Se Eu Morrer Jovem... escrita por Isabell Grace


Capítulo 27
Capítulo Vinte e Seis - Cato


Notas iniciais do capítulo

Um grande olá para todos os meus 13 leitores registrados e para os outros anônimos também. De coração, muito obrigada a todo mundo que lê, comenta, favorita e acompanha essa fic. Fico cada dia mais feliz com vocês e seus comentários e cada dia me esforço mais pra fazer capítulos legais pra vocês.
AMANHÃ ELES ENTRAM NA ARENA!! QUEM TÁ ANSIOSO? O/
Grande beijo, Isabell.



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Isso não é justo. – eu pensava – Ele não a ama de verdade, aposto que é uma estratégia, pelo menos não como eu amo Clove. – Tudo bem, eu sei que eu estava sendo egoísta, talvez ele a amasse sim, mas eu também tinha que ter o direito de falar que a garota que eu amo também veio pra cá comigo. Às vezes eu acho que, se fossemos de outro distrito mais pobre, as coisas seriam mais fáceis pra nós.

Pego o elevador com os outros tributos e cada um desce em seu andar. Foi a última vez que os vi antes de entrar na arena.

Clove e eu somos recebidos pela equipe com abraços e elogios quanto à entrevista. Jantamos e fomos pra cama, a última noite que eu teria a oportunidade de passar junto com Clove, só eu e ela.

- Tá preparada? – eu pergunto. Ela estava deitada em meu peito e eu alisava seus cabelos.

- Estou. Tenho que estar. – ela dizia com uma tranquilidade tão grande que nem parecia que estávamos à véspera de entrar na arena.

- Eu ainda vou manter minha promessa de proteger você, está bem? Nada vai acontecer enquanto eu estiver do seu lado.

Ficamos em silêncio enquanto eu continuava esfregando meus dedos no cabelo dela, até que ela adormeceu. Eu gostava de vê-la dormindo, era tão pequena e indefesa, nem parecia aquela garota mortífera e sanguinária que atirava facas.   

Passei a noite sem pregar o olho. Não conseguia parar de pensar no que seriam as próximas duas semanas, ou talvez menos. Eu pensava em como estavam as coisas lá em casa com Emily, como ela estava encarando isso e como eu queria que ela soubesse que pretendo voltar pra casa.

A noite parecia interminável, eu tinha que dormir um pouco para estar pronto para amanhã, mas os pensamentos não me saiam da cabeça. Pensei também em Brutus e Enobaria e sobre ela ter prometido que ia ajudar minha irmãzinha se algo saísse errado pra mim, eu estava grato a ela por isso. Tinha que me lembrar de dizer obrigado aos dois antes de ir para arena.

Porém o que mais rondava a minha mente eram as várias formas de eu manter Clove viva, porque, afinal, esse era o verdadeiro motivo pelo qual eu estava indo para esses jogos. Por outro lado, eu continuava tendo o objetivo de ser um orgulho pro Distrito 2, então eu tinha que dar um excelente show para o público.

Deviam ser cerca de cinco da manhã quando Brutus e Enobaria entram no quarto nos acordando. A garota Avox, que me ouviu falar naquele dia, entra junto com eles e deixa uma muda de roupa básica na minha mão e outra na de Clove, ela sai logo em seguida, deixando nós quatro sozinhos.

- Agora é a hora. – Brutus dizia – Façam tudo como combinamos. Façam o que a Capital quer, um bom show. E por favor, por favor, fiquem vivos.

- Peguem o máximo de coisas na cornucópia quando o jogo começar e dividam entre si. – Enobaria disse - Sobre os patrocinadores, eu lhes garanto que vamos conseguir alguns pra vocês.

- Obrigada gente! – Clove disse – De verdade, obrigada mesmo, por tudo. Vocês não são apenas nossos mentores, são mais que isso, são especiais pra nós, como amigos.

- A verdade? – eu falei – Além de minha irmã e de Clove, vocês são as únicas pessoas que eu realmente amo. – Nós nos abraçamos em conjunto.

                Depois, Clove e eu recebemos de presente de Brutus e Enobaria duas pulseiras que tinha penduradas um pingente com o número dois, que representava o Distrito 2, um pingente de uma faca, que representava Clove, e um de uma espada, que representava a mim. As pulseiras eram exatamente iguais.

                - Ok, Cato é melhor se trocar no seu quarto. Em alguns minutos uma pessoa virá aqui colocar os rastreadores em vocês, depois serão levados separadamente, cada um para uma sala, para tomarem café e dai vão direto pro Curral pra serem lançados pra arena.

                - Só nos veremos na arena agora? – Clove perguntou. Antes que alguém pudesse responder eu a abracei forte, apertando meus braços em volta de seu corpo, ela cabia perfeitamente neles. Podia ficar assim, não soltar desse abraço nunca mais, seria um ótimo jeito de protegê-la. Então quando eu finalmente a solto, a envolvo em um beijo nos lábios. O mais especial de todos, o mais envolvente, porque não sabia quando seria a próxima vez que eu poderia fazer isso.

                - Eu te amo, muito. Muito mesmo. – eu disse, separando do beijo – Nós vamos ficar bem. Fica do meu lado o tempo todo, ok? Por favor, não sai de perto de mim. Nós vamos ganhar de qualquer forma, eu sei que vamos. Eu amo você. – repeti para ter a certeza de que ela não se esqueceria disso nunca.


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