A Menina Dos Olhos escrita por Escarlate


Capítulo 7
Rivais!


Notas iniciais do capítulo

Curtinho mas bonitinho ;)
Boa Leitura!



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Cap 7

  Dado o término das aulas Ikki vai ao encontro de June do lado de fora da escola.

 - ...Pronto gata, vem cá.... – Ikki diz já enlaçando a garota pela cintura.

    Os dois sem nenhum pudor começaram um beijo nada inocente na calçada do colégio. Ikki se apoia no muro e puxa a garota junto ao seu corpo. Ela vai de encontro a ele correndo os dedos pelos cabelos do jogador. Porém em meio a troca de carícias alguém surge no campo de visão de Ikki.....

- Hummm esse lugar limita muito o nosso contato, eu poderia dizer para minha mãe que vou dormir na casa da Marin e ir pra sua casa a noite o que acha?

- Ahnn? Você e a Marin querem ir lá em casa? Por quê?

- NÃO IKKI!! Disse que posso dar um Pelé na minha mãe e passar a noite na sua casa! – Disse June se irritando com a “distancia” de Ikki em meio a conversa.

- Ahhn? Dormir lá em casa? Ahh não precisa, eu já peguei a lição de química valeu! – Ikki respondeu sem entender as insinuações da garota, estava muito perdido na pessoa que estava do outro lado da calçada.

- È as meninas tinham razão! – Retrucou a garota olhando na mesma direção de Ikki e encontrando o motivo dele estar tão perdido e distante. – Agora você não é mais um dos nossos, quer saber, pra mim chega, cansei de implorar por atenção, se você esta tão curioso, por quê não vai se juntar a ela de uma vez? Com certeza ela precisa de amigos já que ninguém fala com ela dês de a terceira série.

- Ah não, você também?!

- È eu também. Assume de uma vez, esta querendo provar o quê pra quem Ikki? Olha eu não sou mais o seu troféu, vai ter que procurar outra pra desfilar com você pela escola e nos dias de jogos. Boa sorte pra você jogador!

   June se afasta de Ikki e vai em direção a Shun. Este por sua vez, estava conversando com Esmeralda que estava pálida depois de ver Ikki beijando a líder de torcida, achava que hoje a sorte estava do seu lado, mas aquela cena foi o suficiente para ela desmoronar.

- Ei Shun tudo bem? Sabe eu tive um pouco de dificuldade na aula hoje, posso te mostrar meus exercícios, assim você pode ver se eu fiz certo e me ajudar a corrigi-los caso não estejam, que tal?

   Shun quase pediu para Esmeralda beliscá-lo para ver se não estava sonhando. Olhou para a amiga como pedindo permissão para ir pois não queria deixá-la sozinha. A garota por sua vez, feliz pelo amigo, apenas levantou o polegar fazendo um sinal de “joia” e sorrindo em seguida incentivando-o a ir.

- Bom vamos procurar um banco vazio, assim agente consegue conversar melhor e eu posso olhar o seu caderno.

   Os dois saíram em direção a uma pequena praça que havia na frente da escola e se sentarem em um dos bancos. Shun pega o caderno de June e esta logo escorrega para ficar mais perto dele fazendo o coração dele bater descompassado.

   Já que estava sozinha, Esmeralda resolveu ir voltando para casa, precisava pensar sobre a conversa que teve com o diretor para então tomar uma atitude. Perdida em pensamentos não percebeu que alguém a seguia. Uma mão firme em seu ombro a fez parar de andar e se voltar para a pessoa misteriosa......

- Ei quanta pressa, eu vim aqui pra te encontrar mas com essa rapidez, quase que não consigo alcança-la a tempo!

- Ah oi Felipe, que susto nem percebi que estava atrás hahaha. Desculpe se eu soubesse que viria teria te esperado.

- Tudo bem, eu resolvi aparecer do nada mesmo. Qual motivo dessa sua fuga?- Perguntava Felipe fazendo um pequeno sorriso brotar no rosto de Esmeralda devido a piada que fizera.

- Não estava fugindo, só quero chegar logo em casa, comer alguma coisa e ir trabalhar, quando me atraso seu pai e sua mãe ficam uma fera rsrsrs!

- Hiii sei bem como aqueles dois são chatos. Olha eu to de carro, quer uma carona? Agente podia comer alguma coisa pelo caminho e depois eu te deixo na clínica o que acha?!

   Esmeralda ficava sem graça de toda vez recusar os convites dele, afinal era graças a ele que ela tinha este emprego que era tão importante para ela, mas sabia que seu emprego estaria em risco se os pais de Felipe soubessem desses “encontros” pois já deixaram bem claro que ela e Felipe pertenciam a mundos diferentes.

- Puxa Fe valeu mesmo mas não precisa eu estou precisando andar um poço.

- È por causa dos meus pais não é?!

- Não Fe, é sério, obrigada, fica pra próxima, desculpe.

