Se Eu Morrer Jovem... escrita por Isabell Grace


Capítulo 39
Capítulo Trinta e Oito - Clove


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Primeiramente, muito obrigada, mais uma vez por sempre estarem aqui, todos os dias, lendo e comentando meu capítulos, isso me deixa muito feliz, todo esse carinho de vocês é especial pra mim.
Queria contar pra vocês que acabei de escrever a fic toda hoje, com esse, teremos mais 9 capítulos e o epílogo. Poxa, passou rápido :/
Bem espero que gostem, não, que amem, o capítulo de hoje e não deixem de comentar. Beijos, Isabell.



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Semifinal. Restam só seis de nós agora. Cato e eu só precisaríamos lutar contra mais quatro pra podermos voltar pra casa. Ou talvez mais três porque quando encontrássemos Peeta, ele não teria nem condições de lutar contra nós dois.

A noite estava gelada e só tínhamos mais um saco de dormir, Cato insistiu para que eu ficasse com ele, já que não caberiam nós dois dentro. Eu entrei nele e me deitei no chão, bem dentro da cornucópia. Cato se sentou ao meu lado, abraçou as pernas e cerrou os dentes.

- Pode dormir. – ele disse – Eu vou ficar de guarda.

As pessoas devem estar pensando que eu não deveria confiar nele, que eu não deveria dormir e deixar ele de guarda, porque todas as alianças deveriam ser desfeitas a essa altura do jogo. Mas demonstro exatamente o contrário, pela primeira vez, desde que entramos na arena, eu durmo com minha faca presa no colete, ao invés de na mão. Sei que alguma hora, no final, o público irá saber sobre nosso amor.

- E se não der certo Cato? – eu sussurro para ele de modo que ninguém possa ouvir.

- O que não der certo? – ele pergunta.

- Ganharmos juntos. E se, sei lá, quando eles perceberem que não vamos matar um ao outro, eles resolvam colocar bestantes para matar apenas um de nós.

- Ou somos nós dois, ou nenhum de nós. – ele diz sério – Se eles colocarem bestantes atrás de você, eu me mato depois e eles vão ficar sem nenhum vencedor. Vai dar tudo certo Clove. – ele segura na minha mão – Eu amo você.

- Eu também amo você. – sussurro.

Uma das últimas coisas que escuto antes de cair no sono são cantos de pássaros. Tordos. Eles cantavam uma melodia de quatro notas que não me era conhecida, mas também não estranha, eu a ouvi hoje mais cedo, um pouco antes da morte de Marvel. Alguém devia estar cantando por ai e os tordos estavam reproduzindo, mas não sei quem e nem de onde vinha.

Dormi a noite inteira. Uma noite sem sonhos. Acordo com a luz do sol ofuscando meus olhos. Saio de dentro do saco de dormir e com a ajuda de Cato o enrolo e prendo na minha mochila. Não tínhamos mais muito o que comer, na verdade só mais um pacote de biscoitos e uma maçã, o resto foi totalmente destruído pela explosão das minas. Dividimos esses alimentos igualmente e comemos como café da manhã. Depois recebemos um paraquedas que continham dois pãezinhos e uma mensagem de Brutus e Enobaria que dizia:

Por favor, voltem para casa.

Cato guardou os pães na mochila e novamente entramos na floresta, desta vez, focando encontrar algo a mais que pudéssemos comer, mas sem perder o foco de achar os outros tributos. Até que tivemos sorte, encontramos um gambá, um coelho e conseguimos pescar alguns peixes no lago. Aquele lago me traziam lembranças de nossos aliados mortos, Glimmer, Marvel e Tara. Fico pensando novamente na ideia de que poderíamos ter sido amigos, se não estivéssemos nos Jogos Vorazes, se eles não existissem. Mas nem é possível sonhar em um lugar como esse, em um lugar como Panem.

A noite cai novamente, outra noite fria. Desta vez resolvemos não voltar pra cornucópia, montamos acampamento na floresta mesmo. Cato decide acender uma fogueira baixa, apenas para esquentar os animais que conseguimos caçar. A partir de agora não podíamos mais chamar muita atenção porque talvez tivessem outras alianças por ai. Talvez Katniss tivesse se aliado a Thresh para caçar nós dois. Mas o frio era realmente um grande problema pra gente, só tínhamos nossos casacos e um saco de dormir e por mais que eu dissesse não, Cato insistia para que eu ficasse com ele. Mas eu não queria que ele passasse frio, morrer de hipotermia seria horrível e eu ia chorar e me fazer sentir culpada para o resto da vida, ou o resto do jogo, porque não sei se seria capaz de suportar viver sem ele. Tínhamos que dar algum jeito de encontrar outro.

O hino de Panem começa a tocar, mas desta vez não há nenhuma fotografia no céu. Ninguém morreu hoje. Mas então escutamos trompetes e imediatamente nos levantamos, ficando em alerta, tiro uma faca do casaco e Cato posiciona a espada. Alguma coisa devia estar acontecendo. Então escutamos a voz do locutor, Claudius Templesmith, dizer:

- Atenção tributos, atenção! As regras que nomeavam apenas um vencedor foram suspensas. De agora em diante, dois podem ser nomeados vencedores, desde que sejam do mesmo distrito. Esse é o único comunicado.


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