Ad Limina Portis escrita por Karla Vieira


Capítulo 20
Cliff's of Moher


Notas iniciais do capítulo

Boa noite! Estão gostando da história?



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Ethan Williams POV – Anoitecer de 16 de Novembro.

Passamos dois dias na estrada, caminhando o dia inteiro com o frio a nos castigar e o sol nas costas, que não nos cedia muito calor. Estávamos próximos demais do inverno. Eu andava sempre abraçado com Marie, ou pelo menos segurando sua mão. Eu não queria deixá-la longe de mim por um segundo que fosse, não agora que estive prestes a perdê-la tragicamente uma segunda vez. Não agora.

Chegamos a Limerick ao anoitecer. Ali, foi fácil conseguirmos passagens para um ônibus que partia na manhã seguinte para a divisa com o condado de Clare, onde poderíamos seguir para o nosso destino final: os Cliff’s of Moher. Conjuramos libras e conseguimos uma simpática e simples hospedaria para passar a noite, além de comprarmos agasalhos bons e novos para nós, afinal, estávamos maltrapilhos e o frio do inverno se acentuava cada vez mais. Conseguimos – eu pelo menos consegui – ter uma boa noite de sono.

Na manhã do dia 17 de novembro embarcamos no veículo e partimos para Clare. Marie logo encostou a cabeça no meu ombro e adormeceu, enquanto eu olhava a paisagem no caminho. Sentia uma saudade imensa do lar. Sentia uma saudade imensa da família de Marie, que tratava a mim e os rapazes como da sua própria família. Sentia saudade da tranquilidade que tivemos por aqueles dois, três meses depois que derrotamos o Mestre. Sentia falta, juro que sentia. Gostava de estar na estrada e de ter desafios – a minha vida inteira fora dessa forma – mas aprendi recentemente a gostar muito mais da tranquilidade de ter uma vida estável. Eu só queria ter tudo isso de volta.

Beijei o topo da cabeça de Marie, pensando em como seria bom tê-la do meu lado para sempre.

Passamos as próximas sete horas dentro do ônibus, viajando sem problemas. Por vezes dormindo, por vezes acordando. À medida que nos aproximávamos do condado de Clare, o céu ia escurecendo mais e mais, e não era devido à proximidade de chuvas, não. Era por causa dos portões. Eu tinha certeza disso. A partir daqui, teríamos de ter o triplo de cuidado, pois a concentração de monstros por metro quadrado seria bem maior do que no resto da ilha.

Eram oito horas da noite quando desembarcamos.

- O que faremos agora? Dormiremos em uma hospedaria ou seguiremos caminho? – Perguntei.

- Eu prefiro seguirmos caminho. – Disse Harry. – Dormi a viagem inteira e agora quero acabar de uma vez por todas com isso. Quero fechar a porcaria desses portões e voltar para casa logo.

- Concordo. O que for para acontecer, acontecerá de qualquer jeito, então para quê adiar? – Perguntou Fred. Assenti, vendo os outros concordarem, e após arrumarmos um mapa conjurado por Marie, tomamos caminho para os Cliff’s of Moher. Indo a pé ficava um pouco longe, mas não nos importamos muito. Com as armas ao alcance fácil da mão, começamos a caminhar durante a madrugada. Muitas vezes tivemos que nos esconder de alguns monstros que sobrevoavam a região. Inclusive, Andrew teve que matar um grifo que se aproximou demais de nosso esconderijo improvisado, e escondemos a carcaça para não chamar atenção.

Estávamos inquietos e nervosos. Não sabíamos o que poderíamos encontrar. O céu, ao longe, estava muito escuro e relampeava. Sabíamos que onde os raios se concentravam, era a entrada para os portões. O vento estava forte, batendo de encontro aos nossos rostos e bagunçando nossos cabelos, entrando por qualquer brecha na roupa e gelando nosso corpo inteiro.