   Neste momento, Felipe olha pra trás e vê Ikki olhando fixo na direção deles e percebe que apesar da distância, ambos estavam na mesma direção, se comunicando apenas com a linguagem corporal, como se um pudesse “ler” os movimentos do outro.

- É por causa dele? – Felipe aponta com a cabeça na direção de Ikki. – Você também está correndo atrás dos jogadores na escola para ter os seus 15 minutos de fama?

- Para com isso Felipe, eu não sou esse tipo de garota, ele nunca falou comigo e eu prefiro que continue assim. Agora dá licença eu tive um dia cheio hoje e quero caminhar pra tentar esfrias a cabeça. Esse é o único momento que estou a sós para ouvir meus pensamentos e relaxar antes de ir para o trabalho. Tchau, se cuida!

- Um dia você vai aceitar Esmeralda, esse Ikki não é para você. Se insistir muito vai acabar se machucando.

- Sei me cuidar Felipe, boa sorte na faculdade, tchau!

   Esmeralda respondeu seca e seguiu caminho. Felipe fez o mesmo, atravessou a rua para buscar seu carro e passou por Ikki, deu uma rápida olhada nele e fez um aceno com a cabeça, escondendo a raiva que sentia dele atrás de seus óculos escuros. Ikki devolveu o aceno de cabeça e o seguiu com o olhar até que ele sumisse de seu campo de vista. Voltou seu olhar até Esmeralda que também já estava longe.

Procurou pelo seu irmão e o viu conversando animadamente com June, parou um momento para refletir; sentiu-se “traído” pelo irmão, sentiu ciúmes por ele estar se divertido com a garota que alguns dias atrás era nomeada/taxada como “dele”, e se surpreendeu por sentir-se aliviado.

Sim ele estava feliz pelo irmão, e a garota que estava em seus braços minutos atrás não significava nada pra ele. Vê-los juntos não o incomodou tanto quanto ver Esmeralda conversando com Felipe.

Ikki o conhecia, sabia que o garoto aprendera com os pais a comprar tudo e a todos, que aquilo que não podia ser conquistado, podia ser facilmente comprado, era assim que conseguia se dar bem na escola com as garotas, no esporte e foi assim que conseguiu entrar na faculdade, os pais tinham muito dinheiro, logo comprar uma vaga na melhor universidade da cidade foi tarefa fácil.

Ikki abominava esse tipo de atitude e ficou feliz ao notar que Esmeralda recusou a carona.  Colocou a mochila nas costas e foi para casa.

   Felipe dirigia em alta velocidade lembrando-se de minutos atrás, quando estava com Esmeralda e quando viu Ikki olhando em direção a eles.

- Só pode ser piada....Aquele cara curiando a Esmeralda. Mas o que foi que deu nele? Ele nunca deu atenção pra ela, nunca imaginei que “ELE”, logo “ELE”, seria problema para mim. – Se perguntava enquanto dirigia.

   Felipe não se dava muito com Ikki por motivos óbvios. Tudo aquilo que ele conseguia com dificuldade, com demora e liberando quantia inimagináveis de dinheiro, Ikki conseguia da noite para o dia, sem o menor esforço e sem gastar um único tostão.

A única coisa que Felipe não conseguiu comprar foi o técnico do time, que não permitiu que ele entrasse para o time, pois não viu nele as características necessárias para ser jogador de futebol em um time que disputaria campeonatos valendo títulos importantes para o técnico e para a escola.

   Isso o deixava com uma raiva sem medidas. Continuou correndo e nem percebeu que passou por um semáforo vermelho.

- Ah Ikki, você é um pobretão, ela não vai dar bola pra você quando eu começar a marcar território, você nunca gostou nela e ela sabe disso. Ela não vai me trocar por uma cara pobre que nunca a notou. Eu tenho muitos truques na manga e pretendo usar todos!

   Seguiu dirigindo até a faculdade sem desviar os pensamentos.

   Esmeralda chega em casa e manda uma mensagem pelo celular para Shun, dizendo que precisa conversar com ele, se poderia passar em sua casa a noite, enquanto aguardava a resposta, tirou o uniforme, tomou um banho rápido e resolveu fazer um lanche na qual iria comendo-o pelo caminho.

Fez de tudo para não encontrar com seu pai.

Seguiu lembrando de tudo o que acontecera na escola, nem as broncas que levava de seus chefes a deixam tão abalada como ficou ao ver Ikki se beijando com June. Logo se imaginou no lugar dela, como seria bom ser abraçada por ele. Ele era bonito, forte e o uniforme caia perfeitamente nele. Riu quando se viu imaginando essas coisas, isso já foi o suficiente para melhorar seu humor.


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Notas finais do capítulo

Prontinho mais um fresquinho.

Vou começar a trabalhar mas prometo que vou tentar continuar postando toda semana.

Abraços!



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