgotados e ele não sabia como conseguiria suportar o dia de amanhã, mas como tem acontecido durante um ano, ele sentia Bella ali consigo, e desse mesmo modo ela sempre estará. Porque foi ela quem mostrou para ele como o amor pode ser algo indescritível e intensamente encantador, e que por isso, devia viver um dia intensamente após o outro dando um passo de cada vez. E ela seguiu junto a ele pela pequena estrada que os dois haviam construído juntos e desapareceu, levando consigo uma parte dele, mas deixou ali uma parte sua, com Leah e sua família, junto a esse amor ainda nutrido por ele que com o tempo se curará.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado dessa jornada tanto quanto eu. Aqui deixo Steps of Love e espero trazer emoção aos que forem ler daqui por diante e ter trazido para vocês que estão comigo desde o começo.



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