Se Eu Morrer Jovem... escrita por Isabell Grace


Capítulo 11
Capítulo Dez - Clove


Notas iniciais do capítulo

Como prometido tá ai mais um capítulo hoje.
Esse capítulo é especialmente e unicamente dedicado pra minha Belle (@im_tribute_thg). Te amo muito Belle minha!Obrigada por tudo. Sempre vou se o Alex seu.



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No vagão do trem, eu olhava pela janela, vendo o Distrito 2 ir embora e provavelmente a minha vida toda também. Eu não sei o que aconteceria nas próximas duas semanas. Estar indo para os jogos já não era bom e sabendo quem seria meu adversário era pior ainda. Eu seria capaz de matar qualquer um dos outros 22 tributos sem dó, mas ele não. Eu não vou conseguir matar Cato.

Ele estava sentado na poltrona junto com nossos mentores Brutus e Enobaria assistindo a reprise das Colheitas e analisando quem seriam nossos adversários. Como de costume, provavelmente iriamos nos aliar aos tributos do Distrito 1, que eram uma garota loira, muito bonita, que mais parecia estar indo para um concurso de beleza do que para os Jogos Vorazes, seu nome era Glimmer e um garoto alto e magrelo com cara de bobalhão que se chamava Marvel. Mas parece que o que mais os chamou atenção foi a garota do 12, o que parecia até uma piada porque os tributos desse distrito eram quase sempre os primeiros a morrer. Porém essa garota tinha se voluntariado para ir no lugar da irmã mais nova de doze anos e voluntários no Distrito 12 era algo raro.

- Essa garota deve ter confiança demais em si mesma para fazer isso. – disse Cato.

- É. E confiança demais é um perigo. – alertou Brutus – Fiquem de olho nessa garota.

O garoto do 12 tinha uma estatura média, era aparentemente forte e os cabelos loiros meio bagunçados. Mas diferente de sua companheira de distrito, não parecia estar confiante ou ter qualquer tipo de habilidade, talvez nem saiba usar a força que parece ter nos braços. Nos o mataríamos fácil.

- Clove, vem aqui. – chamou Enobaria – Sente-se conosco.

Eu me sentei na poltrona vazia ao lado de Cato sem dizer uma palavra. Ainda estava morrendo de raiva de tudo o que estava acontecendo.

- Então, vocês vão querer ser aliados? – eles nos perguntaram.

Troquei olhares com Cato sem saber o que responder, ou se queria responder. Então ele disse:

- Será que eu poderia ter uns minutinhos a sós com ela? Precisamos conversar algumas coisas.

- É claro. Batam na porta quando terminarem – eles se levantaram das poltronas, indo direto para o outro vagão.

- Tudo bem... –Cato começou – Eu sei que você quer falar, pode começar.

Fiquei em silêncio por mais alguns segundos mirando o chão. Então levantei a cabeça e disse olhando em seus olhos.

- Por que fez isso Cato? Não faz sentido. Você já sabe o que vai acontecer no final. Só um de nós pode ganhar.

- É, não deve fazer sentido mesmo...

- NÃO, NÃO FAZ – eu gritava nervosa – PORQUE EU NÃO VOU CONSEGUIR MATAR VOCÊ CATO.

-Não sabe para que eu estou indo, não é?

- NÃO, EU NÃO SEI.

-Pra te proteger. Eu não quero e não posso perder você Clove.

- E QUEM DISSE QUE EU QUERO? – eu me levantei da poltrona com raiva e comecei a chutar as cadeiras da mesa de jantar – MAS QUE DROGA, CATO. EU NÃO POSSO PERDER VOCÊ. – eu sentia pela primeira vez, em tanto tempo, lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

- Ei, não chora, por favor. – ele disse me abraçando – Vai ficar tudo bem, eu prometo. Eu vou proteger você. Eu amo você Clove... Mais do que só como minha melhor amiga.

Aquilo me chocou. É claro que eu ficaria feliz em ouvir isso em qualquer outro momento, mas não ali, sabendo que em menos de duas semanas um de nós estaria morto. Soltei-me do abraço dele, ainda segurando suas mãos e olhando em seus olhos.

- Eu também te amo Cato... – eu disse – Mais do que como meu melhor amigo.

Ele então sorriu pra mim e me beijou. Aquela era a melhor sensação do mundo, eu a sentia pela primeira vez. Era como se ele estivesse mantendo a promessa de me proteger com aquele beijo. Eu me sentia segura nos lábios dele. Queria poder ficar ali pra sempre.


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