O Passado do Seu Coração escrita por Kuchiki Manu


Capítulo 10
Capítulo 10 - Aqueles que conhecem a diferença.


Notas iniciais do capítulo

- Olá meus queridos leitores!
Será que demorei muito dessa vez? ôo

Bem, não precisa nem responder. Já peço desculpas de ante-mão!

Apesar de tudo, espero que este capítulo seja do agrado de vocês. Não terá explicação (alguns: Viva! ), porém, haverá pistas do que poderá acontecer. Creio que logo perceberão, mas mesmo assim... Atenção!

Citarei alguns pontos no final...

Desde já, peço desculpas pelos erros de ortografia.

Enfim, boa leitura!



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“Você pode descobrir mais sobre uma pessoa em uma hora
de brincadeira do que em um ano de conversa.”

(Platão)
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CAPÍTULO 10 – AQUELES QUE CONHECEM A DIFERENÇA.

- Bom dia Ginrei-sama, Hisana-sama. - disse Rukia ao se assentar a mesa para o café, três dias após a revelação de sua verdadeira condição.
- Bom dia, Rukia. - respondeu Hisana, como sempre, sorrindo para ela. Apesar disso, ainda se sentia um pouco envergonhada, graças a grande atenção que recebia por parte da irmã.

Olhou brevemente para o lado. Era esperado que Byakuya não estivesse ao lado do avô. Nos últimos dias, o trabalho como capitão exigia que ele fosse a primeira pessoa a deixar a mansão Kuchiki, e para Rukia, isso não era algo novo de se presenciar.

O costumeiro silêncio predominou, enquanto saboreavam a refeição da manhã. Até que em um certo momento, Ginrei se pôs de pé. Por respeito, as duas mulheres presentes fizeram o mesmo.

- Irei me retirar. - ele informou. - Diga à Rukia sobre o evento ao qual iremos, Hisana.
- Como quiser, Ginrei-sama.

E após a confirmação de sua ordem, Ginrei se retirou do espaço ao qual estavam.

Rukia se sentou novamente, acrescentando uma singela expressão confusa em sua face.

Evento? O que seria...?

- Você deve estar se perguntando sobre o evento que Ginrei-sama mencionou, não é? - Rukia ouviu a voz da irmã ao seu lado, então dirigiu os olhos a ela.

Permaneceu calada, aguardando a explicação.

- Será um festival que ocorrerá amanhã a noite.

Festival? Seriam iguais aos... do mundo real? Nunca ouviu falar desse tipo de acontecimento na Soul Society.

Talvez... Seja um daqueles eventos ao qual Nii-sama sempre participava, relacionado as casas nobres. Mesmo assim, isso não mudava o fato de nunca tê-lo acompanhado.

- Apesar dos membros das famílias nobres freqüentarem, não é algo restringido somente a eles. E eu acho que você irá gostar muito, Rukia.
- Entendo... Mas, Hisana-sama... Como eu posso ir? Digo, já que...
- Não se preocupe. Byakuya-sama disse que não haverá mais problemas em relação a sua condição. Creio que não importa mais as pessoas lhe verem.

Ouvindo essa última frase, não pode deixar de desviar o olhar.

Era verdade, não havia mais problema. O que importa se a verem? Isso não influenciaria em nada. Ela continuaria a mesma, assim como o universo que vivia.

No entanto, não conseguia se sentir confortável perante este fato.

Ela mudou. Mudou aquela Soul Society.

Um poder... Uma ação... Jamais desejados por ela.

- Rukia, está tudo bem? - Hisana se viu no intuito de perguntar, observando-a em silêncio.

Ela voltou o olhar para a irmã.

- Sim, sim. Está tudo bem. - forçou um sorriso.
- Que bom. - ela retribui o gesto – Agora, creio que terei que deixá-la a sós por alguns instantes. Não irei demorar.
- Claro. Não se preocupe comigo, Hisana-sama. Eu esperarei.

