Se Eu Morrer Jovem... escrita por Isabell Grace


Capítulo 17
Capítulo Dezesseis - Cato


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Mais uma vez eu queria agradecer a todo mundo que lê, comenta e é fiel a minha fic. Obrigada de coração, cada comentário de vocês é uma alegria pra mim. Então não deixem de comentar pra eu não ficar tristinha hahaha. Aos leitores fantasmas, apareçam ai pq eu sempre vou querer ouvir a opinião de vcs.
Que tal um pouquinho de romance ft. drama no capítulo de hoje? dedicado a todas vocês.



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Passei outra noite no quarto de Clove, mas não conseguia pregar o olho, não conseguia parar de pensar no tamanho da raiva que estava dos pais dela.

As crianças de doze anos que atormentavam minha irmãzinha, a garota do Distrito 12, os pais de Clove, esse era lista das pessoas que eu odiava. Eu não podia matar os pais de Clove nem as crianças da escola de Emily, mas Katniss seria uma das primeiras que eu iria pegar na arena.

Olhei para o lado e vi Clove dormindo encolhida em concha, peguei a coberta que estava dobrada na beira da cama, a cobri e dei um beijo em seu rosto. Ela se mexeu um pouco, saindo da forma de concha e depois ficou imóvel novamente.

Quando Sophie nos contou que seus pais a tinham mandado pra cá, ela reagiu com tanta raiva quanto eu, mas não parecia surpresa. Ela sabia os pais que tinha, já esperava isso deles.

Acho que de tanto pensar acabei adormecendo. Acordei com o relógio marcando 8:15, olhei pro lado e Clove ainda estava lá dormindo na mesma posição de antes.

- Bom dia!  - eu disse sussurrando no ouvido dela. Ela se espreguiça e abre os olhos, aqueles lindos olhos negros e mortíferos. Eu lhe roubo um selinho rápido e ela sorri pra mim. – É melhor a gente não se atrasar, antes que venham aqui nos chamar. – eu me levanto e vou em direção a porta.

- Cato! – eu me viro, olhando pra ela – Eu andei pensando e acho que já que não temos muito tempo é melhor aproveitar o que resta, né? Esquece meus pais, não vamos poder fazer nada contra eles mesmo. Então vamos ficar juntos, só nós dois, enquanto nos resta tempo. – eu voltei e me sentei novamente na cama segurando a mão dela.

- Me deixa proteger você. Por favor, me deixa fazer você ganhar. Eu prometo que no final, quando sobrarmos só nos dois, eu vou pra longe e me mato e você não vai precisar me ver morrer.

- E como é que eu vou viver sem você? – ela dizia com lágrimas nos olhos – O que é que vai me dar motivo pra continuar se eu não tiver você?

- Emily. Eu sei que você a ama tanto quanto eu. – eu passava os dedos sobre seus olhos, limpando suas lágrimas. – Ela vai ser um pedacinho de mim que vai precisar de você. Vocês vão ajudar uma a outra a serem fortes.

- E se ela me odiar pra sempre porque você morreu por minha causa?

- Não vai. Ela ama você. E ela sempre soube, até antes de mim que eu amava você. Ela me prometeu que te protegeria quando voltasse pra casa. – eu a abracei – Vai ficar tudo bem.

Me soltei do abraço e então fui pro meu quarto. Tomei um banho e coloquei a roupa de treinamento, um conjunto de calças e camisa cinza com listras vermelhas e pretas. O número 2 estava gravado nas costas e nas duas mangas da camisa.

Quando saio do closet, vejo uma Avox no quarto, juntando as minhas roupas sujas.

- Oi. – eu digo. Ela me levanta um sorriso em resposta, acho que ninguém falava com ela assim há muito tempo. – Tem quanto tempo que está aqui na Capital? – ela faz o número 5 com os dedos. Cinco anos. – Você era do Distrito 2? – ela balança a cabeça em concordância. – Eu gosto de lá, apesar de tudo. Gosto de andar pelas ruas lá, junto com a garota que veio pra cá comigo, nós éramos amigos, sabe? – ela me escutava com atenção – Acho que você já deve ter ouvido que somos muito mais do que amigos agora. – ela me olhava com certa pena. – Não fica com pena não, a Capital é sempre dura com todo mundo. Você, por exemplo, queria saber o que você fez de tão ruim pra cortarem a sua língua e te trazerem pra cá.

Ela pega um papel e uma caneta que estavam sob o criado-mudo e escreve os dizeres:

Tentei fugir com o meu melhor amigo pela floresta do Distrito 2.


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