O Passado do Seu Coração escrita por Kuchiki Manu


Capítulo 3
Capítulo 03 - Otherside




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Aos poucos vou conhecendo o seu outro lado...

Algo que jamais pensei em presenciar.

Poderia me sentir privilegiado?”

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CAPITULO 03 - OTHERSIDE

 

Andava pelas ruas de Sereitei de um modo que já estava acostumada, caminhando ao lado de seu irmão. Bom, poderia pensar desse jeito antes, mas agora aquele homem não era seu irmão, na verdade ele era somente Kuchiki Byakuya.

 

Apesar de já ter concluído que havia voltado no tempo, ainda era muito difícil se convencer de que as pessoas que conheceu, ou que iria conhecer, não a reconheceriam. Não porque perderam a memória, mas sim porque não compartilharam o momento delas começarem.

 

Renji provavelmente ainda está na escola e a conhece muito bem nesta época; mas ao ouvir as palavras de Mayuri e o quanto os seus atos poderiam influenciar tanto na sua época quanto no futuro, achou melhor esperar um pouco. Talvez nem devesse procura-lo.

 

Quanto tempo iria demorar? Quanto tempo iria permanecer ali? Isso era uma incógnita.

 

Discretamente olhou para o homem ao seu lado. Pode perceber que esse Byakuya não era muito diferente do seu Nii-sama. Claro! Eram a mesma pessoa, só que de tempos diferentes. Como era estupida!

 

    - Você é uma shinigami, não é?- começou Byakuya sem olha-la.

     

Ela ficou surpresa pela iniciativa dele, mas resolveu responder retomando a compostura.

 

    - Sim, Senhor. - respondeu em poucas palavras.

    - Como era o hollow que você lutou?

    - Na verdade sua aparência era muito comum ao de outros hollows. - desviou o olhar – Acho que foi por isso que ele conseguiu nos enganar e camuflar suas habilidades perante o meu esquadrão.

    - Hum. - murmurou perante a resposta dela. Bem direta e construtiva. - Acho que deveremos contar tudo a Hisana.

     

Ela o fitou indagativa. Hisana!? Minha nossa! Havia se esquecido completamente. Sua irmã estava viva!

 

Mas será que isso não poderia influenciar em algo?


    - Creio que isto é o melhor a se fazer. - ele continuou diante o silêncio dela – Hisana não deve pensar que encontrou sua irmã e depois de um tempo essa irmã sumir novamente. - fechou os olhos – Isso não é certo. Ela procurou você por muito tempo.

     

Rukia novamente se surpreendeu pelas palavras de Byakuya. Pode sentir algo... emocional nelas? Não conseguia distinguir. Mas era algo diferente. Algo que nunca viu se manisfestar na voz dele.

 

    - Onde você estava? - ele perguntou.

     

Mesmo não sendo uma pergunta muito detalhista, ela pode entender qual era a resposta que ele esperava...

 

    - Eu ainda não tenho certeza. - respondeu com sinceridade. - O que eu sei agora não é o suficiente para saber minha exata localização nesta época. - na verdade, tudo o que concluirá eram apenas especulações.

     

Ele nada respondeu. Ainda era muito estranho conversar com uma pessoa, sabendo somente o nome, e o pior de tudo, provavelmente anos a sua frente. Isso era extremamente estranho. Nem sabia ao certo se já havia se convencido.

 

Continuaram andando em silêncio. Várias perguntas sem respostas existiam, mas resolveram não faze-las agora. Pelo visto, teriam muito tempo para responde-las.

 

Em um certo momento, nas proximidades do 8º esquadrão, Rukia parou de andar. Arregalou os olhos surpresa perante a cena que estava a sua frente, na verdade, perante a pessoa que via a poucos metros de si.

 

“Essa não!”


    - O que há de errado? - Byakuya se viu a perguntar ao vê-la parada.