Era por volta das cinco da manhã quando alcançamos o começo dos paredões de pedra. Ao longe, até onde a vista alcançava, havia uma planície verde com arbustos baixos. Não muito longe, há uns dois quilômetros de distância, havia uma velha torre e algumas ruínas de o que parecia ser um antigo castelo. Apenas a torre estava intacta, e eu sabia que durante o dia ela era aberta a visitação.

- Ok, estamos aqui. E o que faremos agora? – Perguntou Fred. – Como chegaremos lá?

- Eu não sei. – Respondi. – Estamos muito longe para saber. Vamos continuar andando.

Andamos os dois quilômetros até a torre. Em vez de ficarmos cansados, estávamos dispostos devido a grande quantidade de adrenalina que corria e nosso sangue. Seguindo um instinto, tirei as minhas adagas longas de caça da mochila e fiquei com uma em mãos e a outra presa no cinto, para que ficasse com uma mão livre para segurar a de Marie. Ela estava tremendo.

Quando chegamos à antiga estrutura de pedra, fui até a beirada do precipício e olhei para baixo. Se eu escorregasse ou alguém me empurrasse, seria uma queda de mais de cem metros em direção á morte. Encantador. A minha direita, lá em baixo, pude ver uma fenda larga na pedra, escura, de onde saía um ou outro monstro de vez em quando. Havia uma faixa um tanto quanto fina de areia e pedra na base dos paredões, até chegar na fenda. Mas não havia meio de descer.

- É lá. – Apontei para a fenda da caverna. – Dentro daquela fenda.

Os outros se aproximaram e olharam.

- Mas não temos como descer. – Disse Harry.

- Bem observado, gênio. – Provoquei. Harry bufou em resposta. Algumas coisas nunca mudarão; Holmes e eu podemos ser quase irmãos, porém eu sempre o provocaria para deixá-lo irritado. Vi Marie se afastar, em direção à torre, e ficar observando a estrutura de pedra.

- O que foi, Marie?

- Eu acho que essa torre tem alguma coisa a ver. Afinal, quem construiria um castelo aqui? Não tem nada perto... A não ser a entrada para os Portões. – Disse ela. Olhei ao redor, e constatei que ela tinha razão. Só havia há alguns quilômetros de distância a cidade, e de resto, só extensas planícies. E, obviamente, na época que aquele castelo fora construído não deveria haver nem a cidade. Só a entrada para os Portões, que deve existir ali desde que o mundo surgiu.

- Tem razão. – Concordei. – Mas o quê?

- Eu não sei. Talvez alguma pedra solta que faça surgir uma escada, algum túnel, não sei. Temos que procurar.

Assentimos e nos aproximamos da entrada para as ruínas. Havia um arco de pedra, que, ao passarmos, se iluminou. Um feixe de luz dourada serpenteou pelo arco, descendo, se dividindo e se espalhando pelo chão em diferentes direções – seis, para ser exato. Cada feixe de luz levava a uma coluna de pedra.

- O que é isso? – Perguntou Andrew, admirado.

- Eu acho que a luz quer que nós nos espalhemos. – Disse Kensi. – Cada um escolha um feixe de luz, vamos ver o que acontece.

Andamos lentamente, inseguros, até um feixe de luz cada. Assim que todos paramos em cima de cada ponto, os feixes de luz subiram pelas seis colunas, serpenteando ao redor delas, e lançando seus raios em convergência para um ponto – onde devia ser uma abóbada quando o castelo estava intacto. Eu observava tudo de boca aberta, admirado. Houve uma explosão de luz, e de repente, era possível enxergar como o castelo era antigamente. Suas paredes eram altas e trabalhadas ricamente com entalhes de runas antigas e desenhos de monstros mitológicos, profecias e lendas. Havia janelas nas paredes, com cortinas vermelhas intensas que flamulavam com o vento fresco que entrava – pelo cheiro e frescor, era primavera. O chão era de mármore branco e havia um trabalhado em dourado nos rodapés, convergindo para um ponto no meio do salão. Havia algumas portas espalhadas pelo salão, levando a outros cômodos, mas a porta mais imponente era a que levava à torre. Era grande, alta e de madeira escura, provavelmente mogno, e sua maçaneta era dourada.

