Se Eu Morrer Jovem... escrita por Isabell Grace


Capítulo 31
Capítulo Trinta - Cato


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Antes de mais nada,queria agradecer novamente a todo mundo que está aqui acompanhando, lendo, favoritando, enfim, a todo mundo que está aqui comigo.
Eu queria fazer uma dedicação especial desse capítulo a mulher do Malik, Tatiane do Carmo, obrigada por acompanhar minha fic e por estar comigo todas as manhãs, obrigada por tudo, amo você.
Mais uma vez obrigada também a todos e por favor não deixem de comentar, a opinião de vocês é sempre importante. Beijos Isabell



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Eu conseguia sentir meu coração paralisado de medo. Estávamos todos sem saída. Se Peeta a matasse, ele poderia sair correndo, mas não iria muito longe, Marvel o acertaria com uma lança ou Glimmer com uma flechada.  Por outro lado, se alguém ali tentasse avançar nele, Clove cairia morta no chão.

- Calma cara. – eu dizia – Não precisa fazer isso, solta ela, por favor. – eu tentava falar tranquilamente, mas o desespero e o medo de perder Clove me dominavam – A gente não quer machucar você.

- É, a gente só quer aliança. – Glimmer falou – Sabemos que você está sem comida, sem armas, sem nada. E precisamos de você pra encontrar a garota do seu distrito.

Ele mudou a expressão facial, parecendo ceder um pouco, mas ainda a segurava forte.

- E como é que eu vou saber se isso não é uma cilada? – ele perguntou – Como posso garantir que quando eu solta-la vocês não vão me atacar?

Tomei uma das lanças da mão de Marvel e entreguei a Peeta.

- Agora larga ela. – Falei. Ele a soltou e ela se afastou alguns passos dele, colocando as mãos no joelho e respirando forte pra recuperar o ar.

Digamos que também respirei aliviado. Por um segundo achei que ia perde-la. Ela ficou entre mim e Marvel, como forma de proteção, caso Peeta mudasse de ideia.

- Então, me querem como aliado para eu lhes ajudar a encontrar a garota do meu distrito? Bem, eu ia ter que mata-la alguma hora, não é? – ele disse dando de ombros – Então vamos lá.

- E sobre estar apaixonadinho por ela? – Tara provocou, mas ele não respondeu nada, decidiu por ignora-la.

Andamos em silêncio por algum tempo. Estávamos em duplas, Clove e eu na frente, atrás Marvel e Glimmer e no fundo, Tara e Peeta. Olhei pra trás por um segundo e pensei ter visto Marvel segurar a mão de Glimmer, mas não, esse não é o jogo deles.

A noite caia quando o hino de Panem começa a tocar e a insígnia dos onze mortos aparece no céu. Paramos por um minuto para ver, cada um apontava pro tributo que tinha matado.

- O garoto do meu distrito morreu? – Tara perguntou ao ver a foto dele.

- Fui eu. –respondi com uma risada – Desculpa ai.

- Não, tudo bem. Se não fosse você a mata-lo, seria eu, então obrigada. – ela parecia dizer com sinceridade.

Quando as fotos acabam e continuamos a caminhada, até que de repente Clove para e manda ficarmos em silêncio. Conseguimos ouvir um barulho de algo estalando.

- Algum idiota acendeu uma fogueira ali na frente. – Marvel falou – Vamos lá.

Começamos a correr na direção da fogueira. Era a garota do 8. Ela estava cochilando, encostada em uma pedra, quando chegamos lá. Marvel a cutucou com o pé e ela se despertou assustada. Só teve tempo de dar um grito antes que eu pudesse lhe enfiar a espada na barriga.

- Doze abatidos e onze a caminho! – Tara gritou e todos vibramos.

- Melhor dar o fora, para que eles possam recolher o corpo antes que comece a apodrecer. – eu disse. Os outros concordaram comigo. Andamos por uns dez metros até que Glimmer diz:

- A gente já não devia ter ouvido o canhão?

- Eu diria que sim. – Tara fala – Não há nenhum empecilho para eles atirarem imediatamente.

- A menos que ela não esteja morta. – Glimmer retruca.

- Ela está morta. – eu disse – Eu mesmo acertei ela.

- Então onde está o canhão? – pergunta Marvel. – Alguém devia voltar pra ter certeza de que o trabalho foi feito.

- É mesmo, ninguém aqui vai querer caçá-la de novo. – Tara falou.

- Eu disse que ela está morta! – eu disse com raiva. Começamos uma discussão até que Peeta diz:

- Nós estamos perdendo tempo! Vou lá terminar o serviço nela e a gente segue caminho.

- Vai lá então Conquistador.  – eu digo – Veja você mesmo.

Quando ele sai, Glimmer se aproxima de mim e diz num sussurro:

- Por que a gente não mata ele agora e acaba logo com isso?

Convenci-a de que precisávamos dele pra encontrar Katniss e a fiz lembrar-se do provável ódio que ela também sentia pela nota onze que a garota tinha recebido e que Peeta deveria saber com ela o conseguiu. Paramos a conversa quando sentimos que ele estava voltando.

- Ela estava morta? – perguntei a ele.

- Não. Mas agora está. – o tiro de canhão confirma sua resposta – Vamos indo?

Andamos por mais alguns poucos minutos até que paramos para dormir um pouco. Decidimos que Peeta e eu ficaríamos de guarda enquanto os outros dormiam, depois trocaríamos.

Encosto-me, em pé, no tronco de uma árvore, enquanto Peeta da voltas em torno dos outros quatro que dormiam no chão. Eu observo Clove dormir sobre as folhas, encolhida em uma concha, segurando uma faca em uma das mãos. Eu estava tão feliz e aliviado de ela ter sobrevivido ao dia de hoje que consigo dar um sorriso.

Peeta para ao meu lado, também se escorando na árvore e sussurra:

- Parece que eu não sou o único conquistador por aqui, não é?


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