     

Ela por um breve momento desviou a atenção da causa de seu espanto.

 

    - Ele. - disse em meio a um sussurro, indicando com a cabeça o motivo.

     

Byakuya seguiu o seu foco de visão, fitando o sorridente capitão a poucos metros. Ukitake?


    - Ele é Ukitake Juushirou. Capitão do 13º esquadrão. - resolveu explicar.

    - Eu sei. - ela concordou de imediato – Ele é o meu capitão.

    - O que você disse?

    - Essa não! Ele ta vindo pra cá! - exclamou ao ver Ukitake fazendo um sinal e se despedindo do shinigami que a pouco conversava.


O capitão de longos cabelos brancos não mudará muito, Rukia pode perceber. Uma diferença notável eram os seus cabelos, que agora estavam presos. Mas esse não era o momento para ficar vendo a diferença entre o Ukitake do “futuro e do passado”. Minha nossa! Ele ia vê-la!


    - Fique calada. - informou Byakuya sem desviar os olhos de Ukitake – Talvez possamos usar sua aparência em nosso favor.


“O quê?” - abriu a boca para perguntar, mas resolveu não o fazer ao ver Ukitake parar a sua frente.


    - Byakuya. - Ukitake sorriu – Pensei que só gostasse de fazer caminhadas durante a noite.

    - Ukitake. - uma simples palavra, era o cumprimento de Byakuya.


Rukia continuava estática. Não sabia como agir.


    - Como vai, Hisana-san? - Juushirou a fitou.


Ela engoliu seco. Deu uma breve olhada para Byakuya, que assentiu com um leve movimento. Agora entendia o porque de sua aparência ajuda-los.


    - B-Bem. - respondeu um pouco nervosa, mas tentando manter a calma.

    - Porque está com essa roupa de Shinigami? - perguntou a examinando. - Por acaso é alguma homenagem ao seu marido?


Rukia não sabia o que responder. Na verdade deu um leve sorriso, meio sem graça na verdade. Dava graças por Ukitake sempre fazer perguntas e responde-las logo em seguida com seus palpites.


    - Ukitake. O que faz aqui? - Byakuya resolver interferir.

    - Vim falar com o Kyoraku, mas ele está dormindo. - tipico do capitão do 8º esquadrão – E você, Byakuya? Está ansioso para assumir o posto de capitão?


Rukia olhou o Kuchiki confusa. Era verdade. Byakuya ainda não havia se tornado um capitão. O seu posto ainda era ocupado pelo avô, Kuchiki Ginrei.


    - Nada que me venha fazer arrancar os cabelos.


“Byakuya estava irônico!?”


    - Claro. Claro. - Ukitake sorriu perante a irônia - Eu tenho que ir agora. Se não nos encontrarmos mais, lhe vejo na cerimonia de nomeação.

    - Até, Ukitake. - finalizou Byakuya começando a andar na direção oposta a de Juushirou, e Rukia só se viu na opção de segui-lo mais uma vez.


...Essa foi por pouco! - se confortou.


Pelo visto, era complicado as pessoas verem a diferença entre ela e a irmã. Mas dizer o que? Elas eram idênticas! Poderiam ater dizer que eram gêmeas, tirando o fato de Hisana ser mais velha. Mas levando em conta esta época, quem era a mais velha agora? Não queria nem pensar em desvendar este mistério agora.


    - Obrigada, Byakuya-sama. - agradeceu sem olha-lo.

    - Não precisa agradecer. - ele fez o mesmo – Podemos considerar que quem fez o trabalho foi o próprio Ukitake.


Ela ergueu o rosto para fita-lo, mas acabou presenciando algo além do que o simples rosto sério do líder do Clã Kuchiki. Algo que antes se perguntava se poderia ver um dia. Algo totalmente anormal. Insano!


Byakuya estava sorrindo. Byakuya! O homem mais sério, frio, respeitado, que nunca mostrou emoção alguma; neste exato momento estava sorrindo!


