Se Eu Morrer Jovem... escrita por Isabell Grace


Capítulo 44
Capítulo Quarenta e Três - Cato


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Hoje não vou começar agradecendo, vou começar pedindo desculpas por fazer você soluçarem tanto no capítulo de ontem. Não prometo que vai melhorar, mas prometo que o final (daqui a 4 capítulos) vai ser legalzinho.
Bem, então agora hehe, muito obrigada a todo mundo que está lendo e comentando a minha fic. Fico muito feliz por estarem aqui todos os dias me motivando e me fazendo feliz :D
Grande beijo, Isabell.



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Eu estava sentado no chão abraçado aos meus joelhos, dentro da floresta. Eu já tinha chegado a um estado da tristeza tão elevado que não conseguia nem mais chorar, como se minhas lágrimas estivessem secado. Estava apenas paralisado pela dor emocional.

Vários pensamentos me vinham à mente. Pensamentos sobre todos os momento que passei com Clove, sobre como as pessoas do Distrito 2 devem estar encarando a morte dela, sobre como deve estar Emily desde que viu Clove morrer e agora está me vendo sofrer desse jeito e como o resto de Panem reagiu ao descobrir que Katniss e Peeta não eram os únicos amantes desse jogo.

Pensei também no último pedido de Clove antes de morrer. De que queria que eu ganhasse por ela. Eu quase sempre cedia aos pedidos dela, mas esse era um tanto quanto egoísta porque eu não ia conseguir sem ela. Como eu ia vencer, sair daqui e viver toda a vida sem Clove? Eu sei que ainda tenho Emily e que tenho que protegê-la, mas não vou aguentar olhar para ela e me lembrar de todos os planos que fiz com Clove para nós três vivermos felizes juntos e recordar de como me arrependo de não ter fugido com as duas na manhã anterior a Colheita, não importando as consequências. Talvez, quem sabe, tivéssemos uma sorte diferente daquela garota Avox.

A noite chega, quando uma chuva fraca começa a cair. O hino toca e a foto de Clove aparece no céu como a única morte de hoje. Sinto lágrimas rolando pelo meu rosto novamente, se misturando com as gotas de chuva.

Então mais reflexões invadem a minha cabeça. Mas dessa vez sobre vingança. Eu não podia, diretamente, me vingar da Capital ou dos pais de Clove, mas de quem a matou aqui na arena sim. Só tinham duas opções. Não podia ser Peeta porque estava machucado demais e não deve ter ido para o banquete e também não podia ser a garota do 5 porque ela não tinha estruturas para enfrentar ninguém. Sobraram Thresh e Katniss. Eu sabia que Clove era mais esperta, mais forte e mais habilidosa do que Katniss. Em um combate corpo a corpo, com certeza, Clove ganharia, principalmente se ela estivesse com as facas e ela estava. Katniss não a acertara com uma flecha, então sabia que ela não tinha a matado.

Thresh.

Foi ele. Tão grande e forte, em um ato de covardia, matou ela, minha pequena. E depois deixou Katniss escapar como gratidão pela garotinha do seu distrito.

Idiota, covarde. Ele destruiu minha vida. Lembro-me de Clove dizer que tinha medo dele, que não confiava nele. Ela estava certa, era como um pressentimento e eu não dei importância. Que ódio! Mas eu vou me vingar, vou mata-lo da forma mais dolorosa possível.

Quando a manhã chega, a chuva caia mais forte. Juntei todos os meus equipamentos e parti para o fundo da floresta, imergi dentro do matagal, onde provavelmente Thresh se encontrava.

Não demorei para encontra-lo, é claro. Já fui, diretamente, partindo para cima dele com a espada, ele tentava se defender com uma Kopesh. Lutamos algum tempo no chão. Foi uma luta justa já que temos, mais ou menos, o mesmo tamanho e a mesma força física, consegui deixar alguns ferimentos e arranhões no corpo dele e ele no meu, mas por fim consegui domina-lo. Quando olhei em seu rosto minha raiva cresceu ainda mais.

- Ficou chateadinho porque matamos a sua amiguinha? Hã? – perguntei provocando. Ele tentava falar, mas uma de minhas mãos estava presa em seu pescoço, impossibilitando-o – Por que não fala agora? Por que não levanta dai e vem me enfrentar como fez com Clove? – eu gritava – Está com medo, Distrito 11? Você é um covarde. É uma menininha como aquela sua amiguinha que nós matamos. Ela não vai voltar, sabia? Não vai viver de novo. Você não vai poder levar Rue de volta para casa. – eu dizia isso, querendo faze-lo sentir a mesma raiva e o mesmo ódio que eu estava sentindo. É então que ele junta o máximo de ar possível e consegue dizer:

- Clove também não. Ela não vai voltar porque eu a matei e mesmo ela tendo gritado desesperadamente o seu nome, você não conseguiu chegar a tempo de salva-la.

A minha raiva explodiu naquele momento. Então, em um reflexo, uso a espada para furar seu estômago, matando-o assim, mais rápido do que eu planejava.


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