Se Eu Morrer Jovem... escrita por Isabell Grace


Capítulo 42
Capítulo Quarenta e Um - Clove


Notas iniciais do capítulo

Oi amores! Novamente um enorme muito obrigada pra todo mundo que está aqui todo dia lendo e comentando a minha fic. Esse carinho de vocês é maravilhoso e me deixa muito satisfeita.
Bem, uma hora, infelizmente, ia ter que chegar né? O capítulo mais triste de todos. Imaginem vocês que eu chorei a madrugada inteira escrevendo isso.
Seria meio irônico eu escrever "espero que gostem", mas não deixem de comentar ok?
Beijos Isabell



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Os primeiros raios de sol surgiam no horizonte quando Cato e eu nos levantamos, juntamos nossas coisas e as escondemos em um tronco de uma árvore oca. Ele prendeu a espada no cinto e separou um das lanças de Marvel para levar consigo. Eu selecionei uma das facas de sobrevivência, perfeita para combate corpo a corpo, para levar na mão, as outras ficariam presas no colete.

- Está pronta? – Cato pergunta.

- Eu nasci pronta pra isso. – dei uma piscadela pra ele. Eu estava mentindo, é claro. Estava preparada, mas não nasci pra isso. Entretanto, eu tinha que animar e enlouquecer o público. O show começava agora.

- Se alguma coisa acontecer, se precisar de mim, promete que vai gritar? – ele pergunta.

- Prometo. – afirmo com um sorriso – Eu vou conseguir.

Então nos abraçamos e cada um toma seu caminho. Cato começa a andar pela floresta, rumo ao matagal fechado, onde provavelmente, Thresh estava escondido. Ele não entraria lá, esperaria que Thresh saísse e desse de cara com ele.

Eu vou na direção do centro da arena, a cornucópia, o lugar onde aconteceria o banquete. Escondo-me atrás de uma moita e tomo conta da situação. Uma mesa larga onde encima haviam quatro mochilas marcadas com os número 2,5,11 e 12. Vejo a garota do 5, pegando a mochila marcada com o número de seu distrito e correndo de volta pra dentro da floresta. Não devem ter dado dez segundos quando Katniss sai de dentro da floresta e avança para pegar a mochila referente ao seu distrito. É ai que resolvo atacar.

Saio de trás da moita correndo e diretamente lanço uma faca na direção dela, mas ela utiliza o arco para desviar. Tenta acertar uma flecha em mim, que passa de raspão no meu braço sem provocar nenhum grave ferimento. Puxa outra faca do casaco e dessa vez acerto na testa dela, fazendo um corte enorme que ia da sobrancelha até o primeiro tufo de cabelo. No instante em que ela para pra avaliar a gravidade da ferida, pulo sobre ela e dou um soco, fazendo com que ela caia no chão e então a domino prendendo meus joelhos em seus ombros.

- Onde está seu namorado, Distrito 12? Ainda está vivo? – pergunto provocando.

- Ele está por aí. Caçando Cato. – ela diz tentando parecer forte, mas sabia que não tinha mais como escapar, então ela grita. – Peeta!

Por um minuto achei que ela pudesse estar dizendo a verdade, olho para os lados checando se ele vinha ou gritava o nome dela de volta, mas nada acontece.

- Mentirosa. – eu digo – Ele está quase morto. Cato sabe muito bem onde enfiou a espada. Provavelmente, você amarrou ele em alguma árvore enquanto tenta manter o coração dele batendo. O que tem nessa linda mochila? O remédio pro Conquistador? Que pena que ele nunca vai pôr as mãos nele. – Abro meu casaco, selecionando outra faca que estava presa no colete, um Kukri, de lâmina curvada. – Prometi a Cato que se ele deixasse você por minha conta, eu daria um show inesquecível ao público. – ela tentava se soltar de mim, mas era inútil. – Esquece isso, Distrito 12. Nós vamos te matar. Da mesma forma que fizemos com sua ridícula e pequena aliada... Como era mesmo o nome dela? Rue? Vamos fazer isso com você e deixar a natureza cuidar do Conquistador. O que acha? Bem, e agora, por onde começo? Que tal pela boca? Quer mandar um último beijo pro Conquistador? – eu pergunto – Não? Tudo bem, vamos começar.

Mal tenho chances de começar a cortar a boca dela quando uma enorme força me ergue do chão. Era Thresh, ele parecia maior, mais forte e mais assustador do que nunca. Mas o que ele estava fazendo ali? Cato e eu devemos ter errado a sua localização, talvez ele não estivesse escondido no matagal. Ele me encosta no metal da cornucópia e começa a gritar comigo.

- O que fez com aquela garotinha? Você a matou?

Estou em estado de choque, sei que se eu não conseguir correr ou se Cato não chegar aqui, eu vou morrer.

- Não! Não! Não fui eu! – eu digo desesperada.

- Você falou o nome dela. Eu ouvi. – Thresh gritava e suas feições pareciam piorar cada vez mais – Você a matou? Você a cortou como ia fazer com essa outra garota aqui?

- Não! Não! Eu... – é então que vejo uma pedra na mão dele.

Sou paralisada pelo medo. Era o meu fim. Eu não ia conseguir. Eu não ia ganhar com Cato. Nós não íamos voltar pra casa juntos. Acabou. Nossa história de amor teria um fim trágico. Todos os sonhos de um dia viver livre com Cato e Emily seriam destruídos por uma série de acontecimentos: A Capital, meus pais, Thresh e aquela pedra. Era o fim do jogo pra mim, eu perdi.

 Não como desespero, porque eu sabia que ele não chegaria a tempo pra me salvar, estava longe demais pra isso, mas sim como forma de mostrar que eu realmente precisava dele, uma prova de que ele estava certo, que eu não podia ter me afastado dele. Além disso, se eu vou morrer agora, quero dizer o nome dele como última palavra. Junto todas as minhas forças restantes e berro:

- Cato! Cato!

- Clove! – escuto sua resposta, está longe demais, como eu imaginava. Mas estou feliz de ter ouvido sua voz antes de morrer.

É então que Thresh bate a pedra duas vezes na minha têmpora e caio no chão.


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Notas finais do capítulo

Por favor, não chorem.



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