Ele percebeu o seu olhar espantado.


    - Algum problema? - indagou.

    - O S-Senhor está s-sorrindo... - disse debilmente sem conter as palavras.


Ele achou estranho. Talvez ela não gostasse, ou talvez...?


    - Me desculpe se estou rindo de você. - retomou sua feição séria – Só que achei interessante o jeito como se posicionou ao ver Ukitake.


Rukia mas uma vez se viu sem encontrar palavras certas para expressar o que estava sentindo. Byakuya estava se desculpando, e ainda por cima, se justificando pra ela!?


Não! Não poderia ser! Ela estava louca ou então iria ficar se continuasse um minuto a mais naquele lugar!


Percebeu que era melhor dizer alguma coisa, já que ele não parava de olha-la esperando uma resposta.


    - Ah,... - abrir a boca era a melhor maneira de achar uma saída. Talvez dissesse alguma coisa que preste...? – Tudo bem. - “grande coisa!”


Ele fechou os olhos e continuou a andar.


Definitivamente aquele não era o se Nii-sama!...


~o~o~o~

 

Ao chegarem na mansão Kuchiki, Rukia pode perceber os olhares curiosos dos empregados ao vê-la, e isso era normal, afinal, ela era uma estranha.


Pensando agora... Já se sentia uma estranha em sua antiga casa, e agora que estava nesta situação as coisas só poderiam ser piores.


    - Onde está minha esposa? - Byakuya perguntou a uma de suas servas.


Antes que a mulher pudesse responder, Rukia pode ver o seu “reflexo” no final do corredor.


    - Byakuya-sama! - Hisana começou a andar até eles, na verdade, estava quase correndo – Como foi? Onde está... - parou de falar ao olhar além dos ombros do marido – V-Você voltou...


Rukia ficou estática. Ainda não estava acostumada de ter uma irmã, sem falar que esta não deveria mais estar viva.


    - Hisana, precisamos conversar. - disse Byakuya com sua voz profunda.


~o~o~o~

 

Hisana tinha os orbes arregalados, enquanto olhava aquela pequena mulher a sua frente.


    - Isto é verdade, Byakuya-sama? - resolveu perguntar novamente.

    - Lhe asseguro que sim. - ele confirmou – Esta mulher é sua irmã, só que ela não pertence a está época.

    - Então... Você é do futuro?


Rukia confirmou com a cabeça. Opinou em permanecer calada enquanto Byakuya explicava tudo. Achou bem melhor assim, e se convenceu de que ele tinha a mesma opinião que ela.


    - Apesar de tudo, Hisana... - Byakuya continuou – Esta mulher, Rukia, é sua irmã.


Silêncio profundo.


    - Eu não me importo... - Hisana resolveu quebra-lo – Eu não me importo de onde você é ou deixa de ser... - as emoções tomaram conta de si, enquanto tentava inutilmente segurar as lágrimas que se formavam em seu rosto – Você é minha irmã.


De repente Rukia se viu sem saída, ao sentir os frágeis braços de Hisana a envolverem em um abraço. Parecia que ela não queria mais solta-la, e não sabia o que fazer diante disto, por isso resolveu não se mover.


    - Me desculpe, Rukia. - a mulher soluçava em seu ombro – Me desculpe. Eu não deveria ter lhe abandonado... Eu não deveria. Me desculpe. Me desculpe...


Poderia arranjar um jeito de confortar aqueles vários pedidos de desculpa. Mas fazer o quê? Na verdade, nunca teve ódio de Hisana. Magoa poderia ser uma boa palavra, mas ela não era tão ignorante. Tentava entender os motivos da irmã. Rukongai era um lugar difícil de se viver.


Byakuya silenciosamente se levantou e dirigiu-se até a porta. Até que enfim eles conseguiram, e queria que ela compartilha-se esse momento a sós com o seu “sonho”.