E Rukia esperou. Viu cada segundo; cada minuto se passar.

Até que singelos minutos acabaram se tornando horas.

Agora estava em seu quarto, andando pelos limites do espaço. Se estivesse sobre areia, poderia enxergar perfeitamente os seus pequenos passos marcados pelo chão. Andava em círculos.

Tédio. Não tinha nada a fazer.

Nessas horas, ela se lembrava do quanto que gostava de seu trabalho como shinigami. Percebia o quão agradável era ter Hisana ao seu lado, mesmo que se incomodasse com o constante olhar sobre o seu rosto. Reafirmava a importância da presença de seus amigos em sua rotina.

Rukia parou em meio ao quarto, cruzando os braços.

Se pudesse ao menos fazer algo... Ir a algum lugar...

Foi então que a idéia veio em sua mente. Uma idéia que se algum de seus amigos ouvissem, com toda certeza a chamariam de louca.

Ela poderia... Ir até ele...

Sabia onde, provavelmente, o nobre tenente estaria.

Kaien... Ele estava vivo agora. Ela poderia enxerga-lo, ouvi-lo.

Ela poderia ter esse privilégio.

E no mesmo instante que chegou a esta conclusão, a mente acabou retrucando o seu desejo.

O que diria a ele se o visse? Apenas que queria vê-lo?

Não, não. Kaien a chamaria de estranha; o conhecia bem para saber disso.

Além de que... Havia ele...

Ele não gostaria. Poderiam haver diferenças, mas tinha quase certeza de que neste aspecto, eles possuiriam a mesma opinião.

Não. Isto estava fora de cogitação. Não criaria riscos maiores. Problemas...

Intrigou-se ao perceber que nem Ginrei, Hisana, e até mesmo Byakuya, se importaram com o fato de ela ter mudado, tecnicamente, o futuro ao qual eles pertenceriam.

Por que não ficaram com raiva? O que fez não era nada grandioso. Alguém deveria mostrar que concordava com ela, mesmo que fosse acusando-a. Este era o correto.

As certas 'vantagens' que encontrou para a situação que estava, e por assim dizer, vantagens apenas para ela; não tornavam o seu feito de voltar ao passado aceitável.

Até o momento, somente ela, Rukia, encontrou pontos positivos - bem poucos, na verdade; e o mais importante, para que eles se tornassem dignos de admiração, havia o grande risco de poder torna-los reais.

Isso somente aconteceria se... Revelasse o que aconteceria no futuro.

E mesmo sabendo disso, ainda temia em agir. Temia a sinceridade...

Droga. O que eu faço?

Foi então que ouviu discretos sons de passos. De imediato, saiu de seu quarto, esperando encontrar...

- Hisana-sama? - porém, se enganou. Não era Hisana.
- Me desculpe se a incomodei, Rukia-sama. - era uma das empregadas da mansão, que fez uma pequena referência ao vê-la.
- Não, não se preocupe. - sorriu, pedindo para que a mulher ficasse de pé novamente. - Por acaso você sabe onde minha irmã está?
- Hisana-sama está tratando de assuntos referentes a mansão Kuchiki. Há pouco, a vi na cozinha.
- Ah, claro. - sim, Hisana estava ocupada.

E agora? O que poderia fazer? Ficar... parada?

- Deseja mais alguma coisa, Rukia-sama?
- Não, está tudo bem. Não preciso de... - finalmente, pensou em algo. Sorriu perante a solução que encontrou para o seu tédio. - Na verdade, sim. Eu gostaria que pegasse algo para mim.
- O que desejar, Rukia-sama.

Era evidente que o sorriso crescera em suas feições delicadas.

~o~o~o~

Pacientemente ele aguardava, apoiando as costas no pequeno espaço da parede que não era ocupado por livros. Apesar do horário não ter trazido ao céu a brilhante lua, aquele lugar estava praticamente tomado pela escuridão.

