Se Eu Morrer Jovem... escrita por Isabell Grace


Capítulo 10
Capítulo Nove - Cato


Notas iniciais do capítulo

Oi galera! Desculpem não ter postado o capítulo prometido de ontem então hoje vão dois. Esse e um mais tarde, ok? Espero que gostem e não se esqueçam de comentar. Obrigada!



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Fomos levados para salas separadas dentro do Edifício da Justiça. Tínhamos cinco minutos pra falar com cada um de nossos parentes e amigos antes de pegar o trem para a Capital. Como, eu esperava Sinnel foi o primeiro. Ele chegou nervoso e cheio de raiva.

- Você é um idiota. Qual o seu problema garoto, hã? Você estragou a minha vida.  Tem noção do que você fez?

- Eu sei o que eu fiz. – eu dizia aparentemente mais tranquilo que ele.

- Não, você não sabe. Você fez isso por causa da garota, não é? Ela não é a sua namoradinha. Você mesmo disse isso ontem.

- Quer saber? Talvez você esteja certo, talvez ela seja sim minha namorada.

- Pois deixa eu te dar uma dica. – ele se aproximou – Você vai ter que mata-la.

- Não eu não vou. Eu estou indo lá pra fazê-la ganhar, pra protegê-la. Ela vai voltar pra casa, eu não.

- Eu não acredito que você tirou a minha oportunidade por causa de uma garota. Sabia que você era idiota, mas não tanto. – ele sai da sala, batendo a porta.

É, eu sabia que iriam ficar todos chateados comigo, mas eu não tenho outra escolha. Eu simplesmente não posso perder Clove.

Meus pais e minha irmãzinha passam pela porta fechando-a. Eu pego Emily no colo e a sento em uma poltrona que havia na sala, então me agacho perto dela e seguro suas mãos.

- Eu preciso falar uma coisa com você moça. Lembra-se de que conversei com você ontem, dizendo que eu queria que você fosse forte? – ela balança a cabeça em concordância – Você tem que ser forte Emily. Não importa o que aconteça, eu quero que você seja a pessoa mais forte do mundo.

- Cato, você vai com a Clove para os Jogos Vorazes desse ano?

- Vou sim.

- Mas só um de vocês pode ganhar. Só um pode voltar pra casa.

- Eu sei. – eu disse de cabeça baixa. – E vai ser ela, Emily.

- Eu queria que fossem os dois. – então ela começa a chorar – Por que você escolheu ir junto com ela Cato? Você disse que ia só no ano que vem.

- Mas eu preciso ir esse ano para protegê-la, porque ela é importante pra mim e eu não posso deixar ela morrer. Eu gosto muito dela, mas um dia você vai entender isso direito.

- Você ama a Clove, não é? Como se fosse sua namorada. – ela limpava as lágrimas.

- Isso mesmo. Esqueci que você é esperta. Vem aqui, me dá um abraço. – ela se levantou da poltrona e me abraçou com o máximo de força que tinha.  – Quando a Clove voltar, ela vai proteger você, vai te ensinar a lutar com as facas e ser mais forte que os garotos da sua escola. Ela vai ser sua irmã mais velha. Ela vai cuidar de você e você vai cuidar dela, ok? – com os olhos cheios de lágrimas ela concorda com a cabeça – Ei, o que eu disse sobre ser forte, hein? Não chore mais. – eu disse abraçando ela mais uma vez.

Eu me levantei e a peguei no colo e me virei para os meus pais.

- Não deixem acontecer mais nada com ela. – falei firme – Eu não vou estar aqui mais, então quero, pela primeira e última vez na vida, poder confiar ela com vocês. Clove vai ajudar ela no que precisa, mas vocês são os pais, tem que cumprir com essa obrigação.

- Não se preocupe meu filho. – minha mãe dizia com o ar triste – Ela vai ficar bem. Você vai ser o único filho que nós vamos perder.

- Cato, eu não sabia que você gostava tanto dessa garota. – meu pai disse.

- Nem eu pai, nem eu sabia.

- Então vai filho, faz o que acha certo. Salva essa garota se ela é tão importante pra você. – eu olho pra ele erguendo os lábios numa espécie de sorriso triste.

- Obrigado pai, obrigado. – coloco Emily no chão e o abraço seguido de minha mãe.

- Ah, Cato. – ele diz – Não se esqueça de fazer um bom show. É só o que eles querem. 


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