O mais irônico era, eles não a encontraram, ela veio até eles e de um lugar ao qual jamais puderam imaginar.

 

~o~o~o~o~

 

    - Você quer que eu acredite nesta insanidade, Byakuya? - indagou Ginrei ao neto a sua frente.

    - Sabes muito bem que não brincaria com isso. - respondeu franzindo o cenho.


Byakuya resolveu ir até o avô para explicar o ocorrido, já que Ginrei também viu a “mulher do futuro”.


Estavam sentados em uma mesa de frente um para o outro. Tomavam o seu costumeiro chá de fim de tarde, que faziam desde que Byakuya era adolescente, conseguia se lembrar muito bem. Assim como sabia que o neto não iria mentir em relação a um assunto tão delicado, sem falar que deveria ter muito tempo livre para pensar em uma história tão absurda.


    - Sei disso. - confessou Ginrei levando a xícara até a boca – Eu mesmo fiz questão de ir até o 12º esquadrão após aquela mulher lhe pedir para leva-la até lá.


Byakuya resolveu ignorar o fato do Capitão Mayuri ter reclamado, ou até insultado, o nome de sua família ao ver mais um Kuchiki em seu esquadrão.


    - Vocês iram acolher a garota, não é? - indagou o ancião.

    - Creio que sim. Ela é a irmã desaparecida de Hisana.


Ginrei não pode deixar de mostrar um pingo de espanto após tal afirmação.


    - Que irônico. - deu um leve sorriso – No final das contas, foi ela que encontrou vocês, mesmo que esteja a anos em nossa frente.


“E pensar que já havia pensado nisso...”


    - Como ela se chama?

    - Rukia.

 

~o~o~o~o~o~

 

Rukia cuidadosamente colocou a xícara de chá na mesa, enquanto Hisana observava cada movimento seu como num ato de guarda-los para sempre em uma caixinha dentro do coração.


Neste pouco tempo que passaram, Rukia pode perceber o quanto sua irmã estava arrependida, isso se fosse contar as vezes que ouviu as palavras “me desculpe” ou “sinto muito”. Sinceramente nunca havia pensado que iria receber tantas palavras de arrependimento em só um dia.


    - Gostou do chá? - indagou Hisana.

    - S-Sim. Obrigada.

    - Quero que saiba que eu sinto muito. Eu não queria ter lhe...

    - N-Não precisa se desculpar. - disse com a voz um pouco trêmula – Esta tudo bem.


Hisana sorriu gentilmente.


    - Há tantas coisas que precisamos conversar. Tantas coisas que eu quero lhe falar, mas... - exitou por um momento. A idéia de ter a irmã ao seu lado a deixava alegre, porém, deveria compreender o desejo de Rukia... - Creio que você deva estar cansada agora, não é?


Para falar a verdade, sim! Além de ter chegado aquele lugar e ficado correndo desesperadamente por Sereitei para chegar a conclusão de onde estava, não poderia esquecer em momento algum que antes havia enfrentado uma batalha, e esta foi bem difícil e cansativa, se não, não estaria ali.


A mulher de Byakuya entendeu o seu silêncio. Dava para perceber no rosto da irmã o quanto ela estava cansada.


    - Venha. - disse Hisana se levantando – Acho que sei o que pode ajuda-la.

    - Ha-Hai. - Rukia fez o mesmo.


Andavam pelos corredores da mansão, até que chegaram em uma grande porta. Rukia conhecia ela muito bem. Era a porta do quarto do irmão, ou melhor, não somente dele agora, mas também de sua esposa.


    - Entre. - disse Hisana já dentro do quarto.


Rukia exitou por um momento, mas resolveu obedecer. Era o quarto de Hisana também.


Seguiram até uma porta em uma das extremidades do quarto, ao qual Hisana abriu revelando um grande banheiro. Minha nossa! O banheiro de Byakuya!


