Se Eu Morrer Jovem... escrita por Isabell Grace


Capítulo 34
Capítulo Trinta e Três - Clove


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Desculpem a hora, eu sei que está tarde. (tava vendo Salve Jorge hahahaha)
Bem, muito obrigada mais uma vez a todo o carinho de vocês e obrigada por sempre estarem aqui acompanhando e lendo minha fic. Os comentários de vocês sempre me deixam muito feliz. Então pra quem lê e não comenta, por favor não façam isso, não sejam leitores fantasmas porque eu sempre gosto de saber a opinião de vocês.
Então ai vai mais um capítulo. (Glarvel fellings, especial pra Tati @MissGaede) Espero que gostem e não se esqueçam de comentar. Beijos Isabell



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A primeira parte da vigília dessa noite seriam Glimmer e eu. Me encosto sentada na árvore, tiro uma faca do colete e começo a afia-la. Glimmer se assenta ao meu lado com um pacote de biscoitos na mão.

- Aceita um biscoito? – ela pergunta estendendo o pacote pra mim.

- Não, obrigada. – eu respondo – Você está diferente. Sei lá, parece mais... legal. – não era, exatamente a palavra que eu queria usar, mas a única que tinha encontrado no momento – Não parece que você é a mesma pessoa que era no centro de treinamento.

- A arena muda as pessoas. – ela diz seriamente, sempre sussurrando para que o público não escutasse nossa conversa – Ela faz a gente enxergar o que somos e o que queremos ser. E eu não quero morrer, ou vencer sendo o que a Capital quer. Não quero ser a garota fácil e fútil que todos pensam que sou.

- Eu não sabia que você pensava assim. Eu te julguei mal, me desculpe. – eu disse arrependida.

- Não, tudo bem, não é sua culpa. Todo mundo pensa assim porque fui preparada pra fazer com que as pessoas pensam isso de mim. Mas não é o que eu sou de verdade.

- Eu entendo você. – digo – Tenho que fazer com que acreditem que quero estar aqui, que gosto disso. Mas na verdade não, não é o que quero. Tenho outros sentimentos.

- Sabe Clove, eu tinha uma estratégia. Eu pretendia utilizar da minha beleza para seduzir Cato e ganhar uma vantagem sobre ele, mas não deu certo porque assim como Peeta, Cato gosta de alguém que veio pra cá com ele. – respirei fundo. É claro que ela estava certa, só que doía todas as vezes que me lembrava que estava aqui com ele. Sei que Glimmer já tinha sacado o que acontecia entre nós dois. - Estão juntos tem quanto tempo? – ela perguntou.

- Nós nos conhecemos há uns dez anos lá no centro de treinamento do 2, éramos melhores amigos. No dia da Colheita, quando eu fui sorteada, ele se voluntariou pra vir também, mas não era o ano dele. Ele veio pra cá pra me proteger. Foi na viagem pra cá que descobrimos ser apaixonados um pelo outro.

- Pelo menos vocês tiveram um tempo. Foram um pouco mais espertos que eu.

- Como assim? – pergunto – O que quer dizer com isso?

- Gostaria de ouvir minha história Clove? Não é uma história muito feliz, mas nenhuma das nossas é. Qualquer resíduo de felicidade que possamos ter é totalmente destruído pela Capital. – eu balancei a cabeça, ansiosa para ouvir o que ela tinha a dizer – Eu venho de uma família muito rica. – ela começa – Meus pais são donos de uma fábrica de joias a base de metais preciosos. Eu e meu irmão sempre tivemos tudo o que desejamos, menos carinho e atenção. Nossos pais trabalhavam muito e não tinham tempo pra nós. O único carinho que recebia era dele e vice-versa. Há três anos eu assisti a morte dele nesses jogos. Eu chorei muito por muito tempo, até que conheci Marvel. Ele era agora minha nova fonte de carinho e atenção, ele era o único que eu podia realmente confiar, que realmente me escutava, que era meu amigo sem querer nada em troca. Mas então descobrimos que seriamos voluntários no mesmo ano.

- E você gosta dele? – suponho.

- Sim. Eu nunca senti por alguém o que sinto pelo Marvel, mas eu só me toquei disso no último segundo mesmo, na noite anterior a chegarmos na arena. Não dormi a noite pensando nisso. E até agora não consegui falar isso com ele.

- Conta. Diga pra ele amanhã de manhã. Porque você não sabe por mais quanto tempo estarão vivos e não é justo morrerem sem saber o que sentem um pelo outro. – eu disse a incentivando.

- Obrigada Clove. – ela sorri pra mim – Sabe, eu acho que se não estivéssemos aqui dentro dessa arena, eu acho que até poderíamos ser amigas. – eu balanço a cabeça em concordância.

E podíamos mesmo. – eu penso – Nunca imaginava que podia encontrar alguém aqui nesses jogos que pensasse como eu. Que amasse alguém que também estava aqui e que não podia dizer pra ninguém porque tinha medo de que pensassem que era fraca. 


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