Until Kingdom Come escrita por Lelon Lancaster


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Gente, fiquei triste com a falta de comentários do último capítulo



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Dirigi até o endereço que Scott tinha me passado por telefone e fiquei surpresa por me encontrar em uma praia. Era uma praia cinzenta e o mar parecia frio como um ice Berg, mas ainda assim era uma praia. A casa de Scott ficava perto de uma trilha rochosa que levava a umas cavernas escuras e perigosas. O lugar não era tão longe da cidade, mas vindo aqui parecia que estava em outro mundo. Sua casa era uma construção simples de dois andares, branca e parecia ter sido reformada à pouco tempo. A maioria das casas vizinhas eram parecidas e algumas pareciam mais mansões de frente para o mar.

Estacionei em frente a um quiosque que estava vazio a essa hora da tarde e toquei a campainha. De início ninguém me atendeu, e pensei em dar meia volta e ir embora. Mas quando me virei, Scott apareceu vestindo um short preto de basquete e uma regata vermelha. Seu rosto cabelo curto estava molhado e pela toalha em seu ombro deduzi que ele tinha acabado de sair do banho. Ele me encarou por alguns segundos e depois sorriu. Seu sorriso não era forçado, era um sorriso de uma criança que acabara de ganhar um doce enorme. Andei até ele e o abracei. Ele era o mais próximo que eu tinha de melhor amigo e nessa hora eu precisava ouvir o que um garoto tinha a dizer da atitude de outro.

Ele retribuiu o abraço e eu comecei a chorar. Eu não queria, mas as lágrimas que estavam ali há muito tempo transbordaram e molharam a regata de Scott. Ele me abraçou mais forte e me afastou.

- Hey, o que aconteceu?

- Patch. Eu espero não estar incomodando.

- Está tudo bem. O que aquele bastardo fez dessa vez? – eu podia sentir a raiva em sua voz, mas ao mesmo tempo um pouco de medo.

- Ele mentiu para mim. Ele me disse umas coisas. Ele fez com que eu acreditasse que ele me amava, mas estava mentindo para mim, mentiu esse tempo todo. Eu sou uma idiota

- Nora, quem é idiota é ele por mentir para você. Você quer que eu faça alguma coisa com ele, porque eu faço com maior prazer.

- Não. – eu disse rindo um pouco. – Não quero. Eu o amo, mas eu quero um tempo para pensar. Eu quero pensar em tudo o que aconteceu.

Ele riu comigo e eu olhei em volta. Nós estávamos em uma sala que não tinha nada a ver com Scott. O sofá era de veludo rosa claro, os papeis de parede eram verdes e rosas e tinha um piano perto da janela. A sala era muito linda, a mobília, o tapete, o lustre. Era tudo muito bonito, mas não tinha a cara do Scott.

- Horrível, não é? – Scott falou quando me pegou olhando em volta.

- Não, na verdade.

- Eu moro com a minha mãe. Tudo isso é obra dela. Meu quarto é o único lugar da casa que tem a minha cara. Ela quase não entra lá, ela diz que não gosta do ambiente. Eu não me importo muito, já que passou a maior parte do dia na loja.

- Eu me mudava muito quando era criança, então nunca tive uma casa que eu pudesse chamar de lar. Você nunca disse que aqui tinha uma praia.

- Não é exatamente uma praia. Se parece com uma, mas a água é fria demais para nadar e a areia não é confortável para uma caminhada. A maioria das pessoas que a frequentam são surfistas ou turistas que vão até os quiosques. Tem umas cavernas aqui perto, qualquer dia eu te mostro alguma. – ele estava sorrindo de novo.

- Eu queria procurar alguma coisa para morar. Sair da casa dos meus pais, talvez eu venha procurar alguma coisas aqui perto. – eu sorri de volta.

- Eu adoraria ser seu vizinho. – ele foi sincero.

- Eu preciso ir. – me levantei e fui em direção à porta.

- Você não quer ficar? Vee e eu vamos jantar mais tarde, se você quiser pode vir conosco. – Scott falou pegando meu braço.

- Eu quero ficar um pouco sozinha, e eu acho que Vee está ansiosa para esse jantar. – ele me olhou confuso por um segundo e depois compreendeu. Não sei se foi ilusão, mas vi que ele ficou feliz com essa nova informação.

Fui até o meu carro e peguei o celular. Patch tinha parado de me ligar, então liguei para ele.

- Nora? – ele atendeu. Sua voz parecia cansada.

- Sou eu. Olha Patch, eu não sei mais o que eu quero. Eu queria um tempo para pensar, então seria bom que quando eu chegasse você não estivesse mais ai. – tentei ser o mais fria possível.

- Nora, eu te amo. Eu não vou perder você, não dessa vez. Se você não acredita em mim eu vou fazer você acreditar. Vou provar que eu não sou mais aquele cara fútil que só pensava em si mesmo. Vou provar que eu mudei e que eu te amo. Eu saio daqui, mas não vou desistir de você. Eu te amo.

- Tchau Patch. – desliguei o telefone e piquei para espantar as lágrimas e ir embora para casa. 


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham que o Patch vai fazer para reconquistar a Nora?



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