Apenas a luz vinda daquele aparelho contribuía para que seus estranhos olhos conhecessem o rosto de seu companheiro.

Sim, ele observava. Mesmo que não fosse totalmente visível, ele olhava.

- Há algo de errado. - ouviu a voz séria lhe dizer.
- Óh, como suspeitávamos.
- Os aquivos. - ignorou o tom sarcástico – Alguém está vasculhando os arquivos.
- Ai, ai. Isso não é bom. Ele não vai gostar nada disso.
- Entretanto, os arquivos vasculhados não nos causam grande perigo. Os mais importantes já estão em nossa posse, mas não podemos correr riscos. Temos que descobrir quem está fazendo isso antes do retorno de-
- Tousen-san, você irá para o festival amanhã? - desviou totalmente o assunto, o que não foi do agrado da pessoa a quem se dirigiu.
- Não freqüento eventos desnecessários, Ichimaru.
- Sei, sei...

E, inexplicavelmente, ao se lembrar da festividade, a imagem dela veio a sua mente. De algum modo, não se esqueceu do último encontro. Aquelas feições delicados, os olhos graúdos evitando o seu rosto...

... Havia algo de diferente nela.

Ela nunca o olhara daquele jeito. Nunca parecera tão... frágil ao estar perto dele.

Sim, ela estava diferente. E ele gostou disso.

- Eu quero ela.

~o~o~o~

Como uma criança, ela sorria. Como uma criança, ela desfrutava do lazer que conseguira.

Sentia o prazer de poder estar segurando aquele pincel, enquanto cuidadosamente ilustrava naquele pedaço de papel o que sua mente figurava.

Incrível como, em pouco tempo, a mulher que trabalhava na mansão trouxe-lhe o que pedira. E não pode deixar de sorrir ao sentir os objetos em suas mãos.

Sim, conseguiu. Fazia um de seus passatempos favoritos, e porque não o mais?

... Desenhava.

Os olhos brilhando ao ver, pouco a pouco, a conclusão de seu trabalho.

Estava deitada no chão, dentro de seu quarto; os pés balançando no ar, ao mesmo tempo em que colocara o pincel na boca, arqueando uma sobrancelha para o desenho a frente.

Calculava cada mínimo detalhe.

Está bom, mas... Falta alguma coisa...

- Rukia?

Ao ouvir o seu nome ser chamado pela voz profunda, arregalou os olhos de imediato. Ergueu o rosto, encontrando o nobre capitão do 6º esquadrão parado perante ela.

Byakuya-sama!

Em um salto, ela se colocou de pé. Desequilibrou-se um pouco, mas não ao ponto de poder cair. A posição que se encontrava antes não era apropriada para falar com ele. Ele nem deveria vê-la de uma forma tão desleixada!

Quando foi que ele entrou?

- Perdoe a minha intromissão, Rukia. Não queria assusta-la. - ele pareceu sincero.
- Esta... Esta tudo bem.

Se não estivesse tão detraída, com certeza teria percebido ele se aproximando.

- Rukia, eu vim a sua procura para... - ele parou.

Fitava-o confusa, não compreendendo o motivo de ele olhar para... suas mãos?

- O que está segurando? - Byakuya perguntou de repente.

Ela seguiu o foco de visão dele, encontrando... Óh, não! O papel!

Rapidamente escondeu o desenho atrás de seu corpo.

- Não é nada. - disse sem pensar.

Viu a expressão no rosto dele, então lembrou-se quem ele era.

Kuchiki Byakuya, com toda certeza, não aceitaria este tipo de resposta.

Droga.

- Digo... - resolveu ser mais convincente – É apenas um papel. - não, não foi uma resposta aceitável. - Eu estava... desenhando.
- Desenhando?
- Sim. - por quê ficou ruborizada ao dizer isso?

Bem, talvez fosse porque ele começou a andar até ela. E assustou-se mais ainda ao vê-lo estender as mãos em sua direção.

