Não Olhe Para Trás escrita por Mnndys


Capítulo 12
Do seu lado


Notas iniciais do capítulo

Amors

como já tem os capitulos escritos, vou postar um por dia, ok?

Não vou postar tudo de uma vez só hoje como algumas pediram, pq quando acabar todos os escritos se eu não tiver mais nenhum para postar vocês vão ficar sem história por uns 10 dias.

Então vou postando um por dia e nesse tempo posso ir escrevendo capitulos novos



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Demi Lovato está cantando “Give me a heart break” em algum lugar do quarto, sei imediatamente que é meu celular tocando. Abro os olhos e Ethan não está ao meu lado na cama.

Puxo minha bolsa da mesa de cabeceira, me lembro de tê-la deixado na sala quando chegamos, ele deve tê-la colocado ali. Pego o telefone e leio “Elliot chamando”, fico alguns segundos olhando para a tela e então aperto recusar. Aparecem quatro novas mensagens na minha caixa de entrada.

Mia você está com Ethan? Vocês sumiram. Kate.

Elliot está ficando realmente bravo. Então mande uma resposta. Kate.

Que droga Mia! Se quiser sair com sei lá quem para fazer sabe lá o que problema é seu, mas ao menos avise que vai dormir fora. Seja adulta. Elliot.

Por favor, responde! Kate.

Qual era o problema com eles? Eu morei sozinha na França e ninguém ficava me ligando pra saber se eu tinha dormido em casa ou não e agora estavam fazendo esse drama todo. Deixo o celular na cama e me levanto. Visto minha calcinha e a camisa de Ethan. Quando estou prestes a deixar o quarto ele entra.

- Bom dia. – Falo.

Ele passa a mão em volta da minha cintura e me beija.

- Bom dia. – Diz. – Ta com fome?

- Sinceramente, sim.

- Já que nosso café da manhã no Starbucks furou fiz alguma coisa. – Diz, depois vai até a cama e pega meu celular.

- Primeiro você precisa ligar para o Elliot ou para sua mãe. – Diz me passando o celular.  – Kate está sendo insuportável.

- Tenho mesmo que fazer isso? – Digo a contragosto.

- Por favor. – Ele diz.

- Ta. – Aceito. - Você já falou com Kate?

- Não, mas ela mandou varias mensagens.

Penso se seriam tão irritantes quanto as que eu havia recebido. Pego o celular da mão de Ethan e me sento a cama. Ele sai do quarto de novo.

Aperto para chamar Elliot e começo a me preparar mentalmente para seja lá o que ele for dizer.

- Bom dia!! – Falo assim que a chamada é atendida.

- Onde você estava com a cabeça de sumir no meio da noite? – Pergunta bravo.

- Primeiro, onde está sua educação que não responde o meu Bom dia? – Pergunto sabendo que estava o irritando. – Segundo, se você viu que Ethan também não estava ai podia supor que eu estava com ele.

- Eu supus isso, mas eu queria uma só noticia que você estava bem seja lá onde você estivesse com ele. – Esbraveja.

- Quanto drama. – Reclamo. – Afinal o que poderia ter acontecido?

- Quer que eu liste a quantidade de coisas que podem acontecer durante a madrugada em Seattle? – Diz ainda irritado.

- Não precisa. Eu não queria preocupar. – Digo mais relaxada.

- Mas preocupou. – Diz ríspido, mas logo depois muda o tom de voz. – Eu me preocupo, você é minha irmã mais nova. Todo o tempo que morei aqui você nunca dormiu fora de casa. É a primeira vez que durmo aqui e você some, acho que é caretice.

Então era isso? Elliot só estava sendo o irmão mais velho. Era diferente de Elliot, fiquei encantada. Apesar de muito chato foi algo legal da parte dele.

- Deve ser caretice, isso é coisa de gente velha como você. – Digo brincando. – Obrigada por se preocupar. Eu te amo.

- Ta legal. Mamãe quer falar com você.

- Oi mãe. – Falo.

- Oi querida. Espero que a noite tenha sido boa para compensar esse ataque histérico do Elliot? – Diz ela.

É impressionante a capacidade que a minha mãe tem as vezes de ser tão espontânea, sinto meu rosto corar enquanto ela fala.

- Mãe! – Repreendo.

- Como se você não fosse correr para me contar depois mesmo. – Fala.

Eu sempre contava tudo para ela, além de minha mãe Grace era minha melhor amiga.

- A noite foi perfeita. – Confesso enfim. Ergo meu olhar para a porta e vejo Ethan parado. Coro pela segunda vez em pouco tempo. – Mãe preciso desligar, até mais.

Desligo o telefone e fico olhando para a cama, estou com vergonha de encarar Ethan.

- Então a noite foi perfeita? – Ele pergunta.

- Não era para você ter ouvido isso. – Digo envergonhada.

- Gostei de ouvir. – Diz. E eu gosto disso, me motiva a olhá-lo de novo. – Vamos tomar café.

- Que horas são? – Pergunto me sentindo meio distante do resto do mundo.

- Quase uma. – Ele fala tranquilamente.

- E nós vamos tomar café da manhã? – Pergunto.

- A não ser que queira sair e almoçar.

- Não! – Falo prontamente. – Não quero passar o dia com mais ninguém além de você. – Vou até ele e só então reparo em sua boca, passo o dedo sobre ela. – Está inchado. – Constato.

- Fui atacado por um selvagem. – Ele diz.

- Da próxima vez você talvez precise ser mais rápido e atacar primeiro. – Falo.

Ele revira os olhos para mim.

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Fico impressionada ao ver o café da manhã que Ethan arrumou para nós, sei que deveríamos estar almoçando já, mas não tem como resistir a isso.

Tinha tudo na pequena mesa de quatro lugares, donuts, waffles, ovos mexidos, torradas, suco, iogurte. Se eu comesse tudo aquilo precisaria passar a semana toda na academia.

- Você saiu? – Pergunto depois de pensar que era impossível que ele já tivesse tudo em casa.

- Rapidinho. – Ele diz enquanto puxa uma das cadeiras para eu me sentar.

- Devia ter me chamado. – Digo.

- Não tive coragem de te acordar. – Fala de uma maneira tão carinhosa que me deixa boba.

Sorrio para ele e em seguida ataco o café da manhã. Opto inicialmente pelo iogurte e pelos donuts. Eu não sabia que estava com tanta fome. Enquanto como Ethan fica olhando para mim, fico sem graça e tento desviar o meu olhar para todos os lados, mas é impossível.

- Você está me deixando sem graça. – Revelo.

- Eu gosto de te deixar sem graça. Aliás, você fica assim muitas vezes desde que te conheci. – Diz presunçoso.

Penso em discutir aquilo, mas eu apenas iria negar o óbvio. Ethan de repente começa a me observar de novo, dessa vez mais sério, sei que alguma coisa o está incomodando.

- Está querendo me dizer alguma coisa não é? – Pergunto.

Ele move a cabeça em afirmativa e meu corpo congela.


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