O castelo era magnífico.

De repente, a porta se abriu, e uma jovem de longos cabelos loiros que caíam sobre seus ombros em ondas perfeitas, e de olhos tão verdes quanto à grama das planícies, saiu. Ela usava um vestido longo e vermelho, que destacava ainda mais a cor de seus olhos. Ela era linda. Provavelmente, uma princesa. A mulher andou calmamente até o salão, com um olhar decidido e firme, e abriu os braços, pronunciando uma palavra em latim da qual eu não pude compreender.

- Bem vindos, escolhidos. – Ela falou, olhando ao redor. Olhei também, esperando ver se havia mais alguém no salão, mas não havia. Éramos apenas nós e a mulher. O olhar dela pousou ao meu. – Durante os últimos tempos, vocês vieram sendo testados. Seu caráter, sua força física, sua paixão e sua inteligência foram postas em prova para que se pudesse ter certeza que eram mesmo dignos de chegarem aos Portões da Morte e fechá-los. E vocês passaram em todos os testes. Até agora. O maior teste de todos se aproxima...

- Quem é você? – Perguntou Marie.

- Eu tenho muitos nomes. O mais comum é Sigrid...

- A guerreira. – Harry concluiu. Ela sorriu.

- Exato, Sr. Holmes. – Disse a mulher. – Há séculos, fui escolhida pela Mortem para proteger seus portões, e observar se os seus escolhidos são dignos de chegar até ela. Eu sou a guardiã dos portões da Morte.

- Então... É você que vai nos deixar fechá-los? – Perguntou Andrew.

- Não. Eu os deixarei passar para o maior teste se vocês decifrarem um enigma... E se perseverarem no teste final, os portões de fecharão e a Mortem lhes concederá um desejo. Mas se não decifrarem meu enigma, não poderão prosseguir, e vocês perecerão. Vocês aceitam meu desafio?

Assentimos. Sigrid sorriu.

- No Mare Nostrum, um desrespeito. Do filho do mar, de um erro e do falso amor é feito. Da democracia provém o alimento, enquanto espera na pedra de seu confinamento. O coração destemido tem o amor como fermento, vem pôr fim no grandiosíssimo tormento. – Declamou Sigrid. – Vocês tem uma hora para me dar a resposta, e tem apenas uma tentativa para o acerto. Da resposta do enigma, um elemento fará parte do seu teste final. Boa sorte.

E Sigrid desapareceu.

- Mare Nostrum era como os romanos chamavam o Mar Mediterrâneo depois de ter conquistado as cidades ao redor. – Disse Andrew. – A resposta deve ter algo a ver com a civilização romana.

- Sim. E daí em diante nada mais me faz sentido. – Disse Fred. Ficamos em silêncio pelo o que me pareceu uma eternidade, cada um procurando a resposta.

- “Do filho do mar, do erro e do falso amor é feito. Da democracia provém o alimento...” - Murmurei para mim mesmo. – A Grécia foi o berço da democracia. A resposta tem algo a ver com Atenas, a cidade da democracia.

- De Atenas provém o alimento... Atenas... Alimento... – Murmurava Harry, passando a mão nos cabelos, absorto em seus pensamentos. De repente, uma luz se acendeu na minha cabeça – e aparentemente, na dele também. Ele arregalou os olhos, olhando-me.

- O Minotauro! – Exclamamos juntos.

- Quê? – Perguntou Kensi.

- Faz todo o sentido! “Do filho do mar, de um erro do falso amor é feito”... O Minotauro é filho do touro branco enviado por Poseidon para o rei Minos, que se tornou rei de Creta, uma ilha no mar Mediterrâneo, e devia sacrificá-lo. Porém Minos ficou encantado com a beleza do touro e sacrificou outro no lugar. Poseidon ficou tão bravo que fez a esposa de Minos se apaixonar pelo touro branco, e teve um filho com ele, um híbrido. O Minotauro.