    - Acho que um banho irá relaxar você, concorda?

    - Sim, mas... Ah, Hisana-sama, você não acha melhor eu tomar um banho em outro lugar? Talvez o Nii-Byakuya-sama não goste e... - se reprovou mentalmente. Foi por pouco, mais uma vez.

    - Não se preocupe. Byakuya-sama não se importa, posso lhe garantir. - era impressão sua, ou ela iria chama-lo de... Nii-sama? - Entre e se acomode. Enquanto isso, irei falar com o cozinheiro para fazer o jantar e também pegar algumas roupas para você. O que você prefere?

    - Ah, o que a senhora preferir.

    - Claro. - Hisana sorriu – Sinta-se a vontade. Volto em um minuto. - após dizer isso, saiu.


Rukia correu o olhar por todo o banheiro. O fato de respirar dentro daquele lugar poderia valer mais do que o salario de um tenente. Nunca havia estado ali, na verdade, nem havia entrado no quarto de Byakuya.


Soltou um suspiro revelando todo o seu cansaço nesse pequeno gesto. Talvez ela pudesse tomar um banho e relaxar, não é? Estava precisando espairecer um pouco e organizar as idéias em sua mente. As palavras de Mayuri ainda martelavam em sua cabeça. Como poderia sair daquele lugar? Realmente só aquele louco poderia descobrir um jeito, e esperava que ele não exigisse nada absurdo dela. Preferiria permanecer ali para sempre do que participar de uma das experiencias malucas do capitão do 12º esquadrão.


Após se livrar da sua roupa de shinigami, entrou na banheira deixando a água quente arrepiar a sua pele sensível. Com as mãos, pegou um pouco da água a jogando sobre a cabeça, e logo depois se endireitando em uma posição bem confortável. Com certeza, esse era o jeito que um nobre tomava banho.


Estava tão cansada. Confusa. Louca...? Um pouco. O fato de ver algumas cenas que nunca pensou em presenciar a deixaram atordoada. O dia havia sido cheio. Muitas revelações em menos de um dia.


Levada pelo cansaço, acabou adormecendo ali mesmo.


~o~o~o~

 

 

Byakuya voltou para o seu quarto após terminar de conversar com o avô. De certa forma, o dia havia sido cansativo para ele, e tinha certeza de que quando se tornasse um capitão os problemas iriam dobrar.


Nunca pensou na possibilidade de ir ao encontro de Kurotsuchi Mayuri, e muito menos que iria conhecer uma pessoa que estivesse a frente dele, literalmente.


Loucura? Poderiam pensar isso dele. Talvez nem todos acreditariam nessa história. Talvez aquela garota fosse louca? Não. Já havia ultrapassado esse estágio. Era tudo verdade, a quem queria enganar?


Pensando nisso, onde será que as duas estavam? Esqueceu de ir procura-las. Mas talvez elas precisassem de um momento a sós, especificamente Hisana, já que sentia que o motivo de tal alegria da esposa, não era tão bem aceito por Rukia, que ficava muito desconcertada.

 

Agora porque? Sabia que de certa forma ela o conhecia. Dava para ver pelo modo como ela o olhava.

 

Porém, quando se tratava de Hisana, algo não estava certo. O que será que deve ter acontecido com ela? Se Rukia o conhecia, porque não a Hisana?

 

Começou a desamarrar a parte superior do kimono, o tirando em instantes e ficando apenas com as calças. Aquela mulher ainda tinha muito o que lhe dizer. Muito a lhe esclarecer. Ainda havia muitas perguntas no ar, e exigia receber as repostas delas.

 

Mas não agora. Talvez um banho pudesse ajuda-lo? Talvez sim.

 

Se dirigiu até o banheiro abrindo a porta e dando de cara com algo que não esperava. Hisana? O que ela estava fazendo?

