O Passado do Seu Coração escrita por Kuchiki Manu


Capítulo 4
Capítulo 04 - Diga alguma coisa!




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"Mesmo pressionada por todos os lados,

tento esconder a verdade"

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CAPITULO 04 – DIGA ALGUMA COISA!

 

Estatuas, seria essa a palavra para descreve-los? Duas estatuas perfeitas, com traços reais, mas movimentos inexistentes. Era assim que eles estavam.

 

Rukia tinha a impressão de ter perdido todos os movimentos da parte do pescoço para baixo. Cobria a parte exposta de seu corpo com suas pequenas mãos, enquanto os olhos permaneciam mostrando o choque, a confusão que passava em sua mente.

 

Minha nossa! A pessoa era... Byakuya!? Seu Nii-sama a havia tocado daquele jeito!?

 

O rosto ficou meio ruborizado em vergonha.

 

Continuou fitando o homem em sua frente, despertando de seus devaneios ao perceber que ele não se movia.

 

Tecnicamente ele não era o seu Nii-sama!” - Chegando nesta conclusão, se viu na liberdade de abrir a boca e protestar.


    - Será que você poderia se virar? - disse em uma voz ríspida. Nunca tinha falado com ele dessa maneira. Mesmo que tivesse respeito por ele, não poderia ignorar a situação.

 

Byakuya arregalou os olhos surpreso, como se tivesse lembrado onde, como e com quem estava. Rapidamente deu as costas a ela.


    - Me desculpe. - foi a única coisa que Byakuya conseguiu dizer antes de sair em um curto espaço de tempo.

 

Rukia seguiu-o com o olhar, na verdade, tentou.

 

Agora sozinha, a respiração, antes presa em sua garganta, saiu tão compassada que o seu peito chegou a doer. Instintivamente levou as mãos até ele respirando com força.

 

Não conseguia acreditar! Byakuya a havia tocado daquele jeito, e o pior, ela havia... gostado!?

 

~o~o~o~

 

Ao fechar a porta, ficou parado em frente a mesma em um estado que não estava acostumado a ficar. Como pode fazer isso!? Como pode se confundir... de novo!?

 

“Me desculpe” - foi o que disse.

 

Patético. Simplesmente patético!

 

Depois do que fez, era assim que tentava se justificar? Mas o que poderia fazer? Naquelas circunstâncias não poderia resolver nada, na verdade, não tinha como resolver. Não tinha os poderes do hollow que levou Rukia até lá para voltar no tempo. A única que estava entre os seus limites era aceitar e tomar mais cuidado para não se confundir novamente.

 

Levou uma das mãos ao rosto tocando o local dolorido. Apesar de tudo aquela mulher era forte! A ultima vez que levou um soco de alguém? Para ser sincero, nunca ninguém havia lhe batido.

 

Byakuya sentou-se na ponta da cama, colocando a cabeça entre as mãos enquanto fitava o chão.

 

O que mais estava odiando após o ocorrido foi o simples fato de ter tentado olhar além.

 

Mesmo depois de perceber que não era Hisana, ainda ousou desviar o olhar para outro lugar. Algo que só deveria fazer com sua esposa. Esse era o apropriado.

 

Droga! O que havia acontecido com Kuchiki Byakuya?

     

    - Byakuya-sama, já voltou.

 

Olhou em direção a porta.

     

    - Hisana.

    - Tive a liberdade de deixar Rukia utilizar o nosso banheiro. - ela se aproximou da cama colocando as roupas que carregava em cima da mesma – Espero que não se incomode.

 

“Agora que ela lhe diz!?”

     

    - Esta tudo bem. - tentou esquecer o ocorrido.

 

Levantou-se indo em direção a esposa tocando o rosto de Hisana.

     

    - Como se sente? - indagou.

 

Ela sorriu.

     

    - Não posso explicar... Realmente estou muito feliz! Após tanto tempo eu reencontrei minha irmã!

