Until Kingdom Come escrita por Lelon Lancaster


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Gente, que manifestação é essa que está acontecendo?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/355960/chapter/36

A luz do sol quente atravessava a cortina que eu tinha me esquecido de fechar na noite passada e eu sabia que era a hora de levantar. Eu me senti meio tonta no começo, sem me lembrar da noite passada. Mas depois tudo veio a mim e eu sorri. Patch não estava deitado ao meu lado e eu ouvia barulhos vindos da cozinha.  Levantei da cama e coloquei uma roupa apresentável. Meu cabelo não queria colaborar comigo, então o prendi em um rabo de cavalo e desci para comer alguma coisa.

Enquanto descia, encarei as fotos de família que a minha mãe tinha colocado em cima da lareira da sala e um detalhe que podia parecer insignificante, mas importante veio a mim. Ontem à noite, eu estava feliz porque Patch tinha conhecido os meus pais, com o pedido de casamento e tudo mais que eu tinha me esquecido. Patch havia dito uma vez que tinha conhecido os meus pais antes deles serem sequestrados, mas ontem à noite eu não vi nenhuma familiaridade. Meus pais tinham agido como se não o conhecessem. Fui até a bancada da cozinha e assisti a minha mãe preparando panquecas. Ela estava tão concentrada que não notou a minha presença.

- Bom dia. – eu disse com a voz rouca.

- Bom dia. Seu pai e Patch saíram e eu não sei pra onde foram. Somos só nós duas para o café. – ela se virou para mim e sorriu.

- Você não sabe mesmo pra onde foram?

- Não. Eles saíram cedo e ainda não voltaram. Seu pai não me disse e também não me telefonou. – Ela parecia um tanto ofendida.

A ajudei a terminar de cozinhar e fizemos nossos pratos. Como eles não estavam, nós comemos no sofá enquanto assistíamos televisão.

- Mãe, posso te perguntar uma coisa?

- Claro. – ela disse com a boca cheia de morangos.

- Vocês conheceram Patch ontem à noite, ou já o conheciam? – perguntei cautelosa.

- Nos conhecemos ontem à noite. Algum problema? – ela estava preocupada.

- Ah, não. Eu estava curiosa.

Ela não pareceu acreditar muito em mim, mas não fez mais perguntas. Ficamos assistindo televisão até que eles chegaram. Meu pai e Patch chegaram meia hora depois de eu perguntar para minha mãe e eles estavam indo.

- Onde vocês estavam? – minha mãe encarou meu pai.

- Fomos resolver algumas coisas. – Patch sorria para mim. Eu queria confronta lo, mas aquele sorriso dificultava tudo.

- Podemos conversar? – eu o encarei e tentei manter a voz firme. Minha mãe olhou para mim, mas entendeu rapidamente.

- Eu e seu pai temos que resolver umas coisas na cidade. Fiquem à vontade. – eles saíram rapidamente e Patch sentou na poltrona que ficava de frente para mim.

- Qual é o problema, anjo? – ele estava preocupado.

- Por que você mentiu para mim? – eu o olhei nos olhos.

- Mentir para você? O que?

- Sim, Patch. Você me disse que tinha conhecido os meus pais antes de eles serem capturados, mas acontece que você os conheceu ontem à noite.

- Eu nunca disse isso a você. – sua voz estava estranha.

- Sim, você disse. Agora me explique o porquê da mentira, ou devo perguntar a outras pessoas. Sabe o que eu acho? Eu acho que você mentiu para mim desde o começo e que continua mentindo. Você trabalha para a Dabria e está aqui para me vigiar. – eu estava me segurando para não gritar.

- Como você pode dizer uma coisa dessas para mim? – ele ficou furioso.

- Você que diz. Você trabalha para ela ou não?

- Não.

- Patch, olhe nos meus olhos e diga que você nunca trabalhou para ela. Me diga que nunca mentiu para mim e nós ficaremos bem.

- Nora, eu não posso fazer isso. Me desculpe.

- Me conte a verdade.- eu já estava magoada a esse ponto e não consegui esconder isso da minha voz.

- Quando eu te conheci eu trabalhava para ela. Era como um sócio. Eu achava que estava apaixonado por ela, mas não era assim. Eu era o seu fantoche. Ela tinha me dito para mante – la longe de qualquer pista e eu o fiz. Eu não consegui terminar o serviço porque me apaixonei por você. Nora, eu te amo. – ele estava procurando os meus olhos e tocou a minha mão.

- Desde quando você não está mais trabalhando para ela? – eu disse fria e afastei a sua mão.

- Desde a primeira vez em que eu te beijei. Na noite em que você perdeu a memória. Eu estava louco e confuso e então eu te beijei e ela viu. Eu fiquei furioso e nós discutimos e ela foi atrás de você. Quando você acordou, eu fiquei com tanto medo de te perder. Você não se lembrava de mim e aquilo foi uma punição por ter mentido para você. Desde aquela noite eu falei para ela que não queria mais fazer aquilo e ela não aceitou, é claro. Foi por isso que ela te mandou ficar longe de mim. Ela tinha a vingança dela e eu atrapalhei tudo. Eu me apaixonei por você. Eu amo você Nora.

- Você nunca me amou, não é mesmo? Como você pôde fazer isso comigo Patch? Como você pôde? Eu confiei em você, acreditei em você e protegi você e você mentiu para mim esse tempo todo. Eu amava você Patch, você me decepcionou.

- Nora, eu amo você. Eu te contei a verdade. Eu não trabalho para ela e tudo o que eu disse a você ontem e nas outras vezes é verdade. Sempre foi e sempre será. Você tem que acreditar em mim.

- NÃO! – eu gritei. – Eu acreditei em você e olha o que deu. Dabria tinha razão, é tudo culpa minha. Se eu não tivesse acreditado em você, eu teria encontrado meus pais e ela não teria me ameaçado, eu não perderia o Lucas e nada teria acontecido comigo. – Eu estava de pé chorando e tremendo. Patch se levantou e me abraçou.

- Isso é verdade. Mas ela está longe agora e seus pais estão aqui.

- Me solta. – eu o empurrei e fui em direção à porta.

- Nora, aonde você vai? Nora! – Patch gritava atrás de mim. Eu peguei a chave do carro da minha mãe e dei partida. Eu não sabia para onde iria, mas queria ficar longe dele. Eu o amava, mas ele tinha mentido para mim. Dirigi até a fronteira do estado, longe demais para Patch me seguir. Eu podia ouvir meu celular tocando e ignorei. Quando estava prestes a joga – lo pela janela, disquei um número.

- Alô. – Scott atendeu com a voz rouca.

- Oi Scott, sou eu a Nora. Nós podemos nos encontrar? É urgente. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?Vocês acham que a Nora irá perdoar o Patch dessa vez?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Until Kingdom Come" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.