 

A mulher estava na banheira de costas para ele. Aquele cabelo, aqueles ombros tão delicados. Só poderia ser ela. E quem seria mais? Aquele banheiro era exclusivamente deles. Agora sim. Com certeza um banho seria relaxante.

 

Se aproximou lentamente. Pelo jeito ela estava bem distraída por não percebe-lo, porém, em questão de segundos a situação iria mudar.

 

Ao se aproximar da banheira, se abaixou ficando em uma posição melhor para olha-la, pelo menos os seus ombros desnudos. Carinhosamente colocou os lábios em um deles, começando a beija-los. Com uma de suas mãos, começou a massagear o outro ombro, tocando levemente os seus curtos cabelos, os afastando para ter um acesso melhor.


-

 

Rukia aos poucos começou a sentir algo estranho. Como se alguém estivesse... Lhe acariciando e beijando os seus ombros? Sem abrir os olhos, chegou a conclusão de que estava sonhando. Estava sozinha, e em hipótese alguma alguém poderia entrar ali. Sem falar que não conseguia nem se mover direito. Parecia que o seu corpo estava totalmente rendido ao cansaço.

 

Deveria aproveitar esses poucos segundos de descanso. “Que sonho bom!” - a prova disso foi a respiração, que sem perceber, começou a ficar forte e...? Espera um minuto!

 

Aos poucos, todos os seus sentidos foram despertando e pode sentir com clareza os beijos se intensificando mais, enquanto uma forte mão começou a descer do seu ombro em direção ao seu...

 

Abriu os olhos rapidamente. Definitivamente aquele sonho já estava muito real!

 

-

 

Ao perceber ela reagindo aos poucos suas caricias, Byakuya não pode se segurar mais. Já estava mais do que claro que ela percebera sua presença.

 

Seu corpo já a desejava intensamente. Sempre era assim quando ficava perto dela, seu único amor.

 

Sabia que nunca poderia amar outra pessoa. Tinha isso como impossível.


E de certa forma havia algo diferente nela naquele momento... Algo a mais, que o agradou muito.

 

Intensificou o beijo em seus ombros, fazendo com que as caricias ficassem mais provocantes e sujeitas a tocarem lugares delicados. Partes daquele pequeno e frágil corpo que conhecia muto bem. Cada mínimo detalhe.

 

Porém, foi interrompido ao levar, em menos de um segundo, algo que jamais esperava em receber, muito menos dela. Logo pode perceber que seu corpo já conhecia o chão.

 

Hisana havia lhe batido!?”

 

-

 

Rukia tentava cobrir a parte superior de seu corpo. Foi tudo tão rápido que nem pode conhecer o rosto do atrevido que ousou toca-la. E pra que iria querer conhecer o rosto do homem que daqui a poucos segundos iria morrer pela lâmina de Sode no Shirayuki?

 

Era isso o que planejava, porém se viu sem ação ao ver o homem que começava a se recompor de seu golpe certeiro.

 

“Desgraçado! Atrevido! Filha da-... Nii-sama!”

 

-

 

Byakuya começou a se levantar irado. Aquilo era um ultraje. Tudo bem, ele pode ter assustado ela, mas não a chegar neste ponto. Isso era inaceitável!


    - O que há de errado com você, Hisana!? Desculpe se lhe assustei, mas... - parou de falar ao se por de pé e ver aquela pequena mulher assustada a sua frente, tomando a mesma feição dela em seguida.


“Droga! De novo não!”

 

 

Continua...

 


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Notas finais do capítulo

Bom, neste capitulo já pude explorar uma situação que não estou ascostumada a escrever. Deu um pouco de trabalho, mas espero que tenha ficado bom.

Muito obrigado a todos que leram.

Reviews? Deixem um, sim!? Façam uma autora feliz.

Quero saber se devo ou não continuar a fic e a opinião de vocês diante dela e das situações envolventes. Se esta confusa, ou monotona... Deixem suas opinioes!

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