 

Byakuya não pode deixar de sorrir ao ver a satisfação no rosto de sua esposa. O sorriso de Hisana era algo que presenciava com raridade. A felicidade dela sempre foi sua prioridade, desde que a conheceu; mas sabia que era quase impossível alcança-la se não encontrasse sua irmã desaparecida.

 

Poderia dar tudo a ela. Não havia nada que faltasse para Hisana em questão material, e até mesmo sentimental. Amava-a com todas as forças de seu corpo. Ela era tudo para ele!

 

Porém, a chave da felicidade de Hisana estava nas mãos de uma pessoa: Rukia.

 

~o~o~o~

 

    - Coube perfeitamente em você. - Hisana sorriu gentilmente – Realmente somos irmãs.

 

Rukia deu uma breve olhada para o kimono que usava. Pertencia a Hisana e por serem tão parecidas fisicamente não ouve problemas na hora de se vestir. Apesar de ser um kimono casual da cor verde claro, a seda que tocava o seu corpo era de um material refinado, pode notar.

     

    - Obrigada, Hisana-sama.

    - Não se preocupe, é o mínimo que eu posso fazer.

 

Tentou retribuir o sorriso presente no rosto de Hisana, mesmo que fosse difícil. Ainda não havia se acostumado com a idéia da irmã está viva.

     

    - Vamos. Byakuya-sama já nos aguarda para o jantar.

 

Rukia a olhou surpresa. As lembranças de algumas horas atrás invadiram sua mente.

 

Droga! Como iria olha-lo!?

     

    - Er... Hisana-sama. Será que vocês poderiam jantar sem mim?

 

Hisana a olhou confusa.

     

    - Você não está se sentindo bem, Rukia? - ficou com uma expressão preocupada.

    - N-Não é isso. - se justificou rapidamente – Eu apenas não estou com fome. E o dia foi muito cheio... Eu realmente preciso descansar, se não se importar. - por um lado era verdade.

    - Claro que não importo. - Rukia agradeceu mentalmente ao ouvir essas palavras – Mas você poderia me acompanhar agora? Ginrei-sama gostaria de vê-la, e acho que seria uma indelicadeza de sua parte se não fosse. Só por alguns minutos.

 

Rukia ficou estática. Havia se esquecido de que além de Hisana, Kuckihi Ginrei também estava vivo. Realmente não seria apropriado não obedecer as ordens do avô de Byakuya. Pelo pouco tempo que o viu, pode notar que a personalidade dele se assemelhava a de seu irmão.

     

    - Tudo bem. - assentiu.

 

~o~o~o~

 

Ao chegarem na sala de jantar, Rukia pode notar as pontas da mesa ocupadas pelos dois homens mais importantes da família Kuchiki. Um deles, especificamente Kuchiki Ginrei, lhe lançou um olhar curioso.

 

Apesar da idade de Ginrei, Rukia conseguia sentir uma poderosa pressão espiritual emanando dele. Com certeza ele possuía o mesmo sangue que Byakuya.

     

    - Então você é Rukia, irmã de Hisana. Vinda do futuro até nós. - começou Ginrei.

 

Ela se curvou diante dele. O respeito era essencial.

     

    - Sim, senhor.

 

Ginrei olhava-a atentamente.

     

    - A semelhança é incrível. - não pode deixar de comentar – Sente-se a mesa. - ordenou.

 

Rukia olhou para Hisana, que confirmou com um pequeno gesto se assentando ao lado do marido. Viu que o mais apropriado era se assentar ao lado dela, e foi isso que fez.

 

Em nenhum momento ousou olhar para Byakuya. Sabia que quando fizesse isso seu rosto iria ficar vermelho que nem um pimentão, mesmo que ele não a olha-se. O melhor era permanecer de cabeça baixa.

 

O jantar foi servido. Todos comiam calmamente, enquanto Rukia não movia um músculo.