- Então o rei Minos aprisionou o Minotauro em um labirinto projetado por Dédalo, e todo ano sete homens e sete mulheres de Atenas deveriam ser jogados no labirinto para serem devorados pelo monstro. “Da Democracia provém o alimento enquanto espera na pedra de seu confinamento”... – Continuei.

- Até que o jovem Teseu se voluntariou para entrar no labirinto e matar o monstro. Ele se apaixonou por Ariadne, a filha do rei Minos, que o deu um novelo de lã para não se perder no labirinto e uma espada mágica para matar o monstro. – Continuou Marie, seguindo nossa linha de raciocínio. – “O coração destemido tem o amor como fermento, vem pôr fim no grandiosíssimo tormento”. Teseu matou o Minotauro e salvou os jovens da morte, voltando para os braços de Ariadne.

- É essa a resposta. – Disse Harry. – Tenho certeza.

- Temos que dizer a Sigrid, mas como? – Perguntou Kensi. – Onde ela está?

- SIGRID! Nós temos a resposta! – Gritou Andrew. Do nada, a mulher loira apareceu no meio do salão, sorrindo.

- E qual seria ela, jovens heróis? – Perguntou suavemente.

- O Minotauro. – Respondemos em uníssono. Sigrid sorriu com mais força.

- Parabéns, jovens heróis. E qual seria o elemento que fará parte do seu teste final?

Esta pergunta nos pegou de surpresa. Estávamos mais ocupados em decifrar o enigma para não morrer do que saber qual parte da resposta faria parte do teste final.

- O labirinto. – Disse Fred, de repente. – É um labirinto, não é?

Sigrid assentiu.

- No meio do labirinto estará a chave dos portões. Vocês terão de encontrá-la. Vou lhes mostrar o caminho... Boa sorte.

E Sigrid sumiu novamente. Em uma fumaça dourada, o castelo todo sumiu, restando apenas as ruínas. Começava a amanhecer. Olhamo-nos intrigados, pensando em como chegaríamos à fenda da caverna, quando o chão começou a tremer. Corri até Marie, que gritava por mim, e abracei-a, sem saber o que fazer. Uma das colunas – a que eu estava em frente – caiu. Um rastro de luz dourada surgiu onde ficava o meio do salão onde Sigrid havia ficado, e seguiu até a porta da torre, que se abriu. Uma fraca luz dourada se espalhou pelo chão, que se abriu e mostrou uma escada para baixo.

E o tremor parou.

- Acho que é por ali. – Disse Fred, apontando para a escada para baixo.

- Sério mesmo, gênio? – Provocou Harry. Revirei os olhos, e de mão dada com Marie, fomos até a torre. A escada parecia não ter fim. Engoli em seco.

- Vamos lá. – Eu disse baixinho, começando a descer os degraus. Assim que todos passaram pela porta, ela se fechou bruscamente sozinha. Fred tentou abri-la, mas estava emperrada.

- Ah, que ótimo. – Resmungou ele. Continuamos a descer. Estava escuro e eu mal enxergava os degraus íngremes e rústicos. Logo começou a clarear. Era um túnel –  mas a escada continuava para baixo, sempre. Estávamos na beirada do paredão, tendo uns quarenta centímetros de pedra para colocarmos os pés, e se tropeçássemos, seria uma queda de mais de cinquenta metros em direção à morte. Se ignorássemos isso e a fenda escura e amedrontadora que estava mais adiante, a vista seria linda. Continuamos descendo. E descendo.

Depois do que me pareceu uma hora ou duas, alcançamos o chão. As ondas do mar batiam de encontro às pedras, espalhando água em todas as direções e molhando todo o caminho que teríamos que percorrer. Começamos a andar devagar para não escorregarmos nas pedras lisas.

