Meu Vizinho escrita por Bia Black


Capítulo 8
Noite Especial...


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem...



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Jacob me deitava aos poucos na cama de casal do seu quarto e, estranhamente, para mim o quarto estava pequeno e abafado, ou eu que estava morrendo de calor? MUITO calor? 

Seus beijos agora eram distribuídos por meu pescoço e sua mão levantava de leve a blusa fina que eu estava usando, causando arrepios longos e deliciosos em minha pele. Eu não sabia a hora que eu deveria me atrever a tentar tirar sua camiseta, mas devo dizer que esse pedaço de pano estava me atrapalhando, alguma coisa dentro de mim queria um contato mais físico com ele, talvez fosse o fato de que eu estava com muito calor, e Jacob também estava, já que suas bochechas estavam um pouco mais rosadas. Aos poucos eu fui me acomodando na cama, levando meu corpo mais pra cima a ponto de querer ficar mais confortável. Conforme meus movimentos mudavam, mudavam também os beijos e os toques de Jacob, que, por sinal, eram gentis o tempo inteiro. Seus beijos desceram do meu pescoço para meu colo, pularam a parte dos meus seios e foram para minha barriga – que agora encontrava-se totalmente exposta, já que ele tinha levantado toda a minha blusa. Encolhi-a quando senti os lábios de Jacob roçarem perto do meu umbigo, e encolhi de novo quando senti sua língua fazer um desenho hipotético na mesma região; era um tipo de arrepio e sensação que até então eu não conhecia e nem fazia ideia que nosso corpo podia sentir algo assim. Senti vontade de chorar, e senti meus batimentos aumentarem, e aumentar lá em baixo. Era o sonho voltando, mas dessa vez eu estava acordada, não era sonho e Jacob estava em cima de mim, de verdade. 

Ele subiu novamente o corpo e levou consigo minha blusa. Sorrimos quando nossos rostos ficaram no mesmo nível, e eu levantei meus braços a fim de ajudá-lo a retirar minha peça de roupa. Foi então que me dei conta que eu estava de sutiã, com todo o meu corpo exposto para Jacob. Mordi os lábios e dei graças a Deus que a única coisa que iluminava o quarto era a luz fraca do abajur. Suspirei umas três vezes enquanto Jacob parava para me encarar de cima a baixo, isso estava me deixando mais nervosa ainda. Inconscientemente acabei cobrindo minha barriga com minhas mãos, mas Jacob percebeu e, no segundo seguinte, de forma carinhosa puxou minhas mãos para a lateral do meu corpo. Ele ergueu o corpo sentando-se na cama e me puxou junto. Não conseguia encará-lo, não conseguia encarar meu corpo e, agora sentada, não queria nem imaginar como a minha barriga estava. Cada vez que eu tentava cobrir, Jacob ia e puxava minha mão; e eu fiz isso umas três vezes. De forma infantil, Jacob ergueu as mãos pra cima e me olhou sorrindo como uma criancinha, mas era muito sexy! Eu comecei a rir e entendi o que ele queria que eu fizesse, era pra eu tirar sua camiseta. Comecei a puxar desde a barra inferior e fui empurrando pra cima, sentindo meus dedos roçarem em sua pele e uma sensação quente espalhar em meu corpo; cheguei mais perto tirando a camiseta por sua cabeça e a joguei para algum lugar no quarto, assim como eu sempre via em filmes. Clichê, eu sei. 

- Agora estamos quites – ele disse em uma voz baixa, apontando para nossos corpos que estavam iguais. Sentados, sem a roupa superior. – Você é linda. 
- Jacob... – tombei a cabeça pro lado e comecei a rir. – Por favor... 
- Eu estou falando a verdade, o que eu vejo – ele mordeu o lábio inferior e me olhou de uma maneira que nunca tinha o feito. – Você é a menina mais linda que eu já vi. 
- Aham – ri sem humor. 
- Eu te amo – Jacob mordiscou meu lábio. – E isso faz uma puta diferença! 
- Tô nervosa – falei com a voz trêmula. – Eu tô muito nervosa! Eu te amo, te amo demais, e acho que isso está me deixando mais louca ainda. 
- Nessie – ele roçou seu nariz no meu, beijou o canto dos meus lábios e minha clavícula; sem querer soltei um gemido baixo que o fez rir. – Deixa a parte do nervosismo comigo, eu te acalmo. 
- U-hum... – foi a única coisa que consegui soltar. 