- Posso? - ele perguntou em poucas palavras.

Rukia engoliu seco. Claro, ele queria ver o seu desenho. Não tinha vergonha de mostrá-lo, pois orgulhava-se do talento que possuía. Entretanto, havia um problema...

E se ele não gostasse?

Era difícil admitir, mas nem todos viam seus desenhos como uma obra de arte digna de elogio. Ichigo era uma prova perfeita deste fato desagradável. Sempre que possível, o jovem Kurosaki a importunava com observações, que por assim dizer, não eram nem um pouco do agrado de Rukia. E, muitas das vezes, o shinigami substituto não saía ileso após isso.

Mas agora, teria que se controlar. Não iria se exaltar novamente. Ele era Kuchiki Byakuya.

Caso ele não gostasse, de modo algum poderia atirar o pincel na cabeça do nobre. Jamais!

Calma. Se ele não gostar, está tudo bem. Você não vai fazer nada; dizia para si mesma.

Após ter o desenho em mãos, Byakuya permaneceu calado, observando com atenção a imagem que as linhas formavam.

Ela o olhava apreensiva, como se ele fosse decidir o rumo de sua vida ali mesmo.

Ele não gostou! Ele não gostou!

- É muito bom.

Viu? Ele não... O quê!?

- O quê? - ela repetiu a reação da mente.

Será que ouvira direito? Ou estaria enganada?

- Você tem talento, Rukia. - ele reafirmou, utilizando palavras mais impactantes para ela.
- Verdade? - teve que peguntar. - Q-quero dizer... Ninguém nunca me disse que-
- Pessoas que não vêem talento neste estilo de arte, são apenas pessoas ignorantes. - ele pareceu se mostrar certo no que ressaltou.

Em poucos segundos, ela sentiu uma alegria imensa invadir o peito. Os olhos violeta ganharam um brilho, totalmente diferente daquele a minutos atrás.

Não pensou que adquiriria essa reação, mas acabou sorrindo. Um sorriso discreto, ilustrando a satisfação que sentia. O fato de ser reconhecida, e elogiada, por algo que gostava. Que, de certa forma, a completava.

Ela adorava desenhar, não havia dúvida.

E era gratificante saber que outra pessoa admirava o que ela fazia.

Renji parecia gostar de seus desenhos, e agora... Byakuya também!

Isso poderia se aproximar do impossível!

- O que é? - ele se referiu ao desenho.
- É Chappy, o coelho. - não parava de sorrir.

Ele observava a imagem; até que colocou uma das mãos dentro do kimono de capitão, retirando um pincel semelhante ao que Rukia usara antes.

- Permite? - sugeriu, olhando-a brevemente.

Ela piscou os olhos em dúvida. Compreendendo o que Byakuya desejava fazer, ela assentiu com um movimento com a cabeça.

Havia uma pequena mesa próxima a cama, e fora lá que o Kuchiki sentou-se para fazer o que planejava.

De fato, ele gostou. Porém, havia detalhes que ele se viu no intuito de modificar.

Sutilmente os olhos de Rukia foram crescendo ao ver Byakuya, com habilidade, modificar a imagem de seu querido coelho, Chappy. Ele se mostrava tão seguro ao segurar com firmeza o pincel, alinhando o contorno do desenho em preto e branco.

Ela ficou próxima a ele, olhando com atenção. Se viu em conflito ao perder o foco de visão. Chegou a olha-lo brevemente. Concentrado, firme...

Byakuya... Ele está tão... Ele é...

Acabou reprovando-se mentalmente. Era estranho. O que sentia era estranho.

O que esta acontecendo?

O melhor era manter o olhar no mascote e foi o que fez.

Aos poucos, o coelho tortinho, ficou em uma linhagem perfeita, digna de elogio.

E ao terminar, Byakuya devolveu a imagem a sua autora.

Rukia não pode evitar de ter a boca levemente entreaberta, contemplando a perfeição perante seus olhos chamativos.

