Se Eu Morrer Jovem... escrita por Isabell Grace


Capítulo 45
Capítulo Quarenta e Quatro - Cato


Notas iniciais do capítulo

Oi adoráveis! Nada a fazer além de agradecer muito vocês por lerem, comentarem e acompanharem a minha fic. Um agradecimento mega especial a Belle Gray Stone que recomendou a fic, muito obrigada MESMO. E também a Rose Of Fire, a gêmea perdida que eu encontrei e também a todos vocês que estão aqui todo dia.
Um capítulo um tanto emocionante e choravel pra vocês hoje, desculpem por isso.
Beijos Isabell
Ps: Queria pedir a mulher do Malik para não me agredir na escola amanhã, depois desse capítulo.



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A chuva caia mais forte sobre os meus cabelos, me deixando todo encharcado, mas eu não me importava, eu chorava ainda mais, só que agora de raiva. As palavras de Thresh rondavam a minha mente e o que mais me incomodava, o que mais me fazia sentir raiva, era que ele estava certo.

Ela não vai voltar porque eu a matei e mesmo ela tendo gritado desesperadamente o seu nome, você não conseguiu chegar a tempo de salva-la.

Eu não consegui salvar Clove, não consegui cumprir minha promessa, meu objetivo de protegê-la. Eu falhei. Foi a pior falha da minha vida e agora eu não tinha como voltar atrás, eu não tinha como fazê-la viver de novo. E agora? O que será de mim? O que eu vou fazer agora? Não posso vencer sem ela, simplesmente não consigo.

Apesar de eu imaginar que não tinha mais nenhum patrocinador, ouço o apito de um paraquedas que pousa ao meu lado. Pego-o e guardo na minha mochila. Levanto-me do chão e resolvo ir me abrigar dentro de uma caverna para me proteger da chuva. Estico um saco de dormir no chão e assento sobre ele, agora eu tinha dois, o que Clove usava e o que era dadiva dos patrocinadores no banquete, mas que Thresh roubou após matar Clove e agora eu o recuperei.

Abro a mochila e tiro o paraquedas para examinar seu conteúdo. Para minha surpresa não é um pão, ou um remédio, ou uma arma, nem nada disso. É uma carta. Acho que ninguém nunca antes tinha recebido uma carta na arena, eu nem sabia se isso era permitido, mas estava lá, a carta que dizia:

Oi irmãozinho,

Eu estou escrevendo essa carta com a ajuda de duas pessoas muito especiais: Brutus e Enobaria. Assim que os jogos começaram, eles mandaram me trazer para a Capital e agora estão cuidando de mim melhor do que o papai e a mamãe e eu gosto muito deles porque me ensinaram a ser forte como você queria. Então graças aos dois, nessas duas últimas semanas, eu aprendi a encarar as coisas da vida com toda a força.

Eu assisti a tudo o que aconteceu nesses Jogos Vorazes, eu vi você matando os outros tributos no banho de sangue, vi a mudança de regras e vi Clove ser morta. Eu vi e entendi que por mais que você queira que eu seja forte, por mais que você mesmo tente ser forte, existem momentos que são dolorosos demais para aguentarmos. E sei o quanto você a ama, sei que a morte dela é demais pra você. Consigo entender que se você vencer, não vai aguentar passar a vida toda sem ter ela.

É então, meu irmão, que com o coração na mão, mas com toda a força do mundo eu te digo pra que vá, vá em paz ficar com ela, onde quer que esteja porque eu não quero te ver sofrer. O seu sofrimento, para nós três é pior do que a sua morte. Pode ir em paz porque agora sou uma menina forte e vou viver tranquila com Brutus e Enobaria, sabendo que você está em um lugar melhor ao lado de Clove.

Mas, por favor Cato, não se esqueça de dar um bom show para o público. Lembre-se de que esse também era o seu objetivo.

Eu amo você, obrigada por cuidar de mim e me proteger enquanto pôde.

Beijos,

Emily, Enobaria e Brutus.

Minha irmãzinha. Ela estava bem, Enobaria e Brutus tinham cumprido a promessa que fizeram a mim de que iam cuidar dela. Isso me fazia pensar que talvez eu pudesse mesmo ir, ficar ao lado de Clove, seja lá onde for.

Mas antes disso, como eles haviam dito, eu tinha que cumprir o meu outro objetivo, já que não cumpri o principal. Eu tinha que dar um show inesquecível para o público e fazer o distrito 2 ter orgulho de mim.


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Notas finais do capítulo

Maldito orgulho, sempre estraga tudo...