Jacob me beijou e eu senti meu mudo girar. Nossos lábios se abriram devagar e aos poucos eu sentia sua língua entrando dentro de minha boca, roçando meu lábio superior e depois o meu inferior; eu fazia os mesmos movimentos e nossas línguas se encontravam no meio do caminho, dando um gosto molhado e doce ao beijo. Era devagar, era íntimo, sexy e eu não queria que terminasse nunca. Coloquei minhas mãos em seus cabelos, abrindo e fechando meus dedos e dando mais velocidade ao beijo, dessa vez travando uma guerra deliciosa de quem estava comandando os movimentos, e, felizmente, era eu. Senti-o me segurar pela cintura e me levantar um pouco, empurrando meu corpo pra cima e nos fazendo ficar deitados novamente na cama, na posição em que estávamos antes. Ele, com carinho, abriu minhas pernas, colocando uma das mãos entre minhas coxas e as separando, encaixando-se no meio do meu corpo e fazendo uma pressão leve de sua pélvis contra a minha. Claramente ele tinha experiência no assunto, porque eu suspirei e me assustei com esse simples movimento. Deslizei minhas mãos trêmulas e inexperientes pelas costas dele, sentindo cada ondulação perfeita, e o juntando mais com o meu corpo; era uma sensação maravilhosa e totalmente nova. Paramos de nos beijar e nos encaramos, Jacob agora estava com a mão no botão da minha calça jeans e, era como se ele estivesse pedindo autorização para continuar. Sorri. 

- Você já está... – ele brincava com a barra da minha calcinha com a respiração um pouco ofegante. 
- Eu sei, percebi – ri quando entendi do que o comentário se tratava. – Não me obrigue a fazer algum comentário e acabar com o clima. 
- Não vou – ele riu com os lábios encostados aos meus. – Eu vou pegar a camisinha. 
- Ok – suspirei. Jacob permaneceu com o corpo em cima do meu e apenas esticou o braço para chegar até a gaveta e dali tirar um preservativo. – Você quer...? 
- Hoje não – mordi os lábios. – Não vou conseguir. 
- Tá bom – ele se ergueu. – Dois segundos. 
- Aham – eu ri e tapei meus olhos com as mãos, Jacob começou a gargalhar. – Foi mal. 
- Foi engraçado – ele riu. Ouvi o plástico ser rasgado e depois uns barulhos não conhecidos, acho que ele já tinha colocado a camisinha. Ele voltou a se deitar por cima de mim e, pela primeira vez, senti queJacob estava ali, presente.– Posso, continuar? 
- Hm – eu ri e encostei minha cabeça no ombro dele. – U-hum. 
- Você prefere tirar ou... 
- Você – suspirei. – Prefiro, você. 

Seus dedos entraram dentro da costura de minha calcinha e bem devagar, senti-a deslizar por minhas coxas e depois pararem no meu pé. Jacob desceu acompanhando o movimento e depois voltou, ficando por cima de mim novamente. Ele me beijou bem devagar e pousou suas mãos em meus quadris, levantando meu corpo apenas alguns centímetros da cama; eu coloquei minhas mãos em seus ombros e apertei meus olhos com força, já imaginando o que estava por vir. 
Senti uma dor muito forte e ardida, como se eu estivesse sendo rasgada ao meio. Contraí meu corpo todo, e isso incluía minhas pernas, que acabaram sendo flexionadas de forma rápida e assustaram Jacob. Ele perguntou se estava tudo bem, se podia continuar, eu disse que sim apesar da dor. E novamente, senti a dor, dessa vez um pouco mais forte, ardida e seca, muito seca. Sem querer acabei puxando meu corpo pra trás, o que resultou em uma dor mais forte, porque alguma coisa deve entrado em alguma outra coisa de forma errada. Novamente, Jacob se assustou e parou de fazer o que estava fazendo. Meu coração parecia pular em minha garganta de tanto pavor, sério que doía desse jeito? Mas não era PRA SER BOM? Ele encostou sua testa na minha e eu gemia e sentia meu corpo todo tremer, sem falar que lá estava dolorido e eu sentia vontade de chorar; na verdade eu já estava chorando porque meu rosto estava molhado. 