- Você gostou?

Se gostou?

- Eu amei! Está perfeito! - as palavras escavam da boca de Rukia - Eu jamais poderia fazer algo assim, mas o senhor... Você é incrível, Byakuya! Não sabe o quanto- foi então que percebeu o que estava fazendo.

Byakuya? Tinha mesmo o chamado assim?

Droga. Como pode? Só poderia estar louca!

Alguns segundos de silêncio predominaram. Timidamente, ela conseguiu coragem para encara-lo. Engoliu seco ao conhecer o rosto dele.

- Er... Me desculpe, Byaku-
- Não sabia que se interessava por arte. - ele a interrompeu.

O olhou confusa.

Era como se Byakuya não houvesse percebido a sua falta de respeito para com ele. Ou talvez... não se importasse? Não, não. O mais provável é que ele não tenha percebido.

Agradeceu por isso.

- Ah... Eu sempre gostei de desenhar. - ela respondeu.
- Entendo... Eu poderia lhe mostrar o meu conhecimento neste ramo, mas creio que não tenho este direito. Certa vez disse que lhe ajudaria com suas habilidades, porém, falhei ao não ser uma pessoa freqüente.
- O senhor é uma pessoa ocupada. Não precisa-
- Mas eu irei ajuda-la. Eu disse e cumprirei minha palavra.

Ela ficou surpresa pelo tom que ele usou, mas em pouco tempo, sua expressão suavizou.

- Obrigada, Byakuya-sama.

E o olhar dele, por um breve momento, se tornou diferente para ela. Como se ela tivesse feito algo que não era comum para ele.

Por que ele...?

- Com licença, Rukia. - ele informou de repente, andando em direção a porta.
- Byakuya-sama. - ela deu um passo a frente - V-você não queria falar comigo? Que... Quero dizer, por que o senhor veio a minha procura? Aconteceu alguma coisa? - espantou-se com o número de perguntas que lançou a ele.
- Não tem importância. Poderei falar com você em uma outra hora mais favorável.

Estava prestes a sair, entretanto, mais uma vez Rukia o deteve com sua voz.

- Byakuya-sama....

Ele parou. Vagarosamente tornou a olhar para ela.

De um modo involuntário, ela corou.

- ... Obrigada... pelo desenho.

Assentindo ao agradecimento, ele saiu.

~o~o~o~

Já era tarde quando ele ainda permanecia ali, sentado em frente a mesa. Com concentração, mantinha a atenção sobre o que estava fazendo. A pouca luz dificultava sua visão, mas ele não desistia. Aquela vontade não permitia.

Byakuya sentiu pequenas mãos tocar os seus ombros largos, e virou-se para a dona delas.

- Esta tarde, Byakuya-sama. Não seria melhor descansar?
- Somente alguns minutos, Hisana. Já estou indo. - respondeu suavemente a esposa.

Por que ele não abandonava o papel e iria dormir? Talvez afazeres do esquadrão? Impressionante, mas não. O que fazia não havia ligação com o seu trabalho.

Ele desenhava.

Não conseguia desviar aquela vontade incontrolável no peito, sujeitando-se a agir dessa forma durante a noite, apenas iluminado por uma vela. Era estranho, mas...

... Ele queria, queria desenhar. Queria demonstrar através de suas mãos, sua arte.

E por que não... mostrar a ela?

“Você é incrível, Byakuya!”

Foi inevitável um leve sorriso se formar em seu rosto. Nem mesmo notara essa reação.

Claro, por ser da família Kuchiki, era normal as pessoas o elogiarem e aclamarem os seus feitos. Porém, não daquela forma...

Não negaria que o fato de ela gostar daquele estilo de arte o espantou. Curiosamente, possuíam gostos bastante semelhantes em relação a este assunto.

E o modo como ela o chamara...

... Byakuya. Apenas Byakuya. Nem mesmo Hisana o chamava desse modo.