     

    - Não vai comer? - Ginrei perguntou.

 

Rukia o fitou.

     

    - Me desculpe, mas eu não estou com fome.

    - Entendo. - murmurou – Byakuya me contou tudo o que aconteceu com você. Realmente é algo muito surpreendente.

    - Sim. - Rukia confirmou – Até agora estou surpresa.

    - Quantos anos você está a nossa frente? - Ginrei se mostrou interessado, mas claro, isso não ficou muito a mostra em sua feição; mantinha um tom calmo e sério. - Provavelmente eu já não devo estar vivo em seu tempo, não é verdade?

 

Rukia se viu sem saída. Era um foto real de que Ginrei não estava mais vivo em sua Seireitei. O problema era, não podia dizer isso. Mayuri deixou bem claro que não poderia revelar nada, e aquela pergunta de certa forma exigia uma revelação. O problema era, como iria negar? Estaria na possibilidade de não responder a pergunta? Se fizesse isso, Ginrei poderia entender como se fosse uma confirmação de sua suposição, não é?

     

    - Rukia não está possibilitada para responder esta pergunta. – Byakuya interviu – Kurotsuchi Mayuri deixou bem claro que Rukia não pode dizer nada referente a sua época.

 

Rukia ao ouvir a voz de Byakuya ecoar, em um reflexo virou o rosto para olha-lo. Ele tinha os olhos na direção do avô.

     

    - Hum. - Ginrei confirmou com a cabeça – Pois bem... É uma pena, mas não queremos atrapalha-la. O melhor é ficar com essas informações só para você.

    - Obrigada. - Rukia agradeceu.

 

Mais uma vez o silêncio se fez presente.

 

Rukia agradeceu mentalmente por Byakuya ter intervido na conversa. De certa forma estava sem saída, já que não sabia como negar a resposta.

 

Em um leve movimento com a cabeça procurou encontrar um jeito de fitar o líder dos Kuchiki a ponta da mesa. Um jeito discreto, mas que a surpreendeu ao faze-lo quando viu os olhos de Byakuya em sua direção. Seus olhos se encontraram. Com um rápido movimento abaixou a cabeça novamente. Que situação...!

     

    - Rukia. - agora foi a vez de Hisana falar – Após o jantar irei lhe mostrar o seu quarto. Espero que goste!

    - Ah, c-claro. - ela respondeu - Como quiser.

 

~o~o~o~

 

Após o jantar, como havia dito, Hisana levou Rukia ao quarto que iria ficar enquanto estivesse na “Antiga Soul Society”. Fazendo isso, deixou que a irmã se acomodasse e se retirou. Por ela permaneceria ali durante a noite toda, mas entendeu o cansaço de Rukia e resolveu deixa-la a sós.

 

No entanto, Rukia estava cansada, fato! O problema era que não conseguia permanecer parada. Se mexia várias vezes na cama que estava deitada. Como era possível ter sono e não conseguir dormir? Talvez fosse o lugar onde estava...

 

Levantou-se. Viu que não iria conseguir dormir e permanecer ali já a estava incomodando. Deixava-a agoniada. Talvez fosse o lugar o motivo? Na verdade era o lugar!

 

Cautelosamente abriu a porta do quarto, dando de frente com o grande jardim. Pelo horário todos já estavam dormindo, e isso era perfeito para ela. Queria ficar sozinha e caminhar um pouco para desviar a atenção daquela mansão que a encurralava. Se sentia encurralada ali.

 

O jardim da mansão era um dos lugares que mais gostava. Deveria ser porque demonstrava um lado emocional de Byakuya. Ele fazia questão de deixar o lugar aconchegante, repleto de beleza e, principalmente, deixava um destaque especial com a famosa cerejeira. Foi lá que resolveu se assentar, em baixo da cerejeira.

 

O vento frio da noite fazia as pétalas, arrancadas da árvore aconchegante, dançassem em perfeito esplendor.