 - Estou com um péssimo pressentimento. – Disse Marie, baixinho. – Isso está fácil demais.

- Eu espero, do fundo do meu ser, que você esteja errada. – Respondi, apertando mais forte sua mão. Ela escorregou e começou a cair, mas a segurei em meus braços, tentando não cair também. – Cuidado, meu anjo.

Continuamos caminhando em silêncio até que paramos todos lado a lado, em frente a fenda larga e escura da caverna. Encaramos a entrada sem nada dizer, sentindo o coração bater forte e a adrenalina percorrer o corpo. Não sabíamos exatamente o que poderíamos encontrar, não sabíamos se viveríamos, não sabíamos nada. E não saber é aterrorizante.

- Vamos nessa, galera. – Eu disse. – Vamos acabar logo com isso.

Andei em direção à fenda, com Marie atrás de mim segurando minha mão, e os outros atrás, em fila indiana. Estava extremamente escuro ali, e eu ouvia os gritos e guinchos de monstros de todo o tipo. O chão era plano, liso e seco, ao contrário do caminho até ali que fora todo irregular.

- Illuminare. – Murmurei, e o caminho se iluminou com várias bolhas de luz branca flutuando no ar. Olhei para o teto e vi morcegos gigantes, grifos, e outros monstros que nunca havia visto pendurados de cabeça para baixo, em pé em vigas, nos observando. Congelei, esperando que nos atacassem. Mas não atacaram.

- O que está acontecendo? Por que não atacaram? – Perguntou Kensi, baixinho.

- Eu não faço ideia. – Ouvi Andrew responder.

Continuamos caminhando caverna adentro até algo me fazer parar e o ar sumir de meus pulmões. Estava em um alto morro, e lá embaixo, seguindo por milhas e milhas, havia um gigantesco labirinto de pedra. Os outros pararam ao meu lado, observando. Depois do labirinto, havia um imenso lago de águas vermelhas, e no meio deste, uma pequena ilhota (pequena se comparada ao resto do lugar) com portões gigantescos e negros, abertos, mostrando um buraco indefinido para o nada, tremulando como fumaça, brilhando em cores como roxo, preto, prata e laranja. De dentro dele saíam espíritos e monstros, de vez em quando. Era magnífico, e assustador.

- Os Portões da Morte... – Sussurrou Harry. – Caralho!

- Por aqui, galera. – Disse Fred, começando a descer uma escada. O seguimos, descendo pelo o que me pareceu mais uma hora, até chegarmos à frente do labirinto. Suas paredes tinham por volta de cinco metros de altura, e havia seis entradas. Num brilho dourado, Sigrid apareceu.

- Olá, jovens heróis. Aqui começa seu teste final. Este labirinto tem seis entradas, e seis caminhos que levam ao centro, onde a chave dos portões está, e apenas uma saída. Cada um deve escolher uma entrada e seguir sozinho, e se encontrarem no centro, e seguirem juntos para a saída. Mas cuidado, pois o labirinto esconde vários segredos... – Disse Sigrid. – Se um de vocês perecer, uma luz azul surgirá no céu. E lembrem-se... “Nas trevas, o sino do inferno tocará; os eleitos, a Morte escolherá; no sacrifício final, o coração solitário perecerá; e no lacre final, o terror ele conterá”. Boa sorte.

E sumiu. Engoli em seco, olhando para os meus amigos. Marie se jogou em cima de mim, me abraçando com força, e eu a beijei.

- Tome cuidado, viu? – Ela disse. – Fique vivo.

- Você também.

Abracei-a mais uma vez, e em seguida nos despedimos de nossos amigos. Cada um escolheu uma entrada e se posicionou diante dela. Olhamo-nos uma última vez. Assenti com a cabeça. Eles retribuíram o aceno. Olhei para o corredor de pedra a minha frente, e de cabeça erguida e adagas na mão, caminhei para dentro do labirinto.

Uma badalada de sino soou. 


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