Rukia agia... diferente. Ela era diferente. Uma diferença que, inexplicavelmente, chamava sua atenção. E ele... não sabia o porquê.

A dúvida ficou visível em seu rosto. Se fosse pela manhã, claramente poderiam enxergar a rapidez que o sorriso desapareceu de suas feições.

Por quê?

O fato de temer pela segurança de Rukia era aceitável para ele. Desde o momento em que a viu e que soube que ela era a irmã desaparecida de Hisana, decidiu que iria protegê-la.

A protegeria por isso.

No entanto, agora, esse motivo acabou se tonando duvidoso. Queria proteger Rukia, mas realmente, não sabia o porquê.

Talvez por ela ser a irmã de Hisana? Sim, também. E além...

Byakuya apoiou os cotovelos sobre a mesa, encostando o punho das mãos na boca.

Pensava... Pensava naquilo que era fora de seu alcance...

Pela primeira vez, não conseguia saciar as próprias dúvidas. Havia algo de errado com ele. Fora ao encontro de Rukia pois queria lhe fazer perguntas sobre o futuro, mas no momento resolveu adiar o questionamento.

Queria, por um milésimo de segundo que fosse, se afastar de Rukia. Tinha a impressão de que o simples gesto de olha-la, tornava-o totalmente inapropriado diante a relação que eles possuíam.

Por quê?

Suspirou.

O que está acontecendo comigo?


Continua...

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Notas finais do capítulo

- Confesso que a nova formatação (de texto) do Nyah! me complicou na hora de postar. Na verdade, BASTANTE! Espero que isso não atrapalhe a estrura do texto. Mas qualquer observação, sabem que é só dizer.

O primeiro ponto curioso que citarei vai para a cena do Tousen e do Gin. O que eles farão? Claro que não direi agora. Apenas quero ressaltar um aspecto do Tousen, tipo: "Como raios ele consegue olhar a tela de um computador já que é cego!?"

[SPOILER]

Bem, pra quem lê o mangá/anime, em um certo capítulo (não me lembro o número agora, desculpe) Tousen observava Ichigo e sua turma correrem pelos corredores do castelo de Las Noches, no momento em que foram resgatar Inoue Orihime.

Sim, ele olhava por uma tela de computador. Mas ele não é cego? Essa é a questão, mas essa não foi a única vez que Tousen mostrou "enxergar" algo. Em um 'Shinigami Zukan' do anime, mostra o subordinado de Aizen indo para a floresta dos Menos... com um binóculo!

Claro, é estranho. Entretanto, se o próprio Kubo Tite aceita isso no mangá, por que eu não posso também? Então aqui (em certas circustâncias) o Tousen "enxerga".

[FIM DO SPOILER]

Outra coisa é o fato do Byakuya ter gostado dos desenhos da Rukia. Isso vai para quem assiste tanto o anime, ou lê o mangá. Quem não conhece o Ambassador Wakame, o mascote preferido do Byakuya?

E, especificamente no episódio: 228 do anime (do especial: Bleach on the Beach), podemos ver Byakuya e Rukia fazendo esculturas de areia. Rukia, lógico, esculpindo Chappy; enquanto Byakuya construia com cuidado o Ambassador. E em um certo momento, Isane, tenente do 4º esquadrão, comenta o quanto eles são parecidos. (é uma das cenas mais fofas deles juntos, garanto).

Então aqui eu resolvi explorar um pouco mais essa semelhança entre eles. Espero que não tenha ficado algo estranho. Por um momento cheguei a pensar nisso... mas... Não sei. =/

Enfim, diga-me sua opinião. Como sempre digo, eu adooooro! Rsrs =D

E fico muito feliz ao receber seu apoio e saber o que está achando do rumo da fic! *----*

Sinta-se livre a dizer sugestões e criticas.

Acho que não me esqueci de nada... õó


Anyway, agradeço por ter lido até aqui!

Fiquem com Deus! ( ¨3¨)/