 

Esse mesmo vento trazia também lembranças. Memórias do frio capitão que chamava de irmão. O jeito irruptivo e incompreensivo de Byakuya, que dificultava qualquer suposição de suas ações. Ninguém poderia saber o que se passava na cabeça do Kuchiki. Até agora não havia conhecido ninguém com essa dádiva de desvendar os pensamentos de Byakuya.

 

Ele era uma pessoa rara. Byakuya conseguia despertar várias reações nas pessoas que tinham um pequeno contato com ele. Nas mulheres ele arrancava suspiros; nos guerreiros a vontade de ter um poder que se aproximasse aos dele; nela...? Já não tinha mais certeza o que Byakuya despertava. Admiração, alegria, solidão, tristeza... Reações e sentimentos mesclados.

 

Byakuya era raro. - se viu reafirmando mentalmente essa conclusão.

 

Porém, aquelas lembranças trouxeram a tona outras relacionadas a Byakuya, mas não ao irmão, mas apenas Kuchiki Byakuya. - pessoa que estava tendo a oportunidade de conhecer.

 

Corou ao ver flashes daquele momento em sua mente. O momento, os toques, o engano... Minha nossa! Ainda não acreditava que Byakuya havia tocado em seu corpo daquela maneira. Na verdade, nunca havia tido um contato físico daquele jeito com homem algum e também não era de ter uma relação física – fraternal – com o irmão. Abraços? Por acaso Byakuya abraçava alguém!?

 

O fato era, tecnicamente na primeira vez que teve um contato físico com ele, já foi daquela maneira. Muito avançada e inapropriada, teve que ressaltar.

 

Intrigava-se ainda mais ao pensar que por um momento fraquejou. Ao pensar na idéia de um sonho, acabou se “deixando levar”. Droga! Como pode acontecer isso!? Como pode acreditar na estupida idéia de um sonho e ainda por sima - em um breve momento - ter aproveitado!?


    “Você acabará louca se ficar aqui, Rukia” - disse o seu sub-consciente.

     

    - Vejo que não sou o único a apreciar caminhadas noturnas.

 

Aquela voz fez com que o seu corpo paralisasse. Era ele.

 

Droga! Havia se esquecido que Byakuya gostava de caminhar durante a noite, e pelo que viu agora, esse costume era de muitos anos.

 

Byakuya se aproximou dela, tomando lugar ao seu lado, mas claro mantendo uma certa distância.

 

Rukia se assustou com essa atitude.

 

Deveria permanecer calma. Ele não era o seu Nii-sama. A personalidades eram diferentes. De certa forma eram, claro! Desde quando o Nii-sama iria sorrir após conversar com Ukitake!? Desde quando ele iria se justificar!? Nunca! Era bem mais fácil Hanataru derrotar a Capitã Unohana do que isso acontecer.

     

    - É uma bela noite. - comentou Byakuya enquanto olhava o céu.

 

“Mais uma prova de que não é o Nii-sama!” - Rukia pensou.

 

Mesmo assim, limitou-se a confirmar com a cabeça seguindo o foco de visão de Byakuya. Se sentia desconcertada ao falar com ele. E agora?

     

    - Me desculpe. - disse ele.

 

Rukia o olhou indagativa.

     

    - Sobre o que aconteceu. - Byakuya continuou – Eu realmente havia pensado que era Hisana.

 

Rukia não se moveu por uns instantes, mas acabou soltando um suspiro. Ele pensava que... Ei! O que é isso!? Porque esta dessa maneira!? Não tem motivos para pensar dessa forma.

     

    - Ah... Esta tudo bem. - ela disse após alguns segundos de silêncio – Er... Eu também queria me desculpar.

 

Byakuya a olhou.

     

    - Por qual motivo? - perguntou.

    - Por ter... - Rukia engoliu seco - Por ter b-batido no senhor.