- Desculpa – falei fungando e fazendo careta. – Desculpa, desculpa. 
- Hey – ele me apertou e me beijou. – Há outros jeitos de se fazer isso, sabia? 
- Outros jeitos? – Soltei em meio a um soluço que foi interrompido. – Como? 
- Se eu pedir pra você relaxar e confiar em mim, você faria isso? 
- Cla-claro. 
- De verdade? Confia em mim? – Seu olhar era mais sexy e sério, seus dedos apertavam meus braços como quem quer passar segurança, de alguém que sabe muito bem o que está prestes a fazer. 
- Confio – falei ao fim, suspirando e cortando meu choro. 

Ele me beijou mais uma vez, dessa vez com um pouco mais de paixão, deixando meus lábios molhados e pedindo por mais. Me assustei com essa demonstração inesperada de paixão e me entreguei, voltando a ficar relaxada. Enquanto nos beijávamos, percebi que ele estava tocando ali, de forma carinhosa e devagar. Era um toque gostoso, diferente do de antes, era uma... Massagem? Parecia que Jacob havia achado um ponto e ali ficou, não interrompendo o beijo, porém eu tive que separar nossas bocas, pois um gemido manhoso acabou escapando de meus lábios, um barulho que eu nunca tinha feito antes. Ele intensificou mais os movimentos, agora com a boca apenas em cima da minha, ele tinha os olhos abertos e parecia gostar do que via, porque cada vez que eu grunhia ele sorria e os movimentos tornavam-se mais intensos, mais gostosos. Ergui meu corpo e procurei sedenta pelos lábios dele, porém mal conseguia mexer meus braços ou meu corpo, parecia que eu estava totalmente entorpecida, até minha cabeça parecia zunir e minha visão ficava turva. Ele parou o que fazia e eu arregalei meu olhar pra ele em quase uma situação de desespero, como que ele faz isso agora? Sério, ele desceu o corpo, beijando meu colo, seios, barriga e começando a beijar onde antes sua mão estava. AQUILO era novo, e AQUILO era muito, muito melhor que os dedos. Eu podia sentir os lábios de Jacob, as mãos dele apertando minhas coxas e ele parecia dominar muito bem o que fazia, bem até demais. Puxei os meus cabelos para trás e, de novo, arqueei meu corpo, como quem pede por mais. Eu pedia por mais sensações, embora eu tivesse a impressão de que melhor do que estava, não tinha como ficar. Não era mais dor, não era incômodo, era ótimo. E, de novo, quando eu estava perto de ter um colapso, Jacob parou o que fazia e subiu o corpo, beijando cada parte de mim e chegando finalmente até minha boca. Eu mal conseguia respirar e cada célula minha pulsava, especialmente lá! Sem dizer nenhuma palavra, ele voltou a me beijar, e quando eu estava totalmente entregue e relaxada, ele novamente tentou. Dessa vez foi mais fácil, apesar de estar dolorido, foi menos seco e menos ardente, parece que “entrou” com mais facilidade. Gritei, mas foi impulso. Meu grito depois se transformou em um gemido alto, dessa vez eu estava conseguindo sentir mais prazer, ficar mais a vontade com a situação. Jacob foi uma, duas, três vezes... Cada vez era melhor, mais rápido e mais quente. Meu corpo já estava suado, bem como o corpo dele... Nós dois estávamos quentes e barulhos desconhecidos escapuliam de nossos lábios. Quando eu estava sentindo que ia perder os sentidos, cravei minhas unhas curtas nas costas dele e mordi seu ombro, soltando ali um grito de quem parecia ter chego a um ápice jamais conhecido. Minhas pernas ficaram bambas e meu corpo todo parecia uma gelatina, minha visão escureceu, eu via estrelas e pontinhos brilhantes. Não sentia mais dor, não sentia mais Jacob em cima de mim, era só uma sensação de prazer que estava se espalhando em meu corpo. 

Quando abri os olhos, vi Jacob deitado ao meu lado, apoiado em um dos braços me olhando e sorrindo com os lábios fechados. Suspirei e então me dei conta de que estava nua deitada de frente com ele me observando. Meu rosto corou e eu procurei o lençol para me embrulhar, e assim que o puxei, vi duas marcas de sangue ali na cama. A vergonha só piorou. Sentei-me puxando o lençol pra mim e me cobrindo, olhando para aquelas manchas que me envergonhavam tanto! Jacob me abraçou por trás e encostou a cabeça em meu ombro, depositando um beijo ali. 