 

Discretamente os olhos do Kuchiki se arregalaram. Lembrava-se perfeitamente disso.

     

    - Suponho que o seu trabalho como shinigami é mais ligado a força bruta. - disse Byakuya.

 

Uma veia saltou da testa da baixinha. Força bruta!? Com certeza se fosse Renji ou Ichigo que tivessem dito isso a ela, iria depositar um belo soco em suas caras. Mas agora era diferente, ele era Byakuya. Nunca se imaginou fazendo tal ato com ele e de propósito. Por isso achou melhor se controlar.

 

Silêncio.

 

Rukia estava achando estranho. Era impressão sua ou Byakuya havia falado mais do que ela?

     

    - Er... Daqui a alguns dias o senhor irá assumir o posto de capitão? - resolveu criar um assunto.

    - Sim. - ele respondeu de forma curta e direta – Acho que você já deveria saber disso. - despertou o óbvio.

 

Rukia se reprovou mentalmente. Que idéia brilhante perguntar algo que já sabia!

     

    - Sei. Só que... - ela resolveu achar uma justificativa para aquele tipo de pergunta - Eu não sei o momento exato em que o senhor foi promovido. Quando o senhor me... - exitou. Por pouco iria falar o que não devia.

 

Byakuya a olhava esperando uma resposta concluída. O que ela iria dizer? Por que não continuou?

     

    - Quando...? - ele iniciou a resposta novamente diante o silêncio dela.

 

Rukia desviou o olhar.

     

    - Me desculpe. Acho que iria falar além do que posso. - confessou.

 

Byakuya franziu o cenho. Compreendia perfeitamente a situação em que ela estava, mas curiosidade não era algo que gostava de sentir.

     

    - Você disse que se chamava Kuchiki Rukia. - iniciou ele em um tom sério – Por que? Qual é a sua relação com a minha família?

 

Rukia mas uma vez se viu sem saída. O que poderia dizer? Será que deveria explicar pelo menos isso?

 

Era perigoso. Perigoso demais!

     

    - Por acaso Hisana lhe encontrou e a adotou na família Kuchiki? - Byakuya tentou, mas logo achando uma idéia contraria ao palpite – Se este for o caso, por que se assustou ao vê-la? Você não a conhece? - ficou surpreso ao perceber a quantidade de perguntas que fazia, o que não era seu normal – Me responda.

 

Rukia o fitava com os olhos arregalados. Era verdade, o seu espanto ao ver Hisana foi bem visível, mostrando claramente que era estranho e insano vê-la a sua frente. Byakuya percebeu isso com clareza.

     

    - E-Eu fui... - a resposta tão esperada por Byakuya foi interrompida ao sentirem a aproximação de uma borboleta infernal.

 

O pequeno mensageiro se posicionou a frente dos dois, recebendo a atenção de ambos.

     

    - Mensagem para Kuchiki Rukia. Mayuri Taichou exige sua presença no 12º esquadrão.

 

Já!? Será que ele descobriu alguma coisa!?”

     

    - Eu vou até lá. - disse Rukia ficando de pé.

    - Irei com você. - Byakuya fez o mesmo, recebendo um olhar de Rukia.

    - Não precisa se preocupar, Byakuya-sama. Já está tarde e...

    - Eu insisto.

 

~o~o~o~

 

Chegaram ao 12º esquadrão em pouco tempo, graças aos paços de shunpo. Byakuya já era um mestre nesta habilidade e já que Rukia era uma shinigami, sabia muito bem como usa-la.

 

Ao adentrarem no laboratório de Mayuri, Rukia engoliu seco. Aquele ambiente - ainda mais de noite - se tornava mais macabro. Sempre ouviu os rumores das experiências de Mayuri, e tinha a ligeira impressão que até mesmo naquela época eles eram reais.

 

Mayuri, ao vê-los entrar, desviou a atenção dos vários papéis e livros que tinha em sua mesa.