- Oficialmente você não é mais virgem – ele disse rindo rouco ao pé do meu ouvido. 
- Você poderia, pelo menos, ter colocado um lençol escuro, pelo menos não ia sofrer com tanta vergonha agora – resmunguei quase chorando. – Não sabia que ia sangrar tanto. 
- É normal, babe – mais beijos no meu ombro. – Não tem problema nenhum, alguma hora isso ia ter que acontecer, certo? 
- Sim, mas... – funguei. – Me incomoda – ri sem humor. 
- Tá dolorido? – Ele fez carinho no meu rosto virando-me para eu poder melhor olhar em seus olhos. – Como você tá? 
- Não vou negar que está doendo – eu ri. – Mas valeu a pena – mordi os lábios sentindo um frio na barriga. – Pelo menos pra mim. 
- Como assim? – Ele me perguntou confuso. 
- Digo – brincava com seus cabelos enquanto falava. – Não posso reclamar, foi muito bom – suspirei. – E pra você? 
- Renesmee ... – ele rolou os olhos. 
- Desculpa, eu não deveria estar perguntando isso. 
- Foi perfeito – Jacob selou meus lábios. – Tá vendo isso aqui? – Ele me mostrou seu ombro e havia ali uma marca roxa. – Se tem marcas depois do sexo, quer dizer que foi bom. 
- Ai, meu Deus! – coloquei a mão na boca e toquei o pequeno espaço onde eu era a culpada por estar machucado. – Desculpa, eu acho que nem me lembro disso, digo, como que eu fui fazer isso. 
- Melhor ainda – ele riu. – Tá tudo bem, meu amor, tudo bem. Já se olhou? 
- Por quê? – Arregalei os olhos. – Tô com algum roxo? - Aqui – ele apertou minha perna e eu senti doer. – E umas no pescoço, mas eu te passo um creme ótimo pra isso depois – Jacob gargalhou. 
- Não lembro disso também – respondi envergonhada. – Escuta, eu vou... Tem que tirar seu lençol daqui. 
- Nessie – ele riu. – Quer parar de se preocupar com isso? Por favor? – Ele se encostou na cama e me chamou, pelo menos ele vestia a cueca. Fui até ele e me sentei no seu colo, tendo meu corpo envolvido apenas pelo lençol branco. – Eu não sei você, mas eu estava esperando por isso há um bom tempo. 
- Sei disso – ri e me aninhei mais ao seu corpo. Ele passava a ponta dos dedos por minhas costas enquanto eu tinha a cabeça encostada na curvatura do seu pescoço, respirando a mistura de suor e perfume. Estranho, mas gostoso. – Também queria, parte de mim queria e a outra estava morrendo de medo. - Sabia que a prática leva à perfeição? – Ele disse brincando e nós dois gargalhamos como duas crianças. – Eu tô falando sério! Não vejo a hora de fazer isso o que nós fizemos, de novo. 
- Eu também não – suspirei. – Mas me dá um tempo, porque eu vou ter que assimilar o que acabou de acontecer. 
- Seu tempo, babe, seu tempo – ele beijou o topo de minha cabeça. – Mas eu aposto que não vai demorar muito. 
- Jacob! – Eu ri e ele também. 
- Na boa, Nessie, é bom demais! E comigo ainda, você não vai conseguir ficar sem. 
- HÁ! Pretensiosa ao extremo – dei um tapa em sua barriga e ele berrou, mas depois sorriu. – Acho bom você não me estragar para futuros namorados, mas algumas coisas eu posso aprender com você. 
- Futuros... Oi? – Ele me encarou e eu mordi os lábios querendo rir. – Tá querendo dizer o quê? Aprende as coisas comigo e depois vai treinar com outros? 
- Não posso ser mulher de um homem só – fiz bico e ele me olhou totalmente indignado. 
- Renesmee , retire o que disse – ele me olhava sério, mas eu via o canto dos seus lábios tremendo querendo rir. – Renesmee ... 
- Não – saí de seu colo e me levantei da cama. – Não retiro. 
- Renesmee ... 
- Jacob... – ele já tinha levantado também e caminhava na minha direção. 
- Para, Jacob! – Eu gargalhava. – Para com isso. 
- Retira o que você disse, ou vai pagar as consequências – ele agora não aguentava mais e já sorria. 
- Whooo, medo – eu zombei e me arrependi. 

Jacob correu até mim e me pegou no colo, o lençol escorreu um pouco na lateral do meu corpo, e, por fim, ele já estava todo no chão. Novamente nós dois estávamos na cama e, concordando com ele, a prática pode levar à perfeição, porque nós decidimos praticar um pouco mais. 


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Notas finais do capítulo

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