     

    - Vejo que não demoraram a vir após receberem minha mensagem. - disse o louco capitão dando um sorriso. - Isso é bom. Não aceito atrasos.

 

Byakuya o olhava seriamente.

     

    - Admiro por ter chamado Rukia em uma hora como essas. - o Kuchiki mostrou um certo desagrado perante isto.

 

Mayuri riu.

     

    - A ciência não tem hora para se manisfestar, Kuchiki Byakuya. E acho que deixei bem claro que somente precisava de Kuchiki Rukia.

    - Jamais a deixaria vir sozinha.

 

Rukia se surpreendeu ao ouvir esta resposta, dando uma breve olhada para Byakuya.

     

    - Então satisfaça essa sua vontade sem nos atrapalhar. - o cientista retrucou, dirigindo o seus olhos estranhos para... – De qualquer forma, chamei você até aqui, Kuchiki Rukia, porque já tenho algumas informações que poderão ajuda-la.

    - E quais são? - ela perguntou mostrando um grande interesse.

 

Mayuri voltou para a mesa onde estava, bem desorganizada, mostrando que os papéis em sima dela haviam sido revirados por várias vezes.

     

    - Desde o momento que vi que você estava falando a verdade, me interessei pelo seu caso e o coloquei em destaque sobre minhas pesquisas. Como disse, o domínio do tempo é algo que vai além dos poderes de qualquer um e eu tenho o interesse de estuda-lo. - Kurotsuchi começou a mexer na mesa desorganizada – Porém, eu nunca havia estudado algo dessa magnitude; por isso tive que olhar os arquivos do 12º esquadrão para ver se encontrava algo que se aproximasse aos poderes do hollow e que pudesse servir como base. - pegou um certo bloco de papel – Felizmente encontrei algo que poderá ser de grande ajuda.

 

Byakuya e Rukia permaneceram calados esperando que ele continuasse.

     

    - Não sei se você sabe... - Mayuri continuou mostrando um olhar de desprezo – Mas antes de eu assumir o posto como capitão e líder do centro de tecnologia, esse cargo era ocupado por um louco chamado Urahara Kisuke.

 

Rukia arregalou os olhos ao ouvir o nome de uma das mentes mais brilhantes de Seireitei, e também a pessoa que trouce muitos problemas para o lugar. Urahara!?

     

    - Esse individuo foi a pessoa que criou o centro de tecnologia, o que mostra que ele tinha um grande talento no ramo da ciência. - crispou os lábios irritadamente ao assumir isso – No entanto, isso não importa mais, já que Urahara Kisuke agora é um foragido e criminoso da Soul Socitey. - deu um leve sorriso ao se lembrar disso - Agora sem mais enrolação; quando estava olhando os arquivos do esquadrão acabei encontrando informações de uma das criações dele. - estendeu o papel para Rukia, que o pegou começando a avalia-lo.

 

Os rosto da Kuchiki começou a tomar uma expressão espantada ao avançar em cada palavra.

 

Byakuya observou a reação, se perguntando o porque dela estar assim.

     

    - Com já deve ter percebido... - Mayuri começou – O nome da criação de Urahara Kisuke é Hougyoku.

     

     

    Continua...

 


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Não se esqueçam que o Byakuya ainda está casado com a Hisana, mas mesmo assim ele...

De qualquer forma, queria esclarecer outra coisa:
— Quem acompanha o manga ou o anime, já deve ter percebido que o Byakuya só se tornou capitão após adotar a Rukia. Bem, aqui na minha fic eu resolvi adiantar esse ocorrido, fazendo com que ele assumisse o cargo na epoca em que ainda esta casado com a Hisana. Isso vai ajudar no desenrolar da fic, vocês poderam perceber nos proximos capitulos! 8)

Obrigada pelos reviews! Espero que tenham gostado! Qualquer coisa é só perguntar!

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Fiquem com Deus!